São Cutberto, Bispo– 20 de Março

São Cutberto, Bispo

Privilegiado desde jovem

Natural da vizinhança do mosteiro de Mailros, na ilha de Lindisfarne. Desde a juventude, foi privilegiado com graças especiais que o atraíram para Deus.

Viu a alma de um santo subindo ao Céu

Uma noite em que guardava um rebanho, viu, quando rezava, subir ao céu a alma de santo Aidão, cuja morte soube pela manhã do dia seguinte. Sentiu-se de tal modo tocado com essa visão, que se tornou monge na abadia de Mailros, na região dos Merciões, mas habitada por irlandeses.

São Cutiberto passara vários anos nessa solidão quando São Teodoro reuniu um concílio em presença do rei Egfrido, no ano de 684, quando foi eleito Bispo de Lindisfarne.

Precisou ação do Rei para convencê-lo a aceitar ser Bispo

Enviaram-lhe vários mensageiros, sem conseguirem arrancá-lo do retiro. Foi necessário que o rei lá fosse em pessoa com São Trumwin, bispo dos pictos, e várias pessoas de consideração. Mesmo assim, tiveram dificuldades em convencê-lo.

Aplicou-se na instrução do seu povo

Sua sagração foi adiada para o ano seguinte, e celebrada em York, na presença do rei, no dia de Páscoa, 26 de Março de 685. Sete bispos assistiram à cerimônia e à testa deles, São Teodoro. O novo Bispo de Lindisfarne continuou guardando as observâncias monásticas, aplicando-se, todavia, com grande cuidado à instrução de seu povo.

Morreu, em 687, no dia 20 de Março dia em que a igreja lhe honra a memória.

A vida de São Cutberto foi escrita por outro Santo, o venerável Beda, que vivia nessa época e que tomou todas as precauções para não dizer senão coisas das quais não se possa duvidar

São Cutberto, rogai por nós

Oração – Senhor Deus que destes a São Cutberto a compreensão da Santa Missa durante a qual derramava abundantes lágrimas  e quando ouvia as confissões dos pecadores, fazei de nós a seu exemplo verdadeiros católicos. Amém

Cutberto: Dinamarquês. Conhecido pela bravura

Com São João Nepomuceno, Presbítero, Mártir, lançado vivo no rio.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

Março 20

1. Comemoração de Santo Arquipo, companheiro do apóstolo São Paulo, que o menciona nas suas epístolas a Filémon e aos Colossenses.

2. Em Antioquia, na Síria, atualmente na Turquia, os santos Paulo, Cirilo e outro, mártires.(† data inc.)

3. Em Metz, na Gália Bélgica, hoje na França, Santo Urbício, bispo.(† c. 450)

4. Em Braga, cidade da Galécia, hoje em Portugal, São Martinho, bispo, oriundo da Panônia, na atual Hungria. A sua memória celebra-se em Portugal, juntamente com a dos santos bispos Frutuoso e Geraldo, no dia cinco de Dezembro.(† c. 579)

5. Na ilha de Farne, na Nortumbria, na atual Inglaterra, o passamento de São Cutberto, bispo de Lindisfarne, que no seu ministério pastoral resplandeceu pela mesma diligência anteriormente demonstrada no mosteiro e no ermo, e conseguiu conciliar pacificamente a austeridade e modo de viver dos Celtas com os costumes romanos.(† 687)

6. No mosteiro de Fontenelle, na Nêustria, atualmente na França, a deposição de São Vulfrano, que, sendo monge, foi eleito bispo de Sens e se dedicou a levar ao povo dos Frisões a mensagem evangélica; finalmente, regressou ao mosteiro de Fontenelle, onde morreu em paz.(† c. 700)

7. Comemoração de São Nicetas, bispo de Apolônia, na Macedônia, que foi exilado pelo imperador Leão o Armênio por defender o culto das sagradas imagens.(† 733)

8. Na laura de São Sabas, na Palestina, a paixão dos santos vinte monges, que durante a incursão dos Sarracenos morreram sufocados pelo fumo na igreja da Mãe de Deus.(† 797)

9. Em Sena, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, o Beato Ambrósio Sansedóni, presbítero da Ordem dos Pregadores, discípulo de Santo Alberto Magno, que, apesar da sua eminente sabedoria e pregação, procedeu sempre com a maior simplicidade para com todos.(† 1287)

10. Em Praga, na Boémia, atualmente na Chéquia, São João Nepomuceno, presbítero e mártir, que, pela defesa da Igreja sofreu a persistente perseguição do rei Venceslau IV e, depois de muitos tormentos e atrocidades, foi lançado vivo ao rio Moldávia.(† 1393)

11. Em Mântua, na Lombardia, região da Itália, o Beato Baptista Spagnóli, presbítero da Ordem dos Carmelitas, que restabeleceu a paz entre os príncipes e reformou a sua Ordem, da qual foi nomeado, contra o seu desejo, superior geral.(† 1516)

12. Em Florença, na Etrúria, atualmente na Toscana, região da Itália, o Beato Hipólito Galantíni, que fundou a Irmandade da Doutrina Cristã e trabalhou ardorosamente na formação catequética dos pobres e dos humildes.(† 1619)

13. Em Ernée, localidade do território de Mayenne, na França, a Beata Joana Verón, virgem e mártir, que se entregou ao cuidado das crianças e dos enfermos e, durante a Revolução Francesa, por ter ocultado sacerdotes aos perseguidores, foi morta ao fio da espada.(† 1794)

14. Em Tarragona, na Espanha, o Beato Francisco de Jesus Maria e José (Francisco Palau Quer), presbítero da Ordem dos Carmelitas Descalços, que no seu ministério suportou graves perseguições e, acusado injustamente, foi mandado para a ilha de Ibiza e aí abandonado a si mesmo durante vários anos.(† 1872)

15. Em Bilbau, no País Basco, região da Espanha, Santa Maria Josefa do Coração de Jesus (Maria Josefa Sancho de Guerra), virgem, fundadora da Congregação das Irmãs Servas de Jesus, que orientou especialmente para o cuidado dos enfermos e dos pobres.(† 1912)

16. Em L’viv, na Ucrânia, São José Bilczewski, bispo, que se dedicou com ardente caridade à edificação dos costumes e à formação doutrinal do clero e do povo e, no tempo da guerra, socorreu por todos os meios os pobres e os necessitados.(† 1923)

São José, Esposo de Maria – 19 de Março

São José, Esposo de Maria

Descendente da Casa de David

São raros os dados sobre as origens, a infância e a juventude de José, o humilde carpinteiro de Nazaré, pai terrestre e adotivo de Jesus Cristo, e esposo da Virgem de todas as virgens, Maria. Sabemos apenas que era descendente da casa de David. Mas, a parte de sua vida da qual temos todo o conhecimento basta para que sua canonização seja justificada.

Último Patriarca

José é, praticamente, o último elo de ligação entre o Velho e o Novo Testamento, o derradeiro patriarca que recebeu a comunicação de Deus vivo, através do caminho simples dos sonhos. Sobretudo escutou a palavra de Deus vivo. Escutando no silêncio.

Nas Sagradas Escrituras não há uma palavra sequer pronunciada por José. Mas, sua missão na História da Salvação Humana é das mais importantes: dar um nome a Jesus e fazê-lo descendente de David, necessário para que as profecias se cumprissem.

Homem Justo

Por isso, na Igreja, José recebeu o título de “homem justo”. A palavra “justo” recorda a sua retidão moral, a sua sincera adesão ao exercício da lei e a sua atitude de abertura total à vontade do Pai celestial. Também nos momentos difíceis e às vezes dramáticos, o humilde carpinteiro de Nazaré nunca arrogou para si mesmo o direito de pôr em discussão o projeto de Deus. Esperou a chamada do Senhor e em silêncio respeitou o mistério, deixando-se orientar pelo Altíssimo.

Cuidadoso guardião de Jesus

Quando recebeu a tarefa, cumpriu-a com dócil responsabilidade: escutou solícito o anjo, quando se tratou de tomar como esposa a Virgem de Nazaré, na fuga para o Egito e no regresso para Israel (Mt 1 e 2, 18-25 e13-23). Com poucos mas significativos traços, os evangelistas o descreveram como cuidadoso guardião de Jesus, esposo atento e fiel, que exerceu a autoridade familiar numa constante atitude de serviço. As Sagradas Escrituras nada mais nos dizem sobre ele, mas neste silêncio está encerrado o próprio estilo da sua missão: uma existência vivida no anonimato de todos os dias, mas com uma fé segura na Providência.

José amou, acreditou, confiou em Deus e no Messias

Somente uma fé profunda poderia fazer com que alguém se mostrasse tão disponível à vontade de Deus. José amou, acreditou, confiou em Deus e no Messias, com toda sua esperança. Apesar da grande importância de José na vida de Jesus Cristo não há referências da data de sua morte. Os teólogos acreditam que José tenha morrido três anos antes da crucificação de Jesus, ou seja quanto Ele tinha trinta anos.

Por isso, hoje é dia de festa para a Fé. O culto a São José começou no Egito, passando mais tarde para o Ocidente, onde hoje alcança grande popularidade.

Padroeiro universal da Igreja

Em 1870, o Papa Pio IX o proclamou São José, padroeiro universal da Igreja e, a partir de então, passou a ser venerado no dia 19 de março. Porém, em 1955, o Papa Pio XII fixou também, o dia primeiro de maio para celebrar São José, o trabalhador. Enquanto, o Papa João XXIII, inseriu o nome de São José no Cânone romano, durante o seu pontificado.

São José, Rogai por nós!

Oração – Pai e Protetor das almas virgens, nosso Pai e Provedor, guarda fiel de Jesus, que é a mesma inocência, e Maria, a Virgem das virgens: Nós vos suplicamos e rogamos, por Jesus e Maria, façais que, preservados de toda mancha puros de coração e castos de corpo, sirvamos constantemente a Jesus e Maria, em uma perfeita castidade. Amém.

José: Significa “aquele que acrescenta”, “acréscimo do Senhor” ou “Deus multiplica”. O nome José tem origem no hebraico Yosef

Com Beata Sibilina Biscóssi, virgem, que, ficando cega aos doze anos, passou sessenta e cinco anos iluminando com a sua luz interior muitas pessoas que a ela acorriam.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

Março 19

Solenidade de São José, esposo da Santíssima Virgem Maria, homem justo, da descendência de David, que exerceu a missão de pai do Filho de Deus, Jesus Cristo, o qual quis ser chamado filho de José e lhe foi submisso como um filho a seu pai. A Igreja venera com especial honra como seu patrono aquele que o Senhor constituiu chefe da sua família.

2. Em Spoleto, na Úmbria, região da Itália, São João, abade de Parrano, que orientou como pai um grande número de servos de Deus.(† s. VI)

3. Em Pavia, na Lombardia, também região da Itália, o Beato Isnardo de Chiampo, presbítero da Ordem dos Pregadores, que fundou nesta cidade um convento da sua Ordem.(† 1244)

4. Em Sena, na Etrúria, hoje na Toscana, também região da Itália, o Beato André Galleráni, que visitou e confortou solicitamente os enfermos e os atribulados e congregou vários companheiros na associação dos Irmãos da Misericórdia, para que, como leigos sem votos, se dedicassem ao serviço dos pobres e dos enfermos.(† 1251)

5. Em Camerino, no Piceno, hoje nas Marcas, também região da Itália, o Beato João Burálli de Parma, presbítero da Ordem dos Menores, que o papa Inocêncio IV enviou como delegado aos Gregos, para procurar restabelecer a sua comunhão com os Latinos.(† 1289)

6. Em Pavia, na Lombardia, igualmente região da Itália, a Beata Sibilina Biscóssi, virgem, que, ficando cega aos doze anos, passou sessenta e cinco anos reclusa numa cela contígua à igreja da Ordem dos Pregadores, iluminando com a sua luz interior muitas pessoas que a ela acorriam.(† 1367)

7. Em Vicenza, no Véneto, também região da Itália, o Beato Marcos de Márchio de Montegallo, presbítero da Ordem dos Menores, que, para socorrer a indigência dos pobres, criou a obra denominada Monte de Piedade.(† 1496)

8. Em Monistrol de Monserrat, na localidade da província de Barcelona, na Espanha, o Beato Félix José (José Trilla Lastra), religioso da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártir, que, durante a perseguição contra a Igreja, foi morto em ódio à religião.(† 1936)

9. Perto de Munique, Baviera, Alemanha, o Beato Narciso Turchan, presbítero da Ordem dos Frades Menores e mártir, que, da Polônia, submetida a um nefasto regime, foi deportado por causa da sua fé para o campo de concentração de Dachau, onde morreu vitimado pelas torturas.(† 1942)

10. Em Mauthausen, na Áustria, o Beato Marcelo Callo, mártir, que, vindo ainda jovem de Rennes, cidade da França, durante a guerra confortava com o estímulo fervoroso da fé os seus companheiros de cativeiro, exaustos por tão duros trabalhos forçados, e por isso foi morto num campo de extermínio.(† 1945)

São Cirilo de Jerusalém, Bispo e Doutor da Igreja – 18 de Março

São Cirilo

Nasceu em 315 e foi educado em Jerusalém.

Desde o início dos tempos cristãos a heresia se infiltrara na Igreja, mas, foi no século IV, que ocorreram as do arianismo e do “nestorianismo” causando profundas divisões. Cirilo viveu nesse período em Jerusalém, perto de onde nascera em 315, de pais cristãos e bem situados financeiramente. Muito preparado, desde a infância, nas Sagradas Escrituras e nas matérias humanísticas, em 345, foi ordenado sacerdote.

Foi exilado três vezes

Em 348, foi consagrado, Bispo de Jerusalém. Ocupou o cargo durante aproximadamente trinta e cinco anos, dezesseis dos quais passou no exílio, em três ocasiões diferentes. A primeira porque o bispo Acácio, de grande influencia na Igreja, cuja obra foi citada por São Jerônimo, acusou Cirilo de heresia. A segunda por ordem do imperador Constâncio que entendeu ser Cirílo realmente um simpatizante dos hereges, mas em sua defesa atuaram os bispos, Atanásio e Hilário, ambos Padres da Igreja assim como o próprio bispo Cirilo o é. A terceira, foi a mais longa , porque o imperador Valente, este sim herege, decidiu mandar de volta ao exílio todos os bispos anistiados, fato que fez Cirilo peregrinar durante onze anos, por várias cidades da Ásia, até a morte do soberano, em 378.

Sabia ensinar o Evangelho, como poucos

O seu trabalho, entretanto resistiu a tudo e chegou até nossos dias e especialmente porque ele sabia ensinar o Evangelho, como poucos. Em sua cidade, logo que se tornou sacerdote e no início do episcopado era o responsável por preparar os catecúmenos, isto é, os adultos que se convertiam e iriam ser batizados. Foi nesse período que escreveu dezoito discursos catequéticos, um sermão, a carta ao imperador Constantino e outros pequenos fragmentos. Treze escritos eram dedicados à exposição geral da doutrina e cinco dedicados ao comentário dos ritos Sacramentais da iniciação cristã. Assim, seus escritos explicam detalhadamente os “como” e os “porquês” de cada oração, do batismo, da crisma, da penitência, dos sacramentos e dos mistérios do Cristianismo, ditos dogmas da Igreja.

Seus escritos explicam detalhadamente os “como” e os “porquês” de cada oração

Sobre a Eucaristia, ele afirmava: “Sob a forma de pão é o corpo que te é dado e, sob a forma de vinho, o sangue; de tal maneira que, ao receberes o corpo e sangue de Cristo, te transformas, com ele, num só corpo e num só sangue”

Cirilo também soube viver a religião na prática. Numa época de grande carestia, por exemplo, não hesitou em vender valiosos vasos litúrgicos e outras preciosidades eclesiásticas, para matar a fome dos pobres da cidade. Ele morreu no ano 386.

Valente lutador para defender a Igreja dos hereges

De maneira contundente aderiu à doutrina ortodoxa da Igreja no III Concílio ecumênico de Constantinopla, em 382, no qual ficou clara sua sempre fiel postura à Santa Sé e à Verdade de Cristo. Nessa oportunidade teve em seu favor a eloquência das vozes dos sinceros Bispos e amigos, Atanásio e Hilário, que o chamaram “valente lutador para defender a Igreja dos hereges que negam as verdades de nossa religião”.

Sua canonização demorou porque, durante muito tempo, seu pensamento teológico foi considerado vacilante, como dizem os registros. Em 1882, o Papa Leão XIII, na solenidade em que instituiu sua veneração, honrou São Cirilo de Jerusalém, com os títulos de Doutor da Igreja e Príncipe dos catequistas católicos.

São Cirilo de Jerusalém, rogai por nós!

Oração – Ó Deus, que marcastes pela vossa doutrina a vida de São Cirilo de Jerusalém, concedei-nos, por sua intercessão, que sejamos fiéis à mesma doutrina, e a proclamemos em nossas ações. Amém.

Cirilo: Significa “senhor”, “aquele que tem plena autoridade”. Tem origem no nome grego Kyrillos, e deriva da palavra kyros, que quer dizer “senhor

Com Santo Eduardo, Rei dos Ingleses, dolosamente assassinado ainda jovem pelos servos da madrasta.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

Março 18

São Cirilo, bispo de Jerusalém e doutor da Igreja, que, tendo sofrido muitos ultrajes dos arianos por causa da fé e expulso várias vezes da sua sede episcopal, expôs admiravelmente aos fiéis a reta doutrina, a Escritura e os santos mistérios com homilias e catequeses.(† c. 386/387)

2. Comemoração de Santo Alexandre, bispo e mártir, que, tendo vindo da Capadócia para Jerusalém, exerceu o ministério pastoral nesta Cidade Santa, fundou uma excelente biblioteca e abriu uma escola. Mais tarde, durante a perseguição do imperador Décio, quando já brilhavam os cabelos brancos da sua veneranda velhice, foi conduzido a Cesareia da Palestina e aí sofreu o martírio pela fé em Cristo.(† c. 250)

3. Em Lucca, na Etrúria, Toscana, região da Itália, São Frigdiano, bispo, natural da Irlanda, que congregou clérigos num mosteiro, para benefício do povo desviou o curso do rio Sérchio, tornando mais fértil a terra, e converteu à fé católica os Lombardos que tinham invadido a região.(† c. 588)

4. Em Tours, cidade da Nêustria, atualmente na França, São Leobardo, que viveu recluso numa pequena cela próxima do mosteiro de Marmoutier, onde resplandeceu pela sua admirável abstinência e humildade.(† c. 593)

5. Em Saragoça, na Espanha Tarraconense, São Bráulio, bispo, que ajudou Santo Isidoro, de quem foi grande amigo, a restaurar a disciplina eclesiástica em toda a Espanha e foi seu digno sucessor na eloquência e sabedoria.(† 651)

6. Perto de Wareham, Inglaterra, Santo Eduardo, rei dos Ingleses, dolosamente assassinado ainda jovem pelos servos da madrasta.(† 978)

7. Em Mântua, na Lombardia, região da Itália, o passamento de Santo Anselmo, bispo de Lucca, fidelíssimo à Sé Romana, que, no conflito sobre as investiduras, restituiu ao papa Gregório VII o anel e o báculo pastoral que relutantemente recebera do imperador Henrique IV e, expulso da sua sede pelos cônegos que recusavam a vida comum, foi enviado à Lombardia como legado do papa, que encontrou nele um valioso colaborador.(† 1086)

8. Em Cagliari, na Sardenha, São Salvador Grionesos de Horta, religioso da Ordem dos Frades Menores, que se tornou um humilde instrumento de Cristo para salvação dos corpos e das almas.(† 1567)

9. Em Lencastre, na Inglaterra, os beatos João Thules, presbítero, e Rogério Wrenno, oriundos do mesmo condado, mártires de Cristo no reinado de Jaime I.(† 1616)

10. No mosteiro de Saint-Sauveur-le-Vicomte, na Normandia, França, a Beata Marta (Amata Le Bouteiller), virgem das Irmãs das Escolas Cristãs da Misericórdia, que, animada pela sua plena confiança em Deus, desempenhou sempre com inalterável paciência os ofícios mais humildes.(† 1883)

11. Em Florença, na Itália, a Beata Celestina da Mãe de Deus (Maria Ana Donáti), virgem, fundadora da Congregação das Filhas Pobres de São José de Calasans.(† 1925)

São Patrício, Bispo, Apóstolo da Irlanda – 17 de Março

São Patrício, Bispo, Apóstolo da Irlanda

Capturado e vendido aos 16 anos

Nasceu na Grã-Bretanha e, com 16 anos, foi capturado e vendido com escravo para a Irlanda. Por duas vezes, Patrício tentou a fuga, até que na terceira vez, seis anos mais tarde, conseguiu escapar e voltar à sua terra natal.

Começou então uma vida religiosa e quando faleceu o Bispo Paládio, responsável pela missão na Irlanda, o Papa Celestino I o convocou para dar segmento à missão. Foi consagrado bispo e viajou para a “Ilha Verde”, no ano 432.

Apóstolo de toda Irlanda

Tornou-se apóstolo, como Padre e Bispo, de toda a Irlanda. Além de converter os chefes dos diversos clãs, ele ainda criou os mosteiros, como centros de irradiação do cristianismo e da cultura. Converteu centenas de pessoas, muitas delas se tornaram monges, missionários por toda a Europa.

Incentivador da confissão individual

Para explicar como a Santíssima Trindade era três e um ao mesmo tempo utilizava o trevo de três folhas e por isso o mesmo tem papel importante na cultura Irlandesa. Foi incentivador do modo particular de se celebrar o sacramento da Confissão (Reconciliação), tal como o conhecemos hoje, visto que antes o mesmo era realizado de forma comunitária. Um século mais tarde essa prática propagou-se pelo resto da Europa.

Mudou o destino de todo um povo

Sua obra naquelas terras ficará eternamente gravada na História da Igreja Católica e da própria Humanidade, pois mudou o destino de todo um povo. Em quase três décadas, o bispo Patrício converteu praticamente todo o país. Não contava com apoio político e muito menos usou de violência contra os pagãos. Com isso, não houve repressão também contra os cristãos. O próprio rei Leogário deu o exemplo maior, possibilitando a conversão de toda sua corte. O trabalho desse fantástico e singelo bispo foi tão eficiente que o catolicismo se enraizou na Irlanda, vendo nos anos seguintes florescer um grande número de Santos e evangelizadores missionários.

Fundação de incontáveis mosteiros

O método de Patrício para conseguir tanta conversão foi a fundação de incontáveis mosteiros. Esse método foi imitado pela Igreja também na Inglaterra e na evangelização dos alemães do norte da Europa. Promovendo por toda parte a construção e povoação de mosteiros, o bispo Patrício fez da Ilha um centro de irradiação de fé e cultura. Dali partiram centenas de monges missionários que peregrinaram por terras estrangeiras levando o Evangelho. Temos, como exemplo, a atuação dos célebres apóstolos Columbano, Galo, Willibrordo, Tarásio, Donato e tantos outros.

As lendas heroicas desse povo falam sempre de monges

A obra do bispo Patrício interferiu tanto na cultura dos irlandeses, que as lendas heroicas desse povo falam sempre de monges simples com suas aventuras, prodígios e graças, enquanto outras nações têm como protagonistas seus reis e suas façanhas bélicas.

Patrício morreu no dia 17 de março de 461, na cidade de Down, atualmente Downpatrick. Até hoje, no dia de sua festa os irlandeses fixam à roupa um trevo, cuja folha se divide em três, numa homenagem ao venerado São Patrício que o usava para exemplificar melhor o sentido do mistério da Santíssima Trindade: “um só Deus em três pessoas”.

Na Irlanda existem duzentos santuários erguidos em sua honra

A data de 17 de março há séculos marca a festa de São Patrício, a glória da Irlanda.

Os irlandeses sempre sentiram um enorme orgulho de sua pátria, tanto, por ter ela nascido na chamada Ilha dos Santos, quanto, por ter sido convertida pelo venerado bispo. Só na Irlanda existem duzentos santuários erguidos em honra a São Patrício, seu padroeiro.

São Patrício, rogai por nós!

Oração – São Patrício, roga por nós a Cristo, Nosso Deus,pela remissão dos nossos pecados.Que teu exemplo de vida desperte em nossos corações a fé e a humildade. Amém.

Patrício: Significa “patrício”, “da mesma pátria”, “compatriota”, “conterrâneo”, “nobre”. Tem origem no nome do latim Patricius, que significa “patrício”

Com Santa Gertrudes de Nivelles, Abadessa, que, nascida de uma família muito ilustre, recebeu do Bispo Santo Amando o sagrado véu das virgens.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

Março 17

São Patrício, bispo, que, ainda jovem, foi levado prisioneiro da Bretanha para a Irlanda. Tendo recuperado a liberdade, quis abraçar o estado clerical e regressou à mesma ilha, onde, eleito bispo, anunciou com grande zelo o Evangelho ao povo e organizou com firmeza a sua Igreja, até que, em Down, cidade da Irlanda, adormeceu no Senhor.(† 461)

2. A comemoração de numerosos santos mártires em Alexandria, no Egito, que, no tempo do imperador Teodósio, quando crescia o número de cristãos, foram presos pelos adoradores de Serápis e, como recusassem firmemente adorar o ídolo, foram cruelmente assassinados.(† c. 392)

3. Em Chalons-sur-Saône, na Borgonha da Gália, na atual França, Santo Agrícola, bispo, que governou esta Igreja durante quase dez lustros e a consolidou com vários concílios.(† 580)

4. Em Nivelles, no Brabante, atualmente na Bélgica, Santa Gertrudes, abadessa, que, nascida de uma família muito ilustre, recebeu do bispo Santo Amando o sagrado véu das virgens e dirigiu com sabedoria o mosteiro construído por sua mãe, mantendo-se sempre assídua à leitura da Sagrada Escritura e perseverante na austeridade das vigílias e do jejum.(† 659)

5. Na ilha de Chipre, São Paulo, monge e mártir, que, por defender o culto das sagradas imagens, foi lançado às chamas.(† c. 770)

6. Em Modugno, perto de Bári, na Apúlia, região da Itália, o Beato Conrado, que levou vida eremítica na Palestina, habitando até à morte numa miserável gruta.(† c. 1154)

7. Em Olomouc, localidade da Morávia, na atual Chéquia, São João Sarkander, presbítero e mártir, que, sendo pároco de Holesov e recusando revelar segredos da confissão, foi condenado ao suplício da roda e encerrado ainda com vida no cárcere, onde morreu um mês depois.(† 1620)

8. Na região dos Hurões, no Canadá, a paixão de São Gabriel Lalemant, presbítero da Companhia de Jesus, que, depois de ter difundido com grande zelo a glória de Deus no idioma do povo, foi violentamente torturado por adoradores dos ídolos com crudelíssimos suplícios. A sua memória celebra-se no dia onze de Outubro, juntamente com a dos seus companheiros.(† 1649)

10. Em Catumbi, no Brasil, a Beata Maria Bárbara da Santíssima Trindade (Bárbara Maix), virgem, fundadora da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria.(† 1873)

11. Em Málaga, na Espanha, o Beato João Nepomuceno Zegri y Moreno, presbítero, que consagrou o seu ministério ao serviço da Igreja e das almas e, para melhor procurar a glória de Deus Pai em Cristo, fundou a Congregação das Irmãs da Caridade de Nossa Senhora das Mercês.(† 1905)

Santa Eusébia, Abadessa – 16 de Março

Santa Eusébia, Abadessa

De família de Santos

Pertenceu a uma família de muitos santos. Com 8 anos seu pai, santa Adalberto, faleceu e sua mãe, chamada a uma vida de entrega total a Deus, fundou um convento. Quis ter a sua filha junto dela. Sua avó Gertrudes também foi chamada, e aceitou entrando para o mesmo convento.

Preparada para Abadesse desde os 12 anos

A mãe, Rictrudes, soube que Eusébia seria a Abadessa após a morte de sua avó. Então fez tudo para ela ser bem formada antes, pois tinha apenas 12 anos.

Ela foi para junto de sua mãe, mas às vezes escapava para a comunidade de Hamage, França, onde percebia ser o seu lugar.

Abadessa mais jovem da França

Riertrudes repensou, e após ter-se aconselhado com Bispos e Abades, autorizou a sua filha a ingressar na comunidade de Hamage, para ser Abadessa, talvez a mais jovem da França.

Eusébia pressentiu que não duraria muito por aqui. Com apenas 23 anos, reuniu suas filhas espirituais, e deu-lhes vários conselhos. Depois, esperou a morte de maneira calma e confiante. Isso no ano de 680.

Depois da morte do pai, se consagrou com sua mãe, santa Rictrudes, à vida monástica e, ainda adolescente, foi eleita abadessa para suceder à sua avó, Santa Gertrudes.

Santa Eusébia, rogai por nós!

Oração – Oh, Deus que destes à santa Eusébia as virtudes da prudência, da justiça, a moderação em suas decisões e a força de ânimo e caráter, fazei-nos fortes, também, para bem Vos servir. Amém .

Eusébia: Piedosa. Nome de origem grega

Com santos Hilário, Bispo, e Taciano, Mártires.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

Março 16

1. Em Aquileia, na Venécia, atualmente no Friúli, região da Itália, os santos Hilário, bispo, e Taciano, mártires.(† data inc.)

2. Em Selêucia, na Pérsia, hoje no Iraque, São Papas, oriundo da Licaônia, que, pela fé em Cristo, depois de muitos tormentos consumou a sua vida terrena com o martírio.(† s. IV)

3. Em Anazarbo, na Cilícia, atualmente na Turquia, São Julião, mártir, que, sob o governo do prefeito Marciano, depois de longamente torturado, foi encerrado num saco com serpentes e lançado ao mar.(† s. IV)

4. Na região de Artois, na Nêustria, no território da atual França, Santa Eusébia, abadessa de Hamay-sur-la-Scarpe, que, depois da morte do pai, se consagrou com sua santa mãe Rictrudes à vida monástica e, ainda adolescente, foi eleita abadessa para suceder à sua avó, Santa Gertrudes.(† c. 680)

5. Em Colônia, na Alemanha, Santo Heriberto, bispo, que, sendo chanceler do imperador Otão III, foi eleito contra a sua vontade para a sede episcopal, onde iluminou infatigavelmente o clero e o povo com o exemplo das suas virtudes, às quais exortava também com a sua pregação.(† 1021)

6. Em Vicenza, na Venécia, atualmente no Véneto, região da Itália, o Beato João Sórdi ou Cacciafronte, bispo e mártir, que, sendo abade, foi condenado ao exílio por causa da sua fidelidade ao Papa; eleito depois bispo de Mântua e transferido finalmente para a sede episcopal de Vicenza, morreu pela liberdade da Igreja, trespassado à espada por um sicário.(† 1181)

7. Em York, na Inglaterra, os beatos João Amias e Roberto Dalby, presbíteros e mártires, que, no reinado de Isabel I, condenados à morte por causa do sacerdócio, se dirigiram com alegria para o suplício da forca.(† 1589)

8. Na região dos Hurões, no Canadá, a paixão de São João de Brébeuf, presbítero da Companhia de Jesus e mártir, que, enviado da França para as missões entre os Hurões, depois de muitos trabalhos missionários e tribulações, foi crudelissimamente torturado pelos pagãos do lugar e morreu heroicamente por Cristo. A sua memória celebra-se no dia onze de Outubro, juntamente com a dos seus companheiros.(† 1649)

Santa Luísa de Marillac, Religiosa, Fundadora – 15 de Março

Santa Luísa de Marillac, Religiosa, Fundadora

Órfã aos 14 anos foi obrigada a casar

Ficou órfã aos 14 anos. Pretendia seguir a vocação religiosa, porém por vontade de seus parentes casou-se e teve um filho.
Passou por grandes dificuldades no casamento devido a problemas financeiros e a longa enfermidade do marido. Os contatos com São Francisco de Sales ajudaram-na então a enfrentar esse período.

Em 1625, o marido morreu, seu filho ingressou no seminário e ela tornou-se religiosa.

Conviveu com São Francisco de Sales e São Vicente de Paulo

Santa Luísa teve a felicidade de conviver com pessoas especiais. Além de São Francisco de Sales, a quem conhecia desde 1618, conviveu também com São Vicente de Paulo, cujo encontro determinou novos rumos em sua vida.

Co-fundadora das Filhas da Caridade

Santa Luísa foi co-fundadora das Filhas da Caridade. São Vicente dizia às Filhas de Caridade: “Vocês têm por mosteiro, a casa dos enfermos; por cela um quarto alugado; por capela, a igreja paroquial; por claustro, as ruas da cidade; por clausura, a obediência; por grade, o temor de Deus; por véu, a santa modéstia”.

Santa Luísa de Marillac, rogai por nós!

Oração – A exemplo de Santa Luísa, concedei-nos agir sempre neste mundo com caridade, para sermos contados entre os eleitos do vosso Reino.Amém.

Luisa: Significa “combatente gloriosa”, “guerreira ilustre”, “gloriosa nas batalhas”. Luisa é a variante gráfica de Luísa

Com São Clemente Hoffbauer, presbítero, pelos seus dotes excepcionais de talento e virtudes, persuadiu muitas pessoas insignes nas ciências e nas artes a aderirem à Igreja.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

Março 15

1. Em Pário, no Helesponto, na atual Turquia, São Menigno, pisoeiro, que, segundo a tradição, sofreu o martírio no tempo do imperador Décio.(† c. 250)

2. Em Roma, São Zacarias, papa, que susteve a veemência da invasão dos Lombardos, indicou aos Francos o justo governo, dotou de igrejas os povos da Germânia e assegurou a união com a Igreja Oriental, governando a Igreja de Deus com grande sabedoria e prudência.(† 752)

3. Em Córdova, cidade da Andaluzia, região da Espanha, Santa Leocrícia, virgem e mártir, descendente de família moura, que aderiu secretamente à fé de Cristo e, tendo sido presa com Santo Eulógio, quatro dias depois do martírio deste santo foi degolada e emigrou para a glória eterna.(† 859)

4. Perto de Burgos, cidade de Castela, também região da Espanha, São Sisebuto, abade de São Pedro de Cardeña.(† 1086)

5. Em York, na Inglaterra, o Beato Guilherme Hart, presbítero e mártir, que, ordenado no Colégio Inglês de Roma, regressou à pátria e, no reinado de Isabel I, por ter persuadido algumas pessoas a abraçar a fé católica, foi enforcado e estripado.(† 1583)

6. Em Paris, na França, Santa Luísa de Marillac, viúva, que orientou com o seu exemplo o Instituto das Filhas da Caridade na assistência aos indigentes, dando realização perfeita à obra delineada por São Vicente de Paulo.(† 1660)

7. Em Viena, na Áustria, São Clemente Maria Hofbauer, presbítero da Congregação do Santíssimo Redentor, que trabalhou admiravelmente na propagação da fé em terras longínquas e na reforma da disciplina eclesiástica e, pelos seus dotes excepcionais de talento e virtudes, persuadiu muitas pessoas insignes nas ciências e nas artes a aderirem à Igreja.(† 1820)

8. Em Madrid, na Espanha, o Beato Pio Conde Conde, presbítero da Sociedade Salesiana e mártir, que durante a perseguição religiosa, foi fuzilado em ódio ao sacerdócio.(† 1936)

9. Em Przemysl, na Polônia, o Beato João Adalberto Balicki, presbítero, que exerceu diversas atividades apostólicas em favor de todo o povo de Deus, empenhando-se particularmente no anúncio do Evangelho e na assistência às jovens errantes.(† 1948)

10. Em Viedma, na Argentina, o beato Artémides Zátti, religioso da Sociedade de São Francisco de Sales, que, animado pelo seu grande zelo missionário, partiu para as inóspitas terras da Patagônia e passou toda a sua vida no hospital desta cidade, acudindo com incansável magnanimidade, paciência e humildade às necessidades dos indigentes.(† 1951)

Santa Matilde, Rainha – 14 de Março

Santa Matilde, Rainha

Nobre educada pela avó Abadessa beneditina

Filha de nobres saxões. Nasceu em Westfalia, por volta do ano 895 e foi educada pela avó, também Matilde, abadessa de um convento de beneditinas em Herford. Por isso, aprendeu a ler, a escrever e estudou teologia e filosofia, fato pouco comum para as nobres da época, inclusive gostava de assuntos políticos.

De brilhante inteligência e beleza física

Constatamos nos registros da época que associada à brilhante inteligência estava uma impressionante beleza física e de alma. Casou-se aos catorze anos com Henrique, duque da Saxônia, que em pouco tempo se tornou Henrique I, rei da Alemanha, com o qual viveu um matrimônio feliz por vinte anos.

Ela construía hospitais e o Rei distribuía a justiça

Foi um reinado justo e feliz também para o povo. Segundo os relatos, muito dessa justiça recheada de bondade se deveu à rainha que, desde o início, mostrou-se extremamente generosa com os súditos pobres e doentes. Enquanto ela assistia à população e erguia conventos, escolas e hospitais, o rei tornava a Alemanha líder da Europa, salvando-a da invasão dos húngaros, regularizando a situação de seu país com a Itália e a França e exercendo ainda domínio sobre os eslavos e dinamarqueses. Havia paz em sua nação, graças à rainha, e por isso, ele podia se dedicar aos problemas externos, fortalecendo cada vez mais o seu reinado.

A morte do Rei ocasionou guerra entre os filhos

Mas essa bonança chegou ao fim. Henrique I faleceu e começou o sofrimento de Matilde. Antes de morrer, o rei indicou para o trono seu primogênito Oton, mas seu irmão Henrique queria o trono para si. As forças aliadas de cada um dos príncipes entraram em guerra, para desgosto de sua mãe.

O filho vencedor se pôs contra a mãe

O exército do príncipe Henrique foi derrotado e Oton foi coroado rei assumindo o trono. Em seguida, os filhos se voltaram contra a mãe, alegando que ela esbanjava os bens da coroa, com a Igreja e os pobres. Tiraram toda sua fortuna e ordenaram que deixasse a corte, exilando-a.

Arrependidos , os filhos lhe restituíram tudo

Matilde, triste, infeliz e sofrendo muito, retirou-se para o convento de Engerm. Contudo, muitos anos mais tarde, Oton e Henrique se arrependeram do gesto terrível de ingratidão e devolveram à mãe tudo o que lhe pertencia. De posse dos seus bens, Matilde distribuiu tudo o que tinha para os pobres.

Tinha o dom da profecia 

Preferindo continuar sua vida como religiosa permaneceu no convento onde, depois de muitas penitências e orações, desenvolveu o dom das profecias. Matilde faleceu em 968, sendo sepultada ao lado do marido, no convento de Quedlinburgo. Logo foi venerada como Santa pelo povo que propagou rapidamente a fama de sua santidade por todo mundo católico do Ocidente ao Oriente. Especialmente na Alemanha, Itália e Mônaco ainda hoje sua festa, autorizada pela Igreja, é largamente celebrada no dia 14 de março.

Santa Matilde, rogai por nós!

Oração – Pelos méritos de Santa Matilde, nobreza de pessoa e de alma, nós Vos rogamos a graça de bem administrarmos os talentos e bens que de nosso Pai Celeste recebemos

Matilde: Significa “força na batalha” ou “guerreira forte”. A origem de Matilde é germânica, a partir de Mahthildis

Com Eva de Mont-Cornillon, Evelina, Eva von Lüttich, Eva de Liège reclusa junto do mosteiro de São Martinho, que, juntamente com Santa Juliana, prioresa do mesmo cenóbio, se empenhou muito para que o papa Urbano IV instituísse a solenidade do Corpo de Cristo.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

Março 14

1. Em Pidna, na Macedônia, Santo Alexandre, mártir.(† c. 390)

2. Em Milão, na Ligúria, hoje na Lombardia, região da Itália, São Lázaro, bispo.(† s. V)

3. Em Chartres, na Gália, hoje na França, São Leobino, bispo.(† c. 557)

4. Em Quedlinburg, na Saxônia, na atual Alemanha, Santa Matilde, esposa fidelíssima do rei Henrique, a qual, insigne pela sua humildade e paciência, se dedicou generosamente à assistência aos pobres e à fundação de hospitais e mosteiros.(† 968)

5. No território de Fulda, na Alemanha, Santa Paulina, religiosa.(† 1107)

6. Em Liège, na Lotaríngia, atualmente na Bélgica, a Beata Eva de Mont-Cornillon, reclusa junto do mosteiro de São Martinho, que, juntamente com Santa Juliana, prioresa do mesmo cenóbio, se empenhou muito para que o papa Urbano IV instituísse a solenidade do Corpo de Cristo.(† c. 1265)

7. Em Palermo, na Sicília, região da Itália, o Beato Tiago Cusmano, presbítero, que fundou o Instituto Missionário dos Servos e das Servas dos Pobres e foi eminente pela sua extraordinária caridade para com os indigentes e os enfermos.(† 1888)

8. Em Nápoles, na Itália, a Beata María Josefina de Jesús Crucificado (Josefina Cattanea), monja da Ordem das Carmelitas Descalças.(† 1948)

Beato Agnelo de Pisa, Religioso, Confessor – 13 de Março

Beato Agnelo de Pisa, Religioso, Confessor

Discípulo de São Francisco de Assis

Nascido em Pisa em 1194, foi admitido à ordem dos irmãos menores por São Francisco, quando o pobrezinho de Assis passou por Veneza.

Em 1223, o mesmo São Francisco o designou para ir à Inglaterra, na qualidade de primeiro ministro provincial.

Fundador de conventos na Inglaterra

Frei Agnelo desembarcou em Dover com oito companheiros, a 10 de Setembro de 1224. Já nos finais daquele ano dois conventos haviam sido fundados por ele; um em Cornhill, perto de Londres, outro em Oxford. Nos anos seguintes as casas franciscanas se multiplicaram na Inglaterra a despeito de todas as previsões.

Até hoje um dos seus conventos é o maior centro universitário

Frei Agnelo compreendeu a importância dos estudos e do ensino para o porvir da Ordem e de sua Província de Oxford, onde ele havia fundado o segundo convento, era e ainda hoje permanece – o maior centro universitário do país

Conselheiro de Rei

Foi considerável a influência deste franciscano entre os ingleses: Henrique III fê-lo seu conselheiro.

Observavam rigorosamente o voto de pobreza franciscana; e também a alegria franciscana reinava entre eles. Riam alegremente quando se encontravam, e também, na igreja, às vezes, eram presa de uma alegria estática, que os impedia de cantar o ofício.

Adversário implacavel da violação da Regra.

Assim os frades ingleses, embora tivessem hábitos particulares, eram, no espírito, verdadeiros franciscanos.

Foram os adversários mais implacáveis, opositores mais enérgicos a suas violações da Regra

Falecido em 1232, em Oxford, ali o bem-aventurado fundou uma grande escola. Agnelo de Pisa teve o culto aprovado por Leão XIII em 1892.

Beato Agnelo de Piza, rogai por nós!

Oração – Que o Beato Agnelo nos ajude a compreender a importância da obediência e dos estudos. Amém.

Agnelo: Cordeirinho. Nome de origem Latina.

Com Santos Rodrigo, presbítero, e Salomão, mártires por maometanos.

São Leandro, Bispo, irmão dos Santos Isidoro, Fulgêncio e Florentina.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

Março 13

1. Em Nicomédia, na Bitínia, hoje Izmit, na atual Turquia, os santos mártires Macedônio, presbítero, Patrícia, sua esposa, e Modesta, sua filha.(† data inc.)

2. Em Hermópolis, no Egito, São Sabino, mártir, que, depois de padecer muitos tormentos, morreu lançado ao rio.(† s. IV)

3. Na Pérsia, no atual Irão, Santa Cristina, mártir, que, depois de ter sido vergastada com azorragues, consumou o martírio no tempo de Cósroas, rei dos Persas.(† 559)

4. Em Poitiers, na Aquitânia, na hodierna França, São Piêncio, bispo, que prestou grande auxílio a Beata Radegundes na fundação de cenóbios.(† s. VI)

5. Em Sevilha, na Hispânia, São Leandro, bispo, irmão dos santos Isidoro, Fulgêncio e Florentina, o qual, pela sua pregação e solicitude, converteu o povo dos Visigodos da impiedade ariana à fé católica, com o auxílio do seu rei Recaredo.(† c. 600)

6. No mosteiro de Novalesa, junto ao Moncenísio, no vale de Susa, atualmente no Piemonte, região da Itália, Santo Eldrado, abade, grande promotor do culto divino, que reformou o saltério e fez construir novas igrejas.(† c. 840)

7. Em Córdova, na Andaluzia, região da Espanha, a paixão dos santos Rodrigo, presbítero, e Salomão, mártires: o primeiro, por se ter recusado a acreditar que Maomé era verdadeiramente o profeta enviado pelo Omnipotente, foi metido no cárcere, onde encontrou Salomão, que algum tempo antes aderira à religião maometana, e ambos consumaram o seu glorioso combate, sendo degolados.(† 857)

8. Em Camerino, no Piceno, na atual região das Marcas, na Itália, Santo Ansovino, bispo.(† 868)

9. No mosteiro de Cava de’ Tirréni, na Campânia, também região da Itália, o Beato Pedro II, abade.(† 1208)

10. Em Oxford, na Inglaterra, o Beato Agnelo de Pisa, presbítero, que, enviado por São Francisco à França e depois à Inglaterra, aí instituiu a Ordem dos Menores e promoveu as ciências sagradas.(† c. 1236/1275)

11. Em Ernée, no território de Mayenne, na França, a Beata Francisca Tréhet, virgem da Congregação da Caridade e mártir, que se dedicou com grande solicitude à instrução das crianças e ao cuidado dos enfermos e, durante a Revolução Francesa, morrendo ao fio da espada, consumou o seu martírio por Cristo.(† 1794)

12. Na Bahia, cidade do Brasil, a Beata Dulce Lopes Pontes (Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes), virgem da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, que dedicou totalmente mais de cinquenta anos da sua vida ao serviço do próximo, especialmente aos mais carenciados e ao operariado, fundando em seu favor várias obras, entre as quais, o Hospital Santo Antônio, o Centro Educativo Santo Antônio, a União Operária São Francisco, o Centro Operário da Baía.(† 1992)

São Maximiliano, Mártir – 12 de Março

São Maximiliano, Mártir

As Acta Maximiliani são um documento precioso e autêntico de literatura martirológica. Nelas estão indicados o lugar do martírio de São Maximiliano, jovem de grandes virtudes, morto na flor dos vinte anos, e a cena. Para o estudo das instituições militares do império romano, as Acta são valiosas, uma vez que, entre outras coisas, cita que os soldados levavam ao pescoço uma empola de chumbo, onde vinha constando a identidade e o juramento feito.

No dia 12 de Março de 295 – estava-se sob o consulado de Tusco e de Anulino e era em Tebessa, antiga Tevesta, na Numídia – Maximiliano foi, como o pai, levado à presença do procônsul da África, Dion Cássio, para que servisse no exército.

O jovem, que ia contragosto, já havia declarado ao pai que, como cristão, não lhe era permitido abraçar a carreira. Por que? Acreditava o Santo que o serviço militar era incompatível com a fé cristã, e assim, ia determinado a negar a sua admissão, acontecesse o que acontecesse.

Dion Cássio fez tudo para dissuadir o moço Maximiliano.

– Eu não serei soldado, dia o jovem com ardor, Não posso nem quero combater pelo século. Sou soldado de meu Deus.

Dion Cássio foi perdendo a paciência. E o pai do valoroso soldado de Cristo, secundando o procônsul, usava de carinhos para induzir o filho a acatar as ordens e os conselhos de Cássio, mas frouxamente.

– Já disse que não! Exclamava Maximiliano mortificado. Não hei de receber, do século, qualquer marca. E, se me impuserem, quebrá-la-ei. Para mim não tem valor algum. Eu sou cristão, e como cristão jamais levarei ao pescoço aquele chumbo que é a marca do século. Não trago eu o sagrado signo de Cristo, d’Aquele que é o Filho de Deus vivo?

– Ó jovem, já que és tão insubmisso, e te recusas a prestar o serviço militar, sejas levado à morte, para que a outros fiques servindo  de exemplo!

Maximiliano respirou aliviado. Ergueu os olhos para o céu e exclamou, com alegria:

– Graças sejam dadas a Deus!

Levado ao suplício, Maximiliano, eufórico, animava os cristãos que se lhe comprimiam ao redor:

– Irmãos bem-amados, com todas as vossas forças, e com todo o ardor de vossos desejos, diligenciai para que possais obter a ventura de ver a Deus e merecer coroa semelhante a minha!

Sorrindo, feliz, o rosto radiante, virou-se para o pai e pediu:

– Dá ao soldado que vai cortar minha cabeça o trajo novo que tu me havias preparado para a milícia! Que os frutos desta boa obra se multipliquem para ti, centuplicadamente, e que eu, bem cedo, possa receber-te ao céu! Ambos, então, juntos, glorificar-nos-emos no Senhor!

Ditas aquelas palavras, foi decapitado incontinenti.

O corpo, levado para Cartago, por uma matrona, chamava-se Pompeiana, foi enterrado ao lado do mártir Cipriano.

São Maximiliano, rogai por nós!

Oração – Oh Deus que sustentaste São Maximiliano na Fé, daí-nos força sempre que dela necessitemos para não fraquejar. Amém

MaximilianoMaximiliano: Significa “o de maior estatura pertencente a Emílio”, “o de maior estatura da natureza do rival” ou “o maior que pertence ao que fala de modo agradável”. Tem origem no latim Maximilianu​, que surgiu com um imperador romano a partir da união dos nomes Maximus e Emiliano

 

Com Santo Inocêncio I, Papa, que defendeu São João Crisóstomo, confortou São Jerônimo e aprovou Santo Agostinho.

 

 

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

Março 12

1. Em Tebessa, na Numídia, na atual Argélia, São Maximiliano, mártir, que, sendo filho do militar veterano Vítor e recrutado também para o exército, respondeu ao procônsul Diônio que, na sua qualidade de cristão, não lhe era permitido servir como soldado e, por recusar o juramento militar, foi morto ao fio da espada.(† 295)

2. Em Nicomédia, na Bitínia, hoje Izmit, na Turquia, a comemoração dos santos mártires Migdônio, presbítero, Eugênio, Máximo, Dona, Mardônio, Pedro, Esmaragdo e Hilário, que foram sufocados um cada dia, para atemorizar os outros.(† 303)

3. Também em Nicomédia da Bitínia, a paixão de São Pedro, mártir, camareiro-mor do imperador Diocleciano, que por ter lamentado publicamente os suplícios excessivos dos mártires, por ordem do mesmo imperador foi colocado no meio deles, depois suspenso no ar e flagelado durante muito tempo e finalmente assado a fogo lento numa grelha. Doroteu e Gorgônio, também camareiros do rei, que reclamaram contra o sucedido, sofreram semelhantes tormentos e por fim foram enforcados.(† 303)

4. Em Roma, no cemitério de Ponciano “ad Ursum Pileatum”, o sepultamento de Santo Inocêncio I, papa, que defendeu São João Crisóstomo, confortou São Jerônimo e aprovou Santo Agostinho.(† 417)

5. Em Saint-Pol-de-Léon, na Bretanha Armórica, hoje na França, São Paulo Aureliano, primeiro bispo desta cidade.(† s. VI)

6. Roma, junto de São Pedro, sepultamento de São Gregório Magno, papa, cuja memória se celebra a três de Setembro, dia da sua ordenação.(† 604)

7. Em Sigriana, localidade da Bitínia, na atual Turquia, no mosteiro de Campo Grande, o sepultamento de São Teófanes, o Cronógrafo, que, sendo muito rico se fez pobre monge e, por defender o culto das sagradas imagens, foi encarcerado por ordem do imperador Leão o Armênio durante dois anos e depois deportado para a Samotrácia, onde, exausto com tantas tribulações, entregou o espírito a Deus.(† 817)

8. Em Wincester, na Inglaterra, Santo Elfego, bispo, que tinha sido monge e trabalhou muito para a restauração da vida cenobítica.(† 951)

9. Em San Geminiano, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, a Beata Fina ou Serafina, virgem, que desde tenra idade suportou com invencível paciência uma longa e grave enfermidade, confiando só em Deus.(† 1253)

10. Em Arezzo, também na Etrúria, atualmente na Toscana, região da Itália, a Beata Justina Francúcci Bézzoli, virgem da Ordem de São Bento e reclusa.(† 1319)

11. Em Recanáti, no Piceno, atualmente nas Marcas, também região da Itália, o Beato Jerónimo Gherardúcci, presbítero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, que trabalhou pela paz e concórdia entre os povos.(† c. 1369)

12. Em Guiyang, cidade da província de Guangxi, na China, São José Zhang Dapeng, mártir, que, tendo recebido a luz da fé, pouco depois de ser baptizado abriu as portas aos missionários e catequistas e socorreu de todas as formas os pobres, os enfermos e as crianças, até ao dia em que foi conduzido ao suplício da cruz, onde derramou lágrimas de alegria por ter sido considerado digno de morrer por Cristo.(† 1815)

13. Em Cracóvia, na Polônia, a Beata Ângela Salawa, virgem da Ordem Terceira de São Francisco, que, decidindo passar toda a vida no serviço doméstico, viveu humildemente entre as servas, e em extrema pobreza partiu deste mundo ao encontro do Senhor.(† 1922)

14. Em Sanremo, na Ligúria, região da Itália, São Luís Orione, presbítero, que fundou a Pequena Obra da Divina Providência, para auxílio dos jovens e de todos os marginados.(† 1940)

São Constantino, Rei, Mártir – 11 de Março

São Constantino, Rei, Mártir

Rei evangelizador

Constantino faz parte da heróica história do cristianismo na Escócia. Ele era rei da Cornualha, pequena região da Inglaterra e casou-se com a filha do rei da Bretanha. Depois tornou-se o maior evangelizador da sua pátria e o responsável pela conversão do país.

De pecador, assassino a santo 

O rei Constantino não foi um governante justo, até sua conversão. No início da vida cometeu sacrilégios e até assassinatos, na sua terra natal. Para ficar livre de cobranças na vida particular, divorciou-se da esposa. Foram muitos anos de vida mundana, envolvido em crimes e pecados. Mas quando soube da morte de sua ex-esposa, foi tocado pela graça tão profundamente que decidiu transformar sua vida. Primeiro abriu mão do trono em favor de seu filho, depois converteu-se , recebendo o batismo. Em seguida isolou-se no mosteiro de São Mócuda, na Irlanda, onde trabalhou por sete anos, executando as tarefas mais difíceis, no mais absoluto silêncio.

Sacerdote e missionário corajoso

Os ensinamentos de Columbano, que também é celebrado pela Igreja, e que nesse período estava na região em missão apostólica, o levaram a ordenar-se sacerdote. Assim, partiu para evangelizar junto com Columbano, e empregou a coragem que possuía, desde a época em que era rei, para a conversão do seu povo. As atitudes de Constantino passaram a significar um pouco de luz no período obscuro da Cornuália.

Lutou bravamente pelo cristianismo

A Inglaterra e a Irlanda, naquela época, viviam já seus dias de conversão, graças ao trabalho missionário de Patrício, que se tornou mártir e santo pela Igreja, e outros religiosos. Constantino, que recebera orientação espiritual de Columbano, não usava os mantos ricos dos reis e sim o hábito simples e humilde dos padres. Lutou bravamente pelo cristianismo, pregou, converteu, fundou vários conventos, construiu igrejas e, assim, seu trabalho deu muitos frutos. Sua terra, antes conhecida como “o país dos Pitti”, assumiu o nome de Escócia, que até então pertencia a Irlanda.

É o primeiro mártir escocês

Porém, antes de se tornar um estado católico, a Escócia viu Constantino ser martirizado. Foi justamente lá que, quando pregava em uma praça pública, um pagão o atacou brutalmente, amputando-lhe o braço direito, o que causou uma hemorragia tão profunda que o sacerdote esvaiu-se em sangue até morrer, não sem antes abraçar e abençoar a cada um de seus seguidores. Morreu no dia 11 de Março de 598, e tornou-se o primeiro mártir escocês.

Seu culto propagou-se por todo orbe cristão

O seu culto correu rápido entre os cristãos de língua anglo-saxônica, atingiu a Europa e propagou-se por todo o mundo cristão, ocidental e oriental. Sua veneração litúrgica foi marcada para o dia de seu martírio.

São Constantino, Rei, rogai por nós!

Oração – Por intercessão de São Constantino, dai-nos a graça do zelo espiritual, para que em tudo e sempre estejamos empenhados em buscar as riquezas celestiais. Amém.

Constantino: Significa “de Constâncio”, “pertencente ao constante”, “da natureza do perseverante”

Com Santo Eulógio, presbítero e mártir, degolado à espada por ter confessado gloriosamente o nome de Cristo.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

Março 11

1. Em Esmirna, na província da Ásia, hoje Zmir, na Turquia, São Piónio, presbítero e mártir, que, segundo a tradição, por ter feito publicamente a apologia da fé cristã, depois de sofrer a aspereza do cárcere, onde fortaleceu com as suas exortações muitos irmãos destinados ao martírio, foi submetido a numerosos tormentos e, finalmente, alcançou no fogo uma gloriosa morte por Cristo.(† c. 250)

2. Em Laodiceia, hoje Lataquia, na Síria, os santos Trófimo e Talo, mártires, que, durante a perseguição do imperador Diocleciano, depois de muitos e terríveis suplícios, alcançaram a coroa de glória.(† s. IV)

3. Na Escócia, São Constantino, rei, discípulo de São Colombo e mártir.(† s. VI)

4. Em Jerusalém, São Sofrônio, bispo, que teve por seu mestre e amigo João Mosco, com quem visitou os lugares do monaquismo; depois foi eleito para suceder a Modesto nesta sede episcopal e, quando a Cidade Santa caiu nas mãos dos Sarracenos, defendeu vigorosamente a fé e a segurança do povo.(† 639)

5. Na região de Hainaut, na Nêustria, hoje na França, São Vindiciano, bispo de Cambrai e de Arras, que exortou o rei Teodorico III a fazer penitência para expiar o crime cometido na morte de São Leodegário.(† c. 712)

6. Em Milão, na Lombardia, região da Itália, o sepultamento de São Bento, bispo.(† 725)

7. No mosteiro de Tallaght, na Irlanda, Santo Engo Culdeo, monge, que compôs diligentemente um martirológio dos santos da Irlanda.(† c. 824)

8. Em Córdova, Andaluzia, Espanha, Santo Eulógio, presbítero e mártir, degolado à espada por ter confessado gloriosamente o nome de Cristo.(† 859)

9. Em Cupramontana, Piceno, Marcas, região da Itália, o Beato João Baptista de Fabriano Ríghi, presbítero da Ordem dos Frades Menores.(† 1539)

10. Em York, Inglaterra, o Beato Tomás Atkinson, presbítero e mártir, no reinado de Jaime I, padeceu o martírio em ódio ao sacerdócio.(† 1616)

11. Em Clonmel, na Irlanda, o Beato João Kearney, presbítero da Ordem dos Frades Menores e mártir, que, condenado à morte por ser sacerdote na Inglaterra, evitara a sentença com a fuga; mas depois, tendo regressado à pátria, sob o governo de Olivério Cromwell, foi novamente acusado de exercer o sacerdócio e sofreu o suplício da forca.(† 1653)

12. Em Hung Yên, no Tonquim, no atual Vietnam, São Domingos Câm, presbítero e mártir, que, depois de ter exercido a ação pastoral clandestinamente durante muitos anos com perigo de vida, continuando a fazê-lo no cárcere, finalmente foi condenado à morte por ordem do imperador Tu Duc e abraçou a cruz do Senhor, que firmemente recusara calcar aos pés.(† 1859)

13. Em Sai-Nam-The, localidade da Coreia, os santos mártires Marcos Chong Ui-bae, catequista, e Aleixo U Se-yong, que, por causa da fé cristã, foram ultrajados e flagelados pelos próprios parentes.(† 1866)