São Marinho e Santo Astério, Martires – 03 de Março

São Marinho e Santo Astério, Martires

Centurião Romano

Era oficial do exército imperial em Cesareia da Palestina. Devido à sua bravura, fora nomeado centurião romano, cargo bastante almejado. Enquanto se aguardava a cerimônia da entrega da vara da videira, símbolo da sua promoção, um dos pretendentes ao cargo acusou-o de ser cristão. O facto ocorreu por volta do ano 260, quando a Igreja de Cristo era bastante perseguida.

Escolheu a Bíblia e a morte

São Marinho teve o apoio do Bispo Teotecno, que o incentivou a perseverar na fé, embora isso lhe custasse a vida. O Bispo, diante do altar, apresentou-lhe uma espada e a Bíblia pedindo-lhe que escolhesse. Com segurança, escolheu a Bíblia e, diante das autoridades, afirmou ser cristão.

Apoiado pelo Senador Astério

Estava presente na execução outro cristão, o Senador Astério, que o incentivou a permanecer firme em sua decisão. Logo após o martírio, Astério tomou o seu corpo a fim de lhe dar uma sepultura digna, embora soubesse que esse gesto também lhe custaria a vida, como de facto aconteceu. Dessa maneira, São Marinho divide com Astério a honra do martírio por ser seguidor de Cristo.

A Igreja já estava em paz, salvo casos isolados

Eusébio começa a contar que a Igreja estava em paz em todos os lugares. De fato Galieno, em 260, emanara um edito de tolerância aos cristãos. Porém, nem todos os magistrados dividiam a política da distensão. Por isso houve casos isolados de intolerância, como o do nosso mártir.

Santos Marinho e Astério, rogai por nós!

Oração – Senhor, tende piedade de nós e, pelos méritos de São Marino dai-nos o dom do desassombro para que possamos com firmeza proclamar a nossa adesão a Igreja Católica Apostólica Romana. Amém.

Marinho é um nome com origem no latim, da palavra marinus, que quer dizer “marinho”, ou simplesmente “do mar”.

Com Santa Cunegundes, que, com o seu esposo, o imperador Santo Henrique, concedeu muitos benefícios à Igreja.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

Março 3

1. Em Cesareia da Palestina, os santos Marinho, soldado, e Astério, senador, mártires durante a perseguição do imperador Galieno. O primeiro, denunciado como cristão por um companheiro de armas hostil, professou diante do juiz com inequívoca clareza a sua fé cristã e, decapitado, recebeu a coroa do martírio. Segundo consta, quando Astério recolheu com a sua própria veste o corpo do mártir, recebeu imediatamente também ele a mesma honra do martírio.(† c. 260)

2. Em Calahorra, na Hispânia Tarraconense, os santos Emetério e Celedônio, que, desempenhando a milícia em Leão, na Galécia, quando se desencadeou a perseguição foram levados para Calahorra, onde receberam a coroa do martírio por confessarem o nome de Cristo.(† c. s. IV)

3. Em Amaseia, cidade do Ponto, na atual Turquia, os santos Cleónico e Eutrópio, mártires na perseguição do imperador Maximiano sob as ordens do prefeito Asclepiódato.(† s. IV)

4. Em Bréscia, na antiga Venécia, hoje na Lombardia, região da Itália, São Ticiano,bispo.(† c. 526)

5. Na Cornualha da Armórica, atualmente na França, São Vinvaleu, primeiro abade do mosteiro de Landévennec, que, segundo a tradição, foi discípulo de São Budoc na ilha Lavret e com a sua vida ilustrou a regra monástica.(† 533)

6. Em Benevento, na Campânia, região da Itália, Santa Artelaide, virgem.(† c. 570)

7. Em Nonântola, na Emília-Romagna, região da Itália, Santo Anselmo, fundador e primeiro abade do mosteiro desta cidade, que durante cinquenta anos promoveu a observância monástica, tanto pelo seu ensino como pelo exercício das suas virtudes.(† 803)

8. Em Kaufungen, no território de Hessen, na atual Alemanha, Santa Cunegundes, que, com o seu esposo, o imperador Santo Henrique, concedeu muitos benefícios à Igreja, e depois da morte do esposo, se retirou no claustro de Kaufungen, para se entregar à vida monástica, tomando Cristo como sua herança, e aí morreu. O seu corpo foi depositado com honras solenes em Bamberg, junto dos ossos de Santo Henrique.(† c. 1033/1039)

9. Na Frísia, no território atual da Holanda, o Beato Frederico, presbítero, que foi pároco na cidade de Hallum e depois abade do mosteiro premonstratense de Mariengaarde.(† 1175)

10. Em Palermo, na Sicília, região da Itália, o Beato Pedro Jeremias, presbítero da Ordem dos Pregadores, que, confirmado por São Vicente Ferrer no ministério da palavra de Deus, se consagrou totalmente à obra da salvação das almas.(† 1452)

11. Em Vercelas, no Piemonte, região da Itália, o Beato Jacobino de’ Canepácci, religioso da Ordem dos Carmelitas, insigne pela sua vida de oração e penitência.(† 1508)

12. Em Gondar, na Etiópia, os beatos Liberato Weiss, Samuel Marzoráti e Miguel Pio Fasoli da Zerbo, presbíteros da Ordem dos Frades Menores e mártires, que morreram apedrejados por causa da sua fé católica.(† 1716)

13. Em Vannes, na Bretanha Menor, atualmente na França, o Beato Pedro Renato Rogue, presbítero da Congregação da Missão e mártir, que, durante a Revolução Francesa, recusando-se a prestar o nefando juramento imposto ao clero, permaneceu na cidade para exercer clandestinamente o ministério pastoral junto dos fiéis e, condenado à morte, partiu ao encontro da misericórdia do Senhor na própria igreja onde celebrava os sagrados mistérios.(† 1796)

14. Em Bréscia, na Lombardia, região da Itália, Santa Teresa Eustóquio (Inácia) Verzéri, virgem, fundadora da Congregação das Filhas do Sagrado Coração de Jesus.(† 1852)

15. Em Bérgamo, também na Lombardia, o Beato Inocêncio de Berzo (João Scalvinóni), presbítero da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, que resplandeceu pela exímia caridade com que se dedicou à pregação da palavra de Deus e à administração do sacramento da Penitência.(† 1890)

16. Em Filadélfia, cidade do estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos da América do Norte, Santa Catarina Drexel, virgem, que fundou a Congregação das Irmãs do Santíssimo Sacramento e dispendeu generosa e benignamente as riquezas da sua herança para a educação e desenvolvimento dos Índios e dos Negros.(† 1955)

Santa Inês de Praga, Virgem – 02 de Março

Santa Inês de Praga, Virgem

Filha de Rei, educada por freiras

Nasceu em 1205, em Praga, República Tcheca. Era filha de Premislau I, Rei da Boêmia, educada por freiras Cistercienses. Era apenas uma garota e já demonstrava fervor e desejo de se consagrar a Deus e viver intensamente a fé cristã. Por ser muito jovem e bonita não foram raros os rapazes que desejavam desposá-la. Mas os seus planos para o futuro eram outros. Inês recusava a todos com gentileza, declarando que o seu único compromisso era com Jesus.

Seu maior pretendente era o Imperador

Porém, um dos homens que deseja tê-la como esposa era o Imperador Frederico II. Ele era o mais insistente dos pretendentes, chegando às vezes a abordá-la para pedi-la em casamento. Como Inês percebeu que apenas suas palavras não seriam suficientes, passou a entregar-se às suas orações com mais fervor, e provar a ele e a todos que a desejassem desviá-la do seu caminho que Deus era o seu maior desejo.

Pediu ao Papa ajuda contra a paixão do Imperador

Mas eram tantos os que vinham interceder a favor do Imperador que Inês viu-se obrigada a escrever ao Papa Gregório IX para que intercedesse por ela e a ajudasse a livrar-se desse tormento. O Papa ficou admirado com a tenacidade e a fé de Santa Inês e enviou um de seus mais hábeis assessores para pessoalmente defender Inês, desencorajando o Imperador apaixonado. A firmeza com que o religioso e Santa Inês explicaram o que significava consagrar-se a Deus finalmente convenceram a Frederico II a renunciar o seu amor de homem, e ele tornou-se inclusive uma pessoa de fé inabalável.

Mandou construir um Hospital e um convento

Santa Inês pode então ficar livre para abraçar a sua verdadeira vocação. Suas primeiras ações foram construir um hospital para os pobres, um Convento para os Franciscanos e distribuir a sua riqueza para os pobres.

Logo em seguida fundou o Convento de São Salvador, cujos cinco primeiros membros a ingressar na Instituição foram enviados por Santa Clara de Assis. Santa Inês de Praga tomou seu hábito em 1234 e ingressou na Ordem das Clarissas.

Abadessa das clarissas por 50 anos

Algum tempo depois, devido a sua competência, humildade e bondade, foi convidada para exercer a posição de Abadessa. A princípio, não queria a posição, mas mais tarde devido à insistência de Santa Clara aceitou. Dedicou 50 anos a expandir o Convento e a Ordem das Clarissas. Ela gostava de cuidar dos pobres e remendava pessoalmente as roupas dos leprosos e cuidava deles, e milagrosamente, nunca contraiu a terrível doença.

Tinha o dom da profecia e da cura

Ela tinha o dom da profecia e curava vários doentes apenas com seu toque e oração e às vezes tinha visões. Apesar de nunca terem se encontrado, Santa Clara de Assis e ela trocaram extensas cartas durante duas décadas e várias dessas cartas ainda existem até hoje, e provam uma sabedoria fora do comum no entendimento da fé e de Jesus.

Seu túmulo foi lugar de peregrinação

Faleceu em 6 de março de 1282 no Convento São Salvador, em Praga, de causas naturais. Beatificada em 1874 pelo Papa Pio IX e canonizada em 12 de novembro de 1989, pelo Papa João Paulo II. Seu túmulo logo se tornou um local de peregrinação e vários milagres foram atribuídos a sua intercessão.

Santa Inês de Praga, rogai por nós!

Oração – Santa Inês de Praga obtende para nós um desejo ardente de permanecer na graça divina; um firme empenho na vida de oração e de contemplação; uma alegria profunda no despojamento interior e exterior. Amém.

Inês: Significa “pura”, “casta” ou “cordeiro”. O nome Inês tem origem no espanhol Inez, uma variação de Agnes, nome que tem origem no grego hagnes,

Com Beato Carlos, o Bom, mártir, que, sendo rei da Dinamarca e depois conde da Flandre.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

Março 2

1. Em Neocesareia, cidade do Ponto, hoje Niksar, na atual Turquia, São Tróades, mártir durante a perseguição do imperador Décio, de cujo martírio dá testemunho São Gregório Taumaturgo.(† c. 250)

2. Em Lichfield, na atual Inglaterra, São Ceada, bispo, que, em tempos muito difíceis, exerceu o ministério episcopal no território da Mércia, de Lindisfarne e da Ânglia Mediterrânea, ministério que procurou desempenhar com uma vida de grande perfeição segundo os exemplos dos Padres antigos.(† 672)

3*. Em Agira, na Sicília, região da Itália, São Lucas Casáli de Nicósia, monge, célebre pela sua profunda humildade e grandes virtudes.(Sec. IX)

4. Em Praga, cidade da Boêmia, atualmente na Chéquia, Santa Inês, abadessa, que, sendo filha do rei Ottokar, recusou as núpcias régias para ser esposa somente de Jesus Cristo e abraçou a Regra de Santa Clara num mosteiro por ela edificado, onde quis observar rigorosamente a vida de pobreza.(† c.1282)

5*. Em Bruges, cidade da Flandres, na atual Bélgica, o Beato Carlos o Bom, mártir, que, sendo rei da Dinamarca e depois conde da Flandres, procedeu como promotor da justiça e defensor dos pobres e foi morto por soldados que ele procurava induzir à paz.(† 1127)

6. Em Sevilha, na Espanha, Santa Ângela da Cruz (María dos Anjos Guerrero González), fundadora do Instituto das Irmãs da Companhia da Cruz, que nada considerava mais seu que dos pobres, a quem costumava chamar seus “senhores” e se dedicava verdadeiramente ao seu serviço.(† 1932)

8º Domingo do Tempo Comum | Domingo

Primeira Leitura (Eclo 27,5-8)

Leitura do Livro do Eclesiástico

5 Quando a gente sacode a peneira, ficam nela só os refugos; assim os defeitos de um homem aparecem no seu falar. 6 Como o forno prova os vasos do oleiro, assim o homem é provado em sua conversa, 7 O fruto revela como foi cultivada a árvore; assim, a palavra mostra o coração do homem. 8 Não elogies a ninguém, antes de ouvi-lo falar: pois é no falar que o homem se revela.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

Responsório Sl 91(92),2-3.13-14.15-16 (R. cf. 2a)

– Como é bom agradecermos ao Senhor.

– Como é bom agradecermos ao Senhor.

– Como é bom agradecermos ao Senhor e cantar salmos de louvor ao Deus Altíssimo! Anunciar pela manhã vossa bondade, e o vosso amor fiel, a noite inteira. 

– O justo crescerá como a palmeira, florirá igual ao cedro que há no Líbano; na casa do Senhor estão plantados, nos átrios de meu Deus florescerão. 

– Mesmo no tempo da velhice darão frutos, cheios de seiva e de folhas verdejantes; e dirão: “É justo mesmo o Senhor Deus: meu Rochedo, não existe nele o mal!” 

Evangelho (Lc 6,39-45)

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.

— Como astros no mundo vós resplandeceis, mensagem de vida ao mundo anunciando; da vida a Palavra, com fé, proclamais, quais astros luzentes no mundo brilhais!

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 39 Jesus contou uma parábola aos discípulos: “Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois num buraco? 40 Um discípulo não é maior do que o mestre; todo discípulo bem formado será como o mestre. 41 Por que vês tu o cisco no olho do teu irmão, e não percebes a trave que há no teu próprio olho? 42 Como podes dizer a teu irmão: irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho, quando tu não vês a trave no teu próprio olho? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho, e então poderás enxergar bem para tirar o cisco do olho do teu irmão. 43 Não existe árvore boa que dê frutos ruins, nem árvore ruim que dê frutos bons. 44 Toda árvore é reconhecida pelos seus frutos. Não se colhem figos de espinheiros, nem uvas de plantas espinhosas. 45 O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração. Mas o homem mau tira coisas más do seu mau tesouro, pois sua boca fala do que o coração está cheio”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

7º Semana do Tempo Comum | Sábado

Primeira Leitura (Eclo 17,1-13)

Leitura do Livro do Eclesiástico

1 Da terra Deus criou o homem, e o formou à sua imagem. 2 E à terra o faz voltar novamente, embora o tenha revestido de poder, semelhante ao seu. 3 Concedeu-lhe dias contados e tempo determinado, deu-lhe autoridade sobre tudo o que está sobre a terra. 4 Em todo ser vivo infundiu o temor do homem, fazendo-o dominar sobre as feras e os pássaros. 5 Deu aos homens discernimento, língua, olhos, ouvidos, e um coração para pensar; encheu-os de inteligência e de sabedoria. 6 Deu-lhes ainda a ciência do espírito, encheu o seu coração de bom senso e mostrou-lhes o bem e o mal. 7 Infundiu o seu temor em seus corações, mostrando-lhes as grandezas de suas obras. 8 Concedeu-lhes que se gloriassem de suas maravilhas, louvassem o seu Nome santo e proclamassem as grandezas de suas obras. 9 Concedeu-lhes ainda a instrução e entregou-lhes por herança a lei da vida. 10 Firmou com eles uma aliança eterna e mostrou-lhes sua justiça e seus julgamentos. 11 Seus olhos viram as grandezas da sua glória e seus ouvidos ouviram a glória da sua voz. Ele lhes disse: “Tomai cuidado com tudo o que é injusto!” 12 E a cada um deu mandamentos em relação ao seu próximo. 13 Os caminhos dos homens estão sempre diante do Senhor e não podem ficar ocultos a seus olhos.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

Responsório Sl 102(103),13-14.15-16.17-18a (R. cf. 17)

– O amor do Senhor por quem o respeita é de sempre e para sempre.

– O amor do Senhor por quem o respeita é de sempre e para sempre.

– Como um pai se compadece de seus filhos, o Senhor tem compaixão dos que o temem. Porque sabe de que barro somos feitos, e se lembra que apenas somos pó. 

– Os dias do homem se parecem com a erva, ela floresce como a flor dos verdes campos; mas apenas sopra o vento ela se esvai, já nem sabemos onde era o seu lugar. 

– Mas o amor do Senhor Deus por quem o teme é de sempre e perdura para sempre; e também sua justiça se estende por gerações até os filhos de seus filhos, aos que guardam fielmente sua Aliança. 

Evangelho (Mc 10,13-16)

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.

— Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelaste os mistérios do teu Reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores!

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 13 traziam crianças para que Jesus as tocasse. Mas os discípulos as repreendiam. 14 Vendo isso, Jesus se aborreceu e disse: “Deixai vir a mim as crianças. Não as proibais, porque o Reino de Deus é dos que são como elas. 15 Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele”. 16 Ele abraçava as crianças e as abençoava, impondo-lhes as mãos.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

Santo Albino, Abade, Bispo – 01 de Março

Santo Albino, Abade, Bispo

Criança reservada e inteligente

Nasceu no ano 469, no seio de uma família cristã que se encontrava em ascensão social, também pertencia à nobreza de Vannes, sua cidade natal, na Bretanha. Era uma criança reservada, inteligente, pia e generosa. Ao atingir a adolescência manifestou a vocação pela vida religiosa. Por volta dos vinte anos ordenou-se monge e cinco anos depois era escolhido, pela sua comunidade, o abade do mosteiro de Tintilante, também conhecido como de Nossa Senhora de Nantili, próximo de Samour.

Abade aos 25 anos

Durante mais vinte e cinco anos exerceu seu ministério, mantendo-se fiel aos preceitos da Igreja, trabalhando para manter a integridade dos Sacramentos e das tradições cristãs. Nesse período, todas as suas qualidades humanas e espirituais afloraram, deixando visível uma pessoa especial que caminhava na retidão da santidade. Fez-se o pai e irmão dos pobres, dos humildes, dos perseguidos e dos prisioneiros. Tanto que foi eleito, para ocupar o posto de bispo de Angers, pelo clero e pela população, num gesto que demonstrou todo amor e estima do seu imenso rebanho.

Lutou bravamente contra os maus costumes

Nesse posto trabalhou incansavelmente pela moralização dos costumes, contra os casamentos incestuosos que se tornavam comuns naquela época, quando os ricos da corte tomavam como esposas as próprias irmãs ou filhas. Para isso convocou os concílios regionais de Órleans em 538 e 541, participando em ambos ativamente, arriscando a própria vida. Mas com o apoio da Santa Sé adquiriu novo fôlego para prosseguir na difícil e perigosa campanha de moralização cristã.

Praticou milagres extraordinários

A tradição lhe atribui algumas situações prodigiosas e cobertas pela graça da Divina Providência, como a abertura das portas da prisão, a libertação dos encarcerados e muitos outros divulgados entre os fieis devotos.

Matou um soldado com um sopro

Conta-se que, quando visitou Etheria, uma mulher que estava presa pelo Rei Childebert por dívidas ao Estado, a mulher se atirou aos pés de Albino e implorou ajuda. Um guarda fez um movimento para bater nela, mas Albino apenas soprou e ele caiu morto. Etheria foi logo solta.

Com sua oração destruiu uma prisão

De outra vez, passou pela torre da prisão de Angers e ouviu gritos e gemidos de prisioneiros que eram maltratados. Ele pediu ao magistrado local para que fossem soltos, mas o magistrado recusou. Albino retornou à torre e orou em frente dela e algumas horas depois um deslocamento de terra deitou abaixo a torre e os prisioneiros escaparam, seguindo Albino até à igreja de São Mauricio, onde mudaram a sua vida e se tornaram cristãos modelos.

Sua bênção curava doenças

Certa vez, um homem com sérios problemas renais (talvez a famosa e dolorosa pedra nos rins) e gemendo de dor, aproximou-se de Abino, prostrou-se a seus pés e implorou a sua ajuda. Albino curou-o apenas com sua benção e oração.

Albino morreu no primeiro dia de março de 550 e foi sepultado na igreja de São Pedro em Angers. Devido o seu culto intenso já em 556 foi dedicada à ele uma igreja, na qual construíram uma cripta para onde seu corpo foi transladado. Ao lado dessa igreja foi criado um mosteiro beneditino.

Suas relíquias estão na Catedral de São germano em Paris

Contudo, as relíquias do bispo Albino encontraram o repouso definitivo na catedral de São Germano em Paris, no ano 1126, quando o seu culto já atingira, além da França e Itália, também a Alemanha, Inglaterra, Polônia e vários países do Oriente.

Um dos santos mais populares na Idade Média

Com justiça, Albino foi considerado um dos santos mais populares da Idade Média, que atingiu a Modernidade através da vigorosa devoção dos fiéis, reflexo de seu exemplo de moralizador. A festa litúrgica de Santo Albino é comemorada no dia de sua morte.

Santo Albino, rogai por nós!

Oração – Ó Deus, que aos vossos pastores associastes Santo Albino, animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, dai-nos, por sua intercessão, perseverar na caridade e na fé, para participarmos de sua glória.

Albino:Significa “muito branco” ou “alvorada”. Albino é um nome masculino, derivado a partir do latim “albus”, que significa literalmente “branco”

Com São Félix III, Papa, tetravô do Papa São Gregório Magno.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

Março 1

1. Roma, junto de São Paulo, Via Ostiense, São Félix III, papa, tetravô do papa São Gregório Magno.(† 492)

2. Em Angers, na Gália Lionense, atualmente na França, Santo Albino, bispo, que repreendeu veementemente os costumes abusivos dos poderosos e promoveu com ardor o Terceiro Concílio de Orleãs para a renovação da Igreja.(† c. 550)

3. Em Saint David, antiga Menévia, no País de Gales, São David, bispo, que, imitando os exemplos e virtudes dos Padres orientais, fundou um mosteiro, de onde partiram muitos monges para evangelizar o País de Gales, a Irlanda, a Cornualha e a Armórica.(† c. 601)

4. Em Le Mans, na Nêustria, hoje na França, São Siviardo, abade de Anisole.(† c. 680)

5. Em Kaiserswerdt, ilha do Reno, na Saxônia, atualmente na Alemanha, São Suitberto, bispo, que, tendo sido monge na Nortumbria, depois companheiro de São Vilibrordo e finalmente ordenado bispo por São Vilfredo, anunciou o Evangelho aos Batavos, aos Frisões e a outros povos da Germânia e morreu piedosamente, já em idade avançada, no mosteiro que tinha fundado.(† 713)

6. Na Gasconha, num território hoje situado no sudoeste da França e noroeste da Espanha, São Leão, bispo e mártir.(† s. IX)

7. No mosteiro de Avena, nas encostas do monte Mercúrio, na Calábria, região da Itália, São Leão Lucas, abade de Monte Mula, que resplandeceu na vida eremítica e cenobítica segundo a observância dos monges orientais.(† c. 900)

8. Em Celanova, na Galiza, Espanha, São Rosendo, que foi primeiramente bispo de Dume, em Portugal, onde procurou promover e restaurar nesta região a vida monástica e, renunciando ao ministério episcopal, tomou o hábito monástico no mosteiro de Celanova, que dirigiu como abade.(† 977)

9. Em Tággia, na Ligúria, região da Itália, a comemoração do Beato Cristóvão de Milão, presbítero da Ordem dos Pregadores, muito dedicado ao culto divino e à doutrina sagrada.(† 1484)

10. Em Bassano, no Véneto, região da Itália, a Beata Joana Maria Bonomo, abadessa da Ordem de São Bento, que, dotada de dons místicos, experimentou no corpo e na alma as dores da Paixão do Senhor.(† 1670)

11. Em Xilinxian, cidade da província de Guangxi, na China, Santa Inês Cao Kuiying, mártir, que, tendo vivido casada com um esposo violento, depois da morte deste se dedicou, por mandato do bispo, ao ensino da doutrina cristã; por isso foi encerrada num cárcere, onde sofreu crudelíssimos tormentos, e, sempre animada pela confiança em Deus, partiu deste mundo para as núpcias eternas.(† 1856)

São Romano, Abade – 28 de Fevereiro

São Romano, Abade

Monge do Ocidente

Os primeiros contatos dos monges orientais com o mundo latino foram propiciados pelos frequentes exílios de santo Antanásio. Foi no século IV que se desenvolveu a vida monacal no Ocidente. O primeiro mosteiro surgiu na França em 371 por obra de São Martinho de Tours. Depois disso, houve florescimento de mosteiros, entre os quais em Ainay, perto de Lyon, onde encontramos o monge Romano.

Desejava uma regra radical de vida

Nascido no ano 390, tornou-se um dos primeiro monges franceses. Romano achava as regras do mosteiro muito brandas. Então, com apenas uma Bíblia, o que para ele era o indispensável para viver, sumiu por entre os montes desertos dos arredores da cidade.

Viveu anos completamente solitário

Ele só foi localizado por seu irmão Lupicino, depois de alguns anos. Romano tinha se tornado um monge completamente solitário e vivia naquelas montanhas que fazem a fronteira da França com a Suíça. Aceitou o irmão como seu aluno e seguidor, apesar de possuírem temperamentos opostos.

Fundou mosterios

A eles se juntaram muitos outros que desejavam ser eremitas. Por isso teve de fundar dois mosteiros masculinos, um em Condat e outro em Lancome. Depois construiu um de clausura, feminino, em Beaume, no qual Romano colocou como abadessa sua irmã.

Os três ficaram sob as mesmas e severas regras disciplinares, como Romano achava que seria correto para a vida das comunidades monásticas. Romano e Lupicino se dividiam entre os dois mosteiros masculinos na orientação espiritual, enquanto no mosteiro de Beaume, Romano mantinha contato com a abadessa sua irmã, orientando-a pessoalmente na vida espiritual.

Curava leprosos

Consta nos registros da Igreja que, durante uma viagem de Romano ao túmulo de São Maurício, em Genebra, ele e um discípulo que o acompanhava, depois também venerado pela Igreja, chamado Pelade, tiveram de ficar hospedados numa choupana onde havia dois leprosos. Romano os abraçou, solidarizou-se com eles e, na manhã seguinte, os dois estavam curados.

A tradição, que a Igreja mantém, nos narra que este foi apenas o começo de uma viagem cheia de prodígios e milagres. Depois, voltando dessa peregrinação, Romano viveu recluso, na cela de seu mosteiro e se reencontrou na ansiada solidão. Assim ele morreu, antes de seu irmão e irmã, aos 73 anos de idade, no dia 28 de fevereiro de 463.

Cultuado em toda Europa

O culto de São Romano propagou-se velozmente na França, Suíça, Bélgica, Itália, enfim por toda a Europa. As graças e prodígios que ocorreram por sua intercessão são numerosos e continuam a ocorrer, segundo os fieis que mantêm sua devoção ainda muito viva, nos nossos dias.

São Romno, rogai por nós!

Oração – São Romão nos conceda sua doçura com sua força de oração; porque, sem sua força de oração, nada faria com sua doçura. Amém

Romano: Significa “habitante de Roma” ou “aquele que nasceu em Roma” Romano é um nome masculino que deriva diretamente do termo latino romanus

Com Marana e Cira virgens, que em Bereia, na Síria, viveram num lugar estreito e fechado a céu aberto, sem sequer um modesto manto, observando o silêncio e recebendo por uma janelinha o alimento necessário.

Martirológio Romano – Secretariado Nacional de Liturgia PT

Fev 28

1. Comemoração dos santos presbíteros, diáconos e muitos outros, que, em Alexandria, no tempo do imperador Galieno, quando grassava um surto fortíssimo de peste, voluntariamente foram ao encontro da morte ao assistirem os que eram atingidos pela epidemia; por isso a piedade dos fiéis se habituou a venerá-los como mártires.(† 262)

2. No monte Jura, na Gália Lionense, hoje na França, o sepultamento de São Romão, abade, que, seguindo os exemplos dos monges antigos, foi o primeiro a seguir vida eremítica neste ermo e se tornou depois o pai de muitos monges.(† 463)

3. A comemoração das santas Marana e Cira, virgens, que em Bereia, na Síria, viveram num lugar estreito e fechado a céu aberto, sem sequer um modesto manto, observando o silêncio e recebendo por uma janelinha o alimento necessário. († s. V)

Nos anos bissextos omitem-se os seguintes:

4. Em Roma, junto à Via Tiburtina, o sepultamento de Santo Hilário, papa, que escreveu cartas sobre a fé católica, pelas quais confirmou os concílios de Niceia, de Éfeso e de Calcedónia, enaltecendo o primado da Sé Romana.(† 468)

5. Em Worcester, na Inglaterra, Santo Osvaldo, bispo, que foi cónego e depois monge; finalmente, governou a Igreja de Worcester e mais tarde a de York, instituiu em muitos mosteiros a Regra de São Bento e foi um mestre afável, generoso, alegre e de grande sabedoria.(† 992)

6. Em L’Áquila, nos Abruzos, região da Itália, a Beata Antónia de Florença, viúva, que foi fundadora e primeira abadessa do mosteiro do Corpo de Cristo com a observância da primeira Regra de Santa Clara. († 1472)

7. Em Xilinxian, cidade da província de Guangxi, na China, Santo Augusto Chapdelaine, presbítero da Sociedade das Missões Estrangeiras de Paris e mártir, que, preso pelos soldados com muitos neófitos por ser o primeiro a semear a fé cristã nesta região, foi flagelado com trezentos açoites e metido numa pequena gaiola e finalmente morreu decapitado.(† 1856)

Nos anos não bissextos continua-se:

8. Em Unzen, no Japão, os beatos Paulo Uchibori Sakuemon, Gaspar Kizaemon e sua esposa Maria Mine, Gaspar Nagai Sohan e companheiros[1] mártires.

[1] São estes os seus nomes: Luís Shinzaburo, Dinis Saekieki Zenka e seu filho Luís Saeki Kizo, Damião Ichiyata, Leão Nakajima Sokan e seu filho Paulo Nakajima, João Kisaki Kyuhachi, João Heisaku, Tomé Uzumi Shingoro, Aleixo Sugi Shohachi, Tomé Kondo Hyoemon, João Araki Kanshichi.(† 1627)

9. Em Paris, na França, o Beato Daniel Brottier, presbítero da Congregação do Espírito Santo, que se dedicou a trabalhar em favor dos órfãos.(† 1936)

10. No campo de concentração de Auschwitz, perto de Cracóvia, na Polônia, o Beato Timóteo Trojanowski, presbítero da Ordem dos Frades Menores Conventuais e mártir, que, durante a ocupação militar da sua pátria por um regime hostil à dignidade humana e à religião, esvanecido pelos suplícios que teve de suportar, consumou o martírio por causa da sua fé cristã.(† 1942)

11. Em Milão, na Itália, o Beato Carlos Gnócchi, presbítero, que, para ajudar as crianças mutiladas ou deficientes físicos e psíquicos por causa da guerra, fundou a sua obra máxima, a “Fundação Pro Iuventute”, hoje chamada Obra Don Gnocchi.(† 1956)

7º Semana do Tempo Comum | Sexta-feira

Primeira Leitura (Eclo 6,5-17)

Leitura do Livro do Eclesiástico

Uma palavra amena multiplica os amigos e acalma os inimigos; uma língua afável multiplica as saudações. 6 Sejam numerosos os que te saúdam, mas teus conselheiros, um entre mil. 7 Se queres adquirir um amigo, adquire-o na provação; e não te apresses em confiar nele. 8 Porque há amigo de ocasião, que não persevera no dia da aflição. 9 Há amigo que passa para a inimizade, e que revela as desavenças para te envergonhar. 10 Há amigo que é companheiro de mesa e que não persevera no dia da necessidade. 11 Quando fores bem sucedido, ele será como teu igual e, sem cerimônia, dará ordens a teus criados. 12 Mas, se fores humilhado, ele estará contra ti e se esconderá da tua presença. 13 Afasta-te dos teus inimigos e toma cuidado com os amigos. 14 Um amigo fiel é poderosa proteção: quem o encontrou, encontrou um tesouro. 15 Ao amigo fiel não há nada que se compare, é um bem inestimável. 16 Um amigo fiel é um bálsamo de vida; os que temem o Senhor vão encontrá-lo. 17 Quem teme o Senhor, conduz bem a sua amizade: como ele é, tal será o seu amigo.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

Responsório Sl 118(119),12.16.18.27.34.35 (R. 35a)

— Guiai-me pela estrada do vosso ensinamento!

— Guiai-me pela estrada do vosso ensinamento!

— Ó Senhor, vós sois bendito para sempre; os vossos mandamentos ensinai-me!

— Minha alegria é fazer vossa vontade; eu não posso esquecer vossa palavra.

— Abri meus olhos, e então contemplarei as maravilhas que encerra a vossa lei!

— Fazei-me conhecer vossos caminhos, e então meditarei vossos prodígios!

— Dai-me o saber, e cumprirei a vossa lei, e de todo o coração a guardarei.

— Guiai meus passos no caminho que traçastes, pois só nele encontrarei felicidade.

Evangelho (Mc 10,1-12)

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.

— Vossa palavra é a verdade; santificai-nos na verdade!

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1 Jesus foi para o território da Judeia, do outro lado do rio Jordão. As multidões se reuniram de novo, em torno de Jesus. E ele, como de costume, as ensinava. 2 Alguns fariseus se aproximaram de Jesus. Para pô-lo à prova, perguntaram se era permitido ao homem divorciar-se de sua mulher. 3 Jesus perguntou: “O que Moisés vos ordenou?” 4 Os fariseus responderam: “Moisés permitiu escrever uma certidão de divórcio e despedi-la”. 5 Jesus então disse: “Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés vos escreveu este mandamento. 6 No entanto, desde o começo da criação, Deus os fez homem e mulher. 7 Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma só carne. 8 Assim, já não são dois, mas uma só carne. 9 Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe!” 10 Em casa, os discípulos fizeram, novamente, perguntas sobre o mesmo assunto. 11 Jesus respondeu: “Quem se divorciar de sua mulher e casar com outra, cometerá adultério contra a primeira. 12 E se a mulher se divorciar de seu marido e casar com outro, cometerá adultério”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

São Gregório de Narek, Presbítero, Abade – 27 de Fevereiro

São Gregório de Narek, Presbítero, Abade

De família culta

Nasceu entre 945 e 951, em Vaspurakan (Armênia histórica), no seio de uma família de eruditos. Após a morte prematura de sua mãe, seu pai, Khosrov, foi nomeado arcebispo de Andzevatsik. Por isso, confiou a educação do pequeno Gregório a seu tio Ananias, médico, filósofo e abade do mosteiro São Basílio de Narek, uma escola famosa de Sagrada Escritura e Patrística. Além da Bíblia, o jovem estudou os poetas e filósofos do Helenismo, foi ordenado sacerdote e, depois, como abade, reformou Narek.

Um contemplativo dos acontecimentos da época

Gregório era contemplativo, mas não isolado dos acontecimentos políticos e eclesiásticos da sua terra e de seu tempo: sua fama ultrapassou os muros do mosteiro. Assim, a pedido do príncipe, Gurgen de Andzevatsik, fez um “Comentário sobre o Cântico dos Cânticos”; e, a pedido do Bispo Stepanos, escreveu a história da Santa Cruz de Aparank. No entanto, adaptou seus sermões e hinos para catequizar o povo.

Defensor da Imaculada Conceição

Para compreender seus ensinamentos mariológicos, de particular importância, compôs os louvores à Santíssima Virgem, nos quais apresenta a Imaculada Conceição de Maria com um estilo tocante, em que se percebe a saudade que sente da figura materna.

Escreveu o “Livro da Lamentações” muito popular

No fim da sua vida, Gregório escreveu “O Livro das Lamentações”, tão popular e amado na Armênia, que sua leitura era obrigatória para as crianças, em idade escolar, depois de aprender o alfabeto.

Seu túmulo foi lugar de peregrinação

Gregório faleceu por volta do ano 1010, em Narek, onde seu túmulo, lugar de peregrinação por oito séculos, foi destruído, junto com o mosteiro, durante o genocídio de 1915-1916.

São Gregório de Narek, rogai por nós!

Oração – São Gregório cujo objetivo maior de uma vida deve ser alcançar a Deus, ajudai-nos e envcontrar esse caminho. Amém

Gregório: Significa“ o acordado”, “o vigilante”, “o alerta”. Tem origem no nome grego Gregórios, derivado de gregoréo, que quer dizer “vigiar”.

Com São Gabriel Nossa Senhora das Dores, filho do governador dos Estados Pontifícios.

Martirológio Romano – Secretariado Nacional de Liturgia PT

Fev 27

1. Em Alexandria, no Egito, a comemoração dos santos Julião e Euno, mártires, na perseguição do imperador Décio. Julião, por ser tão enfermo de gota que não podia andar nem estar de pé, foi apresentado ao juiz, juntamente com dois servos que o levaram numa cadeira. Um deles, com medo, renegou a fé; o outro, chamado Euno, perseverou com o seu senhor na confissão de Cristo. Conduzidos ambos por toda a cidade, montados em camelos, à vista de todo o povo foram flagelados até a morte.(† s. III)

2. Também em Alexandria, no Egito, São Besas, mártir, que, sendo soldado, por ter intentado conter os que insultavam os santos mártires anteriormente mencionados, foi denunciado ao juiz e, perseverando firme na fé, foi decapitado.(† s. III)

3. No território de Rouen, na Gália, hoje na França, Santa Honorina, virgem e mártir. († data inc.)

4. Em Lião, também na Gália, hoje na França, São Baldomiro, subdiácono, homem consagrado a Deus.(† c. 660)

5. Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, os santos Basílio e Procópio Decapolita, monges, que, no tempo de Leão o Isáurico, defenderam vigorosamente o culto das sagradas imagens.(† 741)

6. No mosteiro de Narek, na Armênia, São Gregório, monge e doutor da Igreja, evangelizador dos armênios, ilustre pela doutrina, escritos e ciência mística.(† c. 1005)

7. Em Messina, na Sicília, região da Itália, São Lucas, abade do mosteiro do Santíssimo Salvador, sob a regra dos monges orientais.(† 1149)

8. Em Londres, na Inglaterra, Santa Ana Line, viúva e mártir, que, depois de ter morrido o esposo no exílio por causa da fé católica, conseguiu arranjar uma casa para os sacerdotes, e por isso, no reinado de Isabel I, foi enforcada no patíbulo de Tyburn. Com ela padeceram o suplício também os beatos presbíteros e mártires Marcos Barkworth, da Ordem de São Bento, e Rogério Filcock, da Companhia de Jesus, dilacerados à espada quando ainda estavam vivos.(† 1601)

9. Também em Londres, o Beato Guilherme Richardson, presbítero e mártir, que, ordenado em Sevilha, na Espanha, por causa do seu sacerdócio foi enforcado no patíbulo de Tyburn, sendo o último mártir do reinado de Isabel I.(† 1603)

10. Em Sencelles, localidade da ilha de Maiorca, na Espanha, a Beata Francisca Ana de Nossa Senhora das Dores (Francisca Maria Cirer Carbonell), virgem, que, não sabendo ler nem escrever, mas animada pelo zelo divino, fundou a Comunidade das Irmãs da Caridade. († 1855)

11. Em Ísola del Gran Sasso, nos Abruzos, região da Itália, São Gabriel de Nossa Senhora das Dores (Francisco Possénti), acólito, que, abandonando a vanglória do mundo, entrou ainda adolescente na Congregação da Paixão, onde terminou o breve curso da sua vida. († 1862)

12. Em Barcelona, na Espanha, o Beato José Tous y Soler, presbítero da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, fundador da Congregação das Irmãs Capuchinhas do Divino Pastor.(† 1871)

13. Em Marselha, na França, a Beata Maria de Jesus Deluil Martiny, virgem, que fundou a Congregação das Filhas do Coração de Jesus e, ferida mortalmente por um homem violento, concluiu com o derramamento do seu sangue uma vida intimamente unida à Paixão de Cristo.(† 1884)

14. Em Pasto, na Colômbia, a Beata Maria da Caridade do Espírito Santo (Maria Josefa Carolina Brader), virgem, que soube conciliar excelentemente a vida contemplativa com a atividade missionária e fundou a Congregação das Irmãs Franciscanas de Maria Imaculada, para promover a formação cristã do povo.(† 1943)

7º Semana do Tempo Comum | Quinta-feira

Primeira Leitura (Eclo 5,1-10)

Leitura do Livro do Eclesiástico

Não confies nas tuas riquezas e não digas: “Basta-me viver!” 2 Não deixes que tua força te leve a seguir as paixões do coração. 3 Não digas: “Quem terá poder sobre mim?” ou: “Quem me fará prestar contas das minhas ações?”, pois o Senhor, com certeza, te castigará. 4 Não digas: “Pequei, e que de mal me aconteceu?”, pois o Altíssimo é paciente. 5 Não percas o temor por causa do perdão, cometendo pecado sobre pecado. 6 Não digas: “A misericórdia do Senhor é grande, ele me perdoará a multidão dos meus pecados!”, 7 pois dele procedem misericórdia e cólera, e sua ira se abate sobre os pecadores. 8 Não demores em voltar para o Senhor, e não adies de um dia para outro, 9 pois a sua cólera vem de repente e, no dia do castigo, serás aniquilado. 10 Não te apoies em riquezas injustas, pois elas de nada te valerão no dia da desgraça.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

Responsório Sl 1,1-2.3.4 e 6 (R. Sl 39,5a)

— É feliz quem a Deus se confia!

— É feliz quem a Deus se confia!

— Feliz é todo aquele que não anda conforme os conselhos dos perversos; que não entra no caminho dos malvados, nem junto aos zombadores vai sentar-se; mas encontra seu prazer na lei de Deus e a medita, dia e noite, sem cessar.

— Eis que ele é semelhante a uma árvore que à beira da torrente está plantada; ela sempre dá seus frutos a seu tempo, e jamais as suas folhas vão murchar. Eis que tudo o que ele faz vai prosperar.

— Mas bem outra é a sorte dos perversos. Ao contrário, são iguais à palha seca espalhada e dispersada pelo vento. Pois Deus vigia o caminho dos eleitos, mas a estrada dos malvados leva à morte.

Evangelho (Mc 9,41-50)

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.

— Acolhei a palavra de Deus, não como palavra humana, mas como mensagem de Deus, o que ela é, em verdade!

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 41 “Quem vos der a beber um copo de água, porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa. 42 E se alguém escandalizar um destes pequeninos que creem, melhor seria que fosse jogado no mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço. 43 Se tua mão te leva a pecar, corta-a! É melhor entrar na Vida sem uma das mãos, do que, tendo as duas, ir para o inferno, para o fogo que nunca se apaga. [44] 45 Se teu pé te leva a pecar, corta-o! É melhor entrar na Vida sem um dos pés, do que, tendo os dois, ser jogado no inferno. [46] 47 Se teu olho te leva a pecar, arranca-o! É melhor entrar no Reino de Deus com um olho só, do que, tendo os dois, ser jogado no inferno, 48 ‘onde o verme deles não morre, e o fogo não se apaga’. 49 Pois todos hão de ser salgados pelo fogo. 50 Coisa boa é o sal. Mas se o sal se tornar insosso, com que lhe restituireis o tempero? Tende, pois, sal em vos mesmos e vivei em paz uns com os outros”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

Santo Alexandre do Egito, Bispo – 26 de Fevereiro

Santo Alexandre do Egito, Bispo

Profunda cultura e bondade

Nasceu em 250. Homem de profunda cultura, unida ao zelo e bondade, Alexandre foi eleito bispo em 312, para a importante sede da Igreja em Alexandria, no Egito.

Um dos primeiros cuidados, deste bispo de sessenta anos, foi o da formação e da escolha dos religiosos entre homens de comprovada virtude. Deu início à construção da igreja de são Theonas, a maior da cidade e foi um dos protagonistas da luta contra a heresia de Ário, chamada ariana.

Considerado um homem arrojado para a época

Ário, que tinha sido ordenado sacerdote pelo Bispo Aquiles, parece ter sido o responsável pela indicação e divulgação do nome de Alexandre para a nova eleição. Foi considerado um homem arrojado para a época, pois usava todos os meios possíveis de comunicação para a divulgação de suas ideias. Até que começou a espalhar entre os fiéis e religiosos uma doutrina que não concebia a divindade de Cristo. Considerava apenas o Pai como Deus, enquanto que Cristo não era divino, mas apenas um ser humano, superior aos demais.

Lutou contra a heresia ariana

Alexandre lutou contra o crescimento da doutrina de Ário em Alexandria convocando sínodos locais e o Concílio de Alexandria em 321 d.C., que acabou por expulsá-lo da região. Ário então fugiu para a Palestina, onde foi recebido por Eusébio de Nicomédia, que reclamou não somente a Alexandre como também ao imperador.

Os seguidores de Ário em Alexandria passaram então a se dedicar à violência em defesa de suas crenças, o que estimulou Alexandre a escrever uma encíclica à todos os bispos do Cristianismo, na qual ele relatou a história do arianismo e sua opinião sobre as falhas no sistema ariano.

Lutou contra a violência dos arianos

Alexandre também escreveu uma confissão de fé em defesa de sua própria posição e a enviou para todos os bispos do Cristianismo recebendo amplo apoio. Ele também mantinha correspondência com Alexandre de Constantinopla, protestando contra a violência dos arianos e contra a promulgação das visões de Ário sobre a influências das mulheres e muitos outros assuntos do arianismo.

Promotor do Concílio de Nicéia contra Ario

Constantino I, o único reclamante ao trono após a execução de Licínio, escreveu uma carta “para Atanásio e Ário”, exigindo que Alexandre e Ário terminassem sua disputa. O herege não atendeu ao imperador Constantino. Só então Alexandre insistiu com o papa e o imperador para a convocação o concílio de Niceia, ocorrido em 325.

Fez do adolescente Atanásio seu secretário

Nessa importante reunião o Bispo Alexandre, então já muito velho e enfermo, foi acompanhado por Atanásio, que ainda não era sacerdote. Este ainda adolescente, foi notado e apreciado pelo bispo, que o tomou sob sua proteção e o fez seu secretário.

Antes de morrer nomeou Atanásio como sucessor

Quando voltou do concílio, Alexandre foi acolhido triunfalmente em Alexandria. Cinco meses antes de morrer em 26 de fevereiro de 328, ele dignou como sucessor naquela sede episcopal, o discípulo Atanásio, para acabar com a doutrina ariana. O culto de Santo Alexandre, patriarca da Alexandria, se difundiu sendo venerado no dia de sua morte.

Santo Alexandre do Egito, rogai por nós!

Oração – Campeões na luta contra o arianismo, profundamente culto e bom, Alcançai de Deus a mesma fidelidade e conhecimento para defender a verdade.

Alexandre: Significa “protetor do homem”, “defensor da humanidade”, “o que repele os inimigos”. Tem origem a partir do nome grego Aléxandro

Com são Porfírio, Bispo de Gaza, abateu muitos templos dedicados aos ídolos.

Martirológio Romano – Secretariado Nacional de Liturgia PT

Fev 26

1. Comemoração de Santo Alexandre, bispo, um glorioso ancião inflamado de zelo pela fé, que, designado bispo de Alexandria depois de São Pedro, excluiu da comunhão da Igreja o seu presbítero Ario, pervertido pela ímpia heresia e afastado da verdade divina e, mais tarde, com mais trezentos e dezoito Padres, o condenou no Primeiro Concílio de Niceia.(† 326)

2. Em Bolonha, na Emília-Romanha, região da Itália, São Faustiniano, bispo, que, pela palavra da pregação, fortaleceu e fez crescer esta Igreja atormentada pela perseguição.(† s. IV)

3. Em Gaza, na Palestina, São Porfírio, bispo, natural de Tessalônica, que viveu como anacoreta cinco anos no deserto de Cete e outros cinco na Transjordânia, com grandes manifestações de bondade para com os pobres. Depois, ordenado bispo de Gaza, abateu muitos templos dedicados aos ídolos, cujos sequazes o tinham feito sofrer duras adversidades, até que finalmente descansou na paz dos Santos.(† 421)

4. Em Nevers, cidade da Nêustria, atualmente na França, Santo Agrícola, bispo.(† c. 594)

5. Em Arcis-sur-Aube, na região de Champagne, hoje também na França, São Vítor, eremita, que é louvado nos escritos de São Bernardo.(† s. VII)

6. Em Florença, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, Santo André, bispo.(† s. IX)

7. Em Londres, cidade da Inglaterra, o Beato Roberto Drury, presbítero e mártir, que, acusado falsamente de conspiração contra o rei Jaime I, na praça de Tyburn, revestido com o hábito eclesiástico para mostrar a sua dignidade sacerdotal, sofreu por Cristo o suplício do patíbulo.(† 1607)

8. Em Olesa de Montserrat, povoação da província de Barcelona, na Espanha, Santa Paula de São José Calasanz (Paula Montal Fornés), virgem, que fundou o Instituto das Filhas de Maria das Escolas Pias.(† 1889)

9. Em Alcantarilla, perto de Múrcia, na Espanha, a Beata Piedade da Cruz (Tomasina Ortiz Real), virgem, que por amor de Deus se consagrou diligentemente à formação e catequese dos pobres e fundou a Congregação das Irmãs Salesianas do Sagrado Coração de Jesus.(† 1916)