Santa Maria Rosa Júlia Billiart, virgem, Fundadora – 08 de Abril

Santa Maria Rosa Júlia Billiart, virgem, Fundadora

De família camponesa e com dificuldades

Júlia sempre precisou trabalhar, já que sua família passava por dificuldades econômicas, como a maioria das famílias camponesas da época. Mesmo com todas as suas ocupações, sempre procurava tempo para visitar os enfermos e os abandonados, ajudava-os e orava por eles.

Miraculosamente curado de uma paralisia

Um dia, quando ainda nem tinha vinte anos, enquanto trabalhava com seu pai, um indivíduo disparou uma espingarda contra este e ela ficou com uma paralisia nas pernas, devido ao enorme choque emocional que teve. Suportou esta doença por 22 anos e foi depois milagrosamente curada.

Perseguida pela Revolução francesa, seus sofrimentos aumentaram brutalmente

Em 1790, devido à Revolução Francesa, teve que fugir, perseguida pelas autoridades, devendo trocar de residência constantemente. Os sofrimentos agravaram de tal forma o seu problema que chegou a perder a fala por alguns meses.

Eis as filhas que te darei num Instituto que será marcado com a minha cruz

Em 1793 teve uma visão. Aos pés de uma cruz, ela viu um grupo de mulheres vestindo roupas estranhas e escutou uma voz que dizia: “Eis as filhas que te darei num Instituto que será marcado com a minha cruz.”

No fim do tempo do Terror, mudou-se para Amiens, onde recobrou a fala e conheceu Maria Luísa Francisca Blin de Boudon, mulher muito inteligente e culta, Viscondessa de Gézaincourt, que seria sua amiga íntima e colaboradora.

Júlia e Francisca fundaram o Instituto de Nossa Senhora

Júlia e Francisca fundaram o Instituto de Nossa Senhora, com o apoio do Padre jesuíta Joseph Varin. O fim do Instituto era o cuidado espiritual de crianças e formação de catequistas. Foi a primeira congregação religiosa sem distinções entre os seus membros.

O fato de ter recuperado a saúde em 1804 permitiu-lhe consolidar e expandir a sua obra: foram inaugurados os conventos de Namur, Gante e Tournai.

Morreu enquanto recitava o Magnificat e fazia as suas preces à sua protetora

Madre Júlia passou os últimos sete anos de sua vida em Namur, formando as religiosas e fundando novas casas. Morreu a 8 de Abril de 1816, enquanto recitava o Magnificat e fazia as suas preces à sua protetora, a mártir Santa Júlia.

Santa Rosa Billiart, rogai por nós!

Oração – Santa Julia Billiart que Venceu as dificuldades da vida e nunca desanimou diante do futuro incerto, ajudai-nos a ser fortes. Amém.

Júlia: Significa “fofa”, “macia”, “jovem” ou “filha de Júpiter”. Júlia é a variante feminina de Júlio, nome originado no latim Julius.

Com Santo Agabo, profeta, que, segundo o testemunho dos Atos dos Apóstolos, movido pelo Espírito Santo, anunciou uma grande fome em toda a terra e os tormentos que Paulo ia sofrer da parte dos gentios.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

Abril 8

2. Comemoração dos santos Herodião, Assíncrito e Flegonte, que o apóstolo São Paulo saúda na Epístola aos Romanos.

3. Comemoração de São Dionísio, bispo de Corinto, na Grécia, que, dotado de admirável conhecimento da palavra de Deus, não só instruiu com a pregação os fiéis da sua cidade episcopal e da sua província, mas ensinou também com as suas cartas os bispos de outras cidades e províncias.(† 180)

4. Em Antioquia, na Síria, hoje Antakya, na Turquia, os santos Timóteo, Diógenes, Macário e Máximo, mártires.(† data inc.)

5. Em Alexandria, no Egito, São Dionísio, bispo, homem de grande erudição, memorável por ter professado a fé muitas vezes e insigne pelas diversas tribulações e torturas suportadas, que, no tempo dos imperadores Valeriano e Galieno, com idade avançada adormeceu no Senhor como confessor da fé.(† c. 265)

6. Em Como, na Ligúria, hoje na Lombardia, região da Itália, Santo Amâncio, bispo, que foi o terceiro a ocupar esta cátedra episcopal e construiu a basílica dos Apóstolos.(† 449)

7. Em Orvieto, na Úmbria, região da Itália, o Beato Clemente de Ósimo, presbítero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, que dirigiu e promoveu eficazmente a Ordem e reformou sabiamente as suas leis.(† 1291)

8. Em Alcalá de Henares, na Espanha, o beato Julião de Santo Agostinho, religioso da Ordem dos Frades Menores Descalços, que, considerado alienado mental por causa da sua rigorosa penitência e várias vezes afastado da vida religiosa, anunciou a Cristo mais pelo exemplo da sua virtude que pela palavra.(† 1606)

9. Em Namur, junto ao rio Mosa, no Brabante, na atual Bélgica, Santa Júlia Billiart, virgem, que fundou o Instituto de Santa Maria para a formação da juventude feminina e propagou ardorosamente a devoção ao Sagrado Coração de Jesus.(† 1816)

10. Em Alássio, próximo de Albenga, na Ligúria, região da Itália, o Beato Augusto Czartoryski, presbítero da Sociedade Salesiana, cuja enfermidade não impediu que, seguindo firmemente o chamamento de Deus, recebesse especiais dons de santidade.(† 1893)

11. No convento de Belmonte, perto de Cuenca, na Espanha, o beato Domingos do Santíssimo Sacramento Iturrate, presbítero da Ordem da Santíssima Trindade, que se dedicou com todas as suas forças a promover a salvação das almas e a exaltar a glória da Santíssima Trindade.(† 1927)

São João Batista de La Salle, Presbítero, Fundador – 07 de Abril

São João Batista de La Salle, Presbítero, Fundador

Descendente de Carlos Magno

A tradição da família de La Salle, na França, é muito antiga. No século XVII, descendente de Carlos Magno, Louis de La Salle era conselheiro do Supremo Tribunal quando sua esposa, também de família fidalga, deu à luz a João Batista de La Salle, em 30 de abril de 1651.

Revelou-se o mais privilegiado em termos espirituais

O casal não era nobre só por descendência, ambos tinham também nobreza de espírito e seguiam os ensinamentos católicos, que repassaram aos sete filhos. João Batista era o mais velho deles. Dos demais, uma das filhas tornou-se religiosa, entrando para o convento de Santo Estevão, em Reims. Dois outros filhos ocuparam cargos elevados no clero secular, mas João Batista revelou-se o mais privilegiado em termos espirituais.

Gostava de improvisar um pequeno altar para brincar de realizar os atos litúrgicos

Desde pequeno a vocação se apresentava no menino, que gostava de improvisar um pequeno altar para brincar de realizar os atos litúrgicos que assistia com a mãe. Paralelamente, teve no pai o primeiro professor.

Apaixonado por música clássica, sacra e profana

Apaixonado por música clássica, sacra e profana, toda semana havia, na casa dos de La Salle, uma “tarde musical”, onde se apresentavam os melhores e mais importantes artistas da cidade, assistidos pelas famílias mais prestigiadas de Reims. João Batista fazia parte da apresentação, executando as músicas de caráter religioso, o que fez com que o pai o estimulasse a ingressar no coral dos cônegos da catedral. Entretanto, no íntimo, o desejo dos seus pais era que ele seguisse uma carreira política.

Seu pai ordenou que ele seguisse a voz do Criador

Esse desejo durou pouco tempo, pois, na hora de definir sua profissão, João Batista confessou que queria ser Padre. Seu pai entendeu que não poderia disputar o filho com Deus e ordenou que ele seguisse a voz do Criador, para onde fosse chamado. Como tinha muita cultura e apreciava os estudos, com dezoito anos recebeu o título de mestre das Artes Livres, entrou para a Universidade de Sorbonne e passou a morar no seminário Santo Sulpício, em Paris. Ali se tornou catequista, chegando a ensinar um total de quatro mil crianças, preparando-as para a primeira comunhão.

Com 21 anos precisou cuidar dos irmãos

Ao sair do seminário, João Batista, com vinte e um anos, tinha já perdido o pai e a mãe. Cuidou dos irmãos e depois pôde vestir a batina, em 1678, quando, finalmente, se ordenou sacerdote. Fundou uma escola para a formação de professores leigos e, mesmo em meio a todo esse trabalho, continuou estudando teologia, até receber o título de doutor, em 1681.

Fundou, ainda, a Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs

Fundou, ainda, a Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs, que em pouco tempo necessitou da implantação de muitas casas. Tão rápido cresceu a Ordem, que já em 1700 foi possível inaugurar um seminário, onde se lecionava pedagogia, leitura, gramática, física, matemática, catolicismo e canto litúrgico. Ele teve a grata felicidade de ver a congregação comportando setecentos e cinquenta irmãos, possuindo cento e quatorze escolas e sendo frequentadas por trinta e um mil alunos, todos pobres.

Foi proclamado “padroeiro celeste, junto a Deus, de todos os educadores

Aqui no Brasil, os Irmãos das Escolas Cristãs se estabeleceram em 1907, espalhando-se pelos estados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Ele morreu numa Sexta-Feira Santa, no dia 7 abril de 1719, em Rouen, e foi canonizado, em 1900, pelo Papa Pio X. São João Batista de La Salle foi proclamado “padroeiro celeste, junto a Deus, de todos os educadores”, pelo Papa Pio XII.

 

São João Batista de La Salle, rogai por nós!

Oração – Ó Pai, pela vossa misericórdia, São João Batista de La Salle anunciou as insondáveis riquezas de Cristo. Concedei-nos, por sua intercessão, crescer no vosso conhecimento. Amém

Com Santo Henrique Walpole, da Companhia de Jesus, e o Beato Alexandre Rawlins, presbíteros e mártires, enforcados e dilacerados.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

Abril 7

2. Comemoração de Santo Hegesipo, que viveu em Roma no tempo dos papas Aniceto e Eleutério e escreveu em linguagem simples a história da Igreja, desde a Paixão do Senhor até ao seu tempo.(† c. 180)

3. Em Alexandria, no Egipto, São Pelúsio, presbítero e mártir.(† d. inc.)

4. Em Pentápolis, na Líbia, os santos mártires Teodoro, bispo, Ireneu, diácono, Serapião e Amônio, leitores.(† s. IV)

5. Em Pompeiópolis, localidade da Cilícia, na atual Turquia, São Caliópio, mártir. († s. IV)

6. Em Sínope, no Ponto, também na atual Turquia, duzentos santos mártires, soldados.(† s. IV)

7. Em Mitilene, na ilha de Lesbos, na Grécia, São Jorge, bispo, que, no tempo do imperador Leão o Armênio, suportou muitos tormentos por defender o culto das sagradas imagens.(† 816)

8. Junto ao mosteiro de Crespin, no Hainaut, hoje na França, Santo Aiberto, presbítero e monge, que todos os dias recitava na solidão, de joelhos ou prostrado em terra, todo o Saltério, e aos penitentes que a ele acorriam administrava a divina misericórdia.(† 1140)

9. No mosteiro premonstratense de Steinfeld, na Alemanha, Santo Hermano José, presbítero, que resplandeceu pelo seu terno amor para com a Virgem Maria e celebrou com hinos e cânticos a devoção ao divino Coração de Jesus.(† 1241/1252)

10. Em York, na Inglaterra, Santo Henrique Walpole, da Companhia de Jesus, e o Beato Alexandre Rawlins, presbíteros e mártires, que, no reinado de Isabel I, foram presos e cruelmente atormentados por causa do seu sacerdócio e, finalmente, conduzidos ao patíbulo, enforcados e dilacerados, alcançaram a coroa eterna.(† 1595)

11. Em Worcester, também na Inglaterra, os beatos mártires Eduardo Oldcorne, presbítero, e Rodolfo Asley, religioso, ambos da Companhia de Jesus, que exerceram clandestinamente durante muitos anos o ministério apostólico, até que, sob a acusação falsa de conjura contra o rei Jaime I, foram introduzidos no cárcere, torturados e finalmente dilacerados ainda vivos.(† 1606)

12. Na Cochinchina, no atual Vietnam, São Pedro Nguyen Van Luu, presbítero e mártir, que, no tempo do imperador Tu Duc, foi condenado à pena capital e morreu com alegria no patíbulo.(† 1861)

13. Em Dongerkou, localidade da China, a Beata Maria Assunta Pallotta, virgem das Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria, que, ocupando-se dos serviços humildes, levou uma vida simples e oculta pelo reino de Cristo.(† 1905)

São Marcelino de Cartago, Tribuno, Mártir – 06 de Abril

São Marcelino de Cartago, Tribuno, Mártir

Conhecido pela sua bondade, sendo estimado por todos

Era um alto funcionário do Império Romano. Bom pai de família e homem de notável honradez, conhecido pela sua bondade, sendo estimado por todos.

Entretanto, Marcelino acabou sendo vítima de um dos lamentáveis cismas que dividiram o cristianismo. Foram influências políticas, como o donatismo, que levaram esse honrado cristão à condenação e ao martírio.

Famosa queima dos livros sagrados

Tudo teve início muitos anos antes, em 310. O imperador Diocleciano ordenara ao povo a entrega e queima de todos os livros sagrados. Quem obedeceu, passou a ser considerado traidor da Igreja. Naquele ano, Ceciliano foi eleito Bispo de Cartago, mas teve sua eleição contestada por ter sido referendada por um grupo de Bispos traidores, os mesmos que entregaram os livros sagrados.

Divisão da Igreja ocasionada pelos donatista

O Bispo Donato era um desses e, além disso, tinha uma posição totalmente contrária ao catolicismo, Ele defendia que os sacramentos só podiam ser ministrados por santos, não por pecadores, isto é, gente comum. Os seguidores do Bispo Donato, portanto, tornaram-se os donatistas, e a Igreja dividiu-se.

Era tabelião e tribuno em Cartago

Em Cartago, Marcelino ocupava dois cargos de grande importância: era tabelião e tribuno, funcionando, assim, como um porta-voz da população diante das autoridades do Império Romano. Era muito religioso, ligado ao Bispo Agostinho, de Hipona, reconhecido realmente como homem de muita fé e dedicação à Igreja. Algumas obras escritas pelo grande teólogo bispo Agostinho partiram de consultas feitas por Marcelino. Foram os tratados “sobre a remissão dos pecados”, “sobre o Espírito”, e o mais importante, “sobre a Trindade”, porém nenhum deles pôde ser lido por Marcelino.

Condenado a morte foi venerado como mártir

Quando Marcelino se opôs ao movimento donatista, em 411, foi denunciado como cúmplice do usurpador Heracliano e condenado à morte. Apenas um ano depois da execução da pena é que o erro da justiça romana foi reconhecido pelo próprio imperador Honório. Assim, a acusação foi anulada e a Igreja passou a reverenciar são Marcelino como mártir. Sua festa litúrgica foi marcada para o dia 6 de abril, data de sua errônea execução.

São Marcelino de Cartago, rogai por nós!

Oração – Senhor, por intercessão de São Marcelino, concedei-me as graças de que necessito para o meu crescimento espiritual, a fim de que eu possa propagar Vossas maravilhas entre aqueles que me confiastes. Amém.

Marcelino: Significa “de Marcelo”, “pertencente a Marcelo”. A partir do latim Marcellinus, um diminutivo de Márcio, e significa “pequeno guerreiro, pequeno marcial”

Com Santa Gala, filha do cônsul Símaco. São Gregório Magno descreveu a sua morte gloriosa.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

Abril 6

1. Em Sírmium, na Panônia, hoje Sremska Mitrovica, na Sérvia, a paixão de Santo Ireneu, bispo e mártir, que, no tempo do imperador Maximiano e do governador Probo, foi cruelmente atormentado, depois submetido a vários suplícios no cárcere durante vários dias, e finalmente decapitado.(† s. IV)

2. Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, Santo Eutíquio, bispo, que presidiu ao Concílio de Constantinopla II, onde defendeu tenazmente a reta fé e, depois de suportar um longo exílio, morreu professando a fé na ressurreição da carne.(† 582)

3. Em Roma, Santa Gala, filha do cônsul Símaco, que, depois da morte do esposo se consagrou durante muitos anos à oração, à esmola, aos jejuns e a outras obras santas junto à igreja de São Pedro. São Gregório Magno descreveu a sua morte gloriosa.(† s. VI)

4. Em Troyes, cidade da Nêustria, na atual França, São Vinebaldo, abade do mosteiro de São Lopo, célebre pela sua austeridade.(† c. 620)

5. Também em Troyes, São Prudêncio, bispo, que compôs um compêndio do Saltério para os itinerantes, coligiu um florilégio de preceitos para os candidatos ao sacerdócio tomados da Escritura e renovou a observância dos mosteiros.(† 861)

6. Em Velehrad, na Morávia, atualmente na Chéquia, o dia natal de São Metódio, bispo, cuja memória se celebra com a de seu irmão Cirilo no dia 14 de Fevereiro.(† 885)

7. No mosteiro de São Galo, na Suábia, hoje na Suíça, o beato Notkero o Gago, monge, que passou quase toda a sua vida neste cenóbio, onde compôs numerosas sequências; era débil do corpo mas não da mente, gago da língua mas não da inteligência, sólido nas realidades divinas, paciente nas adversidades, afável com todos, assíduo na oração, na leitura, na meditação e na escritura literária.(† 912)

8. No mosteiro de Santo Elias, no monte Aulina, Pálmi, na Calábria, região da Itália, São Filareto, monge, insigne pela sua vida de oração.(† 1076)

9. Na ilha de Eskill, Roeskilde, na Dinamarca, São Guilherme, abade, que, chamado do cenóbio dos Cônegos Regrantes de Paris à Dinamarca, restaurou a observância regular, superando grandes dificuldades e obstáculos, e partiu desta vida terrena ao amanhecer o domingo da Páscoa.(† 1203)

10. Em Milão, na Lombardia, região da Itália, a paixão de São Pedro de Verona, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir, que, sendo filho de pais sequazes do maniqueísmo, abraçou ainda criança a fé católica e na adolescência recebeu o hábito das mãos do próprio São Domingos; aplicou toda a sua energia no combate às heresias, até que, ao dirigir-se para Como, foi assassinado pelos seus inimigos, proclamando até ao último suspiro o símbolo da fé.(† 1252)

11. No mosteiro de Santa Maria, no Sacro Monte, junto de Varese, também na Lombardia, a beata Catarina de Pallanza, virgem, que, juntamente com algumas companheiras, levou vida eremítica segundo a regra de Santo Agostinho.(† 1478)

12. Em Vinh Tri, cidade do Tonquim, no atual Vietnam, São Paulo Lê Bao Tinh, presbítero e mártir, que, ainda clérigo, esteve preso no cárcere muito tempo por causa da sua fé e, elevado ao sacerdócio, foi reitor do seminário; compôs um livro de homilias e um compêndio de doutrina cristã; finalmente, levado de novo a tribunal, foi condenado à morte no tempo do imperador Tu Duc.(† 1857)

13. Em Verona, na Itália, o Beato Zeferino Agostíni, presbítero, que se dedicou ao ministério da pregação, da catequese e da educação cristã, e promoveu obras de todo o gênero em favor da juventude, dos pobres e dos enfermos, para as quais fundou a Congregação das Ursulinas Filhas de Maria Imaculada.(† 1896)

14. Em Turim, na Itália, o Beato Miguel Rua, presbítero, discípulo de São João Bosco, insigne propagador da Sociedade Salesiana.(† 1910)

15. Em Fióbbio di Albino, localidade próxima de Bérgamo, na Itália, a Beata Petrina Morosíni, virgem e mártir, que, aos vinte e seis anos, quando vinha da oficina onde trabalhava de regresso a sua casa, foi atacada por um jovem e morreu ferida de morte, ao defender a sua virgindade consagrada a Deus.(† 1957)

São Vicente Ferrer, Presbítero, Pregador – 05 de Abril

São Vicente Ferrer, Presbítero, Pregador

Educado pelos dominicanos desde menino

Nasceu em Valência, na Espanha, em 1350. Passou a infância e a juventude junto aos padres dominicanos, que tinham um convento próximo de sua casa. Percebendo sua vocação, pediu ingresso na Ordem aos dezessete anos.

Com 28 anos começou a pregar por toda Europa

Doutorou-se em filosofia e teologia, ordenando-se sacerdote em 1378. Nesse mesmo ano começou sua peregrinação por toda a Europa, durante um período negro da história, quando ocorreu a Guerra dos Cem Anos, quando forças políticas, alheias à Igreja, tinham tanta influência que atuavam até na eleição dos Papas.

Época do Cisma de Avinhão

Assim, quando um italiano foi eleito Papa, Urbano VI, as correntes políticas francesas não o aceitaram e elegeram outro, um francês, Clemente VII, que foi residir em Avinhão, na França. A Igreja dividiu-se em duas, ocorrendo o chamado cisma da Igreja ocidental, porque ela ficou sob dois comandos, o que durou trinta e nove anos.

Defendeu o Papa de Avinhão

Vicente Ferrer, pregador, já era muito conhecido. Como prior do convento de Valência, teve contato com o cardeal Pedro de Luna, que o convenceu da legitimidade do Papa de Avinhão, e Vicente aderiu à causa. Em 1384, o referido cardeal foi eleito Papa Bento XIII e habilmente fez do dominicano Vicente seu confessor, sendo defendido por ele até 1416, como fazia Catarina de Sena, sua contemporânea, pelo italiano Urbano VI.

Dotado de uma fé fervorosa numa época caótica

O coração desse dominicano era dotado de uma fé fervorosa, mas passando por uma divisão dessas, e  por toda parte batalhas sangrentas, calamidades públicas, fome, miséria, misticismo, ignorância, além da peste negra, que dizimou um terço da população, fez que a pregação de Vicente Ferrer ganhasse aspecto de fatalismo.

Andou pela Espanha, França, Itália, Suíça, Bélgica, Inglaterra e Irlanda

Ele andou pela Espanha, França, Itália, Suíça, Bélgica, Inglaterra e Irlanda e muitas outras regiões, defendendo sempre a unidade da Igreja, o fim das guerras, o arrependimento e a penitência, como forma de esperar a iminente volta de Cristo. Tornou-se a mais alta voz da Europa. Pregava para multidões e as catedrais tornavam-se pequenas para os que queriam ouvi-lo. Por isso fazia seus sermões nas grandes praças públicas.

A cada procissão os prodígios e graças sucediam-se às centenas

Milhares de pessoas o seguiam em procissões de penitência. Dizem os registros da Igreja, e mesmo os que não concordavam com ele, que Deus estava do seu lado. A cada procissão os prodígios e graças sucediam-se e podiam ser comprovados às centenas entre os fiéis.

Ajudou a eleger o novo papa, Martinho V, pondo fim ao Cisma

O cisma da Igreja só terminou quando os dois Papas renunciaram ao mesmo tempo, para o bem da unidade do cristianismo. Vicente retirou seu apoio ao papa Bento XIII e, com sua atuação, ajudou a eleger o novo papa, Martinho V, trazendo de novo a união da Igreja ocidental.

Foi o maior pregador do século XIV e um dos maiores da Igreja

As nuvens negras dissiparam-se, mas as conversões e as graças por obra de Vicente Ferrer ficarão por toda a eternidade.

Ele morreu no dia 5 de abril de 1419, na cidade de Vannes, Bretanha, na França. Foi canonizado pelo Papa Calisto III, seu compatriota, em 1458, que o declarou Padroeiro de Valência e Vannes. São Vicente Ferrer foi um dos maiores pregadores da Igreja do segundo milênio e o maior pregador do século XIV.

São Vicente Ferrer, rogai por nós!

Oração – São Vicente, eleito por Deus para avivar a fé nas almas, levantar até o céu os votos da esperança e inflamar nos corações o divino fogo da caridade. Amém.

Vicente: Significa “o que está vencendo”, “o que vence”, “aquele que conquista”, “vencedor, conquistador”. Vicente é originado a partir do nome em latim

Em São Paulo, Brasil, o Beato Mariano da Mata Aparício, Presbítero.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

Abril 5

2. Em Tessalônica, na Macedônia, atualmente na Grécia, Santa Irene, virgem e mártir, que, desobedecendo ao edito de Diocleciano, ocultou os Livros sagrados e por esse motivo foi conduzida ao prostíbulo público e queimada por ordem do prefeito Dulcécio, o mesmo que tinha martirizado as suas irmãs Ágape e Quiónia.(† 304)

3. Em Selêucia, na Pérsia, no território do atual Iraque, Santa Ferbuta, viúva, irmã de São Simeão, bispo, a qual, juntamente com a sua serva, sofreu o martírio no reinado de Sapor II.(† c. 342)

4. Também em Selêucia, na antiga Pérsia, a comemoração de cento e onze homens e nove mulheres, mártires, que, reunidos de vários lugares nas cidades régias da Pérsia, por recusarem firmemente negar a Cristo e adorar o fogo, foram queimadas por ordem do mesmo rei.(† 344)

5. Em Régia, na Mauritânia, no território da atual Argélia, a paixão dos santos mártires que, na perseguição do rei ariano Genserico, foram massacrados na igreja num dia da Páscoa; entre eles estava o leitor, que foi atravessado por uma flecha na garganta quando cantava do púlpito o «Aleluia».(† s. V)

6. No mosteiro de Grande-Sauve, na Aquitânia, atualmente na França, São Geraldo, abade, que pertencia ao mosteiro de Corbie quando foi eleito abade de Laon e, depois de santas peregrinações, se retirou na densa floresta.(† 1095)

7. Em Montecorvino, na Apúlia, região da Itália, Santo Alberto, bispo, que consagrou toda a sua vida à oração contínua a Deus e à solicitude pelo bem comum dos pobres.(† 1127)

8. Em Fosses, no Brabante, hoje na França, Santa Juliana, virgem da Ordem de Santo Agostinho, que tinha sido prioresa do mosteiro de Mont-Cornillon, em Liège e, fortalecida pelo dom do conselho divino e humano, promoveu a solenidade do Corpo de Cristo e viveu como reclusa.(† 1258)

9. Em Palma, na ilha de Maiorca, na Espanha, Santa Catarina Tomás, virgem, que, entrando na Ordem das Canonisas Regrantes de Santo Agostinho, foi insigne no desprezo de si mesma e na abnegação da sua vontade.(† 1574)

10. Em Kaufbeuren, junto ao rio Wertach, na Baviera, região da Alemanha, Santa Maria Crescência Höss, virgem da Ordem Terceira de São Francisco, que procurou comunicar aos outros o fogo do Espírito Santo que nela ardia.(† 1744)

11. Em São Paulo, no Brasil, o Beato Mariano da Mata Aparício, presbítero da Ordem de Santo Agostinho.(† 1983)

Santo Isidoro de Sevilha, Bispo, Doutor da Igreja – 04 de Abril

Santo Isidoro de Sevilha, Bispo, Doutor da Igreja

De família de Santos

Filho do Duque de Cartagena, irmão mais novo de São Leandro, Arcebispo de Sevilha; de São Fulgêncio, Bispo de Astigila e de Santa Florentina, Abadessa.

Nasceu em 560, em Sevilha, capital da Andaluzia, numa família hispano-romana muito cristã. Seu pai, Severiano, era prefeito de Cartagena e comandava sua cidade dentro dos mais disciplinados preceitos católicos.

Sua mãe os educou e teve 4 filhos santos

A mãe, Teodora, educou todos os filhos igualmente nas regras do cristianismo. Como fruto, colheu a alegria de ter os quatro elevados à veneração dos altares da Igreja.

Isidoro começou a estudar a religião desde muito pequeno, tendo na figura do irmão mais velho, Leandro, o pai que falecera cedo.

Pouco inteligente, superou tudo pelo esforço

Diz a tradição que logo que ingressou na escola o menino tinha muitas dificuldades de aprendizagem, chegando a preocupar a família e os professores, mas rapidamente superou tudo com a ajuda da Providência Divina.

Formou-se em Sevilha, onde, além do latim, ainda aprendeu grego e hebraico, e ordenou-se sacerdote.

Trabalhou na conversão dos visigodos

Tudo isso contribuiu muito para que trabalhasse na conversão dos visigodos arianos, a começar pelo próprio rei. Isidoro também foi o responsável pela conversão dos judeus espanhóis. Tornou-se Arcebispo e sucedeu a seu irmão Leandro, em Sevilha, durante quase quatro décadas. Logo no início, Isidoro organizou núcleos escolares nas casas religiosas, que são considerados os embriões dos atuais seminários.

Com seu exemplo muitos se elevaram na cultura

Sua influência cultural foi muito grande, era possuidor de uma das maiores e mais bem abastecidas bibliotecas e seu exemplo levou muitas pessoas a dedicarem seus tempos livres ao estudo e às boas leituras.

Depois, retirou-se para um convento, onde poderia praticar suas obrigações religiosas e também se dedicar intensamente aos estudos.

Presidiu o II Concílio de Sevilha

Por seus profundos conhecimentos, presidiu o II Concílio de Sevilha, em 619, e o IV Concílio de Toledo, em 633, de modo que a religiosidade se enraizou no país. Por isso foi chamado de “Pai dos Concílios” e “mestre da Igreja” da Idade Média.

Sua casa vivia cheia de mendigos e necessitados

Isidoro era tão dedicado à caridade que sua casa vivia cheia de mendigos e necessitados, isso todos os dias. No dia 4 de abril de 636, sentindo que a morte estava se aproximando, dividiu seus bens com os pobres, publicamente pediu perdão para os seus pecados, recebeu pela última vez a eucaristia e, orando aos pés do altar, ali morreu.

Deixou uma obra com vinte e um volumes, chamada Etimologias

Ele nos deixou uma obra escrita sobre cultura, filosofia e teologia considerada a mais valiosa do século VII. Nada menos que uma enciclopédia, com vinte e um volumes, chamada Etimologias, considerada o primeiro dicionário escrito, um livro com a biografia dos principais homens e mulheres da Bíblia, regras para mosteiros e conventos, além de muitos comentários acerca de cada um dos livros da Bíblia, estudo que mais lhe agradava.

Em 1722, o papa Bento XIV proclamou santo Isidoro de Sevilha Doutor da Igreja, e seu culto litúrgico confirmado para o dia de sua morte.

Santo Isidoro de Sevilha, rogai por nós!

Oração – Ó Deus, que marcastes pela vossa doutrina a vida de São Isidoro de Sevilha, concedei-nos, por sua intercessão, que sejamos fiéis à mesma doutrina, e a proclamemos em nossas ações. Amém

Isidoro: Significa “dádiva de Ísis”, “presente da deusa Ísis”. Tem origem do grego Isídoros, forma pela união das palavras Isis, nome de deusa Ísis e dôron

Com santos mártires Agatópodo, diácono, e Teódulo, leitor, lançados ao mar.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

Abril 4

2. Em Tessalônica, na Macedônia, atualmente na Grécia, os santos mártires Agatópodo, diácono, e Teódulo, leitor, que, pela sua confissão da fé cristã, sob o regime do imperador Maximiano, por ordem do prefeito Faustino foram lançados ao mar com uma pedra atada ao pescoço.(† s. IV in.)

3. Em Milão, na Ligúria, hoje na Lombardia, região da Itália, o sepultamento de Santo Ambrósio, bispo, que no dia de Sábado Santo foi ao encontro de Cristo triunfante. A sua memória celebra-se a sete de Dezembro, dia da sua ordenação.(† 397)

4. Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, São Platão, hegúmeno, que combateu durante vários anos os opositores ao culto das sagradas imagens e com seu sobrinho São Teodósio Studita instituiu o célebre mosteiro de Stúdion.(† 814)

5. Em Poitiers, na Aquitânia, na atual França, São Pedro, bispo, que favoreceu os inícios da Ordem de Fontevralt e, injustamente removido da sua sede, morreu exilado em Chauvigny.(† 1115)

6. Em Scícli, na Sicília, região da Itália, São Guilherme Cuffitélli, eremita, que, abandonando a paixão pela caça, passou cinquenta e sete anos na solidão e na pobreza.(† 1411)

7. Em Palermo, na Sicília, região da Itália, São Bento Massarári, chamado o Negro por causa da cor da pele, que foi eremita e depois religioso na Ordem dos Frades Menores, sempre humilde em todas as circunstâncias e cheio de confiança na divina providência.(† 1589)

8. Em Catânia, na Sicília, região da Itália, o Beato José Bento Dusmet, bispo, da Ordem de São Bento, que promoveu diligentemente o culto divino, a instrução cristã do povo e o zelo do clero, e na epidemia da peste prestou grande auxílio aos enfermos.(† 1894)

9. Em Aljustrel, lugar de Fátima, em Portugal, o Beato Francisco Marto, que, ainda criança, consumido rapidamente pela enfermidade, manifestou admirável suavidade de comportamento, perseverança na adversidade e na fé e assiduidade à oração.(† 1919)

10. Em Réggio Calábria, na Itália, São Caetano Catanoso, presbítero, que fundou a Congregação das Irmãs Verônicas da Santa Face para assistência dos pobres e dos marginados.(† 1953)

São Sisto I, Papa, Mártir – 03 de Abril

São Sisto I, Papa, Mártir

Época de plena perseguição

O Imperador Trajano, no final do seu reinado, julgou que devia diminuir a própria política de perseguição nos combates ao cristianismo, também porque a “infâmia” de ser cristão servia, mais frequentemente, para resolver atritos políticos ou familiares do que para dirimir questões religiosas.

Perseguição com acusações falsas, como sempre

Tal clima de “tolerância” disfarçada, que não mudou nem mesmo os métodos e as perseguições, prosseguiu até o governo do Imperador Adriano, o qual escreveu ao Procônsul da Ásia: “Se um faz as acusações e demonstra que os cristãos estão operando contra as leis, então a culpa deve ser punida segundo a sua gravidade. Mas se alguém se aproveita deste pretexto para caluniar, então é este último que deve ser punido”.

Filho de pastores, sétimo Papa

Nessa realidade, elegeu-se Sisto I, filho de pastores romanos, que se tornou o sétimo sucessor do trono de São Pedro, em 115. Seu governo combateu com veemência as doutrinas maléficas dos gnósticos, ou seja, os princípios da existência seriam transmitidos através do “conhecimento revelado” por inúmeras potências celestes, que feriam todos os fundamentos da religião de Cristo.

Grande reformador litúrgico

A este Papa deve-se a introdução de muitas normas disciplinares de culto litúrgico. Proibiu as mulheres de tocarem o Cálice sagrado e a Patena, que é o pratinho de metal, dourado ou prateado, usado para depositar a hóstia consagrada. Instituiu o convite aos fiéis para cantarem o Sanctus junto com o celebrante, durante a missa. Introduziu a água no rito eucarístico e determinou que a Túnica ou Corporal fossem feitos de linho.

Mártir no tempo de Adriano

O Papa Sisto I morreu durante a perseguição do Imperador Adriano, em 125. Estava próximo de Roma, visitando a Diocese de Frosinone, provavelmente onde sofreu o suplício, pois foi enterrado na acrópole de Alatri. A sua celebração foi mantida no dia 3 de abril, como sempre foi reverenciado pelos devotos alatrianos, que guardam as suas relíquias na igreja da catedral da cidade.

São Sisto I, rogai por nós!

Oração – Ó Deus, que destes a São Sisto I a graça de governar a Igreja com sabedoria, firmeza, fidelidade e austeridade, dai também a nós a graça de governar nossa vida conforme a vossa vontade. Amém

Sisto significa “polido, educado”; “sexto”. Possivelmente tem dois étimos. Um dos quais é grego, a partir da palavra xystós

Com São Gandolfo de Binasco Sáchi, presbítero da Ordem dos Menores, que se entregou a uma austera vida de solidão e iluminou as regiões limítrofes com a pregação da palavra de Deus.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

Abril 3

1. Em Roma, São Sisto I, papa, que, no tempo do imperador Adriano, foi o sexto sucessor de São Pedro na direção da Igreja.(† 128)

2. Em Constança, cidade da Cítia, na atual Romênia, os santos Cresto e Papo, mártires.(† c. s. IV)

3. Em Tiro, na Fenícia, hoje no Líbano, Santo Ulpiano, mártir, que, ainda adolescente, durante a perseguição de Maximino Daïa César, foi encerrado com um cão e uma serpente num saco de coiro e consumou o martírio afogado no mar.(† 306)

4. Em Nápoles, na Campânia, região da Itália, São João, bispo, que morreu na Noite Santa da Páscoa, quando celebrava os sagrados mistérios e, acompanhado pela multidão dos fiéis neófitos, foi sepultado na solenidade da Ressurreição do Senhor.(† 432)

5. No mosteiro de Medíkion, na Bitínia, na atual Turquia, São Nicetas, hegúmeno, que, no tempo do imperador Leão o Armênio, suportou o cárcere e o exílio por defender as sagradas imagens.(† 824)

6. Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, São José o Hinógrafo, presbítero e monge, que na perseguição desencadeada contra o culto das sagradas imagens, foi enviado a Roma para pedir a proteção da Sé Apostólica e, depois de ter suportado muitos tormentos, finalmente recebeu o encargo de guardar os objetos sagrados da igreja de Santa Sofia.(† 886)

7. Em Chichester, na Inglaterra, São Ricardo, bispo, que, exilado pelo rei Henrique III e de novo restituído à sua sede, manifestou uma grande generosidade para com os pobres.(† 1235)

8. Em Polízzi, na Sicília, região da Itália, São Gandolfo de Binasco Sáchi, presbítero da Ordem dos Menores, que se entregou a uma austera vida de solidão e iluminou as regiões limítrofes com a pregação da palavra de Deus.(† c. 1260)

9. Em Penna, no Piceno, hoje nas Marcas, região da Itália, o Beato João, presbítero, um dos primeiros companheiros de São Francisco, que foi enviado para a Gália Narbonense, onde propagou a forma de vida evangélica.(† 1275)

10. Em Lencastre, na Inglaterra, os beatos Roberto Middleton, da Companhia de Jesus, e Turstão Hunt, presbíteros e mártires: o segundo foi preso quando tentava libertar o primeiro durante uma transferência de prisioneiros; condenados ambos à morte, no reinado de Isabel I, por causa do seu sacerdócio, mereceram, através dos tormentos, ser glorificados à direita de Cristo.(† 1601)

11. Em Údine, no Véneto, região da Itália, São Luís Scrosóppi, presbítero da Congregação do Oratório, que fundou a Congregação das Irmãs da Divina Providência, para formar as jovens no espírito cristão.(† 1884)

12. Em Guadalajara, região de Jalisco, no México, os beatos Ezequiel (José Luciano) Huerta Gutiérrez e Salvador (José) Huerta Gutiérrez, pais de família e mártires.(† 1927)

13. Em Mancha Real, perto de Jaén, na Espanha, o Beato João de Jesus e Maria (João Otazua y Madariaga), presbítero da Ordem da Santíssima Trindade e mártir, que, durante a perseguição religiosa, com o seu martírio seguiu os passos de Cristo.(† 1937)

14. Perto de Cracóvia, na Polônia, no campo de concentração de Auschwitz, o Beato Pedro Eduardo Dankowski, presbítero e mártir, que, durante a ocupação militar da sua pátria por um regime militar estrangeiro, foi encarcerado por causa da fé cristã e através dos tormentos consumou o martírio.(† 1942)

São Francisco de Paula, Presbítero, Fundador – 02 de Abril

São Francisco de Paula, Presbítero, Fundador

São Francisco de Paula, Presbítero, Fundador

Filho de lavradores, nasceu na Calábria em 1416, num povoado chamado Paula. Aos 13 anos, ingressou no convento dos franciscanos.

Em 1435, deixou o convento, seguido por alguns discípulos, para fundar a ordem dos Mínimos ou ordem dos Eremitas de São Francisco.

Fez o quarto voto de Jejum Quaresmal

Aos três votos habitualmente firmados pelos franciscanos : pobreza, castidade e obediência, São Francisco acrescentou mais um, o do jejum quaresmal. O mosteiro da ordem foi construído em 1454, em Cosenza, do qual foi nomeado superior.

Conhecido pelos milagres que o acompanhavam

São Francisco era conhecido pelos milagres que o acompanhavam. Certa vez, por não ter como atravessar o estreito de Messina, devido à recusa dos barqueiros, estendeu o seu manto sobre as águas alcançando, dessa maneira, o porto. Numa outra ocasião, o Rei da França, Luís XI, pediu ao Papa que lhe fosse enviado o frei calabrês para curá-lo de uma grave doença.

Converteu o Rei da França e conseguiu a paz na Europa

O Papa Sisto IV mandou que Francisco de Paula fosse à França, pois o Rei, Luís XI, estava muito doente e desejava preparar-se para a morte ao lado do famoso monge. A conversão do Rei foi extraordinária. Antes de morrer, restabeleceu a paz com a Inglaterra e com a Espanha e nomeou Francisco de Paula Diretor espiritual do seu filho, o futuro Carlos VIII, rei da França.

Milhares de homens decidiram abandonar o mundo e foram para o mosteiro de Francisco

Milhares de homens decidiram abandonar a vida do mundo e foram para o mosteiro de Francisco de Paula, por isso teve de fundar muitos outros. A fama de seus dons de cura, prodígios e profecia chegou ao Vaticano, e o Papa Paulo II resolveu mandar um comissário pessoalmente averiguar se as informações estavam corretas.

Tinha dons de cura, prodígios e profecia

E elas estavam, constatou-se que Francisco de Paula era portador de todos esses dons. Ele previu a tomada de Constantinopla pelos turcos, muitos anos antes que fosse sequer cogitada, assim como a queda de Otranto e sua reconquista pelos cristãos.
Devido à sua fama, São Francisco de Paula atraiu muitos jovens à vocação religiosa.

São Francisco de Paula partiu para junto de Deus no dia 02 de abril de 1507, numa sexta-feira santa, aos 91 anos de idade. É o padroeiro dos marinheiros.

São Francisco de Paula, rogai por nós!

Oração – Libertai os nossos corações da insensatez e da lentidão para crer  no que Vosso Filho Jesu revelou: O Mistério de Sua Paixão, Morte e Ressurreição. Permanecei conosco, Senhor. Amém.

Com Santa Teodora, virgem de Tiro, mártir, lançada ao mar.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

Abril 2

2. Em Cesareia da Palestina, Santo Anfiano ou Apiano, mártir, que, no tempo do imperador Maximino, quando os habitantes daquela terra eram obrigados a sacrificar publicamente aos deuses, se aproximou corajosamente do governador Urbano e, segurando-lhe a mão direita, obrigou-o a suspender o rito; imediatamente os soldados se arremessaram sobre ele e, envolvendo-lhe os pés num lençol embebido em óleo, atearam-lhe fogo e lançaram-no vivo ao mar.(† 306)

3. Também em Cesareia da Palestina, a paixão de Santa Teodora, virgem de Tiro, que, na mesma perseguição, por saudar publicamente os confessores da fé que estavam perante o tribunal e rogar-lhes que se lembrassem dela quando chegassem à presença do Senhor, foi presa pelos soldados e conduzida ao prefeito, por ordem do qual sofreu cruéis suplícios e finalmente foi lançada ao mar.(† 307)

4. Em Como, na Ligúria, hoje na Lombardia, região da Itália, Santo Abúndio, bispo, que, tendo sido enviado a Constantinopla pelo papa Leão Magno, aí defendeu firmemente a verdadeira fé.(† 468)

5. Em Cápua, na Campânia, também região da Itália, São Vítor, bispo, célebre pela sua erudição e santidade.(† 554)

6. Em Lião, na Gália, atualmente na França, São Nicécio, bispo, que foi sempre solícito para com os pobres e bondoso para com os humildes e ensinou esta Igreja a seguir uma norma na salmodia.(† 573)

7. No mosteiro de Luxeuill, na Borgonha, também na atual França, Santo Eustásio, abade, que foi discípulo de São Columbano e prelado de quase seiscentos monges.(† 629)

8. No Chelmsford, na Inglaterra, São João Paine, presbítero e mártir, que, no reinado de Isabel I, falsamente acusado de alta traição, sofreu o suplício da forca.(† 1582)

9. Em Tomhom, localidade da ilha de Guam, na Oceania, São Pedro Calungsod, catequista, e o Beato Diogo Luís de San Vítores, presbítero da Companhia de Jesus, que por causa da sua fé cristã foram cruelmente assassinados e lançados ao mar por apóstatas e alguns indígenas sequazes de superstições pagãs.(† 1672)

10. Em Spoleto, na Úmbria, região da Itália, o Beato Leopoldo de Gaiche, presbítero da Ordem dos Frades Menores, que organizou santos retiros em Monteluco.(† 1815)

11. Em Xuong Dien, no Tonquim, hoje no Vietnam, São Domingos Tuoc, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir na perseguição do imperador Minh Mang.(† 1839)

12. Em Pádua, no Véneto, região da Itália, a Beata Isabel Vendramini, virgem, que dedicou a sua vida aos pobres e, superando muitas adversidades, fundou o Instituto das Irmãs Isabelinas da Ordem Terceira de São Francisco.(† 1860)

13. Em Vich, cidade da Catalunha, na Espanha, São Francisco Coll y Guitart, presbítero da Ordem dos Pregadores, que, injustamente expulso do claustro, perseverou firmemente na sua vocação e anunciou por toda esta região o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.(† 1875)

14. Em Gyor, na Hungria, o Beato Guilherme Apor, bispo e mártir, que, durante a segunda guerra mundial, abriu as suas portas a cerca de trezentos refugiados e, espancado na tarde da Sexta-Feira da Paixão do Senhor por defender das mãos dos soldados algumas jovens indefesas, morreu três dias depois.(† 1945)

15. Em L’viv, na Ucrânia, o Beato Nicolau Carneckyj, bispo, que, exercendo a função de exarca apostólico em Volyn’ e Pidljashja, durante a perseguição contra a fé cristã, seguiu os passos de Cristo como pastor fiel e por sua graça alcançou o reino celeste.(† 1959)

16. Em Maracay, na Venezuela, a beata Maria de São José Alvarado (Laura Alvarado Cardozo), virgem, que fundou a Congregação das Agostinhas Recoletas do Sagrado Coração e assistiu sempre com suprema caridade as órfãs, os idosos e os pobres abandonados.(† 1967)

17. Em Roma, junto de São Pedro, o dia natal de São João Paulo II, papa, cuja memória se celebra no dia 22 de Outubro.(† 2005)

São Hugo de Grenoble, Bispo. – 01 de Abril

São Hugo de Grenoble, Bispo

Nascido de família de Condes

Nascido em uma família de Condes (1053), em Castelnovo de Isère, sudoeste da França. Seu pai, Odilon de Castelnovo, foi um soldado da corte que, depois de viúvo, se casou de novo. Hugo era filho da segunda esposa. Sua mãe preferia a vida retirada à da corte, e se ocupava pessoalmente da educação dos filhos, conduzindo-os pelos caminhos da caridade, oração e penitência, conforme os preceitos cristãos.

Cônego e secretário do Bispo

Aos vinte e sete anos, Hugo ordenou-se e foi para a Diocese de Valence, onde foi nomeado Cônego. Depois, passou para a Arquidiocese de Lyon, como Secretário do Arcebispo. Nessa época, recebeu a primeira de uma série de missões apostólicas que o conduziriam para a santidade.

Com São Gregório VII

Foi designado, por seu superior, para trabalhar na delegação do Papa Gregório VII. Este, por sua vez, reconhecendo sua competência, inteligência, prudência e piedade, nomeou-o para uma missão mais importante ainda: renovar a Diocese de Grenoble.

Grenoble era uma Diocese muito antiga, situada próxima aos Alpes, entre a Itália e a França, que possuía uma vasta e importante biblioteca, rica em códigos e manuscritos antigos. Havia tempos a Diocese estava vaga, a disciplina eclesiástica não mais existia e até os bens da Igreja estavam depredados.

Bispo de Grenoble

Hugo foi nomeado Bispo e começou o trabalho, mas eram tantas as resistências que renunciou ao cargo e retirou-se para um mosteiro. Sua vida de monge durou apenas dois anos. O Papa insistiu porque estava convencido de que ele era o mais capacitado para executar essa dura missão e fez com que o próprio Hugo percebesse isso, reassumindo o cargo.

Em 50 anos, reformou a Diocese que estava abandonada

Cinco décadas depois de muito trabalho árduo, mas frutífero, a Diocese estava renovada e até abrigava o primeiro mosteiro da ordem dos monges cartuchos. O Bispo Hugo não só deixou a comunidade organizada e eficiente, como ainda arranjou tempo e condições para acolher e ajudar seu antigo professor, o famoso monge Bruno de Colônia, que foi elevado aos altares, na fundação dessa ordem.

Soube unir o povo na Fé em Cristo

Planejada sobre os dois pilares da vida monástica de então, oração e trabalho, esses monges buscavam a solidão, a austeridade, a disciplina pelas orações contemplativas, pelos estudos, mas também a prática da caridade. Foram cinquenta e dois anos de um apostolado profundo, que uniu o povo na fé em Cristo.

Velho e doente, o Papa mandou que ficasse no governo da Diocese

Já velho e doente, o Bispo Hugo pediu para ser afastado do cargo, mas recebeu do Papa Honório II uma resposta digna de sua amorosa dedicação: ele preferia o Bispo à frente da Diocese, mesmo velho e doente, do que um jovem saudável, para o bem do seu rebanho.

Muitos milagres e graças foram atribuídos à sua intercessão

Hugo morreu com oitenta anos de idade, 1132, cercado pelos seus discípulos monges cartuchos que o veneravam pelo exemplo de santidade em vida. Tanto assim que, após seu trânsito, muitos milagres e graças foram atribuídos à sua intercessão. O culto a são Hugo foi autorizado dois anos após sua morte, pelo Papa Inocente II, sendo difundido por toda a França e o mundo católico.

São Hugo de Grenoble, rogai por nós!

Oração – Alcançai-me uma vida de contemplação, oração, escuta de Deus, trabalho e disciplina, a fim de que eu não desperdice meu tempo com coisas levianas e passageiras que comprometam minha salvação. Amém.

Hugo: Significa “coração”, “mente”, “espírito”, “o pensador” ou “inteligente”. Hugo tem origem no germânico Hugi, derivado do elemento hug, que significa “coração”, “espírito”, “mente”

Com Beato Carlos de Áustria (Carlos I de Habsburgo), casado com a Beata Sissi, que contribuiu diligentemente, pela sua condição régia, para o fortalecimento do reino de Deus

Santa Maria Egipcíaca, que era uma famosa pecadora de Alexandria que, pela intercessão da Virgem Maria, se converteu.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

Abril 1

1. Em Roma, a comemoração dos santos mártires Venâncio, bispo, e companheiros da Dalmácia e da Ístria, isto é, Anastásio, Amaro, Pauliniano, Télio, Astério, Septímio, Antioquiano e Gaiano, que a Igreja venera na mesma festividade.(† s. III/IV)

2. Em Tessalônica, na Macedônia, atualmente na Grécia, as santas Ágape e Quiónia, virgens e mártires, que, na perseguição de Diocleciano, por recusarem comer das carnes dos animais sacrificados aos ídolos, foram entregues ao governador Dulcécio e condenadas à fogueira.(† 304)

3. Na Palestina, Santa Maria Egipcíaca, que era uma famosa pecadora de Alexandria e, pela intercessão da Virgem Maria, se converteu a Deus na Cidade Santa e se consagrou a uma vida penitente e solitária além do Jordão.(† s. V)

4. Em Lauconne, perto de Amiens, na Gália, hoje na França, São Valérico, presbítero, que atraiu muitos companheiros à vida eremítica.(† s. VII)

5. Em Ardpatrick, na província de Munster, na Irlanda, São Celso, bispo de Armagh, que promoveu diligentemente a renovação da Igreja.(† 1129)

6. Em Grenoble, cidade da Borgonha, na França, Santo Hugo, bispo, que se empenhou na reforma de costumes do clero e do povo e, durante o seu episcopado, movido pelo ardente amor à solidão, ofereceu ao seu antigo mestre São Bruno e companheiros o ermo de Chartreuse, do qual foi o primeiro abade; durante quase cinquenta anos dirigiu esta Igreja com o seu admirável exemplo de caridade.(† 1132)

7. No mosteiro cisterciense de Bonnevaux, localidade do Delfinado, na França, o Beato Hugo, abade, cuja caridade e prudência promoveu a conciliação entre o papa Alexandre III e o imperador Frederico I.(† 1194)

8. Em Caithness, na Escócia, São Gilberto, bispo, construiu em Dornoch a igreja catedral e fundou hospícios para os pobres; ao morrer, recomendou o que sempre observou na sua vida: não prejudicar ninguém, suportar com paciência as correções divinas e não incomodar ninguém.(† c. 1245)

9. Em York, na Inglaterra, o Beato João Bretton, mártir, pai de família, que, no reinado de Isabel I, foi várias vezes incriminado pela sua perseverante fidelidade à Igreja Romana e por fim, falsamente acusado de alta traição, morreu estrangulado.(† 1598)

10. Em Brescia, na Lombardia, região da Itália, o Beato Luís Pavóni, presbítero, que se consagrou com grande solicitude à formação dos jovens mais pobres, procurando especialmente educá-los segundo a moral cristã e orientá-los para os trabalhos profissionais, fundando para isso a Congregação das Filhas de Maria Imaculada.(† 1848)

11. No Funchal, cidade do arquipélago da Madeira, em Portugal, o Beato Carlos de Áustria (Carlos I de Habsburgo), que contribuiu diligentemente, pela sua condição régia, para o fortalecimento do reino de Deus.(† 1922)

12. Em Guadalajara, região de Jalisco, no México, os beatos Anacleto González Flores (José), Jorge Raimundo Vargas González, Luís Padilla Gómez (José Dionísio), e Raimundo Vicente Vargas González, mártires.(† 1927)

São Guido de Pomposa, Abade, Bispo. – 31 de Março

São Guido de Pomposa, Abade, Bispo

Recebeu o hábito de monge beneditino e retirou-se à solidão

Nasceu na segunda metade do século X, em Casamare, perto de Ravena, Itália. Após concluir seus estudos acadêmicos na cidade natal, mudou-se para Roma, onde recebeu o hábito de monge beneditino e retirou-se à solidão. Sob a direção espiritual de Martinho, também ele um monge eremita e depois canonizado pela Igreja, viveu observando fielmente as Regras de sua ordem, tornando-se um exemplo de disciplina e dedicação à caridade, à oração e à contemplação. Três anos depois, seu diretor o enviou ao mosteiro de Pomposa. Embora desejasse afastar-se do mundo, seu trabalho como musicista era necessário para a comunidade cristã.

Era um modelo tão perfeito de virtudes

No convento a história se repetiu. Era um modelo tão perfeito de virtudes, que foi eleito abade por seus irmãos de congregação. Sua fama espalhou-se de tal forma, que seu pai e irmãos acabaram por toma-lo como diretor espiritual e se tornaram religiosos. Sentindo o fim se aproximar, Guido retirou-se novamente para a tão almejada solidão religiosa. Mas, quando o imperador Henrique III foi a Roma para ser coroado pelo Papa, requisitou o abade para acompanhá-lo como conselheiro espiritual.

Guido cumpriu a função delegada, mas ao despedir-se dos monges que o hospedaram, despediu-se definitivamente demonstrando que sabia que não se veriam mais. Na viagem de retorno, adoeceu gravemente no caminho entre Parma e Borgo de São Donino e faleceu, no dia 31 de março de 1046.

Milagres se sucederam e os moradores da cidade recusaram-se a entregar o corpo

Imediatamente, graças passaram a ocorrer, momentos depois de Guido ter morrido. Um homem cego recuperou a visão em Parma por ter rezado por sua intercessão. Outros milagres se sucederam e os moradores da cidade recusaram-se a entregar o corpo para que as autoridades religiosas o trasladassem ao convento. Foi necessário que o próprio imperador interviesse. Henrique III levou as relíquias para a Catedral de Spira. A igreja, antes dedicada a São João Evangelista, passou a ser chamada de São Guido, ou Wido, ou ainda Guy, como ele era também conhecido.

Dom de músico apurado, talento que usou voltado para a fé

A história de São Guido é curiosa no que se refere à sua atuação religiosa. Ele é o responsável pela nova teoria musical litúrgica. Desejava ser apenas um monge solitário, sua vocação original, mas nunca pode exercê-la na sua plenitude, teve que interromper esta condição a pedido de seus superiores, devido ao dom de músico apurado, talento que usou voltado para a fé. Quando pensou que poderia morrer na paz da solidão monástica, não conseguiu, mas foi para a Casa do Pai, já gozando a fama de santidade.

São Guido de Pomposa, rogai por nós!

Oração – São Guido, modelo de perfeição nas virtudes e de músico ajudai-nos a compreender o papel da beleza na evangelização. Amém

Guido: Significa “do bosque”, “da floresta”, “filho de Guy” ou “pérola”. Abreviação familiar de Widukind, ”nascido no mato”.

Santa Balbina, filha de Quirino (militar e tribuno). Converteu- se à fé cristã e foi batizada pelo Papa Alexandre, jurando voto de virgindade.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

Março 31

1. Em Argol, localidade da antiga Pérsia, hoje no Irão, São Benjamim, diácono, que, por persistir em pregar a palavra de Deus, no reinado de Vararane V, torturado com canas agudas cravadas nas unhas, consumou o seu martírio.(† c. 420)

2. Em Roma, a comemoração de Santa Balbina, cuja basílica no monte Aventino testemunha a veneração do seu nome.(† a. 595)

3. Em Colônia, na Austrásia, atualmente na Alemanha, Santo Agilolfo, bispo, ilustre pela sua pregação e santidade de vida.(† 751/752)

4. Em Borgo San Donino, localidade da província de Parma, na Itália, São Guido, abade do mosteiro de Pomposa, que, depois de ter recebido muitos discípulos e construído edifícios sagrados, se consagrou inteiramente à oração, à contemplação e ao culto divino, e quis viver no ermo para se concentrar só em Deus.(† 1046)

5. Em Toulouse, na França, a Beata Joana, virgem da Ordem das Carmelitas.(† s. XIV)

6. Em Údine, no território de Friúli-Venézia Giúlia, região da Itália, o Beato Boaventura de Forli, presbítero da Ordem dos Servos de Maria, que, pregando em diversas regiões da Itália, exortou o povo à penitência e morreu octogenário durante uma pregação quaresmal.(† 1491)

7. Em Carlisle, na Inglaterra, a comemoração do Beato Cristóvão Robinson, presbítero e mártir, que foi testemunha do martírio de São João Boste e, passado algum tempo, no reinado de Isabel I, também ele, conduzido à forca em dia desconhecido, igualmente em ódio ao sacerdócio recebeu a coroa de glória.(† 1597)

8. Em Ravensbrück, localidade da Alemanha, a Beata Natália Tulasiewicz, mártir, que, durante a ocupação militar da Polônia, sua pátria, depois de ter sido encerrada num campo de concentração por sequazes duma nefasta doutrina hostil à dignidade humana e à fé, com a inalação de gás letal entregou a alma a Deus.(† 1945)

São Zózimo, Bispo, Confessor. – 30 de Março

São Zózimo, Bispo, Confessor.

Com sete anos, foi levado ao mosteiro de Santa Lúcia

Nascido na Sicília, com sete anos, foi levado ao mosteiro de Santa Lúcia, em Siracusa, pelos pais. Era, então, Abade daquela casa, o bom Fausto, que o recebeu com carinho.

Diante de tanta virtude, o Abade, um dia, encarregou o novo membro da comunidade da guarda do túmulo da santa mártir Lúcia.

As escondidas, saudosíssimo, deixou o mosteiro e partiu

Zózimo sentia imensas saudades da família. E, uma noite, às escondidas, saudosíssimo, deixou o mosteiro e partiu.

Quando chegou, os pais admiraram-se de vê-lo de volta e, interrogando-o, descobriram que o filho deixara o mosteiro sem consentimento superior. Imediatamente, encaminharam-no ao abade. E Zózimo, que do abade Fausto esperava dura repreensão, recebeu excepcional carinho.

Santa Lúcia, apareceu-lhe em sonhos

Naquela noite, Santa Lúcia, apareceu-lhe em sonhos. E, recriminando-lhe a falta de constância, a infidelidade, fez com que o santo se compenetrasse do seu estado.

Humilde, recolhido, zeloso e penetrado de maior espírito de desprendimento

Desde aquela época, Zózimo tornou-se humilde, recolhido, zeloso e penetrado de maior espírito de desprendimento. Modelo de regularidade e de obediência, à morte de Fausto continuou como guarda do túmulo da santa mártir que vira em sonhos.

Eis aí aquele que o Senhor escolheu para ser vosso abade

Segundo o costume daqueles tempos, desaparecido o superior, os religiosos iam procurar o bispo, para que este lhes desse novo abade.

Quando João, o Bispo, os recebeu a todos e a todos examinou detidamente, perguntou:

– Viestes todos? Não falta ninguém?

– Não, responderam eles.

O Bispo insistiu:

– Todos?
Responderam:

– Há um irmão ainda no mosteiro, que guarda o túmulo de Santa Lúcia.

– Trazei-me aqui! Ordenou o Bispo.

Assim que Zózimo chegou, João, inspirado por Deus, disse:

– Eis aí aquele que o Senhor escolheu para ser vosso abade.

E, imediatamente, conferiu-lhe o sacerdócio.

Foi Abade sábio, prudente, moderado, doce, mas enérgico

São Zózimo foi Abade sábio, prudente, moderado, doce, mas enérgico. À frente do mosteiro de Santa Lúcia de Siracusa, ficou o santo por quarenta anos, e quando Pedro, o bispo que sucedera aquele que a Zózimo conferira o sacerdócio, morreu, o nosso Santo foi visto como o novo prelado.

E assim foi. Sagrado em 647 por Teodoro, que então se assentava, em Roma, na cátedra de Pedro, o Apóstolo, o novo Bispo se ocupou do rebanho que Deus lhe dera por treze anos – treze anos passados na mais estrita vigilância, a exercer uma caridade sem limites, a pregar as santas verdades, a pregar as santas virtudes, a praticar a pobreza.

Falecido, a 30 de Março, ou, segundo querem alguns, a 21 de Janeiro de 662, é o santo invocado particularmente contra a peste.

São Zózimo, rogai por nós!

Oração – “Senhor, pelos méritos de São Zózimo, nós vos pedimos a graça do entendimento de que nessa vida somos peregrinos rumo ao céu.

Zózimo: Significad “Guerreiro Abnegado”. Romano que abrigou os cristãos em tavernas.

Com Beato Amadeu IX, Duque de Saboia, que no seu governo promoveu por todos os meios a paz e favoreceu com seus bens e ardente zelo a causa dos pobres, das viúvas e dos órfãos.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

Março 30

1. Em Ásti, na Transpadana, hoje na Itália, São Segundo, mártir.(† data inc.)

2. Em Tessalônica, na Macedônia, na atual Grécia, São Senhorinho, mártir.(† s. IV)

3. Em Senlis, na Gália Lugdunense, na atual França, São Régulo, bispo.(† s. IV)

4. Comemoração de muitos santos mártires,  em Constantinopla, Istambul, na Turquia, no tempo do imperador Constâncio, por ordem do bispo ariano Macedônio, foram mandados para o exílio e torturados com inauditos tormentos.(† s. IV)

5. No monte Sinai, no Egito, São João, abade, que escreveu para instrução dos monges o memorável tratado «Escada do Paraíso», no qual apresenta o caminho da perfeição espiritual na forma de uma escada de trinta graus na subida da alma para Deus, o que lhe mereceu o sobrenome de «Clímaco».(† 649)

6. Em Siracusa, na Sicília, região da Itália, São Zósimo, bispo, que foi primeiramente o humilde guarda do túmulo de Santa Luzia e depois abade no mosteiro desta localidade.(† c. 600)

7. Em Coventry, na Inglaterra, Santa Osburga, primeira abadessa do mosteiro deste lugar.(† c. 1018)

8. Em Aquino, no Lácio, região da Itália, São Clínio, abade.(† d. 1030)

9. Em Aguilera, localidade da região de Castela, na Espanha, São Pedro Regalado de Valladolid, presbítero da Ordem dos Menores, que foi insigne pela sua humildade e rigorosa penitência e fundou dois cenóbios, onde só doze irmãos deviam viver em cada eremitério.(† 1456)

10. Em Vercelas, no Piemonte, região da Itália, o Beato Amadeu IX, duque de Saboia, que no seu governo promoveu por todos os meios a paz e favoreceu com seus bens e ardente zelo a causa dos pobres, das viúvas e dos órfãos.(† 1472)

11. Em Su-Ryong, na Coreia, os santos mártires Antônio Daveluy, bispo, Pedro Aumaître, Martinho Lucas Huin, presbíteros, José Chang Chu-gi, Tomé Son Cha-son e Lucas Hwang Sok-tu, catequistas, que pela fé em Cristo morreram decapitados.(† 1866)

12. Em Nápoles, na Itália, São Luís de Casória (Arcângelo Palmentiéri), presbítero da Ordem dos Frades Menores, que, movido pelo ardor da caridade para com os pobres de Cristo, fundou duas congregações: os Irmãos da Caridade e as Irmãs Franciscanas de Santa Isabel.(† 1885)

13. Em Turim, também na Itália, São Leonardo Murialdo, presbítero, que fundou a piedosa Sociedade de São José, para que as crianças abandonadas pudessem sentir os efeitos da fé e caridade cristãs.(† 1900)

14. Em San Julián, localidade do território de Guadalajara, no México, São Júlio Álvarez, presbítero e mártir, que, durante a perseguição religiosa, com o derramamento do seu sangue deu testemunho da fidelidade a Cristo e à sua Igreja.(† 1927)

15. Em Viena, na Áustria, a Beata Maria Restituta (Helena Kafka), virgem da Congregação das Irmãs Franciscanas da Caridade Cristã e mártir, que, oriunda da Morávia, exerceu o ofício de enfermeira no Hospital, quando, durante a guerra, foi decapitada pelos inimigos da fé.(† 1943)