Santo Expedito, Militar, Mártir – 19 de Abril

Santo Expedito, Militar, Mártir

Chefe da 12ª Legião romana sediada na Armênia

Era chefe da 12ª Legião romana, então estabelecida em Melitene, sede de uma das províncias romanas da Armênia. Ocupava esse alto posto porque o imperador Diocleciano tinha-se mostrado, no começo de seu reinado, favorável aos cristãos, confiando-lhes postos importantes na administração e no exército.

Conhecida como a “Fulminante” (Fulminata em latim)

Essa legião era conhecida como a “Fulminante” (Fulminata em latim), nome que lhe havia sido dado em memória de uma façanha que se tornou célebre. Foi sob Marco Aurélio, durante a campanha da Alemanha. O imperador, estabelecido em um campo fortificado, na região dos Quades, isto é, na atual Hungria, se havia deixado cercar pelos bárbaros. Era pleno verão.

Os soldados inimigos debandaram em pânico indescritível

A água faltava e a 12a Legião, recrutada, era em grande parte cristã. Seus soldados se reuniram fora do campo, ajoelharam e oraram, como oram os cristãos. Depois, retomaram logo a ofensiva, mas, mal tinham começado, uma chuva abundante se pôs a cair, e fez recuar os inimigos. Subitamente, os raios e o granizo caíram sobre o exército inimigo com tal violência, que os soldados debandaram em pânico indescritível. O exército romano estava salvo e vencedor.

Uma das mais gloriosas legiões romanas

Como se vê, o santo estava à testa de uma das mais gloriosas legiões romanas, encarregada de guardar as fronteiras orientais contra os ataques dos bárbaros asiáticos. Mas a história da Igreja é bastante pobre em detalhes sobre a vida de seus chefes que se distinguiram no comando pelas virtudes de cristãos e de lealdade à causa por que lutavam, como exemplo das mais belas virtudes.

Traço dominante de seu caráter: a presteza e a prontidão

“Expedito” ficou sendo o nome do chefe, apelido dado por exprimir perfeitamente o traço dominante de seu caráter: a presteza e a prontidão com que agia e se portava, então, no cumprimento de seu dever de estado e, também, na defesa da religião que professava. Era assim que os romanos davam, frequentemente, a certas pessoas um apelido, o qual designava um traço de seu caráter.

Martirizado com seus companheiros em Melitene

Desse modo, Expedito designa, para nós, o chefe da 12a Legião romana, martirizado com seus companheiros em Melitene, no dia 19 de abril de 303, sob as ordens do imperador Diocleciano. Seu nome, qualquer que seja a origem de sua significação, é suficiente para ser reconhecido no mundo cristão, pois condiz, com a generosidade e com o ardor de seu caráter, que fizeram desse militar um mártir.

Santo que continua atraindo devotos em todo o mundo

Desde seu martírio, tem se revelado um Santo que continua atraindo devotos em todo o mundo. Além de padroeiro das causas urgentes, santo Expedito também é conhecido como padroeiro dos militares, dos estudantes e dos viajantes. Ele era militar e, se já não bastasse a tradição que envolve o seu nome, temos a da sua conversão.

Expedito pisoteou o corvo e gritou: “Hodie! Hodie!”

Conta-se que, assim que resolveu se converter, uma tentação se manifestou em forma de corvo. O animal gritava “Crás! Crás!”, que significa, em latim, “Amanhã! Amanhã!”. O que se esperava era que ele adiasse o batismo, mas Expedito teria pisoteado o corvo e gritado: “Hodie! Hodie!”, ou seja, “Hoje! Hoje!”. E assim agiu.

Santo Expedito, rogai por nós!

Oração – Santo Expedito, Vós que sois um Santo guerreiro, ajudai-me a ser vigilante e combativo diante do mal. Amém.

Que tem facilidade para desenvolver tarefa(s) e/ou para solucionar problemas com rapidez; diligente. Etimologia (origem da palavra expedito). Do latim expeditus.

Com São Leão IX, Papa, que, depois de defender valorosamente a Igreja como Bispo de Toul durante vinte e cinco anos, foi eleito para a Sede Romana.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

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1. Na África Proconsular, São Mapálico, mártir, que, durante a perseguição do imperador Décio, movido pela piedade familiar, recomendou que à sua mãe e à sua irmã, impelidas sob tortura à apostasia, fosse concedida a paz eclesiástica, enquanto ele foi levado ao tribunal e coroado com o martírio. A ele se associa a memória de muitos outros santos mártires, que deram testemunho da sua fé em Cristo, entre os quais Basso na pedreira, Fortúnio no cárcere, Paulo no tribunal, Fortunata, Vitorino, Vítor, Herêmio, Crédula, Hereda, Donato, Firmo, Venusto, Fruto, Júlia, Marcial e Aristão, todos eles mortos de fome no cárcere.(† 250)

2. Na antiga Pérsia, Santa Marta, virgem e mártir, que, no tempo do rei Sapor II, sofreu o martírio no dia seguinte ao assassínio do seu pai Pusício, no dia da Ressurreição do Senhor.(† 341)

3. Em Antioquia da Pisídia, na atual Turquia, São Jorge, bispo, que morreu no exílio por defender o culto das sagradas imagens.(† 818)

4. Em Friesen, localidade dos Alpes da Baviera, na atual Alemanha, São Geroldo, eremita, que, segundo a tradição, viveu em regime de rigorosa penitência na região de Voralberg.(† c. 978)

5. Na margem do Tamisa, junto de Greenwich, na Inglaterra, a paixão de Santo Elfego, bispo de Cantuária e mártir, que, durante a devastação sangrenta dos Dinamarqueses na cidade, se ofereceu a si mesmo para poupar o seu povo e, recusando ser resgatado por dinheiro, foi cruelmente ferido com ossos de animais e finalmente degolado.(† 1012)

6. Em Roma, junto de São Pedro, São Leão IX, papa, que, depois de defender valorosamente a Igreja como bispo de Toul durante vinte e cinco anos, foi eleito para a sede romana, onde, em cinco anos, convocou vários sínodos para reformar a vida do clero e extinguir a simonia. († 1054)

7. No mosteiro de Saint-Bertin, no território de Therouanne, na França, o passamento de São Bernardo Penitente, que, para expiar com rigorosa penitência os pecados da juventude, decidiu partir para o exílio e, descalço, com vestes de feltro e contentando-se com parco alimento, seguiu incansavelmente em peregrinação para a Terra Santa.(† 1182)

8. Em Londres, na Inglaterra, o beato mártir Jaime Dukett, homem casado, que, denunciado por vender na sua livraria livros católicos, esteve preso durante nove anos e foi enforcado no reinado de Isabel I, juntamente com o seu denunciante, a quem, prestes a morrer, incitou a aceitar a morte pela fé católica.(† 1602)

São Galdinio, Bispo – 18 de Abril

São Galdinio, Bispo

Um dos padroeiros de Milão

Milão honra São Galdino, cujo nome aparece associado aos de S. Ambrósio e São Carlos Borromeu, como um de seus principais padroeiros, no final da ladainha do rito milanês.

Enfrentou um inimigo pesado, o antipapa Vitor IV

Nasceu em 1096 e cresceu em Milão, na Porta Oriental, no início do século XII, e ali também se tornou religioso, passando logo a auxiliar diretamente o Arcebispo Oberto de Pirovano. Juntos enfrentaram um inimigo pesado, o antipapa Vitor IV, que, apoiado pelo imperador Frederico, o Barbarroxa, oprimia violentamente para dominar o mundo.

Sagrado Bispo pelo próprio Papa

Como Milão fazia oposição, a cidade foi simplesmente arrasada em 1162. O Arcebispo e Galdino só não morreram porque procuraram abrigo junto ao Papa oficial, Alexandre III.

Logo depois Oberto morreu, e o Arcebispado precisava de alguém que continuasse sua luta. O Papa não teve nenhuma dúvida em nomear o próprio Galdino e consagrou-o Bispo, pessoalmente, em 1166.

Pregava contra os hereges, convertia multidões

Galdino não decepcionou sua Diocese católica. Praticava a caridade e instigava todos a fazê-lo igualmente. Pregava contra os hereges, convertia multidões e socorria também os pobres que se encontravam presos por causa de dívidas, geralmente vítimas de agiotagem.

“O pão de são Galdino”

A esses serviu tanto que suas visitas de apoio receberam até um apelido: “o pão de são Galdino”. Uma espécie de “cesta básica” material e espiritual, pois dava pão para o corpo e orações, que eram o pão para o espírito. Foi uma fonte de força e fé para lutar contra os opressores.

No plano da diplomacia defendia seu povo e sua terra

Tudo isso era feito paralelamente ao trabalho político, pois no plano da diplomacia defendia seu povo e sua terra em tudo o que fosse preciso.

Morreu no dia 18 de abril de 1176, justamente no instante em que fazia, no púlpito, um sermão inflamado contra os pecadores, os hereges, inimigos da Igreja, e os políticos, inimigos da cidade. Quando terminou o sermão emocionado, diante de um grande número de fiéis e religiosos, caiu morto de repente.

São Galdino, rogai por nós!

Oração – S. Galdino, exemplo de fidelidade à sã doutrina, ajudai-me a ser também a ser totalmente fiel. Amém

Galdino: Significa “comandante”, “o que comanda ou o que domina”. A origem do nome Galdino é possivelmente germânica.

Com Santa Antusa, virgem, filha do imperador Constantino Coprônimo.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

18

1. Em Melitene, na antiga Arménia, hoje na Turquia, os santos Hermógenes e Elpídio, mártires.(† data inc.)

2. Na Pérsia, atualmente no Iraque, São Pusício, mártir, que, sendo superintendente dos artesãos do rei Sapor II, por ter encorajado o presbítero Ananias que parecia hesitar, foi trespassado no pescoço e morreu no Sábado Santo, alcançando um lugar insigne entre a multidão dos mártires trucidados depois de São Simeão.(† 341)

3. Em Fano, no Piceno, hoje nas Marcas, região da Itália, Santo Eusébio, bispo, que acompanhou o papa São João I, enviado pelo rei Teodorico a Constantinopla, seguindo-o também, depois do regresso, no cárcere em que foram encerrados.(† c. 526)

4. Em Leighlin, na Irlanda, São Lariano ou Molássio, abade, que difundiu pacificamente na ilha a celebração da Páscoa segundo o costume romano.(† 638)

5. No cenóbio de Lobbes, no Hainaut, hoje na Bélgica, Santo Usmaro, bispo e abade, que propagou a regra de São Bento e conduziu o povo da região à fé cristã.(† 713)

6. Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, Santa Antusa, virgem, filha do imperador Constantino Coprônimo, que empregou todos os seus bens para ajudar os pobres, redimir os escravos, restaurar igrejas e construir mosteiros, e recebeu do bispo São Tarásio o hábito religioso.(† fin. s. VIII)

7. Na ilha Egina, Grécia, Santa Atanásia, viúva, eremita e hegúmena, ilustre pela sua observância da disciplina monástica e grandes virtudes.(† s. IX)

8. Também na ilha Egina, São João Isauro, monge, que foi discípulo de São Gregório Decapolita e, no tempo do imperador Leão o Armênio, combateu valorosamente em defesa das sagradas imagens.(† d. 842)

9. Em Córdova, na Andaluzia, região da Espanha, São Perfeito, presbítero e mártir, que, por ter combatido a doutrina de Maomé e professado firmemente a fé em Cristo, foi encerrado no cárcere e depois passado ao fio da espada pelos Mouros.(† 850)

10. Em Bruges, na Flandres, atualmente na Bélgica, o beato Idesbaldo, abade, que, depois de ter ficado viúvo e ter exercido funções no palácio condal durante trinta anos, ingressou no mosteiro de Dune, que dirigiu santamente como terceiro abade durante doze anos.(† 1167)

11. Em Milão, na Lombardia, região da Itália, São Galdino, bispo, que trabalhou diligentemente para restaurar a cidade devastada pela guerra e, depois de uma pregação contra os hereges, entregou o espírito a Deus.(† 1176)

12. Em Montereale, nos Abruzos, região da Itália, o Beato André, presbítero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, que se dedicou à pregação na Itália e na França.(† 1479)

13. Em Gandia, cidade da província de Valência, na Espanha, o Beato André Hibernon, religioso da Ordem dos Frades Menores, que, tendo sido na sua juventude espoliado de todo os bens pelos ladrões, cultivou de modo admirável a pobreza.(† 1602)

14. Em Pontoise, próximo de Paris, na França, a Beata Maria da Encarnação (Bárbara Avrillot), exemplar mãe de família e mulher de admirável piedade, que introduziu o Carmelo na França e fundou cinco mosteiros, até que, após a morte do esposo, ela própria professou a vida religiosa.(† 1618)

15. Em Angers, na França, o Beato José Moreau, presbítero e mártir, que, durante a Revolução Francesa, foi degolado em ódio à fé cristã na Sexta-Feira da Paixão do Senhor.(† 1794)

16. Em Veneza, cidade da Itália, Beato Lucas Passi, presbítero e fundador da Congregação das Irmãs Mesras de Santa Doroteia.(† 1866)

17. Em Sena, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, a Beata Sabina Petrílli, virgem, que fundou a Congregação das Irmãs de Santa Catarina de Sena, para socorrer as jovens indigentes e os pobres mais necessitados.(† 1923)

18. Em Majdanek, localidade próxima de Lublin, na Polônia, o Beato Romano Archutowski, presbítero e mártir, que, por causa da fé cristã, foi encerrado no cárcere pelos soldados estrangeiros e, exausto pela fome e pela enfermidade, alcançou a glória eterna.(† 1943)

Sexta-feira Santa | Paixão do Senhor

Primeira Leitura (Is 52,13-53,12)

Leitura do Livro do Profeta Isaías

13 Ei-lo, o meu Servo será bem sucedido; sua ascensão será ao mais alto grau. 14 Assim como muitos ficaram pasmados ao vê-lo – tão desfigurado ele estava que não parecia ser um homem ou ter aspecto humano -, 15 do mesmo modo ele espalhará sua fama entre os povos. Diante dele os reis se manterão em silêncio, vendo algo que nunca lhes foi narrado e conhecendo coisas que jamais ouviram. 53,1 Quem de nós deu crédito ao que ouvimos? E a quem foi dado reconhecer a força do Senhor? 2 Diante do Senhor ele cresceu como renovo de planta ou como raiz em terra seca. Não tinha beleza nem atrativo para o olharmos, não tinha aparência que nos agradasse. 3 Era desprezado como o último dos mortais, homem coberto de dores, cheio de sofrimentos; passando por ele, tapávamos o rosto; tão desprezível era, não fazíamos caso dele. 4 A verdade é que ele tomava sobre si nossas enfermidades e sofria, ele mesmo, nossas dores; e nós pensávamos fosse um chagado, golpeado por Deus e humilhado! 5 Mas ele foi ferido por causa de nossos pecados, esmagado por causa de nossos crimes; a punição a ele imposta era o preço da nossa paz, e suas feridas, o preço da nossa cura. 6 Todos nós vagávamos como ovelhas desgarradas, cada qual seguindo seu caminho; e o Senhor fez recair sobre ele o pecado de todos nós. 7 Foi maltratado, e submeteu-se, não abriu a boca; como cordeiro levado ao matadouro ou como ovelha diante dos que a tosquiam, ele não abriu a boca. 8 Foi atormentado pela angústia e foi condenado. Quem se preocuparia com sua história de origem? Ele foi eliminado do mundo dos vivos; e por causa do pecado do meu povo foi golpeado até morrer. 9 Deram-lhe sepultura entre ímpios, um túmulo entre os ricos, porque ele não praticou o mal nem se encontrou falsidade em suas palavras. 10 O Senhor quis macerá-lo com sofrimentos. Oferecendo sua vida em expiação, ele terá descendência duradoura, e fará cumprir com êxito a vontade do Senhor. 11 Por esta vida de sofrimento, alcançará luz e uma ciência perfeita. Meu Servo, o justo, fará justos inúmeros homens, carregando sobre si suas culpas. 12 Por isso, compartilharei com ele multidões e ele repartirá suas riquezas com os valentes seguidores, pois entregou o corpo à morte, sendo contado como um malfeitor; ele, na verdade, resgatava o pecado de todos e intercedia em favor dos pecadores.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

Responsório Sl 30(31),2.6.12-13.15-16.17.25 (R. Lc 23,46)

— Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.

— Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.

— Senhor, eu ponho em vós minha esperança; que eu não fique envergonhado eternamente! Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, porque vós me salvareis, ó Deus fiel! 

— Tornei-me o opróbrio do inimigo, o desprezo e zombaria dos vizinhos, e objeto de pavor para os amigos; fogem de mim os que me veem pela rua. Os corações me esqueceram como um morto, e tornei-me como um vaso espedaçado.

— A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio, e afirmo que só vós sois o meu Deus! Eu entrego em vossas mãos o meu destino; libertai-me do inimigo e do opressor!

— Mostrai serena a vossa face ao vosso servo, e salvai-me pela vossa compaixão! Fortalecei os corações, tende coragem, todos vós que ao Senhor vos confiais! 

Anúncio da Paixão de Cristo (Jo 18,1-19,42)

— Louvor e honra a vós, Senhor Jesus.

— Jesus Cristo se torno obediente, obediente até a morte numa cruz; pelo que o Senhor Deus o exaltou e deu-lhe um nome muito acima de outro nome.

 

Narrador 1: Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo, segundo João. Naquele tempo, 1 Jesus saiu com os discípulos para o outro lado da torrente do Cedron. Havia aí um jardim, onde ele entrou com os discípulos. 2 Também Judas, o traidor, conhecia o lugar, porque Jesus costumava reunir-se aí com os seus discípulos. 3 Judas levou consigo um destacamento de soldados e alguns guardas dos sumos sacerdotes e fariseus, e chegou ali com lanternas, tochas e armas. 4 Então Jesus, consciente de tudo o que ia acontecer, saiu ao encontro deles e disse:

Pres.: — “A quem procurais?”

Narrador 1: 5 Responderam:

Ass.: — “A Jesus, o Nazareno”.

Narrador 1: Ele disse:

Pres.: — “Sou eu”.

Narrador 1: Judas, o traidor, estava junto com eles. 6 Quando Jesus disse: “Sou eu”, eles recuaram e caíram por terra. 7 De novo lhes perguntou:

Pres.: — “A quem procurais?”

Narrador 1: Eles responderam:

Ass.: — “A Jesus, o Nazareno”.

Narrador 1: 8 Jesus respondeu:

Pres.: — “Já vos disse que sou eu. Se é a mim que procurais, então deixai que estes se retirem”.

Narrador 1: 9 Assim se realizava a palavra que Jesus tinha dito:

Pres.: — “Não perdi nenhum daqueles que me confiaste”.

Narrador 2: 10 Simão Pedro, que trazia uma espada consigo, puxou dela e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O nome do servo era Malco. 11 Então Jesus disse a Pedro:

Pres.: — “Guarda a tua espada na bainha. Não vou beber o cálice que o Pai me deu?”

Narrador 1: 12 Então, os soldados, o comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus e o amarraram. 13 Conduziram-no primeiro a Anás, que era o sogro de Caifás, o Sumo Sacerdote naquele ano. 14 Foi Caifás que deu aos judeus o conselho:

Leitor 1: — “É preferível que um só morra pelo povo”.

Narrador 2: 15 Simão Pedro e um outro discípulo seguiam Jesus. Esse discípulo era conhecido do Sumo Sacerdote e entrou com Jesus no pátio do Sumo Sacerdote. 16 Pedro ficou fora, perto da porta. Então o outro discípulo, que era conhecido do Sumo Sacerdote, saiu, conversou com a encarregada da porta e levou Pedro para dentro. 17 A criada que guardava a porta disse a Pedro:

Ass.: — “Não pertences também tu aos discípulos desse homem?”

Narrador 2: Ele respondeu:

Leitor 2: — “Não!”

Narrador 2: 18 Os empregados e os guardas fizeram uma fogueira e estavam se aquecendo, pois fazia frio. Pedro ficou com eles, aquecendo-se. 19 Entretanto, o Sumo Sacerdote interrogou Jesus a respeito de seus discípulos e de seu ensinamento. 20 Jesus lhe respondeu:

Pres.: — “Eu falei às claras ao mundo. Ensinei sempre na sinagoga e no Templo, onde todos os judeus se reúnem. Nada falei às escondidas. 21 Por que me interrogas? Pergunta aos que ouviram o que falei; eles sabem o que eu disse”.

Narrador 2: 22 Quando Jesus falou isso, um dos guardas que ali estava deu-lhe uma bofetada, dizendo:

Leitor 1: — “É assim que respondes ao Sumo Sacerdote?”

Narrador 2: 23 Respondeu-lhe Jesus:

Pres.: — “Se respondi mal, mostra em quê; mas, se falei bem, por que me bates?”

Narrador 1: 24 Então, Anás enviou Jesus amarrado para Caifás, o Sumo Sacerdote. 25 Simão Pedro continuava lá, em pé, aquecendo-se. Disseram-lhe:

Leitor 2: “Não és tu, também, um dos discípulos dele?”

Narrador 1: Pedro negou:

Leitor1: — “Não!”

Narrador 1: 26 Então um dos empregados do Sumo Sacerdote, parente daquele a quem Pedro tinha cortado a orelha, disse:

Leitor 2: — “Será que não te vi no jardim com ele?”

Narrador 2: 27 Novamente Pedro negou. E na mesma hora, o galo cantou. 28 De Caifás, levaram Jesus ao palácio do governador. Era de manhã cedo. Eles mesmos não entraram no palácio, para não ficarem impuros e poderem comer a páscoa. 29 Então Pilatos saiu ao encontro deles e disse:

Leitor1: — “Que acusação apresentais contra este homem?”

Narrador 2: 30 Eles responderam:

Ass.: — “Se não fosse malfeitor, não o teríamos entregue a ti!”

Narrador 2: 31 Pilatos disse:

Leitor 2: — “Tomai-o vós mesmos e julgai-o de acordo com a vossa lei”.

Narrador 2: Os judeus lhe responderam:

Ass.: — “Nós não podemos condenar ninguém à morte”.

Narrador 1: 32 Assim se realizava o que Jesus tinha dito, significando de que morte havia de morrer. 33 Então Pilatos entrou de novo no palácio, chamou Jesus e perguntou-lhe:

Leitor1:  — “Tu és o rei dos judeus?”

Narrador 1:34 Jesus respondeu:

Pres.: — “Estás dizendo isto por ti mesmo ou outros te disseram isto de mim?”

Narrador 1:35 Pilatos falou:

Leitor 2: “Por acaso, sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes te entregaram a mim. Que fizeste?”

Narrador 1:36 Jesus respondeu: 

Pres.: — “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui”.

Narrador 1:37 Pilatos disse a Jesus:

Leitor1: “Então, tu és rei?”

Narrador 1: Jesus respondeu:

Pres.: — “Tu o dizes: eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz”.

Narrador 1:38 Pilatos disse a Jesus:

Leitor 2: “O que é a verdade?”

Narrador 2: Ao dizer isso, Pilatos saiu ao encontro dos judeus, e disse-lhes:

Leitor1: “Eu não encontro nenhuma culpa nele. 39 Mas existe entre vós um costume, que pela Páscoa eu vos solte um preso. Quereis que vos solte o rei dos Judeus?”

Narrador 2:40 Então, começaram a gritar de novo:

Ass.: — “Este não, mas Barrabás!”

Narrador 2: Barrabás era um bandido. 19,1 Então Pilatos mandou flagelar Jesus.

Ass.: 2 Os soldados teceram uma coroa de espinhos e colocaram-na na cabeça de Jesus.

Narrador 2: Vestiram-no com um manto vermelho, 3 aproximavam-se dele e diziam:

Ass.: — “Viva o rei dos judeus!”

Narrador 2: E davam-lhe bofetadas. 4 Pilatos saiu de novo e disse aos judeus:

Leitor1: “Olhai, eu o trago aqui fora, diante de vós, para que saibais que não encontro nele crime algum”.

Narrador 1: 5 Então Jesus veio para fora, trazendo a coroa de espinhos e o manto vermelho. Pilatos disse-lhes:

Leitor1: “Eis o homem!”

Narrador 1:6 Quando viram Jesus, os sumos sacerdotes e os guardas começaram a gritar:

Ass.: — “Crucifica-o! Crucifica-o!”

Narrador 1: Pilatos respondeu:

Leitor 1: “Levai-o vós mesmos para o crucificar, pois eu não encontro nele crime algum”.

Narrador 1: 7 Os judeus responderam:

Ass.: “Nós temos uma Lei, e, segundo esta Lei, ele deve morrer, porque se fez Filho de Deus”.

Narrador 2:8 Ao ouvir estas palavras, Pilatos ficou com mais medo ainda. 9 Entrou outra vez no palácio e perguntou a Jesus:

Leitor 1: “De onde és tu?”

Narrador 2: Jesus ficou calado. 10 Então Pilatos disse:

Leitor 1: “Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar?”

Narrador 2: 11 Jesus respondeu:

Pres.: — “Tu não terias autoridade alguma sobre mim, se ela não te fosse dada do alto. Quem me entregou a ti, portanto, tem culpa maior”.

Narrador 2: 12 Por causa disso, Pilatos procurava soltar Jesus. Mas os judeus gritavam:

Ass.: — “Se soltas este homem, não és amigo de César. Todo aquele que se faz rei, declara-se contra César”.

Narrador 1: 13 Ouvindo essas palavras, Pilatos levou Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado “Pavimento”, em hebraico Gábata”. 14 Era o dia da preparação da Páscoa, por volta do meio-dia. Pilatos disse aos judeus:

Leitor 2: “Eis o vosso rei!”

Narrador 1: 15 Eles, porém, gritavam:

Ass.: — “Fora! Fora! Crucifica-o!”

Narrador 1: Pilatos disse:

Leitor 1: “Hei de crucificar o vosso rei?”

Narrador 1: Os sumos sacerdotes responderam:

Ass.: — “Não temos outro rei senão César”.

Narrador 2: 16 Então Pilatos entregou Jesus para ser crucificado, e eles o levaram. 17 Jesus tomou a cruz sobre si e saiu para o lugar chamado Calvário”, em hebraico “Gólgota”. 18 Ali o crucificaram, com outros dois: um de cada lado, e Jesus no meio. 19 Pilatos mandou ainda escrever um letreiro e colocá-lo na cruz; nele estava escrito:

Ass.: — “Jesus Nazareno, o Rei dos Judeus”.

Narrador 2: 20 Muitos judeus puderam ver o letreiro, porque o lugar em que Jesus foi crucificado ficava perto da cidade. O letreiro estava escrito em hebraico, latim e grego. 21 Então os sumos sacerdotes dos judeus disseram a Pilatos:

Ass.: “Não escrevas ‘O Rei dos Judeus’, mas sim o que ele disse: ‘Eu sou o Rei dos judeus’”.

Narrador 2: 22 Pilatos respondeu:

Ass.: — “O que escrevi, está escrito”.

Narrador 2: 23 Depois que crucificaram Jesus, os soldados repartiram a sua roupa em quatro partes, uma parte para cada soldado. Quanto à túnica, esta era tecida sem costura, em peça única de alto abaixo. 24 Disseram então entre si:

Ass.: “Não vamos dividir a túnica. Tiremos a sorte para ver de quem será”.

Narrador 2: Assim se cumpria a Escritura que diz:

Ass.: — “Repartiram entre si as minhas vestes e lançaram sorte sobre a minha túnica”.

Narrador 1: Assim procederam os soldados. 25 Perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. 26 Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe:

— “Mulher, este é o teu filho”.

Narrador 1: 27 Depois disse ao discípulo:

— “Esta é a tua mãe”.

Narrador 1: Dessa hora em diante, o discípulo a acolheu consigo. 28 Depois disso, Jesus, sabendo que tudo estava consumado, e para que a Escritura se cumprisse até o fim, disse:

Pres.: — “Tenho sede”.

Narrador 1: 29 Havia ali uma jarra cheia de vinagre. Amarraram numa vara uma esponja embebida de vinagre e levaram-na à boca de Jesus. 30 Ele tomou o vinagre e disse:

Pres.: — “Tudo está consumado”.

Narrador 1: E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.

(Todos se ajoelham – Silêncio.)

Narrador 2: 31 Era o dia da preparação para a Páscoa. Os judeus queriam evitar que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque aquele sábado era dia de festa solene. Então pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas aos crucificados e os tirasse da cruz. 32 Os soldados foram e quebraram as pernas de um e depois do outro que foram crucificados com Jesus. 33 Ao se aproximarem de Jesus, e vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas; 34 mas um soldado abriu-lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. 35 Aquele que viu, dá testemunho e seu testemunho é verdadeiro; e ele sabe que fala a verdade, para que vós também acrediteis. 36 Isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz:

Ass.:— “Não quebrarão nenhum dos seus ossos”.

Narrador 2: 37 E outra Escritura ainda diz:

Narrador 1: — “Olharão para aquele que transpassaram”.

Narrador 1: 38 Depois disso, José de Arimateia, que era discípulo de Jesus — mas às escondidas, por medo dos judeus —, pediu a Pilatos para tirar o corpo de Jesus. Pilatos consentiu. Então José veio tirar o corpo de Jesus. 39 Chegou também Nicodemos, o mesmo que antes tinha ido a Jesus de noite. Trouxe uns trinta quilos de perfume feito de mirra e aloés. 40 Então tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no, com os aromas, em faixas de linho, como os judeus costumam sepultar.

Narrador 2: 41 No lugar onde Jesus foi crucificado, havia um jardim e, no jardim, um túmulo novo, onde ainda ninguém tinha sido sepultado. 42 Por causa da preparação da Páscoa, e como o túmulo estava perto, foi ali que colocaram Jesus.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

Santa Catarina Tekakwitha, india, virgem – 17 de Abril

Santa Catarina Tekakwitha, india, virgem

Era uma Índia pele-vermelha

Beatificada juntamente com Pe. José de Anchieta, era uma Índia pele-vermelha, nascida em 1656 em Ossemon, perto de Port Orange, atual Albany, filha de pai iroquês pagão e de mãe algonquina cristã. Tendo ficado órfã muito cedo, conseguiu sobreviver a uma epidemia de varíola com grave diminuição da visão e com o rosto desfigurado; foi então recolhida por um tio, chefe da aldeia, ajudando doravante a sua esposa no cuidado da casa.

“A que coloca as coisas em ordem”

O nome de Tekakwitha, que lhe foi dado nos anos de infância, significa “a que coloca as coisas em ordem”, ou, com referência à enfermidade da visão, “a que avança e põe algo diante”.

Crescida na inocência

Crescida na inocência, rejeitou propostas de matrimônio e em 1675 entrou em contato com os missionários católicos do Canadá, recebendo o batismo em 18-4-1676, dia de Páscoa, das mãos do Pe. Jacques de Lamberville, que lhe impôs o nome de Kateri(Catarina).

Ameaçada pelo tio pagão, fugiu

Ameaçada pelo tio pagão, fugiu para buscar refúgio na missão de S. Francisco Xavier, em Sault, perto de Montreal, onde recebeu a eucaristia e deu exemplo de extraordinária piedade, mas com grande discrição.

Passou por provas terríveis

Afastava-se por longo tempo na floresta onde, junto à cruz por ela traçada na casca de uma árvore, ficava por muito tempo em oração, sem porém descuidar das funções religiosas, do serviço da comunidade e da família que a hospedava. Passou por provas terríveis. Em 25-3-1679 fez voto perpétuo de castidade. Extenuada pela doença e pelos sofrimentos, morreu em 17 de abril de 1680 e rapidamente se difundiu a fama das suas virtudes.

Amou, viveu e conservou o seu cristianismo só com a ajuda da graça

Note-se que Catarina aprendera a religião católica com a mãe e desde menina, apesar da mãe ter morrido, conservou o que esta lhe ensinara, observando a moral cristã e rezando regularmente. Quando veio a encontrar pela primeira vez os missionários, já estava preparada para o Batismo. Amou, viveu e conservou o seu cristianismo só com a ajuda da graça, longe de qualquer outro companheiro de fé por muitos anos.

Santa Catarina Tekakwitha, rogai por nós!

Oração – Santa Catarina Tekakwitha recorda-nos que somos chamados à vida de santidade. Amém.

Catarina é de etimologia desconhecida. A quem associa o nome com o adjectivo grego katharos que significa “puro, casto”.

Com Santo Acácio, Bispo, que no Concílio de Éfeso defendeu a reta fé contra Nestório e depois foi injustamente deposto da sua sede episcopal.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

17

1. Em Melitene, na antiga Armênia, hoje na Turquia, os santos mártires Pedro, diácono, e Hermógenes, seu auxiliar.(† c. s. IV)

2. Na antiga Pérsia, a paixão de São Simeão bar Sabas, bispo de Selêucia e de Ctesifonte, que, preso e carregado de cadeias por ordem de Sapor II rei da Pérsia, por ter recusado adorar o sol e dar testemunho livre e firmemente da sua fé em Jesus Cristo, foi primeiramente encarcerado e metido num estreito calabouço, onde permaneceu durante algum tempo com mais de cem companheiros, entre os quais estavam bispos, presbíteros e clérigos de outras ordens eclesiásticas; depois, numa Sexta-Feira da Paixão do Senhor, todos os companheiros de Simeão foram degolados na sua presença, enquanto ele exortava ardentemente cada um deles, sendo por fim também ele degolado.(† 341)

3. Comemoram-se também muitos mártires, que, depois da morte de São Simeão, em toda a Pérsia foram degolados pelo nome de Cristo no tempo do mesmo rei Sapor, entre os quais Santo Ustazades, eunuco da corte real, que tinha sido preceptor do rei Sapor e, no primeiro ímpeto da perseguição, sofreu o martírio no palácio de Artaxerxes, irmão do próprio Sapor, na província de Adiabena, no atual Iraque.(† 341)

4. Em Tortona, na Ligúria, hoje no Piemonte, região da Itália, Santo Inocêncio, bispo.(† s. IV)

5. Em Melitene, na antiga Armênia, hoje na Turquia, Santo Acácio, bispo, que no Concílio de Éfeso defendeu a reta fé contra Nestório e depois foi injustamente deposto da sua sede episcopal.(† c. 435)

6. Em Vienne, na Borgonha, na atual França, Santo Pantágato, bispo.(† 540)

7*. Na ilha de Eigg, nas Hébridas, ao largo da Escócia, os santos Donano, abade, e cinquenta e dois companheiros monges, que foram assassinados pelos piratas, queimados na fogueira ou passados ao fio da espada quando celebravam a solenidade da Páscoa.(† 617)

8. Em Córdoba, na Andaluzia, região da Espanha, os santos mártires Elias, presbítero já de avançada idade, Paulo e Isidoro, monges ainda jovens, que durante a perseguição dos Mouros foram mortos por professarem a fé cristã.(† 856)

9. No mosteiro de Chaise-Dieu, junto de Clermont-Ferrand, na França, São Roberto, abade, que no lugar deserto onde habitava solitário reuniu vários irmãos e conquistou um grande número de pessoas para o Senhor pela palavra da sua pregação e pelo exemplo da sua vida.(† 1067)

10. No mosteiro de Molesmes, na França, São Roberto, abade, que, procurando praticar a vida monástica de observância mais simples e austera, foi incansável fundador e diretor de cenóbios, bem como diretor de eremitas e insigne restaurador da disciplina monástica, e fundou o mosteiro de Cister, do qual foi o primeiro abade; finalmente regressou como abade ao mosteiro de Molesmes, onde descansou em paz.(† 1111)

11. Em Perúgia, na Úmbria, região da Itália, o Beato Tiago de Cerqueto, presbítero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, que deu exemplo de serena aceitação da enfermidade.(† 1367)

12. Em Pisa, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, a Beata Clara Gambacórti, que, tendo ficado viúva ainda jovem, animada por Santa Catarina de Sena aqui fundou o primeiro mosteiro dominicano de estrita observância e, perdoando aos assassinos de seu pai e seus irmãos, orientou as irmãs com grande prudência e caridade.(† 1419)

13. Em Madrid, na Espanha, a Beata Mariana de Jesus (Mariana Navarro de Guevara), virgem, que, vencendo a oposição do pai, tomou o hábito da Ordem de Nossa Senhora das Mercês e ofereceu as suas orações e penitências especialmente pelos mais necessitados e aflitos.(† 1624)

14. Em Londres, na Inglaterra, o Beato Paulo de Santa Madalena (Henrique Heath), presbítero da Ordem dos Frades Menores e mártir, que, no reinado de Carlos I, foi condenado à morte em Tyburn por causa da sua condição de sacerdote.(† 1643)

Quinta-feira Santa | Ceia do Senhor

Primeira Leitura (Êx 12,1-8.11-14)

Leitura do Livro do Êxodo

Naqueles dias: O Senhor disse a Moisés e a Aarão no Egito: 2 ”Este mês será para vós o começo dos meses; será o primeiro mês do ano. 3 Falai a toda a comunidade dos filhos de Israel, dizendo: ‘No décimo dia deste mês, cada um tome um cordeiro por família, um cordeiro para cada casa. Se a família não for bastante numerosa para comer um cordeiro, convidará também o vizinho mais próximo, de acordo com o número de pessoas. Deveis calcular o número de comensais, conforme o tamanho do cordeiro. 5 O cordeiro será sem defeito, macho, de um ano. Podereis escolher tanto um cordeiro, como um cabrito: 6 e devereis guardá-lo preso até ao dia catorze deste mês. Então toda a comunidade de Israel reunida o imolará ao cair da tarde. 7 Tomareis um pouco do seu sangue e untareis os marcos e a travessa da porta, nas casas em que o comerem. 8 Comereis a carne nessa mesma noite, assada ao fogo, com pães ázimos e ervas amargas. 11 Assim devereis comê-lo: com os rins cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão. E comereis às pressas, pois é a Páscoa, isto é, a ‘Passagem’ do Senhor! 12 E naquela noite passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos os primogênitos, desde os homens até os animais; e infligirei castigos contra todos os deuses do Egito, eu, o Senhor. 13 O sangue servirá de sinal nas casas onde estiverdes. Ao ver o sangue, passarei adiante, e não vos atingirá a praga exterminadora, quando eu ferir a terra do Egito. 14 Este dia será para vós uma festa memorável em honra do Senhor, que haveis de celebrar por todas as gerações, como instituição perpétua.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

Responsório Sl 115(116B),12-13.15-16bc.17-18 (R. cf. 1Cor 10,16)

— O cálice por nós abençoado é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.

— O cálice por nós abençoado é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.

— Que poderei retribuir ao Senhor Deus por tudo aquilo que ele fez em meu favor? Elevo o cálice da minha salvação, invocando o nome santo do Senhor.

— É sentida por demais pelo Senhor a morte de seus santos, seus amigos. Eis que sou o vosso servo, ó Senhor, mas me quebrastes os grilhões da escravidão!

— Por isso oferto um sacrifício de louvor, invocando o nome santo do Senhor. Vou cumprir minhas promessas ao Senhor na presença de seu povo reunido.

Evangelho (Jo 13,1-15)

— Glória a vós, ó Cristo, Verbo de Deus.

— Eu vos dou este novo Mandamento, nova ordem agora vos dou, que, também, vos ameis uns aos outros, como eu vos amei, diz o Senhor. (Jo 13,34)

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.

— Glória a vós, Senhor.

1 Era antes da festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai; tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim. 2 Estavam tomando a ceia. O diabo já tinha posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de entregar Jesus. 3 Jesus, sabendo que o Pai tinha colocado tudo em suas mãos e que de Deus tinha saído e para Deus voltava, 4 levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. 5 Derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos, enxugando-os com a toalha com que estava cingido. 6 Chegou a vez de Simão Pedro. Pedro disse: “Senhor, tu me lavas os pés?” 7 Respondeu Jesus: “Agora, não entendes o que estou fazendo; mais tarde compreenderás”. 8 Disse-lhe Pedro: “Tu nunca me lavarás os pés!” Mas Jesus respondeu: “Se eu não te lavar, não terás parte comigo”. 9 Simão Pedro disse: “Senhor, então lava não somente os meus pés, mas também as mãos e a cabeça”. 10 Jesus respondeu: “Quem já se banhou não precisa lavar senão os pés, porque já está todo limpo. Também vós estais limpos, mas não todos”. 11 Jesus sabia quem o ia entregar; por isso disse: “Nem todos estais limpos”. 12 Depois de ter lavado os pés dos discípulos, Jesus vestiu o manto e sentou-se de novo. E disse aos discípulos: “Compreendeis o que acabo de fazer? 13 Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, pois eu o sou. 14 Portanto, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. 15 Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

Santa Bernardette de Soubirous, Virgem – 16 de Abril

Santa Bernardette de Soubirous, Virgem

Bernarda era seu nome

Bernarda, era o nome da filha de Francisco Soubirous e Luisa Casterot, nascida em 7 de janeiro de 1844, em Lourdes, uma região montanhosa da França, os famosos Pirineus. Mas era chamada pela forma carinhosa do nome no diminutivo: Bernardette

Família numerosa e pobre

A família de camponeses era numerosa, religiosa e muito pobre. Desde a infância, a pequena tinha problemas de saúde em consequência da asma. Era analfabeta, mas tinha aprendido a rezar o terço, o que fazia diariamente enquanto cuidava dos afazeres da casa.

Ouviu um barulho nos arbustos, ergueu os olhos e viu uma luz

Numa tarde úmida e fria, Bernadete foi, junto com a irmãzinha e algumas companheiras, procurar gravetos. Tinham de atravessar um riacho, mas ela se atrasou porque ficou com receio de molhar os pés, quando ouviu um barulho nos arbustos, ergueu os olhos e viu uma luz, dentro da gruta natural na encosta da montanha.

Viu Nossa Senhora vestida de branco

Olhando melhor, viu Nossa Senhora vestida de branco, faixa azul na cintura, terço entre as mãos, que a chamou para rezar. Era o dia 11 de fevereiro de 1858.

Quando chegaram em casa, a sua irmãzinha contou o ocorrido para os pais, que a proibiram de sair de casa. Bernadete chorou muito e adoeceu, então os pais deixaram que ela voltasse para lá.

“Não te prometo a felicidade neste mundo, mas no outro”

A aparição se repetiu, sete dias depois, quando Nossa Senhora lhe disse: “Não te prometo a felicidade neste mundo, mas no outro”. Voltou mais dezoito vezes, até 16 de julho, na gruta de Massabielle, nos montes Pirineus.

“Eu sou a Imaculada Conceição”

O pároco da diocese, no início, mostrou-se incrédulo quanto às aparições, por isso disse a Bernadete: “Peça a essa Senhora que diga o seu nome”. A resposta foi: “Eu sou a Imaculada Conceição”. O que mais se admirou em Bernadete foi a sua modéstia, autenticidade e simplicidade. Compreendeu que tinha sido escolhida como instrumento para a mensagem que a Virgem queria transmitir ao mundo, que era a conversão, a necessidade de rezar o terço e o seu próprio nome: “Imaculada Conceição”.

Só os numerosos milagres confirmaram como obra divina

Bernadete sofreu muitas e pesadas provações para ser acreditada em suas visões, que só os numerosos milagres confirmaram como obra divina. Enquanto o Santuário de Nossa Senhora de Lourdes se tornava um dos lugares mais visitados pelos peregrinos do mundo e a água da fonte era considerada milagrosa pelos devotos, Bernadete se recolhia na sombra.

Ao tomar o hábito definitivo, recebeu o nome de Maria Bernarda

Ingressou na Congregação das Irmãs de Caridade de Nevers, sendo admitida no noviciado seis anos depois por motivo de saúde. Ao tomar o hábito definitivo, recebeu o nome de Maria Bernarda. Mas nunca recebeu um privilégio das irmãs, parecia que essa frieza fazia parte de sua provação.

Sempre bem-humorada, trabalhou como enfermeira

Sempre bem-humorada, trabalhou como enfermeira no interior do convento, depois foi sacristã. Contudo sua doença se agravou e ela viveu nove anos numa cama, entre a vida e a morte.

Queria purificar-se para poder rever Nossa Senhora

Rezava não para livrar-se do sofrimento, mas para ter paciência e forças para tudo suportar, pois queria purificar-se para poder rever Nossa Senhora. Bernardette morreu em 16 de abril de 1879. O Papa Pio XI canonizou-a em 8 de dezembro de 1933, dia da Imaculada Conceição, designando sua festa para o dia de sua morte.

Santa Bernardette, rogai por nós!

Oração – Senhor, que vos dignastes conceder à jovem Bernadete a graça de ver vossa Santíssima Mãe e com ela conversar e orar, concedei também a mim uma maior devoção para com Maria Santíssima

Bernadette: Significa “forte como uma ursa”. A partir do francês Bernadette, é o diminutivo e Bernarda, variante feminina de Bernardo, que vem da união dos elemento germânicos ber que quer dizer “urso” e hart, que significa “forte

Com  Santa Engrácia, virgem e mártir, que, duramente torturada, sobreviveu a todos os suplícios.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

16

1. Em Corinto, cidade da Acaia, atualmente na Grécia, os santos mártires Leônidas e sete companheiros[1], que, depois de suportarem vários suplícios, foram afogados no mar.

[1] São estes os seus nomes: Carissa, Galina, Teodora, Nice, Nunécia, Cális, Basilissa. († s. III/IV)

2. Em Saragoça, na Hispânia Tarraconense, a comemoração dos santos Optato e dezassete companheiros[2] mártires, que, durante a perseguição do imperador Diocleciano, foram torturados e mortos; o seu ilustre martírio foi celebrado em poemas de Prudêncio.

[2] São estes os seus nomes: Luperco, Sucesso, Marcial, Urbano, Júlia, Quintiliano, Públio, Frontão, Félix, Ceciliano, Evódio, Primitivo, Apodêmio e outros quatro chamados Saturnino.(† s. IV)

3. Na mesma cidade de Saragoça, a comemoração de Santa Engrácia, virgem e mártir, que, duramente torturada, sobreviveu a todos os suplícios, permanecendo durante algum tempo em seus membros os sinais das suas chagas.(† s. IV)

4. Também em Saragoça, a comemoração dos santos Caio e Cremêncio, que na mesma perseguição venceram as torturas, perseverando na fé de Cristo.(† s. IV)

5. Em Astorga, no reino dos Suevos, também na Hispânia, São Turíbio, bispo, que, por mandato do papa São Leão Magno, combateu fortemente a seita dos priscilianistas que progredia na Hispânia.(† s. V)

6. Em Braga, na Galécia, hoje em Portugal, São Frutuoso, bispo. A sua memória celebra-se em Portugal no dia cinco de Dezembro, juntamente com a dos bispos São Martinho de Dume e São Geraldo.(† c. 665)

7. Na Escócia, São Magno, mártir, que era príncipe das ilhas Órcades, quando abraçou a fé cristã; afastado pelo rei da Noruega por ter reclamado contra a arrogância do seu povo e chamado dolosamente a comparecer para firmar um acordo de paz com o seu adversário no principado, apresentou-se sem armas e foi assassinado.(† 1116)

8. Em Sebourg, no Hainaut, atualmente na França, São Drogão, que, aspirando a uma vida simples e solitária, se fez pastor e peregrino pelo Senhor e terminou o curso dos seus dias recluso numa pequena cela.(† c. 1186)

9. Em Bróni, perto de Pavia, na Lombardia, região da Itália, a comemoração de São Contardo, peregrino, que decidiu viver em extrema pobreza e morreu atingido por uma enfermidade quando ia a caminho de Compostela.(† 1249)

10. Em Sena, na Etrúria, o Beato Joaquim, religioso da Ordem dos Servos de Maria, que se distinguiu pela sua singular devoção à Santíssima Virgem e cumpriu a lei de Cristo, tomando sobre si o encargo dos pobres.(† 1305)

11. Em Roma, São Bento José Labre, que, aspirando desde a adolescência a uma vida de áspera penitência, fez árduas peregrinações a célebres santuários, coberto com uma veste rude e esfarrapada, alimentando-se apenas com o alimento que recebia em esmola e dando exemplo de piedade e penitência por toda a parte onde passava; regressou finalmente a Roma, onde se consagrou a uma vida de oração e suprema pobreza.(† 1783)

12. Em Avrillé, junto de Angers, na França, os beatos mártires Pedro Delépine, João Menard e vinte e quatro companheiras[3], quase todos agricultores, que durante a Revolução Francesa foram fuzilados em ódio à fé cristã.

[3] São estes os seus nomes: Renata Bourgeais, Joana Gourdon, Maria Gingueneau, Francisca Michoneau, Joana Onillon, Renata Séchet, Maria Roger, Francisca Suhard, Joana Tomás, viúvas; Madalena Cady, Maria Piou, Petrina Renata Pottier, Renata Rigault, Joana Maria Leduc, Madalena Sallé, esposas; Maria Genoveva e Marta Poulain de la Forestrie, Petrina Bourigault, Maria Forestier, Maria Lardeux, Petrina Laurent, Ana Maugrain, Margarida Robin, Maria Rochard.(† 1794)

13. Em Nevers, também na França, Santa Maria Bernarda (Bernadete) Soubirous, virgem, que nasceu de uma família muito pobre na povoação de Lourdes e, sendo ainda de tenra idade, experimentou a presença da Virgem Santa Maria Imaculada e depois, tomando o hábito religioso, levou no convento uma vida oculta e humilde.(† 1879)

Semana Santa | Quarta-feira

Primeira Leitura (Is 50,4-9a)

Leitura do Livro do Profeta Isaías

4 O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo. 5 O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. 6 Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba: não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. 7 Mas o Senhor Deus é meu Auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado. 8 A meu lado está quem me justifica; alguém me fará objeções? Vejamos. Quem é meu adversário? Aproxime-se. 9a Sim, o Senhor Deus é meu Auxiliador; quem é que me vai condenar?

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

Responsório Sl 68(69),8-10.21bcd-22.31 e 33-34 (R. 14cb)

— Respondei-me pelo vosso imenso amor, neste tempo favorável, Senhor Deus.

— Respondei-me pelo vosso imenso amor, neste tempo favorável, Senhor Deus.

— Por vossa causa é que sofri tantos insultos, e o meu rosto se cobriu de confusão; eu me tornei como um estranho a meus irmãos, como estrangeiro para os filhos de minha mãe. Pois meu zelo e meu amor por vossa casa me devoram como fogo abrasador; e os insultos de infiéis que vos ultrajam recaíram todos eles sobre mim! 

— O insulto me partiu o coração; Eu esperei que alguém de mim tivesse pena; procurei quem me aliviasse e não achei! Deram-me fel como se fosse um alimento, em minha sede ofereceram-me vinagre!

— Cantando eu louvarei o vosso nome e agradecido exultarei de alegria! Humildes, vede isto e alegrai-vos: o vosso coração reviverá, se procurardes o Senhor continuamente! Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres, e não despreza o clamor de seus cativos. 

Evangelho (Mt 26,14-25)

— Salve, Cristo, Luz da vida, companheiro na partilha!

— Salve, nosso rei, somente vós tendes compaixão dos nossos erros.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 14 um dos doze discípulos, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes 15 e disse: “O que me dareis se vos entregar Jesus?” Combinaram, então, trinta moedas de prata. 16 E daí em diante, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus. 17 No primeiro dia da festa dos Ázimos, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?” 18 Jesus respondeu: “Ide à cidade, procurai certo homem e dizei-lhe: ‘O Mestre manda dizer: o meu tempo está próximo, vou celebrar a Páscoa em tua casa, junto com meus discípulos'”. 19 Os discípulos fizeram como Jesus mandou e prepararam a Páscoa. 20 Ao cair da tarde, Jesus pôs-se à mesa com os doze discípulos. 21 Enquanto comiam, Jesus disse: “Em verdade eu vos digo, um de vós vai me trair”. 22 Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a lhe perguntar: “Senhor, será que sou eu?” 23 Jesus respondeu: “Quem vai me trair é aquele que comigo põe a mão no prato. 24 O Filho do Homem vai morrer, conforme diz a Escritura a respeito dele. Contudo, ai daquele que trair o Filho do Homem! Seria melhor que nunca tivesse nascido!” 25 Então Judas, o traidor, perguntou: “Mestre, serei eu?” Jesus lhe respondeu: “Tu o dizes”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

Semana Santa | Terça-feira

Primeira Leitura (Is 49,1-6)

Leitura do Livro do Profeta Isaías

1 Nações marinhas, ouvi-me, povos distantes, prestai atenção: o Senhor chamou-me antes de eu nascer, desde o ventre de minha mãe ele tinha na mente o meu nome; 2 fez de minha palavra uma espada afiada, protegeu-me à sombra de sua mão e fez de mim uma flecha aguçada, escondida em sua aljava, 3 e disse-me: “Tu és o meu Servo, Israel, em quem serei glorificado”. 4 E eu disse: “Trabalhei em vão, gastei minhas forças sem fruto, inutilmente; entretanto o Senhor me fará justiça e o meu Deus me dará recompensa”. 5 E agora diz-me o Senhor – ele que me preparou desde o nascimento para ser seu Servo – que eu recupere Jacó para ele e faça Israel unir-se a ele; aos olhos do Senhor esta é a minha glória. 6 Disse ele: “Não basta seres meu Servo para restaurar as tribos de Jacó e reconduzir os remanescentes de Israel: eu te farei luz das nações, para que minha salvação chegue até aos confins da terra”.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

Responsório Sl 70(71),1-2.3-4a.5-6ab.15.17 (R. 15)

— Minha boca anunciará vossa justiça.

— Minha boca anunciará vossa justiça.

— Eu procuro meu refúgio em vós, Senhor: que eu não seja envergonhado para sempre! Porque sois justo, defendei-me e libertai-me! Escutai a minha voz, vinde salvar-me! 

— Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Porque sois a minha força e meu amparo, o meu refúgio, proteção e segurança! Libertai-me, ó meu Deus, das mãos do ímpio. 

— Porque sois, ó Senhor Deus, minha esperança, em vós confio desde a minha juventude! Sois meu apoio desde antes que eu nascesse, desde o seio maternal, o meu amparo. 

— Minha boca anunciará todos os dias vossa justiça e vossas graças incontáveis. Vós me ensinastes desde a minha juventude, e até hoje canto as vossas maravilhas. 

Evangelho (Jo 13,21-33.36-38)

— Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!

— Salve, ó rei, obediente ao Pai, vós fostes levado para ser crucificado, como um manso cordeiro é conduzido à matança.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, estando à mesa com seus discípulos, 21 Jesus ficou profundamente comovido e testemunhou: “Em verdade, em verdade vos digo, um de vós me entregará”. 22 Desconcertados, os discípulos olhavam uns para os outros, pois não sabiam de quem Jesus estava falando. 23 Um deles, a quem Jesus amava, estava recostado ao lado de Jesus. 24 Simão Pedro fez-lhe um sinal para que ele procurasse saber de quem Jesus estava falando. 25 Então, o discípulo, reclinando-se sobre o peito de Jesus, perguntou-lhe: “Senhor, quem é?” 26 Jesus respondeu: “É aquele a quem eu der o pedaço de pão passado no molho”. Então Jesus molhou um pedaço de pão e deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes. 27 Depois do pedaço de pão, Satanás entrou em Judas. Então Jesus lhe disse: “O que tens a fazer, executa-o depressa”. 28 Nenhum dos presentes compreendeu por que Jesus lhe disse isso. 29 Como Judas guardava a bolsa, alguns pensavam que Jesus lhe queria dizer: “Compra o que precisamos para a festa”, ou que desse alguma coisa aos pobres. 30 Depois de receber o pedaço de pão, Judas saiu imediatamente. Era noite. 31 Depois que Judas saiu, disse Jesus: “Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele. 32 Se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e o glorificará logo. 33 Filhinhos, por pouco tempo estou ainda convosco. Vós me procurareis, e agora vos digo, como eu disse também aos judeus: ‘Para onde eu vou, vós não podeis ir'”. 36 Simão Pedro perguntou: “Senhor, para onde vais?” Jesus respondeu-lhe: “Para onde eu vou, tu não me podes seguir agora, mas me seguirás mais tarde”. 37 Pedro disse: “Senhor, por que não posso seguir-te agora? Eu darei a minha vida por ti!” 38 Respondeu Jesus: “Darás a tua vida por mim? Em verdade, em verdade te digo: o galo não cantará antes que me tenhas negado três vezes”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

Beato Cesar de Bus, Presbítero – 15 de Abril

Beato Cesar de Bus, Presbítero

Desejava seguir a carreira militar

Cesar de Bus, que desejava seguir a carreira militar, estava quase embarcando para atender ao chamado de seu irmão, capitão a serviço do rei Carlos IX, da França, quando foi impedido por uma enfermidade que o atingiu de maneira fulminante. Foi essa ocasião que o aproximou do bispo de Cavaillon, cidadezinha da Provença, onde ele tinha nascido em 3 de fevereiro 1544.

Reconduzido à religião decidiu ser sacerdote

Os jesuítas de Avignon, um humilde capelão e uma camponesa, que o assistiam durante a convalescença, com as suas palavras e os seus exemplos o reconduziram para a religião cristã, da qual ele havia se afastado. Não perdeu tempo: tão logo se curou, trocou de vida e se pôs a estudar para tornar-se sacerdote. Enquanto se preparava, começou a percorrer os sítios e fazendas ensinando o catecismo.

Fundou centros de instrução religiosa nos cantos mais escondidos e esquecidos

Fundou, com o auxilio de um primo, Romillon, centros de instrução religiosa nos cantos mais escondidos e esquecidos, nos quais começou a experimentar novos métodos de ensino da doutrina às crianças do meio rural.

Deu origem a Congregação dos Padres da Doutrina Cristã

Cesar de Bus tornou-se sacerdote aos trinta e oito anos de idade e já reunia em torno de si muitos jovens, formando, com a ajuda dos bispos e dos sacerdotes da região, uma numerosa comunidade, que tomou o nome de Congregação dos Padres da Doutrina Cristã, ou Doutrinários, os quais, por não terem pronunciado os votos, viviam todos juntos.

Foi neste ponto que surgiu a divergência entre os dois fundadores: Cesar de Bus queria que eles pronunciassem finalmente os votos e Romillon queria que se mantivessem apenas padres. Assim, esse último se transferiu para a casa de Aix-en-Provance, enquanto Cesar permaneceu na sede de Avignon.

Depois de um longo sofrimento, faleceu

Depois de um longo período de sofrimento causado por uma enfermidade, Cesar de Bus morreu no dia 15 de abril de 1607. Foi beatificado, em 1975, pelo papa Paulo VI, que autorizou sua celebração litúrgica para o dia do seu trânsito.

 

Beato Cesar de Bus, rogai por nós!

Oração – Ó Deus, que destes ao Beato César de Bus a graça de conhecer e amar a Doutrina ensinada por Nosso Senhor Jesus Cristo, bem como a sabedoria para ensiná-la, dai também a nós o amor à vossa Doutrina e a sabedoria. Amém.

César: Significa “imperador”, “rei”, “o que tem o cabelo comprido”, “cabeludo” ou “cortado”, “talhado”. A origem do nome César não é consensual.

Com São Damião de Molokai presbítero da Congregação dos Missionários dos Sagrados Corações de Jesus e Maria, que se consagrou com tanta magnanimidade à assistência dos leprosos, que também ele sucumbiu atingido pela lepra.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

Abril 15

1. Na Trácia, região do Sul da Europa, os santos Teodoro e Pausilipo, mártires, que, segundo a tradição, sofreram a morte no tempo do imperador Adriano.(† 117/137)

2. Em Mira, na Lícia, na atual Turquia, São Crescente, que sofreu o martírio na fogueira.(† data inc.)

3. No Monte d’Oro, no Piceno, hoje nas Marcas, região da Itália, São Marão, mártir.(† data inc.)

4. Em Roma, junto de São Pedro, a comemoração de Santo Abúndio, que, segundo o testemunho do papa São Gregório, foi humilde e fiel missionário desta igreja.(† c. 564)

5. Em Scissy, no território de Coutances da Gália, na atual França, o sepultamento de São Paterno, bispo de Avranches, que fundou muitos mosteiros e, eleito já septuagenário para a sede episcopal, finalmente, com grande contentamento entregou a sua alma a Deus no mosteiro deste lugar.(† c. 565)

6. No mosteiro de Landelles, no território de Bayeux, na Normandia, atualmente também na França, Santo Ortário, abade, dedicado a uma vida de austeridade e de oração e assíduo na assistência aos enfermos e aos pobres.(† s. XI)

7. Em Avinhão, na Provença, região da França, o Beato César de Bus, presbítero, que, convertendo-se da vida mundana, se dedicou à pregação e à catequese e fundou a Congregação dos Padres da Doutrina Cristã, destinada a dar glória a Deus pela formação dos fiéis.(† 1607)

8. Em Kalawao, ilha de Molokai, Oceania, São Damião de Veuster (José de Veuster), presbítero da Congregação dos Missionários dos Sagrados Corações de Jesus e Maria, que se consagrou com tanta magnanimidade à assistência dos leprosos, que sucumbiu atingido pela lepra.(† 1889)

Semana Santa | Segunda-feira

Primeira Leitura (Is 42,1-7)

Leitura do Livro do Profeta Isaías

1 “Eis o meu servo – eu o recebo; eis o meu eleito – nele se compraz minh’alma; pus meu espírito sobre ele, ele promoverá o julgamento das nações. 2 Ele não clama nem levanta a voz, nem se faz ouvir pelas ruas. 3 Não quebra uma cana rachada nem apaga um pavio que ainda fumega; mas promoverá o julgamento para obter a verdade. 4 Não esmorecerá nem se deixará abater, enquanto não estabelecer a justiça na terra; os países distantes esperam seus ensinamentos”. 5 Isto diz o Senhor Deus, que criou o céu e o estendeu, firmou a terra e tudo que dela germina, que dá a respiração aos seus habitantes e o sopro da vida ao que nela se move: 6 “Eu, o Senhor, te chamei para a justiça e te tomei pela mão; eu te formei e te constituí como o centro de aliança do povo, luz das nações, 7 para abrires os olhos dos cegos, tirar os cativos da prisão, livrar do cárcere os que vivem nas trevas”.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

Responsório Sl 26(27),1.2.3.13-14 (R. 1a)

— O Senhor é minha luz e salvação.

— O Senhor é minha luz e salvação.

— O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo? O Senhor é a proteção da minha vida; perante quem eu tremerei? 

— Quando avançam os malvados contra mim, querendo devorar-me, são eles, inimigos e opressores, que tropeçam e sucumbem. 

— Se contra mim um exército se armar, não temerá meu coração; se contra mim uma batalha estourar, mesmo assim confiarei. 

— Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes. Espera no Senhor e tem coragem, espera no Senhor!

Evangelho (Jo 12,1-11)

— Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!

— Salve, nosso rei, somente vós tendes compaixão dos nossos erros.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João

— Glória a vós, Senhor.

1 Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi para Betânia, onde morava Lázaro, que ele havia ressuscitado dos mortos. 2 Ali ofereceram a Jesus um jantar; Marta servia e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. 3 Maria, tomando quase meio litro de perfume de nardo puro e muito caro, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos. A casa inteira ficou cheia do perfume do bálsamo. 4 Então, falou Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de entregar: 5 “Por que não se vendeu este perfume por trezentas moedas de prata, para as dar aos pobres?” 6 Judas falou assim não porque se preocupasse com os pobres, mas porque era ladrão; ele tomava conta da bolsa comum e roubava o que se depositava nela. 7 Jesus, porém, disse: “Deixa-a; ela fez isto em vista do dia de minha sepultura. 8 Pobres, sempre os tereis convosco, enquanto a mim, nem sempre me tereis”. 9 Muitos judeus, tendo sabido que Jesus estava em Betânia, foram para lá, não só por causa de Jesus, mas também para verem Lázaro, que Jesus havia ressuscitado dos mortos. 10 Então, os sumos sacerdotes decidiram matar também Lázaro, 11 porque, por causa dele, muitos deixavam os judeus e acreditavam em Jesus.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.