Conversão de São Paulo, Apóstolo – 25 de Janeiro

Conversão de São Paulo, Apóstolo

Eu sou Jesus, a quem persegues

“Eu sou Jesus, a quem persegues. Mas levanta-te, entra na cidade e ser-te-á dito o que deves fazer” At 9,5-6M
Comemoramos hoje, com solenidade, a conversão do Apóstolo São Paulo.

Perseguidor implacável das primeiras comunidades

Ele próprio confessa, por diversas vezes, que foi perseguidor implacável das primeiras comunidades cristãs. Por causa disso atribuiu a si mesmo o título de “o menor entre os Apóstolos” e, ainda, de “indigno de ser chamado Apóstolo”.

A visão de Estevão domina a vida toda do Apóstolo

Mas Deus, que conhecia a sua retidão, tornou-o testemunha da morte de Santo Estevão, cena entre todas comovente, descrita nos Atos dos Apóstolos. A visão de Estevão apontando para os céus abertos e o Filho do Homem, o Cristo, aí reinando, domina a vida toda do Apóstolo dos gentios, Paulo de Tarso.

Teologia do Novo Testamento, exposta por um Apóstolo

Além das grandes e contínuas viagens apostólicas e das prisões e sofrimentos por que passou, devemos a este Santo, que se auto denomina “servo de Cristo”, a revelação da mensagem do Salvador, ou seja, as 14 Epístolas ou Cartas. Elas formam como que a Teologia do Novo Testamento, exposta por um Apóstolo.

São Paulo quem o fez de maneira insuperável

Jamais apareceu outro homem sobre a terra que fundamentasse tão bem a nossa fé em Cristo, presente na História, como também, presente em nossa própria existência. Foi São Paulo quem o fez de maneira insuperável.

Depois de Jesus a figura mais importante no desenvolvimento do Cristianismo

O Apóstolo Paulo de Tarso, cujo nome original era Sha’ul (“Saulo”) é considerado por muitos cristãos como o mais importante discípulo de Jesus e, depois de Jesus, a figura mais importante no desenvolvimento do Cristianismo nascente.

Foi um apóstolo diferente dos demais

Paulo de Tarso foi um apóstolo diferente dos demais, por ter dado maior ênfase aos irmãos gentios, pois seu chamado era destinado a eles que estavam espalhados pelo mundo (Atos 13:47).

Paulo também viu Jesus

Paulo, assim como os outros Verdadeiros Apóstolos, também teria visto Jesus Cristo (Atos 9:17, I Coríntios 15:8, dentre outros textos). Paulo era um homem culto, frequentou uma escola em Jerusalém (a Escola de Gamaliel), tinha feito uma carreira no Templo (era Fariseu), onde foi sacerdote.

Homem culto, falando várias línguas

Destaca-se dos outros apóstolos pela sua cultura, considerando-se que em sua maioria era de pescadores. A língua materna de Paulo era o grego. É provável que também dominasse o aramaico.

Educado em duas culturas (grega e judaica), Paulo fez muito pela difusão do Cristianismo entre os gentios e é considerado uma das principais fontes da doutrina da Igreja.

Suas Epístolas formam uma secção fundamental do Novo Testamento

As suas Epístolas formam uma secção fundamental do Novo Testamento. Alguns afirmam que ele foi quem verdadeiramente transformou o cristianismo numa nova religião, e não mais uma seita do Judaísmo.

Evangelizador dos gentios, enfrentou os costumes judeus

Foi a mais destacada figura cristã a favorecer a abolição da necessidade da circuncisão e dos estritos hábitos alimentares tradicionais judaicos. Esta opção teve a princípio a oposição de outros líderes cristãos, mas, em consequência desta revolução, a adoção do cristianismo pelos povos gentios tornou-se mais viável, ao passo que os Judeus mais conservadores, muitos deles vivendo na Europa, permaneceram fiéis à sua tradição, que não tem um móbil missionário.

São Paulo Apóstolo, rogai por nós!

Oração – Ó glorioso são Paulo, que de perseguidor dos cristãos vos tornastes grande apóstolo, e que para anunciar o Cristo Salvador ao mundo inteiro, sofreste prisões, flagelações, apedrejamentos, naufrágios e perseguições de toda espécie, e, por fim, derramastes o vosso sangue, alcançai-nos a graça de aceitarmos as doenças, os sofrimentos e adversidades desta vida. Que nada nos desanime no serviço de Deus.

Paulo: Significa “pequeno”, “de baixa estatura”. O nome Paulo tem origem no latim Paullus

 

Com Santo Ananias, discípulo do Senhor, que batizou Paulo.

 

Martirológio Romano – Secretariado Nacional de Liturgia PT

Jan 25

2. Comemoração de Santo Ananias, discípulo do Senhor, que baptizou Paulo, depois da sua conversão.

3. Em Pozzuólli, na Campânia, região da Itália, Santo Artemas, mártir. († s. III-IV)

4. Em Cartago, na atual Tunísia, Santo Agileu, mártir, em cujo dia natal Santo Agostinho pregou na sua basílica um sermão ao povo em sua honra.(† s. III-IV)

5. Em Nazianzo, na Capadócia, hoje Nenízi, na Turquia, o dia natal de São Gregório, bispo, cuja memória é celebrada no dia 2 de Janeiro.(† c. 389)

6. Comemoração de São Bretanião, bispo de Tómis, na Cítia, hoje Constança, na Romênia, que, no tempo do imperador ariano Valente, a quem resistiu com grande fortaleza, foi eminente pela sua admirável santidade e pelo seu zelo na defesa da fé católica.(† s. IV)

7. Em Tabenna, na Tebaida, região do Egito, São Palémon, anacoreta, intensamente consagrado à oração e à contínua penitência, que foi mestre de São Pacómio.(† s. IV)

8. Em Arvena, na Aquitânia, hoje Clermont-Ferrand, na França, os santos Preste, bispo, e Amarino, homem de Deus, ambos mortos às mãos dos notáveis da cidade.(† 676)

9. Em Marchiennes, na Flandres, também na atual França, São Popão, abade de Stabelot e de Malmédy, que difundiu em muitos mosteiros da Lotaríngia a observância de Cluny.(† 1048)

10. Em Ulm, na Suábia, região da Alemanha, o beato Henrique Suso, presbítero da Ordem dos Pregadores, que suportou pacientemente inúmeras tribulações e enfermidades, compôs um tratado sobre a sabedoria eterna e pregou assiduamente sobre o suavíssimo nome de Jesus.(† 1366)

11. Em Amândola, no Piceno, região das Marcas, Itália, o beato António Miglioráti, presbítero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho.(† 1450)

12. Em Mântua, na Lombardia, região da Itália, a Beata Arcângela Girláni (Leonor Girláni), virgem da Ordem das Carmelitas, prioresa do convento de Parma e fundadora do cenóbio de Mântua.(† 1495)

13. Em Tortosa, na Espanha, o Beato Manuel Domingo y Sol, presbítero, que instituiu a Sociedade dos Sacerdotes Operários do Coração de Jesus, para fomentar vocações sacerdotais.(† 1909)

14. Em Alexandria, no Piemonte, região da Itália, a beata Maria Antônia (Teresa Grillo), religiosa, que, ao ficar viúva, se dedicou misericordiosamente às necessidades dos pobres e, vendendo tudo o que possuía, fundou a Congregação das Irmãzinhas da Divina Providência.(† 1944)

15. No campo de concentração de Dachau, perto de Munique, Baviera, na Alemanha, o Beato António Swiadek, presbítero e mártir, em tempo de guerra, por defender a fé perante os sequazes de doutrinas hostis a toda a dignidade humana e cristã, recebeu a coroa imperecível de glória.(† 1945)

São Francisco de Sales, Bispo, Fundador, Doutor da Igreja – 24 de Janeiro

São Francisco de Sales, Bispo, Fundador, Doutor da Igreja

Nobre e de família numerosa

Primogênito dos treze filhos dos Barões de Boisy.

Foi Bispo de Genebra, na Suíça, tendo vivido entre 1567 e 1622.

As moscas e o mel e o vinagre

Viu-se logo cercado pelos calvinistas que, naquele tempo, eram tomados por uma grande aversão contra tudo o que fosse católico. Ao invés de brigar e de se entregar à oposição, fez valer esta máxima: “Mais moscas se caçam com um pingo de mel do que com um barril de vinagre”.

Teólogo, pregador, polemista e diretor espiritual

Estudou retórica, filosofia e teologia que lhe permitiu ser depois o grande teólogo, pregador, polemista e diretor espiritual que caracterizaram seu trabalho apostólico. Recebeu também lições de esgrima, dança e equitação, para complementar sua já apurada formação

Esmagou os mais reputados protestantes

Enfrentou vitoriosamente, em controvérsias públicas, os mais reputados teólogos protestantes. Pela pregação, pelos escritos e pelo aconselhamento espiritual realizou prodígios de apostolado.

Escreveu obras fundamentais

Passou a vida escrevendo. Seus dois livros – “Tratado do Amor de Deus” e “Introdução à Vida Devota” – são lidos hoje com a mesma facilidade e interesse como no tempo em que foram escritos.

Dirigiu e conduziu à santidade grandes almas da nobreza

Dirigiu e conduziu à santidade grandes almas da nobreza, que desempenharam papel preponderante na reforma religiosa empreendida na época com madre Joana de Chantal.

Fundou a Ordem da Visitação

Fundou a Ordem da Visitação e foi capaz de interpretar o que Deus deseja e o que está no íntimo de cada coração humano.

Ao lembrarmos a figura dos santos de hoje sentimo-nos convidados a integrar o mundo de Deus e o mundo dos homens num único grande amor: Cristo, que é o Caminho, a Verdade e a Vida.

É padroeiro dos jornalistas e escritores católicos.

São Francisco de Sales, rogai por nós

Oração – Nas Vossas mãos, bom Deus, Entrego o meu espírito, o meu coração, a minha memória, O meu entendimento e toda a minha vontade. Concedei, porém, que com tudo Vos sirva, Vos ame, Vos agrade e sempre Vos louve. Amém.”

Francisco: Significa “francês livre”, ou “aquele que vem da França”. O nome Francisco tem origem no latim Franciscus

 

Com São Feliciano, Bispo de Foligno.

 

Martirológio Romano – Secretariado Nacional de Liturgia PT

Jan 24

 2. Em Folinho, na Úmbria, região da Itália, São Feliciano, considerado o primeiro bispo desta região. († c. s. III)

3. No território de Troyes, na Gália Lionense, na atual França, São Sabiniano, mártir. († s. III)

4. Em Antioquia, na Síria, hoje Antakya, na Turquia, a paixão de São Bábila, bispo, que, durante a perseguição de Décio, depois de ter glorificado a Deus muitas vezes com tribulações e suplícios, alcançou o fim glorioso da sua vida preso em cadeias, com as quais mandou que fosse sepultado o seu corpo. Segundo a tradição, com ele sofreram o martírio três jovens, Urbano, Prilidano e Epolono, que ele tinha instruído na fé de Cristo.(† 250)

5. Em Cíngoli, no Piceno, hoje região das Marcas, na Itália, Santo Exuperâncio, bispo.(† c. s. V)

6. Em Binaco, próximo de Milão, na Lombardia, Itália, a Beata Paula Gambara Costa, viúva, que, associada à Ordem Terceira de São Francisco, suportou pacientemente o seu violento esposo e o conduziu à conversão, e exercitou de modo insigne a caridade para com os pobres. († 1515)

7. Em Londres, na Inglaterra, os beatos mártires Guilherme Ireland, presbítero da Companhia de Jesus, e João Grove, seu auxiliar, que no reinado de Carlos II, falsamente acusados de conspiração, sofreram por Cristo o martírio na praça de Tyburn.(† 1679)

8. Em Sainville,  Chartres, na França, a Beata Maria Poussepin, virgem, que fundou a Congregação das Irmãs Dominicanas da Caridade da Apresentação da Santíssima Virgem, para ajudar os pastores de almas, formar as jovens e prestar assistência aos pobres e aos enfermos.(† 1744)

9. Em Pratulin, da região de Siedlice, na Polônia, os beatos Vicente Lewoniuk e doze companheiros[1], mártires, que, sem se deixarem demover nem pelas ameaças nem pelas seduções, recusaram separar-se da Igreja católica e entregar as chaves da sua paróquia; por isso foram assassinados ou feridos até a morte.


[1] São estes os seus nomes: Daniel Karmasz, Lucas Bojko, Bartolomeu Osypiuk, Onofre Wasiluk, Filipe Kiryluk, Constantino Bojko, Miguel Nicéforo Hryciuk, Inácio Franczur, João Andrzejuk, Constantino Lukaszuk, Máximo Hawryluk, Miguel Wawrzyszuk.(† 1874)

10. Em Roma, o Beato Timóteo (José) Giacardo, presbítero, que formou muitos discípulos na Sociedade de São Paulo, para anunciar ao mundo o Evangelho, utilizando os mais apropriados meios de comunicação social. († 1948)

Santo Ildefonso, Bispo, Doutor da Igreja – 23 de Janeiro

Santo Ildefonso, Bispo, Doutor da Igreja

Monge de família real

Nasceu no ano de 607, de família real, que resistiu aos romanos, mas, que se renderam politicamente aos visigodos.

Depois de fugir para o mosteiro de São Damião nos arredores de Toledo, conseguiu dos pais aprovação para se tornar monge, o que aconteceu no mosteiro próximo de sua cidade natal.

Seu tio foi Santo Eugênio e seu mestre Santo Isidoro

Sobrinho de Santo Eugênio, a quem sucedeu na Sé de Toledo, estudou no mosteiro de Agali, perto de Toledo, e depois em Sevilha, onde teve como mestre Santo Isidoro.

Pouco depois de tornar-se diácono, herdou enorme fortuna devido à morte dos pais. Empregou todas as posses em favor dos pobres e fundou um mosteiro para religiosas.

Dirigiu o IV Sínodo de Toledo

Seu trabalho era tão reconhecido que após a morte do abade de seu mosteiro, foi eleito por unanimidade para sucedê-lo. Em 636 dirigiu o IV Sínodo de Toledo, sendo o responsável pela unificação da liturgia espanhola.

Precisou ordem do rei para aceitar ser Bispo de Toledo

Mais tarde, quando da morte de seu tio e Bispo de Toledo, Eugênio II, contra sua vontade foi eleito para o cargo. Chegou a se esconder para não ter que aceitá-lo, sendo convencido pelo rei dos visigodos que o procurou pessoalmente.

Depois disso, Ildefonso desempenhou a função com reconhecida e admirada disciplina nos preceitos do cristianismo, a mesma que exigia e obtinha de seus comandados.

Grande defensor da virgindade de Maria

Nessa época, escreveu uma obra famosa contra os hereges que negavam a virgindade de Maria Santíssima, sustentando que a Mãe de Deus foi Virgem antes, durante e depois do Parto. Exerceu importante influência na Idade Média com seus livros exegéticos, dogmáticos, monásticos e litúrgicos.

Viu Nossa Senhora rodeada de virgens

Entre suas experiências de religiosidade constam várias aparições. Além de ter visto Nossa Senhora rodeada de virgens, entoando hinos religiosos.

Recebeu também a “visita” de Santa Leocádia

Recebeu também a “visita” de Santa Leocádia, no dia de sua festa, 9 de dezembro. Ildefonso tentava localizar as relíquias da Santa e esta lhe indicou exatamente o lugar onde seu corpo fora sepultado.

Os mouros com medo das suas relíquias

O sábio Bispo morreu em 23 de janeiro de 667, sendo enterrado na igreja de Santa Leocádia. Mas, anos depois, com receio da influência que a presença de seus restos mortais representava, os mouros pagãos os transferiram para Zamora, onde ficaram até 888.

Somente em 1400 seus despojos foram encontrados sob as ruínas do local e expostos à veneração novamente.

Considerado o último Padre do Ocidente

Recebeu o título de Doutor da Igreja e é tido como o último Padre do Ocidente. Dessa maneira são chamados os grandes homens da Igreja que entre os séculos dois e sete eram considerados como “Pais” tanto no Oriente como no Ocidente, porque foram eles que firmaram os conceitos da nossa fé, enfrentando as heresias com o seu saber, carisma e iluminação. São aos responsáveis pela fixação das tradições e ritos da Igreja.

Santo Ildefonso, Rogai por nós!

Oração – Ao vosso amparo e proteção nos acolhemos Santo Ildefonso, e suplicamos a vossa intercessão para vencermos o pecado e sermos perseverantes na prática do bem.

Ildefonso é Teutônico. Pronto para o combate

 

Com Santa Emerênciana,

 

Martirológio Romano – Secretariado Nacional de Liturgia PT

Jan 23

1. Em Cesareia da Mauritânia, hoje Cherchell, na Argélia, os santos mártires Severiano e Áquila, cônjuges, que morreram queimados no fogo.(† s. III)

2. Em Roma, no cemitério Maior, junto à Via Nomentana, Santa Emerenciana, mártir. († c. s. IV)

3. Em Ancara, cidade da Galácia, na atual Turquia, os santos Clemente, bispo, e Agatângelo, mártires.(† s. IV)

4. Em Teano, na Campânia, região da Itália, a comemoração de Santo Amásio, bispo.(† c. 356)

5. Em Toledo, na Espanha, Santo Ildefonso, bispo, que foi monge e prior de um cenóbio e depois eleito para o episcopado; escreveu numerosos livros de eminente linguagem, compôs insignes preces litúrgicas e venerou com admirável zelo e piedade a sempre Virgem Maria, Mãe de Deus.(† 667)

6. Em Dampierre, no território de Besançon, na Borgonha, atualmente na França, São Mainbodo, natural da Irlanda, que se fez peregrino e eremita e, segundo a tradição, foi morto por ladrões.(† c. s. VIII)

7. Em Seul, na Coreia, Santo André Chong (Tyong) Hwa-gyong, catequista e mártir, que, prestando auxílio ao santo bispo Lourenço Imbert, fez da sua casa refúgio para os cristãos e por isso foi cruelmente flagelado e finalmente enforcado no cárcere.(† 1840)

São Vicente de Saragoça, padroeiro de Lisboa – 22 de Janeiro

São Vicente de Saragoça, padroeiro de Lisboa

 

Origens
São Vicente de Saragoça nasceu na Espanha, em Huesca, no século terceiro. De uma família muito distinta e conhecida por todos, ele escolheu ser cristão e, assim, viver a santidade. Desde pequeno, foi entregue pelos pais à direção de Valério, Bispo de Saragoça, que contribuiu para sua formação na piedade e o fez seguir na ciência da religião e nas letras humanas.

Vida Sacerdotal
Ordenado diácono pelo santo Prelado, Vicente exerceu o cargo com dignidade e felizes resultados. Eloquente em suas palavras e obras, não só ensinava como também fortalecia os fiéis.

Dificuldades
São Vicente de Saragoça viveu num período muito difícil da Igreja. Pelos fins do ano 303, Diocleciano e Maximiano – imperadores – começaram a perseguir os cristãos e forçar muitos a se declarar a favor dos deuses; caso contrário, seriam martirizados.

São Vicente de Saragoça: escolheu dedicar-se a Deus

Pregador
Ele era um grande pregador da Palavra, mais do que isso, buscava viver a Palavra que pregava, esta que é, antes de tudo, Cristo Jesus, o Santo dos Santos, o nosso modelo, o nosso Senhor e Salvador. Diante das ameaças do governador Daciano, ele não recusou a se dizer cristão e fiel ao Senhor. Daciano, querendo assinalar o seu zelo e atividade em fazer cumprir os decretos imperiais, mandou prender Vicente.

Páscoa
Os tormentos o perseguiram. Foi um martírio lento, sempre com o objetivo de vencê-lo para que Daciano se desse como herói diante do Cristianismo, mas também com o objetivo de levar São Vicente a renunciar a própria fé, a sacrificar aos deuses. Fiel a Deus e sustentado pela oração, diante de si ele tinha o seu grande amor: Deus. Sendo assim, ele foi martirizado aos poucos, até mesmo levado à grelha, tendo seu corpo dilacerado, jogado numa prisão e, por fim, Daciano deixou-o num leito pedindo que cuidassem dele. Ali, sim, ele foi visitado por outros cristãos e entregou-se a Deus. Isto sucedeu-se no ano 304.

Modelo
São Vicente de Saragoça tornou-se modelo para todos os cristãos e também padroeiro principal do patriarcado de Lisboa e também da diocese de Faro.

Minha oração

“Ao povo português pedimos a proteção e a devoção para com Jesus, que sejam sempre uma nação de valores cristãos e zelo católico. Por esse martírio, conceda aos seus descendentes a mesma fé. Amém.”

São Vicente de Saragoça, rogai por nós!

 

Santa Inês, a jovem virgem e mártir – 21 de Janeiro

Santa Inês, a jovem virgem e mártir

 

Origens
Santa Inês ou Agnes, seu nome vem do grego, que significa pura e casta. Ela pertenceu a uma família romana e, segundo os costumes do seu tempo, foi cuidada por uma aia (uma babá), que só a deixaria após o casamento.

A Principal Beleza
Santa Inês tinha cerca de 12 anos quando um pretendente se aproximou dela. Segundo a tradição, ele era filho do prefeito de Roma e estava encantado pela beleza física de Inês. Mas sua beleza principal é aquela que não passa: a comunhão com Deus.

Compromisso com a Vocação
De maneira secreta, ela tinha feito uma descoberta vocacional, era chamada a ser uma das virgens consagradas do Senhor, e ela fez este compromisso. O jovem não sabia [do compromisso de Inês] e, diante de tantas propostas, ela sempre dizia ‘não’. Até que ele denunciou Inês para as autoridades, porque, sob o império de Diocleciano, ser cristã era correr risco de vida. 

Santa Inês teve uma curta vida, mas doada somente a Deus

Páscoa
Quem renunciasse a Jesus ficava com a própria vida; caso contrário, tornava-se mártir. Foi o que aconteceu com esta jovem de cerca de 12 ou 13 anos.

Modelos de Pureza
Tão conhecida e citada pelos santos padres, Santa Inês é modelo de uma pureza à prova de fogo, pois, diante das autoridades e do imperador, ela se dizia cristã. Eles começaram pelo diálogo, depois as diversas ameaças com fogo e tortura, mas em nada ela renunciava o seu Divino Esposo. Até que a pegaram e levaram para um lugar em Roma próprio da prostituição, mas ela deixou claro que Jesus Cristo, seu Divino Esposo, não abandona os seus. De fato, ela não foi manchada pelo pecado.

Fidelidade com Cristo
Auxiliada pelo Espírito Santo, com muita sabedoria, ela permaneceu fiel ao seu voto e ao seu compromisso; até que as autoridades, vendo que não podiam vencê-la pela ignorância, mandaram então degolar a jovem cristã. Ela perdeu a cabeça, mas não o coração, que ficou para sempre em Cristo.

Santa Inês é representada com um cordeiro

A Iconografia
Sua iconografia é representada com um cordeiro sempre ao seu lado, pois seu destino foi semelhante a esses ovinos. Todos os anos, no dia 21 de janeiro, festividade de Santa Inês, dois cordeirinhos são abençoados. Com a lã deles, as Irmãs da Sagrada Família confeccionam os sagrados Pálios (espécie de estolas) que o Santo Padre envia aos novos Arcebispos metropolitanos.

A Basília
Constância, filha de Constantino, sofria com uma lepra quando foi ao túmulo de Santa Inês clamar por sua intercessão. Após ter rezado e adormecido, Constância viu Santa Inês que lhe disse: “Age com constância. Logo que você acreditar em Cristo, será curada”. Após essas palavras, Constância acordou e estava curada de sua lepra. Por esse motivo, Constância mandou que erguessem sobre o túmulo de Santa Inês uma Basílica, onde seus restos mortais foram colocados em uma urna de prata.

Minha oração

“Por teu exemplo e pureza, rogamos pelos nossos jovens e crianças, por essa sociedade tão sensualizada, para que o Senhor nos conduza e nos faça passar ilesos em meio ao caos atual. Preservai e concedei o dom da castidade. Amém.”

Santa Inês, rogai por nós!

São Sebastião, o soldado martirizado – 20 de Janeiro

São Sebastião, o soldado martirizado

 

Origens
São Sebastião nasceu em Narbonne; os pais eram oriundos de Milão, na Itália, do século terceiro. São Sebastião, desde cedo, foi muito generoso e dado ao serviço. Recebeu a graça do santo batismo e zelou por ele em relação à sua vida e à dos irmãos.

Soldado
Ao entrar para o serviço no Império, como soldado, tinha muita saúde no físico, na mente e, principalmente, na alma. Não demorou muito, tornou-se o primeiro capitão da guarda do Império. Esse grande homem de Deus ficou conhecido por muitos cristãos, pois, sem que as autoridades soubessem – nesse tempo, no Império de Diocleciano, a Igreja e os cristãos eram duramente perseguidos –, porque o imperador adorava os deuses. Enquanto os cristãos não adoravam as coisas, mas as três Pessoas da Santíssima Trindade.

O Consolo
Esse mistério o levava a consolar os cristãos que eram presos de maneira secreta, mas muito sábia; uma evangelização eficaz pelo testemunho que não podia ser explícito.

São Sebastião: Soldado da Igreja 

Defensor da Igreja
São Sebastião tornou-se defensor da Igreja como soldado, como capitão e também como apóstolo dos confessores, daqueles que eram presos. Também foi apóstolo dos mártires, os que confessavam Jesus em todas as situações, renunciando à própria vida. 

Um desejo
O coração de São Sebastião tinha esse desejo: tornar-se mártir. E um apóstata denunciou-o para o Império e lá estava ele, diante do imperador, que estava muito decepcionado com ele por se sentir traído. Mas esse santo deixou claro, com muita sabedoria, auxiliado pelo Espírito Santo, que o melhor que ele fazia para o Império era esse serviço; denunciando o paganismo e a injustiça.

Defensor da Verdade
São Sebastião, defensor da verdade no amor apaixonado a Deus. O imperador, com o coração fechado, mandou prendê-lo num tronco e muitas flechadas sobre ele foram lançadas até o ponto de pensarem que estava morto. Mas uma mulher, esposa de um mártir, o conhecia, aproximou-se dele e percebeu que ele estava ainda vivo por graça. Ela cuidou das feridas dele. 

Páscoa
Ao recobrar sua saúde depois de um tempo, apresentou-se novamente para o imperador, pois queria o seu bem e o bem de todo o Império. Evangelizou, testemunhou, mas, dessa vez, no ano de 288, foi duramente martirizado.

Minha oração

“ São Sebastião que foste flechado pelo povo, mas também pelo amor divino, colocai em nós essa ferida de amor que não sara e não se cansa de procurar o amado de nossas vidas até às últimas consequências. Amém.”

São Sebastião, rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em 20 de janeiro

  • São Fabião, papa e mártir. († 250)
  • Em Antínoo, na Tebaida, região do Egito, Santo Asclas, mártir. († s. IV)
  • Em Niceia, cidade da Bitínia, hoje Iznik, na Turquia, São Neófito, mártir. († s. IV)
  •  Na Palestina, Santo Eutímio, abade. († 473)
  • Em Worcester, na Inglaterra, São Volstano, bispo. († 1095)
  • Em Coltibuono, na Etrúria, atualmente na Toscana, região da Itália, São Bento Ricasóli. († c 1107)
  • Na Finlândia, Santo Henrique, bispo e mártir. († c. 1157)
  • Em Messina, cidade da Sicília, na Itália, Santa Eustóquio Calafato, virgem, abadessa da Ordem de Santa Clara. († 1485)
  • Em Roma, o Beato Ângelo (Francisco Páoli), presbítero da Ordem dos Carmelitas. († 1720)
  • Em Seul, na Coreia, Santo Estêvão Min Kuk-ka, mártir. († 1840)
  • Em Le Mans, na França, o Beato Basílio António Maria Moreau, presbítero diocesano, fundador da Congregação da Santa Cruz. († 1873)
  • Em Casória, próximo de Nápoles, na Campânia, região da Itália, Santa Maria Cristina da Imaculada, virgem. († 1906)
  •  No mosteiro de Mount Saint Bernard, próximo de Leicester, na Inglaterra, o Beato Cipriano (Miguel) Iwene Tansi, presbítero da Ordem Cisterciense.

São Canuto – 19 de Janeiro

São Canuto

 

São Canuto nasceu no ano de 1040 na Dinamarca. Filho de um rei, era sucessor natural. Mas aconteceu que, pela sua vida de oração, testemunho, caridade e justiça, quando o pai faleceu, muitos moveram-se com artimanhas para colocar seu irmão no trono de maneira injusta. Quanto à sua posição, ele não era apegado ao poder nem o queria para si, então esperou. Depois do falecimento do irmão, ocupou o seu lugar que era de justiça.

Homem de Deus, um sinal para o povo, ele contribuiu para a evangelização. Primeiro, com o seu exemplo, pois acreditava que a melhor forma de educar uma nação é o bom exemplo. Ele viveu para sua esposa e para seu filho Carlos, que mais tarde se tornaria também um santo. Pai santo, esposo santo, um governador, um homem de poderes; mas que usou esses poderes para servir, a modelo de Nosso Senhor Jesus Cristo.

São Canuto, amado por muitos e odiado também como Nosso Senhor, foi vítima de artimanhas por pessoas fechadas para Deus e para o bem, pois tinha muita sensibilidade com as viúvas, os órfãos e os mais necessitados. Nele, batia um coração que se assemelhava ao de Jesus. Como rei, possuiu muitos desafios e, ao perceber os inimigos se armando, participou de uma Eucaristia como era de costume. Nela, ele não só recebeu o Nosso Senhor, mas, em nome de Jesus, perdoou todos os seus inimigos. Foi então assassinado.

São Canuto, rogai por nós!

Santa Prisca, a protomártir romana – 18 de Janeiro

Santa Prisca, a protomártir romana

 

Origens
Sobre a história de Santa Prisca é difícil estabelecer a verdadeira identidade desta mártir romana, apesar dos numerosos documentos antigos, pois as várias notícias a seu respeito referem-se provavelmente a três pessoas diferentes.  O nome significa antiga, dos primeiros tempos. 

A Protomártir Romana
Uma antiga tradição diz que Santa Prisca teria sido batizada, aos treze anos, por São Pedro. E como diz seu nome romano, teria sido a “primeira” mulher do Ocidente a dar testemunho, com o martírio, da sua fé em Cristo. A protomártir romana teria sido decapitada em meados do primeiro século. 

Esposa de Áquila
No século VIII, a mártir romana começou a ser identificada com Prisca, esposa de Áquila, de quem fala São Paulo: “Saudai Prisca e Áquila, meus colaboradores em Jesus Cristo, que expuseram suas cabeças para salvar minha vida. A eles devo graças, não somente eu, mas também todas as igrejas dos gentios” (Rm 16,3). 

Santa Prisca e a Basílica no monte Aventino

A celebração
A celebração deste dia quer homenagear o fundador da Igreja titular no Aventino, a quem se refere a epígrafe funerária do século V, preservada no claustro de São Paulo fora dos muros. A antiga igreja, querida por quem gosta de redescobrir os recantos intactos da Roma antiga, à sombra discreta e repousante das suas naves, assenta sobre os alicerces de uma grande casa romana do século II, como provaram as recentes escavações arqueológicas.

Páscoa
A protomártir romana teria sido decapitada durante a perseguição de Cláudio II (268-270), em meados do primeiro século e seu sepultamento na Via Ostiense, de onde seu corpo teria sido levado para o Aventino. Há outros documentos que dizem que Santa Prisca foi martirizada na época de Tibério (45-54). 

Relíquias
Atribui-se a santa de hoje ter sido sepultada nas catacumbas de Priscila, às quais terá dado o nome, Priscila é diminutivo de Prisca. Outra tradição pretende que a mártir seja do século III, da perseguição de Cláudio II, o Gótico (268-270). 

Título Cardinalício
O título “titulus Aquilae et Priscae” começou a ser usado devido a santa, o que modifica o título primitivo do qual já temos notícias do sínodo romano de 499. O título cardinalício com o qual queriam homenagear a igreja de S. Prisca, uma santa hoje quase esquecida pelos calendários. 

Minha oração

“ Exemplo de mulher, na qual a tua fé e dedicação se tornou fruto em meio à comunidade primitiva. Conceda-nos uma fé inabalável como a tua, e um amor ardente ao Senhor como o teu. Amém.”

Santa Prisca, rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em 18 de janeiro

  • Em Cartago, na atual Tunísia, os santos mártires SucessoPaulo e Lúcio, bispos. († 259)
  • Em Nicéia, na Bitínia, hoje Iznik, na Turquia, os santos CoscónioZenão e Melanipo, mártires. († s. III-IV)
  •  Em Foix, na Gália Narbonense, atualmente na França, o passamento de São Volusiano, bispo de Tours. († c. 498)
  • No mosteiro de Lure, na Borgonha, atualmente na França, São Deícolo, abade, que era natural da Irlanda e discípulo de São Columbano e, segundo a tradição, fundou este mosteiro. († s. VII)
  • Em Ferrara, na Emília, atualmente Emília-Romanha, região da Itália, Santa Beatriz d’Este, monja. († c. 1262)
  • Em Budapeste, na Hungria, Santa Margarida, virgem, filha do rei Bela IV. († 1270)
  • Em Cremona, na Lombardia, região da Itália, o Beato Fácio. († 1272)
  • Em Morbegno, nos Alpes, também na Itália, o Beato André de Peschiera Grego, presbítero da Ordem dos Pregadores. († 1485)
  • Em L’Áquila, nos Abruzos, região da Itália, a Beata Cristina (Matias) Ciccarélli, virgem da Ordem de Santo Agostinho. († 1543)
  • Em Braniewo, na Prússia, na atual Polônia, a Beata Regina Protmann, virgem, que fundou a Congregação das Irmãs de Santa Catarina. († 1613)
  • Em Avrillé, perto de Angers, na França, as beatas Felicidade PricetMónica PicheryCarla Lucas e Vitória Gusteau, mártires. († 1794)
  • Em Cássia, na Itália, a Beata Maria Teresa Fasce (Maria Joana Fasce), abadessa da Ordem de Santo Agostinho. († 1947)

Fonte:

  • Livro “Santos de cada dia” – José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003]
  • Martirológio Romano
  • Santiebeati.it
  • Vaticannews.va
  • Vatican.va

– Produção e edição:  Melody de Paulo
– Oração: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova

 

Santo Antão, o santo que vivia no Cemitério – 17 de Janeiro

Santo Antão, o santo que vivia no Cemitério

 

Origens
Pai do monaquismo cristão, Santo Antão nasceu no Egito em 251. Com apenas 20 anos, Santo Antão havia perdido os pais; ficou órfão com muitos bens materiais, mas o maior bem que os pais lhe deixaram foi uma educação cristã. 

Abdicou dos Bens
Ao entrar numa Igreja, ele ouviu a proclamação da Palavra e se colocou no lugar daquele jovem rico, o qual Cristo chamava para deixar tudo e segui-Lo na radicalidade. Antão vendeu parte de seus bens, garantiu a formação de sua irmã, a qual entrou para uma vida religiosa.

Eremita
Enfim, Santo Antão foi, passo a passo, buscando a vontade do Senhor. Antão deparou-se com outra palavra de Deus em sua vida: “Não vou preocupeis, pois, com o dia de amanhã. O dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado”(Mt 6,34). O Espírito Santo o iluminou e ele abandonou todas as coisas para viver como eremita. 

Santo Antão: aprendeu o que precisava para ser santo e atendeu seu chamado

Estudou
Sabendo que na região existiam homens dedicados à leitura, meditação e oração, ele foi aprender. Aprendeu a ler e, principalmente, a orar e contemplar. Assim, foi crescendo na santidade e na fama também.

Viveu em um Cemitério
Sentiu-se chamado a viver num local muito abandonado, num cemitério, onde as pessoas diziam que almas andavam por lá. Por isso, era inabitável. Ele não vivia de crendices; nenhum santo viveu. Então, foi viver neste local. Na verdade, eram serpentes que estavam por lá, por isso ninguém se aproximava. A imaginação humana vê coisas onde não há. 

Os Muros
Santo Antão construiu muros naquele lugar e viveu ali dentro, na penitência e na meditação. As pessoas eram canais da providência, pois elas lhe mandavam comida, pão por cima dos muros; e ele as aconselhava. Até que, com tanta gente querendo viver como Santo Antão, naquele lugar surgiram os monges. 

Santo Antão vivia a verdadeira alegria e sorria para o mundo

Santidade
Ele foi construindo lugares e aqueles que queriam viver a santidade, seguindo seus passos, foram viver perto dele. O número de monges foi crescendo, mas o interessante é que, quando iam se aconselhar com ele, chegavam naquele lugar vários monges e perguntavam: “Onde está Antão?”. E lhes respondiam: “Ande por aí e veja a pessoa mais alegre, mais sorridente, mais espontânea; esse é Antão”.

Combateu o Arianismo
Ele foi crescendo em idade, em sabedoria, graça e sensibilidade com as situações que afetavam o Cristianismo. Teve grande influência junto a Santo Atanásio no combate ao arianismo. Ele percebeu o arianismo também entre os monges, que não acreditavam na divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Antão também foi a Alexandria combater essa heresia. Santo Antão viveu na alegria, na misericórdia, na verdade. Tornou-se abade, pai, exemplo para toda a vida religiosa. Exemplo de castidade, de obediência e pobreza.

Páscoa
Santo Antão faleceu em 356, viveu mais de cem anos, mas a qualidade é maior do que a quantidade de tempo de sua vida, pois viveu com uma qualidade de vida santa que só Cristo podia lhe dar. 

Minha oração

“ Ó pai da vida monástica, pai dos eremitas, formai almas que tenham a mesma generosidade de se dedicar inteiramente a Deus na oração e na penitência. Sustentai aqueles que já vivem assim e tornai-os grandes testemunhas nesse mundo perecível. Amém”

Santo Antão, rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em 17 de janeiro

  • Na Capadócia, na atual Turquia, os santos Espeusipo, Elasipo, Melasipo, irmãos, e sua avó, Leonila, mártires. († data inc.)
  • No Osroene, num território atualmente situado entre a Síria e a Turquia, a comemoração de São Julião, asceta, chamado pelos antigos Sabas, isto é, Ancião. († c. 377)
  • Em Die, na Gália Lionense, atualmente na França, São Marcelo, bispo. († 510)
  • Em Bourges, na Aquitânia, atualmente também na França, São Sulpício o Piedoso, bispo. († 647)
  • Na Baviera, hoje região da Alemanha, São Gamelberto, presbítero. († c. 802)
  • Em Fréjus, na Provença, região da França, Santa Rosalina, prioresa de Celle-Roubaud, da Ordem da Cartuxa. († 1329)
  • Em Tocolatlán, cidade do México, São Januário Sánchez Delgadillo, presbítero e mártir. († 1927)

Fonte:

  • Livro “Um santo para cada dia” – Mário Sgarbossa – Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978]
  • Livro “Santos de cada dia” – José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003]
  • Martirológio Romano
  • Vaticannews.va
  • Vatican.va

– Produção e edição:  Melody de Paulo
– Oração: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova

São Berardo e companheiros mártires – 16 de Janeiro

São Berardo e companheiros mártires

 

Vida Religiosa

A Igreja universal venera o diácono Santo Estêvão como o primeiro mártir do cristianismo, mas também as Igrejas locais, bem como as congregações religiosas, sempre prestaram especial veneração aos seus protomártires. Hoje, é a Ordem dos Frades Menores que celebra aqueles irmãos que foram os primeiros a derramar o seu sangue como testemunho perene da sua fé cristã: Berardo, Otone, Pietro, Accursio e Adiuto, esses são os seus nomes, foram os primeiros missionários enviados de San Francesco nas terras dos sarracenos.

Trajeto Religioso

Seis anos depois da sua conversão, tendo fundado a Ordem dos Frades Menores, São Francisco sentiu-se inflamado pelo desejo do martírio e decidiu ir à Síria pregar a fé e a penitência aos infiéis. No entanto, o navio em que viajava acabou na costa da Dalmácia devido ao vento e ele foi forçado a regressar a Assis. O desejo de obter a coroa do martírio, porém, continuou a permear o coração de Francisco e ele pensou então em viajar ao Marrocos para pregar o Evangelho de Cristo a Miramolino, líder dos muçulmanos, e aos seus súditos. Chegou à Espanha, mas foi forçado novamente a retornar à Porciúncula devido a uma doença súbita.

Uma Nova Tentativa 

Apesar dos dois fracassos sofridos, organizou a Ordem em províncias e enviou missionários a todas as principais nações europeias. No Pentecostes de 1219 deu também autorização ao padre Otone, ao subdiácono Berardo e aos irmãos leigos Vitale, Pietro, Accursio, Adiuto, para irem pregar o Evangelho aos sarracenos marroquinos, enquanto optou por se juntar aos cruzados que se dirigiam para Palestina, para visitar os lugares santos e converter os indígenas infiéis. Tendo recebido a bênção do fundador, os seis missionários chegaram a pé à Espanha.

Chegada ao Reino de Aragão

Ao chegarem ao reino de Aragão, Vitale, líder da expedição, adoeceu, mas isso não impediu que os outros cinco irmãos continuassem a viagem sob a orientação de Berardo. Em Coimbra, Portugal, a Rainha Orraca, esposa de Alfonso II, recebeu-os em audiência. Descansaram alguns dias no convento de Alemquer, beneficiando da ajuda da Infanta Sancha, irmã do rei, que lhes forneceu roupas civis para facilitar o seu trabalho apostólico entre os muçulmanos. Assim vestidos, embarcaram para a sumptuosa cidade de Sevilha, então capital dos reis mouros.

Conversa com o Rei

Não exatamente prudentes, correram apressadamente para a mesquita principal e, ali, começaram a pregar o Evangelho contra o Islamismo. Naturalmente foram considerados loucos e espancados, mas não perderam a compostura e, tendo ido ao palácio do rei, pediram para falar com ele. Miramolino ouviu-os com relutância e, assim que ouviu Maomé ser descrito como um falso profeta, ficou furioso e ordenou que fossem trancafiados numa prisão escura. Seu filho lhe disse que decapitá-los imediatamente teria sido uma sentença muito dura, além de sumária, e portanto era preferível pelo menos observar algumas formalidades. Passados ​​alguns dias, o soberano fez com que fossem chamados à sua corte e, ao saber que pretendiam mudar-se para África, em vez de os mandar de volta para Itália, satisfez-os embarcando-os num navio pronto a partir para Marrocos. dos cinco missionários estava o infante português Dom Pietro Fernando, irmão do rei, muito ansioso por admirar a corte de Miramolino.

Tentativa de pregar a Fé

Desde a sua chegada ao país africano, Berardo, que conhecia a língua local, começou imediatamente a pregar a fé cristã perante o rei e a criticar Maomé e o Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos. Miramolino então os expulsou da cidade, ordenando também que fossem mandados de volta para terras cristãs. Mas os frades, assim que foram libertados, retornaram prontamente à cidade e retomaram a pregação em praça pública. O rei enfurecido então os jogou em uma cova para morrerem de fome e dificuldades, mas eles, após três semanas de jejum, foram retirados dela em melhores condições do que quando estavam trancados lá. O próprio Miramolino ficou um tanto surpreso.

Segunda Viagem a Espanha

Um dia Miramolino, para reprimir alguns rebeldes, foi obrigado a marchar com o seu exército, solicitando também a ajuda do príncipe português. Estes últimos, porém, incluíam também os cinco franciscanos e um dia, quando o exército ficou sem água, Berardo pegou numa pá e cavou uma cova, fazendo correr uma fonte abundante de água doce, com inegável grande espanto por parte dos os mouros. Contudo, continuando a pregar apesar da proibição do rei, foram novamente presos, submetidos à flagelação e lançados na prisão. Foram então entregues à plebe para se vingarem dos insultos que proferiram contra Maomé: foram assim açoitados nos cruzamentos das ruas e arrastados sobre cacos de vidro e cacos de vasos partidos.

Proteção com a Coragem da Fé

Sal e vinagre misturados com óleo fervente foram derramados sobre suas feridas, mas eles suportaram todas essas dores com tanta coragem que pareciam impassíveis. Miramolino só poderia ser admirado por tamanha paciência e resignação e, por isso, tentou convencê-los a abraçar o Islã prometendo-lhes riquezas, honras e prazeres. Os cinco frades, porém, também rejeitaram as cinco jovens que lhes foram oferecidas como esposas e perseveraram destemidamente na exaltação da religião cristã.

O Falecimento dos Cinco Intrépidos Confessores da Fé

A esta altura Miramolino já não resistiu a tais aversões e, tomado de raiva, pegou na cimitarra e decapitou os cinco intrépidos confessores da fé: era 16 de janeiro de 1220, perto de Marraquexe. Nesse momento as suas almas, ao levantarem voo para o céu, apareceram à infanta Sancha, sua benfeitora, que naquele momento estava reunida em oração no seu quarto.

Canonização

Regressando a Portugal, trouxe finalmente consigo as preciosas relíquias, que destinou à igreja de Santa Croce em Coimbra, onde ainda hoje são objeto de veneração. Esta experiência desenvolveu em Santo António de Lisboa (conhecido por nós como António de Pádua) a ideia de passar da Ordem dos Cónegos Regulares para a dos Frades Menores. Ao ouvir a notícia do martírio de seus cinco filhos, São Francisco exclamou: “Agora posso dizer que realmente tenho cinco Frades Menores”. Eles foram canonizados pelo pontífice franciscano Sisto IV, em 1481, e o Martyrologium Romanum os comemora em 16 de janeiro, aniversário de seu glorioso martírio.

São Berardo e companheiros mártires, rogai por nós!

Outros santos e beatos que a Igreja faz memória em 16 de fevereiro:

  • Em Roma, no cemitério de Priscila, junto à Via Salária Nova, o sepultamento de São Marcelo I, papa, que, como refere São Dâmaso, foi um verdadeiro pastor, ferozmente hostilizado pelos apóstatas que recusavam aceitar a penitência por ele estabelecida e, insidiosamente denunciado perante o tirano, foi expulso da pátria e morreu no exílio. († 309)
  • Em Aulona, no Ilírico, na atual Albânia, São Danate, mártir. († data inc.)
  • Em Rinocorura, no Egipto, São Melas, bispo, que, no tempo do imperador ariano Valente, depois de padecer o exílio pela sua fidelidade à verdadeira fé, descansou em paz. († c. 390)
  • Em Arles, na Provença, região da Gália, hoje na França, Santo Honorato, bispo, que fundou um célebre mosteiro na ilha de Lérins e depois aceitou o governo da Igreja de Arles. († 429)
  • Em Moutiers, na Gália Vienense, atualmente também na França, São Tiago, bispo, discípulo de Santo Honorato de Lérins. († s. V)
  • Em Oderzo, hoje no Véneto, na região da Itália, São Ticiano, bispo. († s. V)
  • Em Tours, na Gália Lionense, atualmente na França, a comemoração de São Leobácio, abade, que designado pelo seu mestre Santo Urso como superior do mosteiro de Sennevière, viveu em admirável santidade até avançada idade. († s. V)
  • Em Dombes, também na Gália Lionense, atualmente na França, São Trevério, presbítero, monge e finalmente eremita. († c. 550)
  • Em Mézerolles, junto ao rio Authie, na Gália, atualmente também na França, São Furseu, que foi abade na Irlanda, depois na Inglaterra, finalmente na Gália, onde fundou a abadia de Lagny. († c. 650)
  • Em Bagno di Romagna, na atual Emília-Romanha, região da Itália, Santa Joana, virgem, que, recebida na Ordem Camaldulense, resplandeceu singularmente pela sua obediência e humildade. († 1105)
  • Em Marrakech, cidade da Mauritânia, hoje em Marrocos, a paixão dos santos mártires BerardoOtãoPedro, presbíteros, Acúrsio e Adjuto, religiosos da Ordem dos Menores, que, enviados por São Francisco para anunciar aos muçulmanos o Evangelho de Cristo, foram primeiramente presos em Sevilha e levados para Marrocos, onde consumaram o martírio, mortos ao fio da espada pelo príncipe mouro. († 1226)
  • Em Kandy, no Ceilão, atual Sri Lanka, ilha do Oceano Índico, São José Vaz, presbítero da Congregação do Oratório, que, sendo natural de Goa, partiu em missão para aquela terra e, percorrendo com admirável ardor os agrestes caminhos rurais onde os católicos permaneciam clandestinos e dispersos, incansavelmente os confirmou na fé, pregando com grande zelo apostólico o Evangelho da salvação. († 1711)
  • Em Bréscia, na Itália, o Beato José António Tovíni, que, sendo professor, fundou muitas escolas cristãs e edificou numerosas obras públicas, dando sempre, nas suas atividades, o testemunho da sua oração e das suas virtudes. († 1897)
  • Em Valência, na Espanha, a Beata Joana Maria Condesa Lluch, virgem, que trabalhou com grande diligência, humildade, amor, caridade e sacrifício, para ajudar os pobres, as crianças e as jovens operárias, fundando com essa finalidade a Congregação das Escravas da Imaculada Conceição, Protetoras das Operárias. († 1916)

Fontes:

  • Santie Beat
  • Martirológio Romano

– Pesquisa e Redação: Ronaldo Pires Atividade