Santa Maria Rosa Júlia Billiart, virgem, Fundadora – 08 de Abril

Santa Maria Rosa Júlia Billiart, virgem, Fundadora

De família camponesa e com dificuldades

Júlia sempre precisou trabalhar, já que sua família passava por dificuldades econômicas, como a maioria das famílias camponesas da época. Mesmo com todas as suas ocupações, sempre procurava tempo para visitar os enfermos e os abandonados, ajudava-os e orava por eles.

Miraculosamente curado de uma paralisia

Um dia, quando ainda nem tinha vinte anos, enquanto trabalhava com seu pai, um indivíduo disparou uma espingarda contra este e ela ficou com uma paralisia nas pernas, devido ao enorme choque emocional que teve. Suportou esta doença por 22 anos e foi depois milagrosamente curada.

Perseguida pela Revolução francesa, seus sofrimentos aumentaram brutalmente

Em 1790, devido à Revolução Francesa, teve que fugir, perseguida pelas autoridades, devendo trocar de residência constantemente. Os sofrimentos agravaram de tal forma o seu problema que chegou a perder a fala por alguns meses.

Eis as filhas que te darei num Instituto que será marcado com a minha cruz

Em 1793 teve uma visão. Aos pés de uma cruz, ela viu um grupo de mulheres vestindo roupas estranhas e escutou uma voz que dizia: “Eis as filhas que te darei num Instituto que será marcado com a minha cruz.”

No fim do tempo do Terror, mudou-se para Amiens, onde recobrou a fala e conheceu Maria Luísa Francisca Blin de Boudon, mulher muito inteligente e culta, Viscondessa de Gézaincourt, que seria sua amiga íntima e colaboradora.

Júlia e Francisca fundaram o Instituto de Nossa Senhora

Júlia e Francisca fundaram o Instituto de Nossa Senhora, com o apoio do Padre jesuíta Joseph Varin. O fim do Instituto era o cuidado espiritual de crianças e formação de catequistas. Foi a primeira congregação religiosa sem distinções entre os seus membros.

O fato de ter recuperado a saúde em 1804 permitiu-lhe consolidar e expandir a sua obra: foram inaugurados os conventos de Namur, Gante e Tournai.

Morreu enquanto recitava o Magnificat e fazia as suas preces à sua protetora

Madre Júlia passou os últimos sete anos de sua vida em Namur, formando as religiosas e fundando novas casas. Morreu a 8 de Abril de 1816, enquanto recitava o Magnificat e fazia as suas preces à sua protetora, a mártir Santa Júlia.

Santa Rosa Billiart, rogai por nós!

Oração – Santa Julia Billiart que Venceu as dificuldades da vida e nunca desanimou diante do futuro incerto, ajudai-nos a ser fortes. Amém.

Júlia: Significa “fofa”, “macia”, “jovem” ou “filha de Júpiter”. Júlia é a variante feminina de Júlio, nome originado no latim Julius.

Com Santo Agabo, profeta, que, segundo o testemunho dos Atos dos Apóstolos, movido pelo Espírito Santo, anunciou uma grande fome em toda a terra e os tormentos que Paulo ia sofrer da parte dos gentios.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

Abril 8

2. Comemoração dos santos Herodião, Assíncrito e Flegonte, que o apóstolo São Paulo saúda na Epístola aos Romanos.

3. Comemoração de São Dionísio, bispo de Corinto, na Grécia, que, dotado de admirável conhecimento da palavra de Deus, não só instruiu com a pregação os fiéis da sua cidade episcopal e da sua província, mas ensinou também com as suas cartas os bispos de outras cidades e províncias.(† 180)

4. Em Antioquia, na Síria, hoje Antakya, na Turquia, os santos Timóteo, Diógenes, Macário e Máximo, mártires.(† data inc.)

5. Em Alexandria, no Egito, São Dionísio, bispo, homem de grande erudição, memorável por ter professado a fé muitas vezes e insigne pelas diversas tribulações e torturas suportadas, que, no tempo dos imperadores Valeriano e Galieno, com idade avançada adormeceu no Senhor como confessor da fé.(† c. 265)

6. Em Como, na Ligúria, hoje na Lombardia, região da Itália, Santo Amâncio, bispo, que foi o terceiro a ocupar esta cátedra episcopal e construiu a basílica dos Apóstolos.(† 449)

7. Em Orvieto, na Úmbria, região da Itália, o Beato Clemente de Ósimo, presbítero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, que dirigiu e promoveu eficazmente a Ordem e reformou sabiamente as suas leis.(† 1291)

8. Em Alcalá de Henares, na Espanha, o beato Julião de Santo Agostinho, religioso da Ordem dos Frades Menores Descalços, que, considerado alienado mental por causa da sua rigorosa penitência e várias vezes afastado da vida religiosa, anunciou a Cristo mais pelo exemplo da sua virtude que pela palavra.(† 1606)

9. Em Namur, junto ao rio Mosa, no Brabante, na atual Bélgica, Santa Júlia Billiart, virgem, que fundou o Instituto de Santa Maria para a formação da juventude feminina e propagou ardorosamente a devoção ao Sagrado Coração de Jesus.(† 1816)

10. Em Alássio, próximo de Albenga, na Ligúria, região da Itália, o Beato Augusto Czartoryski, presbítero da Sociedade Salesiana, cuja enfermidade não impediu que, seguindo firmemente o chamamento de Deus, recebesse especiais dons de santidade.(† 1893)

11. No convento de Belmonte, perto de Cuenca, na Espanha, o beato Domingos do Santíssimo Sacramento Iturrate, presbítero da Ordem da Santíssima Trindade, que se dedicou com todas as suas forças a promover a salvação das almas e a exaltar a glória da Santíssima Trindade.(† 1927)

São João Batista de La Salle, Presbítero, Fundador – 07 de Abril

São João Batista de La Salle, Presbítero, Fundador

Descendente de Carlos Magno

A tradição da família de La Salle, na França, é muito antiga. No século XVII, descendente de Carlos Magno, Louis de La Salle era conselheiro do Supremo Tribunal quando sua esposa, também de família fidalga, deu à luz a João Batista de La Salle, em 30 de abril de 1651.

Revelou-se o mais privilegiado em termos espirituais

O casal não era nobre só por descendência, ambos tinham também nobreza de espírito e seguiam os ensinamentos católicos, que repassaram aos sete filhos. João Batista era o mais velho deles. Dos demais, uma das filhas tornou-se religiosa, entrando para o convento de Santo Estevão, em Reims. Dois outros filhos ocuparam cargos elevados no clero secular, mas João Batista revelou-se o mais privilegiado em termos espirituais.

Gostava de improvisar um pequeno altar para brincar de realizar os atos litúrgicos

Desde pequeno a vocação se apresentava no menino, que gostava de improvisar um pequeno altar para brincar de realizar os atos litúrgicos que assistia com a mãe. Paralelamente, teve no pai o primeiro professor.

Apaixonado por música clássica, sacra e profana

Apaixonado por música clássica, sacra e profana, toda semana havia, na casa dos de La Salle, uma “tarde musical”, onde se apresentavam os melhores e mais importantes artistas da cidade, assistidos pelas famílias mais prestigiadas de Reims. João Batista fazia parte da apresentação, executando as músicas de caráter religioso, o que fez com que o pai o estimulasse a ingressar no coral dos cônegos da catedral. Entretanto, no íntimo, o desejo dos seus pais era que ele seguisse uma carreira política.

Seu pai ordenou que ele seguisse a voz do Criador

Esse desejo durou pouco tempo, pois, na hora de definir sua profissão, João Batista confessou que queria ser Padre. Seu pai entendeu que não poderia disputar o filho com Deus e ordenou que ele seguisse a voz do Criador, para onde fosse chamado. Como tinha muita cultura e apreciava os estudos, com dezoito anos recebeu o título de mestre das Artes Livres, entrou para a Universidade de Sorbonne e passou a morar no seminário Santo Sulpício, em Paris. Ali se tornou catequista, chegando a ensinar um total de quatro mil crianças, preparando-as para a primeira comunhão.

Com 21 anos precisou cuidar dos irmãos

Ao sair do seminário, João Batista, com vinte e um anos, tinha já perdido o pai e a mãe. Cuidou dos irmãos e depois pôde vestir a batina, em 1678, quando, finalmente, se ordenou sacerdote. Fundou uma escola para a formação de professores leigos e, mesmo em meio a todo esse trabalho, continuou estudando teologia, até receber o título de doutor, em 1681.

Fundou, ainda, a Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs

Fundou, ainda, a Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs, que em pouco tempo necessitou da implantação de muitas casas. Tão rápido cresceu a Ordem, que já em 1700 foi possível inaugurar um seminário, onde se lecionava pedagogia, leitura, gramática, física, matemática, catolicismo e canto litúrgico. Ele teve a grata felicidade de ver a congregação comportando setecentos e cinquenta irmãos, possuindo cento e quatorze escolas e sendo frequentadas por trinta e um mil alunos, todos pobres.

Foi proclamado “padroeiro celeste, junto a Deus, de todos os educadores

Aqui no Brasil, os Irmãos das Escolas Cristãs se estabeleceram em 1907, espalhando-se pelos estados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Ele morreu numa Sexta-Feira Santa, no dia 7 abril de 1719, em Rouen, e foi canonizado, em 1900, pelo Papa Pio X. São João Batista de La Salle foi proclamado “padroeiro celeste, junto a Deus, de todos os educadores”, pelo Papa Pio XII.

 

São João Batista de La Salle, rogai por nós!

Oração – Ó Pai, pela vossa misericórdia, São João Batista de La Salle anunciou as insondáveis riquezas de Cristo. Concedei-nos, por sua intercessão, crescer no vosso conhecimento. Amém

Com Santo Henrique Walpole, da Companhia de Jesus, e o Beato Alexandre Rawlins, presbíteros e mártires, enforcados e dilacerados.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

Abril 7

2. Comemoração de Santo Hegesipo, que viveu em Roma no tempo dos papas Aniceto e Eleutério e escreveu em linguagem simples a história da Igreja, desde a Paixão do Senhor até ao seu tempo.(† c. 180)

3. Em Alexandria, no Egipto, São Pelúsio, presbítero e mártir.(† d. inc.)

4. Em Pentápolis, na Líbia, os santos mártires Teodoro, bispo, Ireneu, diácono, Serapião e Amônio, leitores.(† s. IV)

5. Em Pompeiópolis, localidade da Cilícia, na atual Turquia, São Caliópio, mártir. († s. IV)

6. Em Sínope, no Ponto, também na atual Turquia, duzentos santos mártires, soldados.(† s. IV)

7. Em Mitilene, na ilha de Lesbos, na Grécia, São Jorge, bispo, que, no tempo do imperador Leão o Armênio, suportou muitos tormentos por defender o culto das sagradas imagens.(† 816)

8. Junto ao mosteiro de Crespin, no Hainaut, hoje na França, Santo Aiberto, presbítero e monge, que todos os dias recitava na solidão, de joelhos ou prostrado em terra, todo o Saltério, e aos penitentes que a ele acorriam administrava a divina misericórdia.(† 1140)

9. No mosteiro premonstratense de Steinfeld, na Alemanha, Santo Hermano José, presbítero, que resplandeceu pelo seu terno amor para com a Virgem Maria e celebrou com hinos e cânticos a devoção ao divino Coração de Jesus.(† 1241/1252)

10. Em York, na Inglaterra, Santo Henrique Walpole, da Companhia de Jesus, e o Beato Alexandre Rawlins, presbíteros e mártires, que, no reinado de Isabel I, foram presos e cruelmente atormentados por causa do seu sacerdócio e, finalmente, conduzidos ao patíbulo, enforcados e dilacerados, alcançaram a coroa eterna.(† 1595)

11. Em Worcester, também na Inglaterra, os beatos mártires Eduardo Oldcorne, presbítero, e Rodolfo Asley, religioso, ambos da Companhia de Jesus, que exerceram clandestinamente durante muitos anos o ministério apostólico, até que, sob a acusação falsa de conjura contra o rei Jaime I, foram introduzidos no cárcere, torturados e finalmente dilacerados ainda vivos.(† 1606)

12. Na Cochinchina, no atual Vietnam, São Pedro Nguyen Van Luu, presbítero e mártir, que, no tempo do imperador Tu Duc, foi condenado à pena capital e morreu com alegria no patíbulo.(† 1861)

13. Em Dongerkou, localidade da China, a Beata Maria Assunta Pallotta, virgem das Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria, que, ocupando-se dos serviços humildes, levou uma vida simples e oculta pelo reino de Cristo.(† 1905)

5ª Semana da Quaresma | Segunda-feira

Primeira Leitura (Dn 13,41c-62)

Leitura da Profecia de Daniel

Naqueles dias, 41c a assembleia condenou Susana à morte. 42 Susana, porém, chorando, disse em voz alta: “Ó Deus eterno, que conheces as coisas escondidas e sabes tudo de antemão, antes que aconteça! 43 Tu sabes que é falso o testemunho que levantaram contra mim! Estou condenada a morrer, quando nada fiz do que estes maldosamente inventaram a meu respeito!” 44 O Senhor escutou sua voz. 45 Enquanto a levavam para a execução, Deus excitou o santo espírito de um adolescente, de nome Daniel. 46 E ele clamou em alta voz: “Sou inocente do sangue desta mulher!” 47 Todo o povo então voltou-se para ele e perguntou: “Que palavra é esta, que acabas de dizer?” 48 De pé, no meio deles, Daniel respondeu: “Sois tão insensatos, filhos de Israel? Sem julgamento e sem conhecimento da causa verdadeira, vós condenais uma filha de Israel? 49 Voltai a repetir o julgamento, pois é falso o testemunho que levantaram contra ela!” 50 Todo o povo voltou apressadamente, e outros anciãos disseram ao jovem: “Senta-te no meio de nós e dá-nos o teu parecer, pois Deus te deu a honra da velhice”. 51 Falou então Daniel: “Mantende os dois separados, longe um do outro, e eu os julgarei”. 52 Tendo sido separados, Daniel chamou um deles e lhe disse: “Velho encarquilhado no mal! Agora aparecem os pecados que estavas habituado a praticar. 53 Fazias julgamentos injustos, condenando inocentes e absolvendo culpados, quando o Senhor ordena: ‘Tu não farás morrer o inocente e o justo!’ 54 Pois bem, se é que viste, dize-me à sombra de que árvore os viste abraçados?” Ele respondeu: “À sombra de uma aroeira”. 55 Daniel replicou “Mentiste com perfeição, contra a tua própria cabeça. Por isso o anjo de Deus, tendo recebido já a sentença divina, vai rachar-te pelo meio!” 56 Mandando sair este, ordenou que trouxessem o outro: “Raça de Canaã, e não de Judá, a beleza fascinou-te e a paixão perverteu o teu coração. 57 Era assim que procedíeis com as filhas de Israel, e elas por medo sujeitavam-se a vós. Mas uma filha de Judá não se submeteu a essa iniquidade. 58 Agora, pois, dize-me debaixo de que árvore os surpreendeste juntos?” Ele respondeu: “Debaixo de uma azinheira”. 59 Daniel retrucou: “Também tu mentiste com perfeição, contra a tua própria cabeça. Por isso o anjo de Deus já está à espera, com a espada na mão, para cortar-te ao meio e para te exterminar!” 60 Toda a assistência pôs-se a gritar com força, bendizendo a Deus, que salva os que nele esperam. 61 E voltaram-se contra os dois velhos, pois Daniel os tinha convencido, por suas próprias palavras, de que eram falsas testemunhas. E, agindo segundo a lei de Moisés, fizeram com eles aquilo que haviam tramado perversamente contra o próximo. 62 E assim os mataram, enquanto, naquele dia, era salva uma vida inocente.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

Responsório Sl 22(23),1-3a.3b-4.5.6 (R. 4a)

— Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei, estais comigo.

— Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei, estais comigo.

— O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma. Pelos prados e campinas verdejantes ele me leva a descansar. Para as águas repousantes me encaminha, e restaura as minhas forças.

— Ele me guia no caminho mais seguro, pela honra do seu nome. Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei. Estais comigo com bastão e com cajado, eles me dão a segurança!

— Preparais à minha frente uma mesa, bem à vista do inimigo; com óleo vós ungis minha cabeça, e o meu cálice transborda.

— Felicidade e todo bem hão de seguir-me, por toda a minha vida; e, na casa do Senhor, habitarei pelos tempos infinitos.

Evangelho (Jo 8,12-20)

— Glória a vós, Senhor Jesus, Primogênito dentre os mortos!

— Não quero a morte do pecador, diz o Senhor, mas que ele volte, se converta e tenha vida.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 12 disse Jesus aos fariseus: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, não andará nas trevas, mas terá a luz da vida”. 13 Então os fariseus disseram: “O teu testemunho não vale, porque estás dando testemunho de ti mesmo”. 14 Jesus respondeu: “Ainda que eu dê testemunho de mim mesmo, o meu testemunho é válido, porque sei de onde venho e para onde vou. Mas vós não sabeis donde venho, nem para onde vou. 15 Vós julgais segundo a carne, eu não julgo ninguém, 16 e se eu julgo, o meu julgamento é verdadeiro, porque não estou só, mas comigo está o Pai, que me enviou. 17 Na vossa Lei está escrito que o testemunho de duas pessoas é verdadeiro. 18 Ora, eu dou testemunho de mim mesmo e também o Pai, que me enviou, dá testemunho de mim”. 19 Perguntaram então: “Onde está o teu Pai?” Jesus respondeu: “Vós não conheceis nem a mim, nem o meu Pai. Se me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai”. 20 Jesus disse estas coisas, enquanto estava ensinando no Templo, perto da sala do tesouro. E ninguém o prendeu, porque a hora dele ainda não havia chegado.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

5º Domingo da Quaresma | Domingo

Primeira Leitura (Is 43,16-21)

Leitura do Livro do Profeta Isaías

16 Isto diz o Senhor, que abriu uma passagem no mar e um caminho entre águas impetuosas; 17 que pôs a perder carros e cavalos, tropas e homens corajosos; pois estão todos mortos e não ressuscitarão, foram abafados como mecha de pano e apagaram-se: 18 “Não relembreis coisas passadas, não olheis para fatos antigos. 19 Eis que eu farei coisas novas, e que já estão surgindo: acaso não as reconheceis? Pois abrirei uma estrada no deserto e farei correr rios na terra seca. 20 Hão de glorificar-me os animais selvagens, os dragões e os avestruzes, porque fiz brotar água no deserto e rios na terra seca para dar de beber a meu povo, a meus escolhidos. 21 Este povo, eu o criei para mim e ele cantará meus louvores”.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

Responsório Sl 125(126),1-2ab.2cd-3.4-5.6 (R. 3)

—Maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria!

— Maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria!

— Quando o Senhor reconduziu nossos cativos, parecíamos sonhar; encheu-se de sorriso nossa boca, nossos lábios, de canções.

— Entre os gentios se dizia: “Maravilhas fez com eles o Senhor!” Sim, maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria! 

— Mudai a nossa sorte, ó Senhor, como torrentes no deserto. Os que lançam as sementes entre lágrimas, ceifarão com alegria. 

— Chorando de tristeza sairão, espalhando suas sementes; cantando de alegria voltarão, carregando os seus feixes! 

Evangelho (Jo 8,1-11)

— Glória a vós, ó Cristo, Verbo de Deus.

— Agora, eis o que diz o Senhor: De coração convertei-vos a mim, pois sou bom, compassivo e clemente.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1 Jesus foi para o monte das Oliveiras. 2 De madrugada, voltou de novo ao Templo. Todo o povo se reuniu em volta dele. Sentando-se, começou a ensiná-los. 3 Entretanto, os mestres da Lei e os fariseus trouxeram uma mulher surpreendida em adultério. Colocando-a no meio deles, 4 disseram a Jesus: “Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. 5 Moisés na Lei mandou apedrejar tais mulheres. Que dizes tu?” 6 Perguntavam isso para experimentar Jesus e para terem motivo de o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, começou a escrever com o dedo no chão. 7 Como persistissem em interrogá-lo, Jesus ergueu-se e disse: “Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”. 8 E tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão. 9 E eles, ouvindo o que Jesus falou, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos; e Jesus ficou sozinho, com a mulher que estava lá, no meio do povo. 10 Então Jesus se levantou e disse: “Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?” 11 Ela respondeu: “Ninguém, Senhor”. Então Jesus lhe disse: “Eu também não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

São Marcelino de Cartago, Tribuno, Mártir – 06 de Abril

São Marcelino de Cartago, Tribuno, Mártir

Conhecido pela sua bondade, sendo estimado por todos

Era um alto funcionário do Império Romano. Bom pai de família e homem de notável honradez, conhecido pela sua bondade, sendo estimado por todos.

Entretanto, Marcelino acabou sendo vítima de um dos lamentáveis cismas que dividiram o cristianismo. Foram influências políticas, como o donatismo, que levaram esse honrado cristão à condenação e ao martírio.

Famosa queima dos livros sagrados

Tudo teve início muitos anos antes, em 310. O imperador Diocleciano ordenara ao povo a entrega e queima de todos os livros sagrados. Quem obedeceu, passou a ser considerado traidor da Igreja. Naquele ano, Ceciliano foi eleito Bispo de Cartago, mas teve sua eleição contestada por ter sido referendada por um grupo de Bispos traidores, os mesmos que entregaram os livros sagrados.

Divisão da Igreja ocasionada pelos donatista

O Bispo Donato era um desses e, além disso, tinha uma posição totalmente contrária ao catolicismo, Ele defendia que os sacramentos só podiam ser ministrados por santos, não por pecadores, isto é, gente comum. Os seguidores do Bispo Donato, portanto, tornaram-se os donatistas, e a Igreja dividiu-se.

Era tabelião e tribuno em Cartago

Em Cartago, Marcelino ocupava dois cargos de grande importância: era tabelião e tribuno, funcionando, assim, como um porta-voz da população diante das autoridades do Império Romano. Era muito religioso, ligado ao Bispo Agostinho, de Hipona, reconhecido realmente como homem de muita fé e dedicação à Igreja. Algumas obras escritas pelo grande teólogo bispo Agostinho partiram de consultas feitas por Marcelino. Foram os tratados “sobre a remissão dos pecados”, “sobre o Espírito”, e o mais importante, “sobre a Trindade”, porém nenhum deles pôde ser lido por Marcelino.

Condenado a morte foi venerado como mártir

Quando Marcelino se opôs ao movimento donatista, em 411, foi denunciado como cúmplice do usurpador Heracliano e condenado à morte. Apenas um ano depois da execução da pena é que o erro da justiça romana foi reconhecido pelo próprio imperador Honório. Assim, a acusação foi anulada e a Igreja passou a reverenciar são Marcelino como mártir. Sua festa litúrgica foi marcada para o dia 6 de abril, data de sua errônea execução.

São Marcelino de Cartago, rogai por nós!

Oração – Senhor, por intercessão de São Marcelino, concedei-me as graças de que necessito para o meu crescimento espiritual, a fim de que eu possa propagar Vossas maravilhas entre aqueles que me confiastes. Amém.

Marcelino: Significa “de Marcelo”, “pertencente a Marcelo”. A partir do latim Marcellinus, um diminutivo de Márcio, e significa “pequeno guerreiro, pequeno marcial”

Com Santa Gala, filha do cônsul Símaco. São Gregório Magno descreveu a sua morte gloriosa.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

Abril 6

1. Em Sírmium, na Panônia, hoje Sremska Mitrovica, na Sérvia, a paixão de Santo Ireneu, bispo e mártir, que, no tempo do imperador Maximiano e do governador Probo, foi cruelmente atormentado, depois submetido a vários suplícios no cárcere durante vários dias, e finalmente decapitado.(† s. IV)

2. Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, Santo Eutíquio, bispo, que presidiu ao Concílio de Constantinopla II, onde defendeu tenazmente a reta fé e, depois de suportar um longo exílio, morreu professando a fé na ressurreição da carne.(† 582)

3. Em Roma, Santa Gala, filha do cônsul Símaco, que, depois da morte do esposo se consagrou durante muitos anos à oração, à esmola, aos jejuns e a outras obras santas junto à igreja de São Pedro. São Gregório Magno descreveu a sua morte gloriosa.(† s. VI)

4. Em Troyes, cidade da Nêustria, na atual França, São Vinebaldo, abade do mosteiro de São Lopo, célebre pela sua austeridade.(† c. 620)

5. Também em Troyes, São Prudêncio, bispo, que compôs um compêndio do Saltério para os itinerantes, coligiu um florilégio de preceitos para os candidatos ao sacerdócio tomados da Escritura e renovou a observância dos mosteiros.(† 861)

6. Em Velehrad, na Morávia, atualmente na Chéquia, o dia natal de São Metódio, bispo, cuja memória se celebra com a de seu irmão Cirilo no dia 14 de Fevereiro.(† 885)

7. No mosteiro de São Galo, na Suábia, hoje na Suíça, o beato Notkero o Gago, monge, que passou quase toda a sua vida neste cenóbio, onde compôs numerosas sequências; era débil do corpo mas não da mente, gago da língua mas não da inteligência, sólido nas realidades divinas, paciente nas adversidades, afável com todos, assíduo na oração, na leitura, na meditação e na escritura literária.(† 912)

8. No mosteiro de Santo Elias, no monte Aulina, Pálmi, na Calábria, região da Itália, São Filareto, monge, insigne pela sua vida de oração.(† 1076)

9. Na ilha de Eskill, Roeskilde, na Dinamarca, São Guilherme, abade, que, chamado do cenóbio dos Cônegos Regrantes de Paris à Dinamarca, restaurou a observância regular, superando grandes dificuldades e obstáculos, e partiu desta vida terrena ao amanhecer o domingo da Páscoa.(† 1203)

10. Em Milão, na Lombardia, região da Itália, a paixão de São Pedro de Verona, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir, que, sendo filho de pais sequazes do maniqueísmo, abraçou ainda criança a fé católica e na adolescência recebeu o hábito das mãos do próprio São Domingos; aplicou toda a sua energia no combate às heresias, até que, ao dirigir-se para Como, foi assassinado pelos seus inimigos, proclamando até ao último suspiro o símbolo da fé.(† 1252)

11. No mosteiro de Santa Maria, no Sacro Monte, junto de Varese, também na Lombardia, a beata Catarina de Pallanza, virgem, que, juntamente com algumas companheiras, levou vida eremítica segundo a regra de Santo Agostinho.(† 1478)

12. Em Vinh Tri, cidade do Tonquim, no atual Vietnam, São Paulo Lê Bao Tinh, presbítero e mártir, que, ainda clérigo, esteve preso no cárcere muito tempo por causa da sua fé e, elevado ao sacerdócio, foi reitor do seminário; compôs um livro de homilias e um compêndio de doutrina cristã; finalmente, levado de novo a tribunal, foi condenado à morte no tempo do imperador Tu Duc.(† 1857)

13. Em Verona, na Itália, o Beato Zeferino Agostíni, presbítero, que se dedicou ao ministério da pregação, da catequese e da educação cristã, e promoveu obras de todo o gênero em favor da juventude, dos pobres e dos enfermos, para as quais fundou a Congregação das Ursulinas Filhas de Maria Imaculada.(† 1896)

14. Em Turim, na Itália, o Beato Miguel Rua, presbítero, discípulo de São João Bosco, insigne propagador da Sociedade Salesiana.(† 1910)

15. Em Fióbbio di Albino, localidade próxima de Bérgamo, na Itália, a Beata Petrina Morosíni, virgem e mártir, que, aos vinte e seis anos, quando vinha da oficina onde trabalhava de regresso a sua casa, foi atacada por um jovem e morreu ferida de morte, ao defender a sua virgindade consagrada a Deus.(† 1957)

4ª Semana da Quaresma | Sábado

Primeira Leitura (Jr 11,18-20)

Leitura do Livro do Profeta Jeremias

18 Senhor, avisaste-me e eu entendi; fizeste-me saber as intrigas deles. 19 Eu era como manso cordeiro levado ao sacrifício, e não sabia que tramavam contra mim: “Vamos cortar a árvore em toda sua força, eliminá-lo do mundo dos vivos, para seu nome não ser mais lembrado”. 20 E tu, Senhor dos exércitos, que julgas com justiça e perscrutas os afetos do coração, concede que eu veja a vingança que tomarás contra eles, pois eu te confiei a minha causa.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

Responsório Sl 7,2-3.9bc-10.11-12 (R. 2a)

— Senhor meu Deus, em vós procuro o meu refúgio.

— Senhor meu Deus, em vós procuro o meu refúgio

— Senhor meu Deus, em vós procuro o meu refúgio: vinde salvar-me do inimigo, libertai-me! Não aconteça que agarrem minha vida como um leão que despedaça a sua presa, sem que ninguém venha salvar-me e libertar-me!

— Julgai-me, Senhor Deus, como eu mereço e segundo a inocência que há em mim! Ponde um fim à iniquidade dos perversos, e confirmai o vosso justo, ó Deus-justiça, vós que sondais os nossos rins e corações. 

— O Deus vivo é um escudo protetor, e salva aqueles que têm reto coração. Deus é juiz, e ele julga com justiça, mas é um Deus que ameaça cada dia. 

Evangelho (Jo 7,40-53)

— Glória a Cristo, palavra eterna do Pai, que é amor!

— Felizes os que observam a palavra do Senhor, de reto coração, e produzem muitos frutos, até o fim perseverantes!

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 40 ao ouvirem as palavras de Jesus, algumas pessoas da multidão diziam: “Este é, verdadeiramente, o Profeta”. 41 Outros diziam: “Ele é o Messias”. Mas alguns objetavam: “Porventura o Messias virá da Galileia? 42 Não diz a Escritura que o Messias será da descendência de Davi e virá de Belém, povoado de onde era Davi?” 43 Assim, houve divisão no meio do povo por causa de Jesus. 44 Alguns queriam prendê-lo, mas ninguém pôs as mãos nele. 45 Então, os guardas do Templo voltaram para os sumos sacerdotes e os fariseus, e estes lhes perguntaram: “Por que não o trouxestes?” 46 Os guardas responderam: “Ninguém jamais falou como este homem”. 47 Então os fariseus disseram-lhes: “Também vós vos deixastes enganar? 48 Por acaso algum dos chefes ou dos fariseus acreditou nele? 49 Mas esta gente que não conhece a Lei, é maldita!” 50 Nicodemos, porém, um dos fariseus, aquele que se tinha encontrado com Jesus anteriormente, disse: 51 “Será que a nossa Lei julga alguém, antes de o ouvir e saber o que ele fez?” 52 Eles responderam: “Também tu és galileu, porventura? Vai estudar e verás que da Galileia não surge profeta”. 53 E cada um voltou para sua casa.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

São Vicente Ferrer, Presbítero, Pregador – 05 de Abril

São Vicente Ferrer, Presbítero, Pregador

Educado pelos dominicanos desde menino

Nasceu em Valência, na Espanha, em 1350. Passou a infância e a juventude junto aos padres dominicanos, que tinham um convento próximo de sua casa. Percebendo sua vocação, pediu ingresso na Ordem aos dezessete anos.

Com 28 anos começou a pregar por toda Europa

Doutorou-se em filosofia e teologia, ordenando-se sacerdote em 1378. Nesse mesmo ano começou sua peregrinação por toda a Europa, durante um período negro da história, quando ocorreu a Guerra dos Cem Anos, quando forças políticas, alheias à Igreja, tinham tanta influência que atuavam até na eleição dos Papas.

Época do Cisma de Avinhão

Assim, quando um italiano foi eleito Papa, Urbano VI, as correntes políticas francesas não o aceitaram e elegeram outro, um francês, Clemente VII, que foi residir em Avinhão, na França. A Igreja dividiu-se em duas, ocorrendo o chamado cisma da Igreja ocidental, porque ela ficou sob dois comandos, o que durou trinta e nove anos.

Defendeu o Papa de Avinhão

Vicente Ferrer, pregador, já era muito conhecido. Como prior do convento de Valência, teve contato com o cardeal Pedro de Luna, que o convenceu da legitimidade do Papa de Avinhão, e Vicente aderiu à causa. Em 1384, o referido cardeal foi eleito Papa Bento XIII e habilmente fez do dominicano Vicente seu confessor, sendo defendido por ele até 1416, como fazia Catarina de Sena, sua contemporânea, pelo italiano Urbano VI.

Dotado de uma fé fervorosa numa época caótica

O coração desse dominicano era dotado de uma fé fervorosa, mas passando por uma divisão dessas, e  por toda parte batalhas sangrentas, calamidades públicas, fome, miséria, misticismo, ignorância, além da peste negra, que dizimou um terço da população, fez que a pregação de Vicente Ferrer ganhasse aspecto de fatalismo.

Andou pela Espanha, França, Itália, Suíça, Bélgica, Inglaterra e Irlanda

Ele andou pela Espanha, França, Itália, Suíça, Bélgica, Inglaterra e Irlanda e muitas outras regiões, defendendo sempre a unidade da Igreja, o fim das guerras, o arrependimento e a penitência, como forma de esperar a iminente volta de Cristo. Tornou-se a mais alta voz da Europa. Pregava para multidões e as catedrais tornavam-se pequenas para os que queriam ouvi-lo. Por isso fazia seus sermões nas grandes praças públicas.

A cada procissão os prodígios e graças sucediam-se às centenas

Milhares de pessoas o seguiam em procissões de penitência. Dizem os registros da Igreja, e mesmo os que não concordavam com ele, que Deus estava do seu lado. A cada procissão os prodígios e graças sucediam-se e podiam ser comprovados às centenas entre os fiéis.

Ajudou a eleger o novo papa, Martinho V, pondo fim ao Cisma

O cisma da Igreja só terminou quando os dois Papas renunciaram ao mesmo tempo, para o bem da unidade do cristianismo. Vicente retirou seu apoio ao papa Bento XIII e, com sua atuação, ajudou a eleger o novo papa, Martinho V, trazendo de novo a união da Igreja ocidental.

Foi o maior pregador do século XIV e um dos maiores da Igreja

As nuvens negras dissiparam-se, mas as conversões e as graças por obra de Vicente Ferrer ficarão por toda a eternidade.

Ele morreu no dia 5 de abril de 1419, na cidade de Vannes, Bretanha, na França. Foi canonizado pelo Papa Calisto III, seu compatriota, em 1458, que o declarou Padroeiro de Valência e Vannes. São Vicente Ferrer foi um dos maiores pregadores da Igreja do segundo milênio e o maior pregador do século XIV.

São Vicente Ferrer, rogai por nós!

Oração – São Vicente, eleito por Deus para avivar a fé nas almas, levantar até o céu os votos da esperança e inflamar nos corações o divino fogo da caridade. Amém.

Vicente: Significa “o que está vencendo”, “o que vence”, “aquele que conquista”, “vencedor, conquistador”. Vicente é originado a partir do nome em latim

Em São Paulo, Brasil, o Beato Mariano da Mata Aparício, Presbítero.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

Abril 5

2. Em Tessalônica, na Macedônia, atualmente na Grécia, Santa Irene, virgem e mártir, que, desobedecendo ao edito de Diocleciano, ocultou os Livros sagrados e por esse motivo foi conduzida ao prostíbulo público e queimada por ordem do prefeito Dulcécio, o mesmo que tinha martirizado as suas irmãs Ágape e Quiónia.(† 304)

3. Em Selêucia, na Pérsia, no território do atual Iraque, Santa Ferbuta, viúva, irmã de São Simeão, bispo, a qual, juntamente com a sua serva, sofreu o martírio no reinado de Sapor II.(† c. 342)

4. Também em Selêucia, na antiga Pérsia, a comemoração de cento e onze homens e nove mulheres, mártires, que, reunidos de vários lugares nas cidades régias da Pérsia, por recusarem firmemente negar a Cristo e adorar o fogo, foram queimadas por ordem do mesmo rei.(† 344)

5. Em Régia, na Mauritânia, no território da atual Argélia, a paixão dos santos mártires que, na perseguição do rei ariano Genserico, foram massacrados na igreja num dia da Páscoa; entre eles estava o leitor, que foi atravessado por uma flecha na garganta quando cantava do púlpito o «Aleluia».(† s. V)

6. No mosteiro de Grande-Sauve, na Aquitânia, atualmente na França, São Geraldo, abade, que pertencia ao mosteiro de Corbie quando foi eleito abade de Laon e, depois de santas peregrinações, se retirou na densa floresta.(† 1095)

7. Em Montecorvino, na Apúlia, região da Itália, Santo Alberto, bispo, que consagrou toda a sua vida à oração contínua a Deus e à solicitude pelo bem comum dos pobres.(† 1127)

8. Em Fosses, no Brabante, hoje na França, Santa Juliana, virgem da Ordem de Santo Agostinho, que tinha sido prioresa do mosteiro de Mont-Cornillon, em Liège e, fortalecida pelo dom do conselho divino e humano, promoveu a solenidade do Corpo de Cristo e viveu como reclusa.(† 1258)

9. Em Palma, na ilha de Maiorca, na Espanha, Santa Catarina Tomás, virgem, que, entrando na Ordem das Canonisas Regrantes de Santo Agostinho, foi insigne no desprezo de si mesma e na abnegação da sua vontade.(† 1574)

10. Em Kaufbeuren, junto ao rio Wertach, na Baviera, região da Alemanha, Santa Maria Crescência Höss, virgem da Ordem Terceira de São Francisco, que procurou comunicar aos outros o fogo do Espírito Santo que nela ardia.(† 1744)

11. Em São Paulo, no Brasil, o Beato Mariano da Mata Aparício, presbítero da Ordem de Santo Agostinho.(† 1983)

Santo Isidoro de Sevilha, Bispo, Doutor da Igreja – 04 de Abril

Santo Isidoro de Sevilha, Bispo, Doutor da Igreja

De família de Santos

Filho do Duque de Cartagena, irmão mais novo de São Leandro, Arcebispo de Sevilha; de São Fulgêncio, Bispo de Astigila e de Santa Florentina, Abadessa.

Nasceu em 560, em Sevilha, capital da Andaluzia, numa família hispano-romana muito cristã. Seu pai, Severiano, era prefeito de Cartagena e comandava sua cidade dentro dos mais disciplinados preceitos católicos.

Sua mãe os educou e teve 4 filhos santos

A mãe, Teodora, educou todos os filhos igualmente nas regras do cristianismo. Como fruto, colheu a alegria de ter os quatro elevados à veneração dos altares da Igreja.

Isidoro começou a estudar a religião desde muito pequeno, tendo na figura do irmão mais velho, Leandro, o pai que falecera cedo.

Pouco inteligente, superou tudo pelo esforço

Diz a tradição que logo que ingressou na escola o menino tinha muitas dificuldades de aprendizagem, chegando a preocupar a família e os professores, mas rapidamente superou tudo com a ajuda da Providência Divina.

Formou-se em Sevilha, onde, além do latim, ainda aprendeu grego e hebraico, e ordenou-se sacerdote.

Trabalhou na conversão dos visigodos

Tudo isso contribuiu muito para que trabalhasse na conversão dos visigodos arianos, a começar pelo próprio rei. Isidoro também foi o responsável pela conversão dos judeus espanhóis. Tornou-se Arcebispo e sucedeu a seu irmão Leandro, em Sevilha, durante quase quatro décadas. Logo no início, Isidoro organizou núcleos escolares nas casas religiosas, que são considerados os embriões dos atuais seminários.

Com seu exemplo muitos se elevaram na cultura

Sua influência cultural foi muito grande, era possuidor de uma das maiores e mais bem abastecidas bibliotecas e seu exemplo levou muitas pessoas a dedicarem seus tempos livres ao estudo e às boas leituras.

Depois, retirou-se para um convento, onde poderia praticar suas obrigações religiosas e também se dedicar intensamente aos estudos.

Presidiu o II Concílio de Sevilha

Por seus profundos conhecimentos, presidiu o II Concílio de Sevilha, em 619, e o IV Concílio de Toledo, em 633, de modo que a religiosidade se enraizou no país. Por isso foi chamado de “Pai dos Concílios” e “mestre da Igreja” da Idade Média.

Sua casa vivia cheia de mendigos e necessitados

Isidoro era tão dedicado à caridade que sua casa vivia cheia de mendigos e necessitados, isso todos os dias. No dia 4 de abril de 636, sentindo que a morte estava se aproximando, dividiu seus bens com os pobres, publicamente pediu perdão para os seus pecados, recebeu pela última vez a eucaristia e, orando aos pés do altar, ali morreu.

Deixou uma obra com vinte e um volumes, chamada Etimologias

Ele nos deixou uma obra escrita sobre cultura, filosofia e teologia considerada a mais valiosa do século VII. Nada menos que uma enciclopédia, com vinte e um volumes, chamada Etimologias, considerada o primeiro dicionário escrito, um livro com a biografia dos principais homens e mulheres da Bíblia, regras para mosteiros e conventos, além de muitos comentários acerca de cada um dos livros da Bíblia, estudo que mais lhe agradava.

Em 1722, o papa Bento XIV proclamou santo Isidoro de Sevilha Doutor da Igreja, e seu culto litúrgico confirmado para o dia de sua morte.

Santo Isidoro de Sevilha, rogai por nós!

Oração – Ó Deus, que marcastes pela vossa doutrina a vida de São Isidoro de Sevilha, concedei-nos, por sua intercessão, que sejamos fiéis à mesma doutrina, e a proclamemos em nossas ações. Amém

Isidoro: Significa “dádiva de Ísis”, “presente da deusa Ísis”. Tem origem do grego Isídoros, forma pela união das palavras Isis, nome de deusa Ísis e dôron

Com santos mártires Agatópodo, diácono, e Teódulo, leitor, lançados ao mar.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

Abril 4

2. Em Tessalônica, na Macedônia, atualmente na Grécia, os santos mártires Agatópodo, diácono, e Teódulo, leitor, que, pela sua confissão da fé cristã, sob o regime do imperador Maximiano, por ordem do prefeito Faustino foram lançados ao mar com uma pedra atada ao pescoço.(† s. IV in.)

3. Em Milão, na Ligúria, hoje na Lombardia, região da Itália, o sepultamento de Santo Ambrósio, bispo, que no dia de Sábado Santo foi ao encontro de Cristo triunfante. A sua memória celebra-se a sete de Dezembro, dia da sua ordenação.(† 397)

4. Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, São Platão, hegúmeno, que combateu durante vários anos os opositores ao culto das sagradas imagens e com seu sobrinho São Teodósio Studita instituiu o célebre mosteiro de Stúdion.(† 814)

5. Em Poitiers, na Aquitânia, na atual França, São Pedro, bispo, que favoreceu os inícios da Ordem de Fontevralt e, injustamente removido da sua sede, morreu exilado em Chauvigny.(† 1115)

6. Em Scícli, na Sicília, região da Itália, São Guilherme Cuffitélli, eremita, que, abandonando a paixão pela caça, passou cinquenta e sete anos na solidão e na pobreza.(† 1411)

7. Em Palermo, na Sicília, região da Itália, São Bento Massarári, chamado o Negro por causa da cor da pele, que foi eremita e depois religioso na Ordem dos Frades Menores, sempre humilde em todas as circunstâncias e cheio de confiança na divina providência.(† 1589)

8. Em Catânia, na Sicília, região da Itália, o Beato José Bento Dusmet, bispo, da Ordem de São Bento, que promoveu diligentemente o culto divino, a instrução cristã do povo e o zelo do clero, e na epidemia da peste prestou grande auxílio aos enfermos.(† 1894)

9. Em Aljustrel, lugar de Fátima, em Portugal, o Beato Francisco Marto, que, ainda criança, consumido rapidamente pela enfermidade, manifestou admirável suavidade de comportamento, perseverança na adversidade e na fé e assiduidade à oração.(† 1919)

10. Em Réggio Calábria, na Itália, São Caetano Catanoso, presbítero, que fundou a Congregação das Irmãs Verônicas da Santa Face para assistência dos pobres e dos marginados.(† 1953)

4ª Semana da Quaresma | Sexta-feira

Primeira Leitura (Sb 2,1a.12-22)

Leitura do Livro da Sabedoria

1a Dizem entre si, os ímpios, em seus falsos raciocínios: 12 “Armemos ciladas ao justo, porque sua presença nos incomoda: ele se opõe ao nosso modo de agir, repreende em nós as transgressões da lei e nos reprova as faltas contra a nossa disciplina. 13 Ele declara possuir o conhecimento de Deus e chama-se ‘filho de Deus’. 14 Tornou-se uma censura aos nossos pensamentos e só o vê-lo nos é insuportável; 15 sua vida é muito diferente da dos outros, e seus caminhos são imutáveis. 16 Somos comparados por ele à moeda falsa e foge de nossos caminhos como de impurezas; proclama feliz a sorte final dos justos e gloria-se de ter a Deus por pai. 17 Vejamos, pois, se é verdade o que ele diz, e comprovemos o que vai acontecer com ele. 18 Se, de fato, o justo é ‘filho de Deus’, Deus o defenderá e o livrará das mãos dos seus inimigos. 19 Vamos pô-lo à prova com ofensas e torturas, para ver a sua serenidade e provar a sua paciência; 20 vamos condená-lo à morte vergonhosa, porque, de acordo com suas palavras, virá alguém em seu socorro”. 21 Tais são os pensamentos dos ímpios, mas enganam-se; pois a malícia os torna cegos, 22 não conhecem os segredos de Deus, não esperam recompensa para a santidade e não dão valor ao prêmio reservado às vidas puras.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

Responsório Sl 33(34),17-18.19-20.21 e 23 (R. 19a)

—Do coração atribulado está perto o Senhor.

— Do coração atribulado está perto o Senhor.

— O Senhor volta a sua face contra os maus, para da terra apagar sua lembrança. Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta e de todas as angústias os liberta. 

— Do coração atribulado ele está perto e conforta os de espírito abatido. Muitos males se abatem sobre os justos, mas o Senhor de todos eles os liberta.

— Mesmo os seus ossos ele os guarda e os protege, e nenhum deles haverá de se quebrar. Mas o Senhor liberta a vida dos seus servos, e castigado não será quem nele espera. 

Evangelho (Jo 7,1-2.10.25-30)

— Glória a Cristo, imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai!

— O homem não vive somente de pão, mas de toda palavra da boca de Deus.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1 Jesus andava percorrendo a Galileia. Evitava andar pela Judeia, porque os judeus procuravam matá-lo. 2 Entretanto, aproximava-se a festa judaica das Tendas. 10 Quando seus irmãos já tinham subido, então também ele subiu para a festa, não publicamente mas sim, como que às escondidas. 25 Alguns habitantes de Jerusalém disseram então: “Não é este a quem procuram matar? 26 Eis que fala em público e nada lhe dizem. Será que, na verdade, as autoridades reconheceram que ele é o Messias? 27 Mas este, nós sabemos donde é. O Cristo, quando vier, ninguém saberá donde ele é”. 28 Em alta voz, Jesus ensinava no Templo, dizendo: “Vós me conheceis e sabeis de onde sou; eu não vim por mim mesmo, mas o que me enviou é fidedigno. A esse, não o conheceis, 29 mas eu o conheço, porque venho da parte dele, e ele foi quem me enviou”. 30 Então, queriam prendê-lo, mas ninguém pôs a mão nele, porque ainda não tinha chegado a sua hora.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

4ª Semana da Quaresma | Quinta-feira

Primeira Leitura (Ex 32,7-14)

Leitura do Livro do Êxodo

Naqueles dias, 7 o Senhor falou a Moisés: “Vai, desce, pois corrompeu-se o teu povo, que tiraste da terra do Egito. 8 Bem depressa desviaram-se do caminho que lhes prescrevi. Fizeram para si um bezerro de metal fundido, inclinaram-se em adoração diante dele e ofereceram-lhe sacrifícios, dizendo: ‘Estes são os teus deuses, Israel, que te fizeram sair do Egito!’ ” 9 E o Senhor disse ainda a Moisés: “Vejo que este é um povo de cabeça dura. 10 Deixa que minha cólera se inflame contra eles e que eu os extermine. Mas de ti farei uma grande nação”. 11 Moisés, porém, suplicava ao Senhor seu Deus, dizendo: “Por que, ó Senhor, se inflama a tua cólera contra o teu povo, que fizeste sair do Egito com grande poder e mão forte? 12 Não permitas, te peço, que os egípcios digam: ‘Foi com má intenção que ele os tirou, para fazê-los perecer nas montanhas e exterminá-los da face da terra’. Aplaque-se a tua ira e perdoa a iniquidade do teu povo. 13 Lembra-te de teus servos Abraão, Isaac e Israel, com os quais te comprometeste por juramento, dizendo: ‘Tornarei os vossos descendentes tão numerosos como as estrelas do céu; e toda esta terra de que vos falei, eu a darei aos vossos descendentes como herança para sempre’ “. 14 E o Senhor desistiu do mal que havia ameaçado fazer ao seu povo.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

Responsório Sl 105(106),19-20.21-22.23 (R. 4a)

— Lembrai-vos de nós, ó Senhor, segundo o amor para com vosso povo!

— Lembrai-vos de nós, ó Senhor, segundo o amor para com vosso povo!

— Construíram um bezerro no Horeb e adoraram uma estátua de metal; eles trocaram o seu Deus, que é sua glória, pela imagem de um boi que come feno. 

— Esqueceram-se do Deus que os salvara, que fizera maravilhas no Egito; no país de Cam fez tantas obras admiráveis, no Mar Vermelho, tantas coisas assombrosas.

— Até pensava em acabar com sua raça, não se tivesse Moisés, o seu eleito, interposto, intercedendo junto a ele, para impedir que sua ira os destruísse. 

Evangelho (Jo 5,31-47)

— Jesus Cristo, sois bendito, sois o ungido de Deus Pai!

— Deus o mundo tanto amou que lhe deu seu próprio Filho, para que todo o que nele crer, encontre vida eterna.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos judeus: 31 “Se eu der testemunho de mim mesmo, meu testemunho não vale. 32 Mas há um outro que dá testemunho de mim, e eu sei que o testemunho que ele dá de mim é verdadeiro. 33 Vós mandastes mensageiros a João, e ele deu testemunho da verdade. 34 Eu, porém, não dependo do testemunho de um ser humano. Mas falo assim para a vossa salvação. 35 João era uma lâmpada que estava acesa e a brilhar, e vós com prazer vos alegrastes por um tempo com a sua luz. 36 Mas eu tenho um testemunho maior que o de João; as obras que o Pai me concedeu realizar. As obras que eu faço dão testemunho de mim, mostrando que o Pai me enviou. 37 E também o Pai que me enviou dá testemunho a meu favor. Vós nunca ouvistes sua voz, nem vistes sua face, 38 e sua palavra não encontrou morada em vós, pois não acreditais naquele que ele enviou. 39 Vós examineis as Escrituras, pensando que nelas possuís a vida eterna. No entanto, as Escrituras dão testemunho de mim, 40 mas não quereis vir a mim para ter a vida eterna! 41 Eu não recebo a glória que vem dos homens. 42 Mas eu sei que não tendes em vós o amor de Deus. 43 Eu vim em nome do meu Pai, e vós não me recebeis. Mas, se um outro viesse em seu próprio nome, a este vós o receberíeis. 44 Como podereis acreditar, vós que recebeis glória uns dos outros e não buscais a glória que vem do único Deus? 45 Não penseis que eu vos acusarei diante do Pai. Há alguém que vos acusa: Moisés, no qual colocais a vossa esperança. 46 Se acreditásseis em Moisés, também acreditaríeis em mim, pois foi a respeito de mim que ele escreveu. 47 Mas se não acreditais nos seus escritos, como acreditareis então nas minhas palavras?”

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.