São Canuto – 19 de Janeiro

São Canuto

 

São Canuto nasceu no ano de 1040 na Dinamarca. Filho de um rei, era sucessor natural. Mas aconteceu que, pela sua vida de oração, testemunho, caridade e justiça, quando o pai faleceu, muitos moveram-se com artimanhas para colocar seu irmão no trono de maneira injusta. Quanto à sua posição, ele não era apegado ao poder nem o queria para si, então esperou. Depois do falecimento do irmão, ocupou o seu lugar que era de justiça.

Homem de Deus, um sinal para o povo, ele contribuiu para a evangelização. Primeiro, com o seu exemplo, pois acreditava que a melhor forma de educar uma nação é o bom exemplo. Ele viveu para sua esposa e para seu filho Carlos, que mais tarde se tornaria também um santo. Pai santo, esposo santo, um governador, um homem de poderes; mas que usou esses poderes para servir, a modelo de Nosso Senhor Jesus Cristo.

São Canuto, amado por muitos e odiado também como Nosso Senhor, foi vítima de artimanhas por pessoas fechadas para Deus e para o bem, pois tinha muita sensibilidade com as viúvas, os órfãos e os mais necessitados. Nele, batia um coração que se assemelhava ao de Jesus. Como rei, possuiu muitos desafios e, ao perceber os inimigos se armando, participou de uma Eucaristia como era de costume. Nela, ele não só recebeu o Nosso Senhor, mas, em nome de Jesus, perdoou todos os seus inimigos. Foi então assassinado.

São Canuto, rogai por nós!

Santa Prisca, a protomártir romana – 18 de Janeiro

Santa Prisca, a protomártir romana

 

Origens
Sobre a história de Santa Prisca é difícil estabelecer a verdadeira identidade desta mártir romana, apesar dos numerosos documentos antigos, pois as várias notícias a seu respeito referem-se provavelmente a três pessoas diferentes.  O nome significa antiga, dos primeiros tempos. 

A Protomártir Romana
Uma antiga tradição diz que Santa Prisca teria sido batizada, aos treze anos, por São Pedro. E como diz seu nome romano, teria sido a “primeira” mulher do Ocidente a dar testemunho, com o martírio, da sua fé em Cristo. A protomártir romana teria sido decapitada em meados do primeiro século. 

Esposa de Áquila
No século VIII, a mártir romana começou a ser identificada com Prisca, esposa de Áquila, de quem fala São Paulo: “Saudai Prisca e Áquila, meus colaboradores em Jesus Cristo, que expuseram suas cabeças para salvar minha vida. A eles devo graças, não somente eu, mas também todas as igrejas dos gentios” (Rm 16,3). 

Santa Prisca e a Basílica no monte Aventino

A celebração
A celebração deste dia quer homenagear o fundador da Igreja titular no Aventino, a quem se refere a epígrafe funerária do século V, preservada no claustro de São Paulo fora dos muros. A antiga igreja, querida por quem gosta de redescobrir os recantos intactos da Roma antiga, à sombra discreta e repousante das suas naves, assenta sobre os alicerces de uma grande casa romana do século II, como provaram as recentes escavações arqueológicas.

Páscoa
A protomártir romana teria sido decapitada durante a perseguição de Cláudio II (268-270), em meados do primeiro século e seu sepultamento na Via Ostiense, de onde seu corpo teria sido levado para o Aventino. Há outros documentos que dizem que Santa Prisca foi martirizada na época de Tibério (45-54). 

Relíquias
Atribui-se a santa de hoje ter sido sepultada nas catacumbas de Priscila, às quais terá dado o nome, Priscila é diminutivo de Prisca. Outra tradição pretende que a mártir seja do século III, da perseguição de Cláudio II, o Gótico (268-270). 

Título Cardinalício
O título “titulus Aquilae et Priscae” começou a ser usado devido a santa, o que modifica o título primitivo do qual já temos notícias do sínodo romano de 499. O título cardinalício com o qual queriam homenagear a igreja de S. Prisca, uma santa hoje quase esquecida pelos calendários. 

Minha oração

“ Exemplo de mulher, na qual a tua fé e dedicação se tornou fruto em meio à comunidade primitiva. Conceda-nos uma fé inabalável como a tua, e um amor ardente ao Senhor como o teu. Amém.”

Santa Prisca, rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em 18 de janeiro

  • Em Cartago, na atual Tunísia, os santos mártires SucessoPaulo e Lúcio, bispos. († 259)
  • Em Nicéia, na Bitínia, hoje Iznik, na Turquia, os santos CoscónioZenão e Melanipo, mártires. († s. III-IV)
  •  Em Foix, na Gália Narbonense, atualmente na França, o passamento de São Volusiano, bispo de Tours. († c. 498)
  • No mosteiro de Lure, na Borgonha, atualmente na França, São Deícolo, abade, que era natural da Irlanda e discípulo de São Columbano e, segundo a tradição, fundou este mosteiro. († s. VII)
  • Em Ferrara, na Emília, atualmente Emília-Romanha, região da Itália, Santa Beatriz d’Este, monja. († c. 1262)
  • Em Budapeste, na Hungria, Santa Margarida, virgem, filha do rei Bela IV. († 1270)
  • Em Cremona, na Lombardia, região da Itália, o Beato Fácio. († 1272)
  • Em Morbegno, nos Alpes, também na Itália, o Beato André de Peschiera Grego, presbítero da Ordem dos Pregadores. († 1485)
  • Em L’Áquila, nos Abruzos, região da Itália, a Beata Cristina (Matias) Ciccarélli, virgem da Ordem de Santo Agostinho. († 1543)
  • Em Braniewo, na Prússia, na atual Polônia, a Beata Regina Protmann, virgem, que fundou a Congregação das Irmãs de Santa Catarina. († 1613)
  • Em Avrillé, perto de Angers, na França, as beatas Felicidade PricetMónica PicheryCarla Lucas e Vitória Gusteau, mártires. († 1794)
  • Em Cássia, na Itália, a Beata Maria Teresa Fasce (Maria Joana Fasce), abadessa da Ordem de Santo Agostinho. († 1947)

Fonte:

  • Livro “Santos de cada dia” – José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003]
  • Martirológio Romano
  • Santiebeati.it
  • Vaticannews.va
  • Vatican.va

– Produção e edição:  Melody de Paulo
– Oração: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova

 

Santo Antão, o santo que vivia no Cemitério – 17 de Janeiro

Santo Antão, o santo que vivia no Cemitério

 

Origens
Pai do monaquismo cristão, Santo Antão nasceu no Egito em 251. Com apenas 20 anos, Santo Antão havia perdido os pais; ficou órfão com muitos bens materiais, mas o maior bem que os pais lhe deixaram foi uma educação cristã. 

Abdicou dos Bens
Ao entrar numa Igreja, ele ouviu a proclamação da Palavra e se colocou no lugar daquele jovem rico, o qual Cristo chamava para deixar tudo e segui-Lo na radicalidade. Antão vendeu parte de seus bens, garantiu a formação de sua irmã, a qual entrou para uma vida religiosa.

Eremita
Enfim, Santo Antão foi, passo a passo, buscando a vontade do Senhor. Antão deparou-se com outra palavra de Deus em sua vida: “Não vou preocupeis, pois, com o dia de amanhã. O dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado”(Mt 6,34). O Espírito Santo o iluminou e ele abandonou todas as coisas para viver como eremita. 

Santo Antão: aprendeu o que precisava para ser santo e atendeu seu chamado

Estudou
Sabendo que na região existiam homens dedicados à leitura, meditação e oração, ele foi aprender. Aprendeu a ler e, principalmente, a orar e contemplar. Assim, foi crescendo na santidade e na fama também.

Viveu em um Cemitério
Sentiu-se chamado a viver num local muito abandonado, num cemitério, onde as pessoas diziam que almas andavam por lá. Por isso, era inabitável. Ele não vivia de crendices; nenhum santo viveu. Então, foi viver neste local. Na verdade, eram serpentes que estavam por lá, por isso ninguém se aproximava. A imaginação humana vê coisas onde não há. 

Os Muros
Santo Antão construiu muros naquele lugar e viveu ali dentro, na penitência e na meditação. As pessoas eram canais da providência, pois elas lhe mandavam comida, pão por cima dos muros; e ele as aconselhava. Até que, com tanta gente querendo viver como Santo Antão, naquele lugar surgiram os monges. 

Santo Antão vivia a verdadeira alegria e sorria para o mundo

Santidade
Ele foi construindo lugares e aqueles que queriam viver a santidade, seguindo seus passos, foram viver perto dele. O número de monges foi crescendo, mas o interessante é que, quando iam se aconselhar com ele, chegavam naquele lugar vários monges e perguntavam: “Onde está Antão?”. E lhes respondiam: “Ande por aí e veja a pessoa mais alegre, mais sorridente, mais espontânea; esse é Antão”.

Combateu o Arianismo
Ele foi crescendo em idade, em sabedoria, graça e sensibilidade com as situações que afetavam o Cristianismo. Teve grande influência junto a Santo Atanásio no combate ao arianismo. Ele percebeu o arianismo também entre os monges, que não acreditavam na divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Antão também foi a Alexandria combater essa heresia. Santo Antão viveu na alegria, na misericórdia, na verdade. Tornou-se abade, pai, exemplo para toda a vida religiosa. Exemplo de castidade, de obediência e pobreza.

Páscoa
Santo Antão faleceu em 356, viveu mais de cem anos, mas a qualidade é maior do que a quantidade de tempo de sua vida, pois viveu com uma qualidade de vida santa que só Cristo podia lhe dar. 

Minha oração

“ Ó pai da vida monástica, pai dos eremitas, formai almas que tenham a mesma generosidade de se dedicar inteiramente a Deus na oração e na penitência. Sustentai aqueles que já vivem assim e tornai-os grandes testemunhas nesse mundo perecível. Amém”

Santo Antão, rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em 17 de janeiro

  • Na Capadócia, na atual Turquia, os santos Espeusipo, Elasipo, Melasipo, irmãos, e sua avó, Leonila, mártires. († data inc.)
  • No Osroene, num território atualmente situado entre a Síria e a Turquia, a comemoração de São Julião, asceta, chamado pelos antigos Sabas, isto é, Ancião. († c. 377)
  • Em Die, na Gália Lionense, atualmente na França, São Marcelo, bispo. († 510)
  • Em Bourges, na Aquitânia, atualmente também na França, São Sulpício o Piedoso, bispo. († 647)
  • Na Baviera, hoje região da Alemanha, São Gamelberto, presbítero. († c. 802)
  • Em Fréjus, na Provença, região da França, Santa Rosalina, prioresa de Celle-Roubaud, da Ordem da Cartuxa. († 1329)
  • Em Tocolatlán, cidade do México, São Januário Sánchez Delgadillo, presbítero e mártir. († 1927)

Fonte:

  • Livro “Um santo para cada dia” – Mário Sgarbossa – Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978]
  • Livro “Santos de cada dia” – José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003]
  • Martirológio Romano
  • Vaticannews.va
  • Vatican.va

– Produção e edição:  Melody de Paulo
– Oração: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova

São Berardo e companheiros mártires – 16 de Janeiro

São Berardo e companheiros mártires

 

Vida Religiosa

A Igreja universal venera o diácono Santo Estêvão como o primeiro mártir do cristianismo, mas também as Igrejas locais, bem como as congregações religiosas, sempre prestaram especial veneração aos seus protomártires. Hoje, é a Ordem dos Frades Menores que celebra aqueles irmãos que foram os primeiros a derramar o seu sangue como testemunho perene da sua fé cristã: Berardo, Otone, Pietro, Accursio e Adiuto, esses são os seus nomes, foram os primeiros missionários enviados de San Francesco nas terras dos sarracenos.

Trajeto Religioso

Seis anos depois da sua conversão, tendo fundado a Ordem dos Frades Menores, São Francisco sentiu-se inflamado pelo desejo do martírio e decidiu ir à Síria pregar a fé e a penitência aos infiéis. No entanto, o navio em que viajava acabou na costa da Dalmácia devido ao vento e ele foi forçado a regressar a Assis. O desejo de obter a coroa do martírio, porém, continuou a permear o coração de Francisco e ele pensou então em viajar ao Marrocos para pregar o Evangelho de Cristo a Miramolino, líder dos muçulmanos, e aos seus súditos. Chegou à Espanha, mas foi forçado novamente a retornar à Porciúncula devido a uma doença súbita.

Uma Nova Tentativa 

Apesar dos dois fracassos sofridos, organizou a Ordem em províncias e enviou missionários a todas as principais nações europeias. No Pentecostes de 1219 deu também autorização ao padre Otone, ao subdiácono Berardo e aos irmãos leigos Vitale, Pietro, Accursio, Adiuto, para irem pregar o Evangelho aos sarracenos marroquinos, enquanto optou por se juntar aos cruzados que se dirigiam para Palestina, para visitar os lugares santos e converter os indígenas infiéis. Tendo recebido a bênção do fundador, os seis missionários chegaram a pé à Espanha.

Chegada ao Reino de Aragão

Ao chegarem ao reino de Aragão, Vitale, líder da expedição, adoeceu, mas isso não impediu que os outros cinco irmãos continuassem a viagem sob a orientação de Berardo. Em Coimbra, Portugal, a Rainha Orraca, esposa de Alfonso II, recebeu-os em audiência. Descansaram alguns dias no convento de Alemquer, beneficiando da ajuda da Infanta Sancha, irmã do rei, que lhes forneceu roupas civis para facilitar o seu trabalho apostólico entre os muçulmanos. Assim vestidos, embarcaram para a sumptuosa cidade de Sevilha, então capital dos reis mouros.

Conversa com o Rei

Não exatamente prudentes, correram apressadamente para a mesquita principal e, ali, começaram a pregar o Evangelho contra o Islamismo. Naturalmente foram considerados loucos e espancados, mas não perderam a compostura e, tendo ido ao palácio do rei, pediram para falar com ele. Miramolino ouviu-os com relutância e, assim que ouviu Maomé ser descrito como um falso profeta, ficou furioso e ordenou que fossem trancafiados numa prisão escura. Seu filho lhe disse que decapitá-los imediatamente teria sido uma sentença muito dura, além de sumária, e portanto era preferível pelo menos observar algumas formalidades. Passados ​​alguns dias, o soberano fez com que fossem chamados à sua corte e, ao saber que pretendiam mudar-se para África, em vez de os mandar de volta para Itália, satisfez-os embarcando-os num navio pronto a partir para Marrocos. dos cinco missionários estava o infante português Dom Pietro Fernando, irmão do rei, muito ansioso por admirar a corte de Miramolino.

Tentativa de pregar a Fé

Desde a sua chegada ao país africano, Berardo, que conhecia a língua local, começou imediatamente a pregar a fé cristã perante o rei e a criticar Maomé e o Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos. Miramolino então os expulsou da cidade, ordenando também que fossem mandados de volta para terras cristãs. Mas os frades, assim que foram libertados, retornaram prontamente à cidade e retomaram a pregação em praça pública. O rei enfurecido então os jogou em uma cova para morrerem de fome e dificuldades, mas eles, após três semanas de jejum, foram retirados dela em melhores condições do que quando estavam trancados lá. O próprio Miramolino ficou um tanto surpreso.

Segunda Viagem a Espanha

Um dia Miramolino, para reprimir alguns rebeldes, foi obrigado a marchar com o seu exército, solicitando também a ajuda do príncipe português. Estes últimos, porém, incluíam também os cinco franciscanos e um dia, quando o exército ficou sem água, Berardo pegou numa pá e cavou uma cova, fazendo correr uma fonte abundante de água doce, com inegável grande espanto por parte dos os mouros. Contudo, continuando a pregar apesar da proibição do rei, foram novamente presos, submetidos à flagelação e lançados na prisão. Foram então entregues à plebe para se vingarem dos insultos que proferiram contra Maomé: foram assim açoitados nos cruzamentos das ruas e arrastados sobre cacos de vidro e cacos de vasos partidos.

Proteção com a Coragem da Fé

Sal e vinagre misturados com óleo fervente foram derramados sobre suas feridas, mas eles suportaram todas essas dores com tanta coragem que pareciam impassíveis. Miramolino só poderia ser admirado por tamanha paciência e resignação e, por isso, tentou convencê-los a abraçar o Islã prometendo-lhes riquezas, honras e prazeres. Os cinco frades, porém, também rejeitaram as cinco jovens que lhes foram oferecidas como esposas e perseveraram destemidamente na exaltação da religião cristã.

O Falecimento dos Cinco Intrépidos Confessores da Fé

A esta altura Miramolino já não resistiu a tais aversões e, tomado de raiva, pegou na cimitarra e decapitou os cinco intrépidos confessores da fé: era 16 de janeiro de 1220, perto de Marraquexe. Nesse momento as suas almas, ao levantarem voo para o céu, apareceram à infanta Sancha, sua benfeitora, que naquele momento estava reunida em oração no seu quarto.

Canonização

Regressando a Portugal, trouxe finalmente consigo as preciosas relíquias, que destinou à igreja de Santa Croce em Coimbra, onde ainda hoje são objeto de veneração. Esta experiência desenvolveu em Santo António de Lisboa (conhecido por nós como António de Pádua) a ideia de passar da Ordem dos Cónegos Regulares para a dos Frades Menores. Ao ouvir a notícia do martírio de seus cinco filhos, São Francisco exclamou: “Agora posso dizer que realmente tenho cinco Frades Menores”. Eles foram canonizados pelo pontífice franciscano Sisto IV, em 1481, e o Martyrologium Romanum os comemora em 16 de janeiro, aniversário de seu glorioso martírio.

São Berardo e companheiros mártires, rogai por nós!

Outros santos e beatos que a Igreja faz memória em 16 de fevereiro:

  • Em Roma, no cemitério de Priscila, junto à Via Salária Nova, o sepultamento de São Marcelo I, papa, que, como refere São Dâmaso, foi um verdadeiro pastor, ferozmente hostilizado pelos apóstatas que recusavam aceitar a penitência por ele estabelecida e, insidiosamente denunciado perante o tirano, foi expulso da pátria e morreu no exílio. († 309)
  • Em Aulona, no Ilírico, na atual Albânia, São Danate, mártir. († data inc.)
  • Em Rinocorura, no Egipto, São Melas, bispo, que, no tempo do imperador ariano Valente, depois de padecer o exílio pela sua fidelidade à verdadeira fé, descansou em paz. († c. 390)
  • Em Arles, na Provença, região da Gália, hoje na França, Santo Honorato, bispo, que fundou um célebre mosteiro na ilha de Lérins e depois aceitou o governo da Igreja de Arles. († 429)
  • Em Moutiers, na Gália Vienense, atualmente também na França, São Tiago, bispo, discípulo de Santo Honorato de Lérins. († s. V)
  • Em Oderzo, hoje no Véneto, na região da Itália, São Ticiano, bispo. († s. V)
  • Em Tours, na Gália Lionense, atualmente na França, a comemoração de São Leobácio, abade, que designado pelo seu mestre Santo Urso como superior do mosteiro de Sennevière, viveu em admirável santidade até avançada idade. († s. V)
  • Em Dombes, também na Gália Lionense, atualmente na França, São Trevério, presbítero, monge e finalmente eremita. († c. 550)
  • Em Mézerolles, junto ao rio Authie, na Gália, atualmente também na França, São Furseu, que foi abade na Irlanda, depois na Inglaterra, finalmente na Gália, onde fundou a abadia de Lagny. († c. 650)
  • Em Bagno di Romagna, na atual Emília-Romanha, região da Itália, Santa Joana, virgem, que, recebida na Ordem Camaldulense, resplandeceu singularmente pela sua obediência e humildade. († 1105)
  • Em Marrakech, cidade da Mauritânia, hoje em Marrocos, a paixão dos santos mártires BerardoOtãoPedro, presbíteros, Acúrsio e Adjuto, religiosos da Ordem dos Menores, que, enviados por São Francisco para anunciar aos muçulmanos o Evangelho de Cristo, foram primeiramente presos em Sevilha e levados para Marrocos, onde consumaram o martírio, mortos ao fio da espada pelo príncipe mouro. († 1226)
  • Em Kandy, no Ceilão, atual Sri Lanka, ilha do Oceano Índico, São José Vaz, presbítero da Congregação do Oratório, que, sendo natural de Goa, partiu em missão para aquela terra e, percorrendo com admirável ardor os agrestes caminhos rurais onde os católicos permaneciam clandestinos e dispersos, incansavelmente os confirmou na fé, pregando com grande zelo apostólico o Evangelho da salvação. († 1711)
  • Em Bréscia, na Itália, o Beato José António Tovíni, que, sendo professor, fundou muitas escolas cristãs e edificou numerosas obras públicas, dando sempre, nas suas atividades, o testemunho da sua oração e das suas virtudes. († 1897)
  • Em Valência, na Espanha, a Beata Joana Maria Condesa Lluch, virgem, que trabalhou com grande diligência, humildade, amor, caridade e sacrifício, para ajudar os pobres, as crianças e as jovens operárias, fundando com essa finalidade a Congregação das Escravas da Imaculada Conceição, Protetoras das Operárias. († 1916)

Fontes:

  • Santie Beat
  • Martirológio Romano

– Pesquisa e Redação: Ronaldo Pires Atividade

Santo Amaro (Mauro), Presbítero – 15 de Janeiro

Santo Amaro (Mauro), Presbítero

No Brasil:

Em Steyl, localidade da Holanda, Santo Arnaldo Janssen, presbítero, que fundou a Sociedade do Verbo Divino para a propagação da fé nas missões.

Primeiro discípulo de São Bento

Foi o primeiro discípulo de São Bento de Núrsia. Ele é mencionado na biografia de São Gregório Magno.

Mauro é o nome pelo qual também é conhecido e festejado.

Filho de Senador

Nasceu na cidade de Roma, filho único do senador Eutíquio e de Júlia uma rica fidalga, no ano de 512. Aos doze anos, teve um sonho, onde uma voz lhe dizia para entregar sua vida a serviço de Cristo, e assim seria conduzido para o caminho da santidade. Interpretou como um chamado de Deus e comunicou aos pais seu desejo de ingressar num mosteiro.

Seu pai o encaminhou para ser formado por São Bento

Eutíquio era amigo do abade Bento de Núrsia, venerado pela Igreja como o “pai dos monges ocidentais”, e conhecia o seu trabalho com os jovens que desejavam estudar e se aprofundar na fé, por isto decidiu que o filho iria para lá.

Com ele foi seu primo Plácido, também Santo

Amaro foi confiado a São Bento, juntamente com seu primo Plácido, de sete anos, que também foi canonizado. Os meninos ingressaram no mosteiro de Subíaco, onde estudaram e aprofundaram sua fé em Deus.

Certo dia, o santo abade estava rezando e Amaro executando suas tarefas diárias, quando São Bento teve uma visão do menino Plácido se afogando no riacho onde fora buscar água.

Por obediência, anda sobre as águas para salvar Plácido que se afogava

Imediatamente, São Bento chamou Amaro e o avisou que seu primo estava se afogando, mandou que ele corresse para lá e tentasse salvar Plácido, de qualquer forma. Amaro se concentrou de tal maneira agiu tão rapidamente, que nem percebeu que andava sobre as águas daquele riacho, depois puxou o primo pelos cabelos e o levou para a terra firme. Assim, foi que aconteceu o primeiro prodígio de Amaro, que salvou o primo, andando sobre as águas, como fez São Pedro para atender o chamado do Mestre Jesus, andando no mar da Galileia.

Homem virtuoso, modelo de obediência, humildade e caridade

Amaro se tornou o discípulo predileto de São Bento e o acompanhou para o mosteiro de Montecassino, quando lá se fixaram, sendo nomeado o primeiro superior e administrador. Sobre Amaro, os registros mostram que era um homem virtuoso, modelo de obediência, humildade e caridade.

Fundou o primeiro mosteiro na França

Em 535 quando São Bento recebeu o convite para abrir um mosteiro sob as suas Regras na Gália, atual França . O escolhido para a missão foi Amaro, que chefiou com outros quatro monges, inclusive Fausto, que escreveu a “Vida de Amaro, abade”.

Seu nome foi dado a uma cidade francesa

O trabalho frutificou tanto que o mosteiro francês deu origem a uma cidade com o seu nome. Muitos anos depois, ele também foi dado à Congregação Beneditina Francesa de Saint Maur, uma das mais importantes instituições católicas pela formação de seus monges, que se expandiu por toda a Europa.

Faleceu da peste, que vitimou uma centena de monges

O monge Fausto, no seu livro, narrou que Amaro, aos setenta e dois anos, contraiu a peste, epidemia que havia se instalado no mosteiro, levando à morte uma centena de religiosos. Ele agonizou durante cinco meses, morrendo santamente em 15 de janeiro de 584.

Foi sepultado na igreja de São Martinho, a mesma em que costumava ir rezar.

Suas relíquias estão na Cripta da Capela do mosteiro de Montecassino

Atualmente suas relíquias estão na Cripta da Capela do mosteiro de Montecassino, na Itália.

A Igreja o canonizou e a festa de Santo Amaro acontece no dia de sua morte. A partir de 1962, o seu primo passou a ser celebrado junto com ele. O culto de Santo Amaro é muito vigoroso em todo o mundo, principalmente na Europa e na França.

Santo Amaro, rogai por nós!

Oração – Ó Deus, concedei-nos, pelo exemplo de Santo Amaro a graça de imitá-lo em toda a sua vida, para que possamos ser firmes nos caminhos de Cristo pobre, humilde e obediente. Possamos também seguir nossa vocação com fidelidade e chegar à perfeição que nos propusestes. Amém!

Amaro ou Mauro, do latim, Maurus literalmente quer dizer “mouro”

Com São João Calibita, Monge, filho de aristocratas, viveu em Constantinopla, no século V. Com apenas 12 anos, fugiu para um mosteiro dos Acemitas, cuja regra de vida é o Evangelho, que sempre carregam consigo.

 

Martirológio Romano – Secretariado Nacional de Liturgia PT

Jan 15

Santo Alberto, apelidado Magno, bispo e doutor da Igreja, que, tendo ingressado na Ordem dos Pregadores em Paris, ensinou com a sua palavra e escritos as disciplinas filosóficas e teológicas; foi mestre de São Tomás de Aquino, conciliando admiravelmente a sabedoria dos santos com as ciências humanas e naturais. Aceitou constrangido a sede episcopal de Ratisbona, onde pôs todo o seu empenho em estabelecer a paz entre os povos; mas, passado um ano, preferiu a pobreza da Ordem a todo o gênero de honra e morreu santamente em Colônia, na Lotaríngia, atualmente na Alemanha. († 1280)

2. Em Hipona, Argélia, os santos vinte mártires, cuja fé e vitória foi exaltada por Santo Agostinho; deles apenas se recordam os nomes de Fidenciano, bispo, Valeriana e Vitória.(† s. III/IV)

3. Em Edessa, Turquia, os santos mártires Gúria, asceta, e Samonas, que, no tempo do imperador Diocleciano, depois de longos e cruéis tormentos, foram condenados à morte pelo prefeito Misiano e degolados.(† 306)

4. Em Nola, na Campânia, região da Itália, São Félix, de cujo ministério pastoral e culto se honra a cidade.(† s. IV/V)

5. Na Bretanha Menor, França, São Maclóvio ou Macuto, bispo de Aleth, segundo a tradição, nasceu no País de Gales e morreu em Saintes.(† c. 640)

6. Em Cahors, França, São Desidério, bispo, que construiu muitas igrejas e mosteiros, bem como edifícios de utilidade pública, sem nunca descurar a preparação das almas para o celeste Esposo, como verdadeiros templos de Cristo. († 655)

7. No monte Irschenberg, Alemanha, os santos Marinho, bispo, e Aniano, mártires.(† s. VII/VIII)

8. Em Ruão, França, São Sidónio, abade, que, oriundo da Irlanda, seguiu a vida monástica, primeiro em Jumièges e depois em Noirmoutier, sob a direção de São Filiberto, e finalmente no mosteiro de Saint-Saens por ele fundado.(† d. 684)

9. Em Rheinau, Suíça, São Fintano, que, procedente também da Irlanda, viveu muito tempo num mosteiro e mais tempo ainda numa pequena cela junto da igreja, como recluso por amor de Deus.(† c. 878)

10. No cenóbio de Klosterneuburg, na Áustria, o sepultamento de São Leopoldo, margrave desta nação, venerado, ainda em vida, com o sobrenome «Piedoso», que foi promotor da paz e amigo dos pobres e do clero.(† 1136)

11. Em Reading, na Inglaterra, os beatos mártires Hugo Faringdon (Hugo Cook), abade da Ordem de São Bento, João Eynon e João Rugg, presbíteros, que, por se oporem tenazmente ao rei Henrique VIII na sua reivindicação de ter a autoridade sobre a Igreja, foram acusados de traição e, em frente do mosteiro, enforcados e esquartejados.(† 1539)

12. Em Glastonbury, Inglaterra, os beatos mártires Ricardo Whiting, abade, Rogério James e João Thorne, presbíteros da Ordem de São Bento, que, falsamente acusados de traição e sacrilégio, durante o mesmo reinado sofreram os mesmos suplícios.(† 1539)

13. Em Ferrara, Itália, a Beata Lúcia Broccadélli, religiosa, que, tanto na vida matrimonial como no mosteiro da Ordem Terceira de São Domingos, suportou com paciência muitas dores e humilhações.(† 1544)

14. Em Nagazáki, no Japão, o Beato Caio Coreano, mártir, que, sendo catequista, pela confissão da sua fé em Cristo foi condenado à fogueira.(† 1624)

15. Em Caaró, Paraguai, os santos Roque González e Afonso Rodríguez, presbíteros da Companhia de Jesus e mártires, que aproximaram de Cristo os povos indígenas abandonados, fundando as chamadas «reduções», onde associaram livremente as artes e a vida social com a vida cristã; por isso foram assassinados à traição por um sicário adicto a artes mágicas.(† 1628)

16. Em Roma, São José Pignatélli, presbítero da Companhia de Jesus, que trabalhou muito para a restauração da Ordem quase extinta e se distinguiu pela sua caridade, humildade e integridade de vida, procurando sempre a maior glória de Deus.(† 1811)

17. Em Mengo, Uganda, São José Mkasa Balikuddembé, mártir, que, sendo mordomo do palácio real, depois de receber o Baptismo, ganhou para Cristo muitos jovens e defendeu as crianças palacianas das paixões viciosas do rei Mwenga; por isso, com vinte e cinco anos de idade, foi degolado por ordem do rei enfurecido, que fez dele a primeira vítima da sua perseguição.(† 1885)

18. Em Sanremo, Itália, a Beata Maria da Paixão (Helena de Chappotin de Neuville), virgem, que, profundamente entusiasmada com a humildade e simplicidade de São Francisco, fundou as Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria e teve sempre a preocupação de defender a condição das mulheres nas terras de missão.(† 1904)

19. Em Wadowice, na Polônia, São Rafael de São José (José Kalinowski), presbítero, que, na insurreição do povo contra o opressor durante a guerra, foi capturado pelos inimigos e deportado para a Sibéria, onde sofreu muitas tribulações e, recuperada a liberdade, ingressou na Ordem dos Carmelitas Descalços, que muito promoveu. († 1907)

20. Em Álora, Espanha, o Beato João Duarte Martin, diácono da diocese de Málaga e mártir, que, derramando o seu sangue por Cristo alcançou a recompensa prometida aos que perseveram na fé.(† 1936)

21. Em Almansa, Espanha, o Beato Miguel Abdão Sénen Díaz Sánchez, presbítero diocesano de Orihuela e mártir, que, durante a mesma perseguição religiosa, imitando a paixão de Cristo, mereceu alcançar o prêmio eterno.(† 1936)

São Felix de Nola, Mártir – 14 de Janeiro

São Felix de Nola, Mártir

Filho de soldado sírio

De  origem síria, é filho mais velho de Hermias, um soldado sírio que tinha se retirado para Nola, perto de Nápoles, na Itália. Após a morte de seu pai, vendeu quase todos os seus bens e deu para os pobres e passou a seguir a sua vocação clerical. Foi ordenado presbítero pelo bispo Maximus de Nola.

Preso, surrado e torturado para renegar a sua fé

Durante as perseguições do Imperador Décius, ajudou o velho Bispo Maximus a fugir para as montanhas e foi preso, surrado e torturado para renegar a sua fé. A lenda diz que um anjo o livrou da prisão para que ele cuidasse do Bispo doente.

Uma aranha teceu uma enorme teia sobre a porta para protegê-los

Félix escondeu Maximus em uma casa abandonada. Diz ainda a tradição que, quando os dois estavam seguros dentro desta velha casa, uma aranha rapidamente teceu uma enorme teia sobre a porta de modo que todos pensassem que a casa estava abandonada há tempos. Os soldados imperiais por lá passaram e não entraram devido a enorme teia.

Escolhido para bispo recusou em favor de pessoa mais antiga

Com a morte de Décius, as autoridades encerraram as perseguições aos cristãos.

Após a morte do Bispo Maximus, Félix foi escolhido para ser o Bispo de Nola, mas recusou a favor de Quintus, um padre mais antigo e mais experiente.

Dava os produtos de sua fazenda ao necessitados

Félix passou a explorar a sua pequena fazenda e dava tudo que nela produzia para os pobres e doentes.

A pouca informação sobre São Félix vem de cartas e poesias que enviava para São Paulinus de Nola, que serviu como um porteiro na igreja dedicada a São Félix, e que mais tarde escreveu uma espécie de biografia de São Félix de Nola.

Venerado como mártir devido as torturas sofridas

Félix faleceu em 255 de causas naturais, mas é normalmente listado como mártir devido às torturas e privações de que foi vítima durante as perseguições aos cristãos.

Seu túmulo tornou-se local de peregrinações e vários milagres foram creditados a sua intercessão. É invocado contra doenças nos olhos e picadas de insetos.

São Felix de Nola, rogai por nós!

Oração – Aceitar, Senhor, nossas orações em memória do Vosso Mártir São Félix e fazei que sua intercessão sirva para nós de perpétuo auxílio. Amém.

Felix significa ‘feliz’ e ‘felicidade’.

Com Santa Nino, prisioneira cristã, que pela grande santidade da sua vida conquistou a reverência e admiração de todos, de tal modo que a própria rainha, cujo filho foi curado graças às suas orações, o rei e toda a sua gente, aderiram à fé de Cristo.

São Fulgêncio, bispo, irmão dos santos Leandro, Isidoro e Florentina, a quem Santo Isidoro dedicou o tratado «Ofícios eclesiásticos», considerado o primeiro manual de Liturgia.

 Martirológio Romano Secretariado Nacional de Liturgia PT

Jan 14

1. Em Heracleia, na Trácia, hoje Mármara, na Turquia, São Teódoto, mártir.(† c. s. III)

2. Em Gangra, Turquia, Santo Hipácio, bispo, que morreu mártir, lapidado num caminho pelos hereges novacianos.(† s. IV)

3. Em Avinhão, França, São Rufo, considerado o primeiro a presidir à comunidade cristã deste lugar.(† s. IV)

4. Na ilha de Bardsey, País de Gales, São Dubrício, bispo e abade.(† s. VI)

5. Em Traú, Croácia, São João, bispo, que, sendo eremita no mosteiro camaldulense de Osor, foi ordenado bispo e defendeu com êxito a cidade do assalto do rei Colomano.(† c. 1111)

6. Na localidade de Eu, França, o passamento de São Lourenço O’Toole (Lorcan Ua Tuathail), bispo de Dublin, que, no meio das dificuldades do seu tempo, promoveu vigorosamente a disciplina regular da Igreja e procurou estabelecer a concórdia entre os príncipes; quando regressava de uma visita a Henrique II, rei da Inglaterra, chegou às alegrias da paz eterna.(†1180)

7. No cenóbio de Santa Maria de Gualdo Mazocca, Itália, o Beato João de Tufara, eremita.(† 1170)

8. Em Mariëngaarde, Holanda, São Siardo, abade da Ordem Premonstratense, memorável pela sua observância regular e pela sua generosidade para com os pobres.(† 1230)

9. Em Argel, Argélia, São Serapião, o primeiro membro da Ordem de Nossa Senhora das Mercês para a redenção dos fiéis cativos e a pregação da fé cristã que mereceu a palma do martírio.(† 1240)

10. Em Jerusalém, os santos Nicolau Tavelic, Deusdado Aribert, Estêvão de Cúneo e Pedro de Narbona, presbíteros da Ordem dos Menores e mártires, que, por pregarem livremente na praça pública a religião cristã aos Sarracenos e confessarem perseverantemente a fé em Cristo, Filho de Deus, foram queimados vivos.(† 1391)

11. Em Cáccamo, Itália, o Beato João Líccio, presbítero da Ordem dos Pregadores, eminente pela sua infatigável caridade para com o próximo, propagação da recitação do Rosário e observância da disciplina regular, que descansou no Senhor aos cento e onze anos de idade.(† 1511)

12. Em Ikitsuki, Japão, os beatos Gaspar Nishi Genka, sua esposa Úrsula Nishi e seu filho João Nishi Mataishi, mártires.(† 1609)

13. Na fortaleza de Binh Dinh, Vietnam, Santo Estêvão Teodoro Cuénot, bispo, da Sociedade das Missões Estrangeiras de Paris e mártir, que, depois de vinte e cinco anos de trabalho apostólico, durante a feroz perseguição do imperador Tu Duc contra os cristãos, foi lançado a um estábulo de elefantes, onde morreu consumido pelos sofrimentos.(† 1861)

14. Em Nysa, Polônia, a Beata María Luísa Merkert, virgem, co-fundadora da Congregação das Irmãs de Santa Isabel. († 1872)

15. Em Florença, na Itália, a Beata Maria Teresa de Jesus (Maria Scrílli), virgem da Ordem das Carmelitas, fundadora do Instituto das Irmãs de Nossa Senhora do Carmo.(† 1889)

16. Em Bréscia, Itália, o Beato Moisés Tovíni, presbítero da diocese de Bréscia.(† 1889)

Santo Hilário de Poitiers, Bispo, Doutor da Igreja – 13 de Janeiro

Santo Hilário de Poitiers, Bispo, Doutor da Igreja

Encontrou suas respostas no Evangelho

Era francês, acredita-se que tenha nascido no ano 315, de família rica e pagã, recebendo educação e instrução privilegiada. Durante anos buscou na filosofia as respostas para seus questionamentos em busca da Verdade. Mas só as encontrou no Evangelho e então se converteu ao cristianismo.

Pai de família batizado com 30 anos

Hilário foi batizado aos trinta anos de idade, junto com a esposa e a filha, Abrè, a quem amava ternamente. A partir daí passou a levar uma vida familiar guiada pelos preceitos cristãos.

O arianismo já começava a devastar a Igreja

Este era um período de paz externa para a Igreja, que precisava se fortalecer no seu próprio seio. Mas que, no entanto, se apresentava cheia de pequenas rupturas internas, provocadas principalmente pela chamada “heresia ariana”, uma doutrina que negava a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Escolhido Bispo pelo clero e pelo povo

Foi justamente pela vida exemplar que levava, assim como pelos conhecimentos intelectuais e espirituais que, povo e clero, o elegeram Bispo, convidando-o para o cargo.

Abandono a família e enfrentou o desafio

Era uma decisão difícil, pois um Bispo alçado da sua condição tinha que, obrigatoriamente abandonar a família para abraçar o clero. Não vacilou e aceitou a incumbência e desafios que ela lhe trazia. Foi consagrado Bispo de Poitiers e lutou vigorosamente contra o arianismo. Debate após debate, polêmica após polêmica com os hereges, sua defesa da Fé foi se tornando conhecida e o respeito por sua atuação cada vez maior.

Chamado “o Atanásio do Ocidente”

Foi por isso chamado “o Atanásio do Ocidente”. Como ele, Hilário foi perseguido pelos imperadores e sofreu o exílio. Enviado para o Oriente, não se sentiu derrotado, aproveitou para estudar o grego e conhecer as comunidades cristãs mais antigas e os ensinamentos dos maiores sábios da Igreja, o que só fortaleceu sua missão.

No exílio escreveu contra o Imperador e várias obras

Corajoso, durante o exílio de cinco anos, escreveu livros contra os imperadores Constâncio e Auxêncio. Também foi o autor de diversas obras: sobre a Santíssima Trindade, Comentários sobre os Salmos, e algumas obras cujos textos interpretou. Contribuindo intensamente para o desenvolvimento da teologia da revelação.

Pastor zeloso compôs hinos

Ficou realmente fascinado pela liturgia oriental. Compôs hinos litúrgicos para familiarizar os fiéis com a teologia e mantê-los mais intimamente unidos às celebrações. Pastor zeloso, procurou, ao retornar para sua diocese na França, oferecer a seu rebanho o que de melhor aprendera neste período de exílio.

Mas nem por isso esqueceu a família, cuja filha ele mesmo ministrou o sacramento do matrimônio e a esposa ingressou num mosteiro, com seu auxílio e aprovação.

Faleceu em 367, quando passou a ser venerado como santo logo após seu último suspiro.

“Falarei pelos escritos e a palavra de Deus, que ninguém pode aprisionar, voará livre”

Uma conhecida frase sua mostra bem a coragem e a valentia com que viveu e atuou, enfrentando hereges e poderosos: “Enganam-se os que acreditam que me farão calar. Falarei pelos escritos e a palavra de Deus, que ninguém pode aprisionar, voará livre”.

O Papa Pio IX, o canonizou e o honrou com o título de “Doutor da Igreja”, confirmando a sua celebração para o dia 13 de janeiro.

Santo Hilário de Poitiers, rogai por nós!

Oração – Ó Deus, que marcastes pela vossa doutrina a vida de Santo Hilário de Poitiers, concedei-nos, por sua intercessão, que sejamos fiéis à mesma doutrina, e a proclamarmos em nossas ações.

Hilário, do Latim hilaris, que significa “alegre, divertido”, do Grego hilarós, que significa “alegre, risonho”

Com São Remígio, bispo, que, depois de ter iniciado o rei Clóvis na fonte sagrada do Batismo e nos sacramentos da fé, converteu a Cristo o povo dos Francos e, completados mais de setenta anos de episcopado, partiu desta vida com grande fama de santidade.

Martirológio Romano – Secretariado Nacional de Liturgia PT

Jan 13

2. Em Belgrado, na Mésia, na atual Sérvia, os santos Hermílio e Estratônico, mártires, que, no tempo do imperador Licínio, depois de cruéis torturas, foram afogados no rio Danúbio.(† c. 310)

3. Em Tréveris, na Gália Bélgica, atualmente na Alemanha, Santo Agrício, bispo, que converteu em igreja o palácio que lhe doou Santa Helena.(† c. 330)

4. Em Reims, também na Gália Bélgica, atualmente na França, o sepultamento de São Remígio, bispo, que, depois de ter iniciado o rei Clóvis na fonte sagrada do Batismo e nos sacramentos da fé, converteu a Cristo o povo dos Francos e, completados mais de setenta anos de episcopado, partiu desta vida com grande fama de santidade.(† c. 530)

5. Em Glasgow, na Escócia, São Kentigerno, presbítero e abade, que estabeleceu nesta cidade a sua sede e de quem se conta que formou uma grande comunidade de monges para viverem segundo o modelo da Igreja nascente.(† 603/612)

6. Em Capitolíades, na Batânia, hoje na Síria, São Pedro, presbítero e mártir, que, tendo sido acusado a Walid, príncipe dos Sarracenos, de que ensinava publicamente pelas ruas a fé de Cristo, foi amputado dos pés, das mãos e da língua e, pregado numa cruz, consumou o martírio que tão ardentemente desejava.(† 713)

7. Em Córdova, cidade da Andaluzia, região da Espanha, São Gumesindo, presbítero, e São Servideu, monge, que, declarando-se cristãos perante os príncipes e juízes dos Mouros, morreram pela fé em Cristo.(† 852)

8. No mosteiro de Ilbenstadt, na Alemanha, São Godofredo, que, abandonando o bem estar que lhe proporcionava a condição de conde de Kappenberg, decidiu transformar o seu próprio castelo num mosteiro e, tomando o hábito premonstratense, se dedicou infatigavelmente a socorrer os indigentes e os enfermos.(† 1127)

9. Perto de Huy, Liège, Bélgica, a Beata Ivete, viúva, que se dedicou ao cuidado dos leprosos e finalmente viveu reclusa numa cela perto deles.(† 1228)

10. Em Milão, na Lombardia, região da Itália, a Beata Verónica Negróni de Binasco, virgem, que entrou no mosteiro de Santa Marta sob a Regra de Santo Agostinho, onde se consagrou profundamente à contemplação.(† 1497)

11. Em Nam Dinh, cidade do Tonquim, no atual Vietnam, os santos Domingos Pham Trong (Án) Kham, Lucas (Cai) Thin, seu filho, e José Pham Trong (Cai) , os quais, sob o governo do imperador Tu Duc, preferiram sofrer os tormentos e a morte do que calcar a cruz. († 1859)

12. Em Casillas de Martos, perto de Jaén, na Espanha, a Beata Francisca da Encarnação (Maria Francisca Espejo y Martos), monja da Ordem da Santíssima Trindade e mártir, que mereceu associar-se às núpcias eternas com seu Esposo, Jesus Cristo.(† 1937)

13. No campo de concentração de Dachau, perto de Munique, na Baviera, região da Alemanha, o beato Emílio Szramek, presbítero e mártir, natural da Polônia, que, durante a guerra, foi desumanamente deportado para este campo, onde sofreu atrozes tormentos e morreu por defender perante os perseguidores a fé em Cristo.(† 1942)

São Bernardo de Corleone, Penitente – 12 de Janeiro

São Bernardo de Corleone, Penitente

De família temente a Deus

Nasce a 6 de Fevereiro de 1605 em Corleone (Itália), numa “família de santos”, dado que seu pai é tão misericordioso para com os miseráveis que os traz a casa, os lava, veste e alimenta com grande caridade.

E também seus irmãos e irmãs são muito virtuosos. Neste terreno fértil,  Filipe  (este  é  o  seu  nome  de Batismo) aprende a exercer a caridade e a amar tanto o Crucificado como a Virgem.

Uma falta o levou aos capuchinhos

Certo dia, ao ser provocado, fere o malfeitor no braço mas em seguida arrepende-se e pede-lhe perdão, tornando-se depois seu amigo. Este episódio amadurece a sua vocação religiosa, que ele abraça recebendo o hábito dos Frades capuchinhos no dia 13 de Dezembro de 1631, no noviciado de Caltanissetta.

Penitente e mortificado

A sua vida no mosteiro é simples e humilde, dado que o seu trabalho é quase exclusivamente na cozinha. Contudo, procura curar os doentes e exercer uma série de trabalhos suplementares, úteis para a comunidade.

Além disso, enriquece a sua vida espiritual com várias formas de penitência e de mortificação, demonstrando possuir uma personalidade doce e, ao mesmo tempo, forte.

Apaixonado pelo Eucaristia

Desenvolve-se nele também uma forte paixão pela Eucaristia, que recebe todos dias e, quando se encontra diante do Sacrário ou concentrado em oração, para ele o tempo deixa de existir. Além disso, à noite faz sempre companhia ao Santíssimo Sacramento, para que não permaneça sozinho, e sempre que é possível, ajuda o sacristão para poder ficar mais perto do Tabernáculo.

Como Moisés, consegue impedir grande calamidade em Palermo

A solidariedade para com os seus confrades chega a assumir uma dimensão social. Assim, em circunstâncias de calamidades naturais, como terremotos e furacões, em Palermo faz-se intermediário diante do Tabernáculo, lutando como Moisés:  “Senhor, desejo esta graça!”; o flagelo cessa, poupando uma catástrofe maior.

Morre cantando cânticos de louvor a Deus pela vida religiosa

Já no leito de morte, depois de receber a última bênção, entoa hinos de louvor ao Paraíso e recorda com êxtase o valor da disciplina, das vigílias, das penitências, da abnegação, da obediência, do jejum e do exercício de todas as perfeições religiosas para a sua vida de santidade. Entrega a alma a Deus na tarde de 12 de Janeiro de 1667.

São Bernardo de Corleone, rogai, por nós!

Oração – Senhor, que em São Bernardo de Corleone nos destes um modelo extraordinário de penitência evangélica, concedei-nos, por sua intercessão, a graça de desprezar tudo o que é temporal e transitório, para sermos dignos da recompensa eterna. Amém.

Bernardo , do latim bernardus, Significa forte – Que tem força; valente; robusto – como um urso

Com São Bento Biscop, abade, que, tendo peregrinado cinco vezes a Roma, de lá trouxe para a sua pátria mestres e muitos livros, para que os monges reunidos na clausura do mosteiro sob a Regra de São Bento adquirissem melhor conhecimento na ciência do amor de Cristo em benefício da Igreja.

Martirológio Romano – Secretariado Nacional de Liturgia PT

Jan 12

1. Em Cesareia da Mauritânia, Cherchell,  Argélia, Santo Arcádio, mártir, que durante a perseguição se retirou num refúgio, mas, quando um seu familiar foi detido em seu lugar, apresentou-se espontaneamente ao juiz e, negando-se a sacrificar aos deuses, depois de sofrer atrozes suplícios, consumou o seu martírio.(† c. 304)

2. Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, os santos Tígrio, presbítero, e Eutrópio, leitor, que, no tempo do imperador Arcádio, falsamente acusados de terem provocado o incêndio que consumiu o templo principal e a cúria do senado para vingar o exílio infligido a São João Crisóstomo, sofreram o martírio por ordem do prefeito da cidade Optato, seguidor do culto supersticioso dos falsos deuses e inimigo da religião cristã. († 406)

3. Em Arles, na Provença, região da Gália, na atual França, Santa Cesária, abadessa, irmã de São Cesário, bispo, que escreveu para ela e suas irmãs uma Regra das santas virgens. († c. 529)

4. Em Grenoble, na Borgonha, França, São Ferréolo, bispo e mártir, que foi assassinado por ímpios sicários quando pregava ao povo.(† c. 659)

5. Em Wearmouth, na Nortumbria, na atual Inglaterra, São Bento Biscop, abade, que, tendo peregrinado cinco vezes a Roma, de lá trouxe para a sua pátria mestres e muitos livros, para que os monges reunidos na clausura do mosteiro sob a Regra de São Bento adquirissem melhor conhecimento na ciência do amor de Cristo em benefício da Igreja.(† c. 690)

6. No mosteiro de Rievaulx, também na região da Nortumbria, Santo Elredo, abade, que, educado na corte do rei da Escócia, entrou na Ordem de Cister e, tornando-se mestre exímio da vida monástica, promoveu com suma diligência e amabilidade, por meio das suas ações e escritos, a vida espiritual e a amizade em Cristo.(† c. 1166)

7. Em Leão, na Espanha, São Martinho da Santa Cruz, presbítero e cônego regular, que foi mestre insigne da Sagrada Escritura.(† 1203)

8. Em Okusanbara, no Japão, os beatos Luís Amagasu Iemon e seu filho Vicente Kurogane Ichibiyoe, Miguel Amagasu Iemon, sua esposa Domingas Amagasu e sua filha Justa Amagasu, e companheiros[1], mártires.

[1] São estes os seus nomes: Tecla Kurogane, Luzia Kurogane, Maria Ito, Marina Ito Chobo, Pedro Ito Yahyoe, Matias Ito Hikosuke, Timóteo Obasama Jirobyoe, Luzia Obasama, João Gorobyoe, Joaquim Saburobyoe, João Banzai Kasue, Âurea Banzai, António Banzai Orusu, Paulo Sanjuro, Rufina Banzai e seus filhos Paulo e Marta, Simão Takahashi Seizaemon, Tecla Takahashi, Paulo Nishihori Shikibu, Luís Jin’emon e sua filha Ana, Mâncio Yoshino Han’emon, Júlia Yoshino, Antônio Anazawa Han’emon, Paulo Anazawa Juzaburo, André Yamamoto Shichiemon, Inácio Iida Soemon, João Arie Kiemon, Pedro Arie Jinzo, Aleixo Sato Seisuke, Luzia Sato, Isabel Sato, Paulo Sato Matagoro, (N) Shichizaemon, Madalena, duas filhas de Shichizaemon e Madalena.(† 1629)

9. Em Nukayama, no Japão, os beatos Luzia Iida, Crescência Anazawa, Romão Anazawa Matsujiro, Miguel Anazawa Osamu, Maria Yamamoto, Úrsula Yamamoto e Madalena Arie, mártires.(† 1629)

10. Em Hanazawa, no Japão, os beatos Aleixo Choemon e seus filhos Cândido e Inácio, mártires.(† 1629)

11. Em Palermo, na Sicília, região da Itália, São Bernardo de Corleone, da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, insigne pela sua admirável caridade e penitência.(† 1667)

12. Em Montréal, no Quebec, Canadá, Santa Margarida Bourgeoys, virgem, que prestou todo o gênero de auxílio aos colonos e aos soldados e se dedicou com todas as suas forças à formação das jovens cristãs, para as quais fundou a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora.(† 1700)

13. Em Avrillé, perto de Angers, na França, o Beato Antônio Fournier, mártir, que era artesão e durante a Revolução Francesa foi fuzilado por causa da sua fidelidade à Igreja.(† 1794)

14. Em Caen, também na França, o Beato Pedro Francisco Jamet, presbítero, que prestou toda a assistência possível às religiosas Filhas do Bom Salvador, quer durante o tempo da grande revolução quer depois da restituição da paz à Igreja.(† 1845)

15. Em Viaréggio, na Itália, Santo Antônio Maria Púcci, presbítero da Ordem dos Servos de Maria, que, sendo pároco durante quase cinquenta anos, se empenhou especialmente em prestar auxílio às crianças pobres e enfermas.(† 1892)

16. Em Tomhom, próxima de Bangkok, na Tailândia, o Beato Nicolau Bunkerd Kitbamrung, presbítero e mártir, exímio pregador do Evangelho, que, encarcerado no tempo da perseguição contra a Igreja e contraindo a tuberculose na assistência aos enfermos, teve morte gloriosa.(† 1944)

São Teodósio, Monge – 11 de Janeiro

São Teodósio, Monge

Nobre, rico e cristão

De pais ricos, nobres cristãos, recebeu uma boa e sólida formação desde a infância sendo educado dentro dos preceitos da fé católica.

Tomou como modelo Abraão

Era muito jovem, quando um dia, lendo a história de Abraão, identificou-se com ele e descobriu que seu caminho era o mesmo do patriarca, que deixara sua terra para se encaminhar aonde Deus lhe apontava.

Peregrino e monge

Teodósio decidiu fazer o mesmo, seguindo inicialmente em peregrinação à Terra Santa, para conhecer os caminhos trilhados por Jesus.

Entrou para a vida religiosa e dedicou-se a cuidar de um monge conhecido por Longinus (São Longuinho).

São Simão, o estilita revela sua missão

Dotado de dons especiais como da profecia, prodígio, cura e conselho, sentiu a confirmação do seu chamado por Deus, ao se encontrar com Simeão, o estilita, outro Santo que havia optado por viver acorrentado e numa torre alta construída por ele mesmo.

Simeão que nunca o tinha visto ou conhecido, o chamou pelo próprio nome e o avisou de que Deus o havia escolhido para converter e salvar muita gente.

São Longuinho o aconselhava em sonhos

Seguindo a orientação de São Longuinho, que o aconselhava em sonhos, foi habitar numa caverna, que segundo dizem fora ocupada pelos Reis Magos ao regressarem de Belém.

Tinha um senso de humildade que contagiava a todos

Ali se entregou às duras penitencias e orações, passando a pregar com um senso de humildade que contagiava a todos que por lá passavam. Logo começou a receber discípulos e outros monges formando uma nova comunidade religiosa cenobítica, isto é, viviam uma vida retirada, mas em comunicação servindo a comunidade movidos pelos mesmos interesses, princípios e prerrogativas cristãs.

Edificou conventos,  construiu hospitais e igrejas

Numerosos discípulos, de diversas nacionalidades, foram atraídos e reunidos por ele. Edificou três conventos, um para os que falavam grego, outro para os eslavos e o terceiro para os de idiomas orientais como hebreu, árabe e persa. Todos nos arredores de Belém. Construiu também três hospitais, um para anciãos, outro para atender todos os tipos de doenças e o terceiro para os que tinham enfermidades mentais. Aliás, uma ideia muito nova para essa época e pouco frequente no mundo inteiro. Além disso, ergueu quatro igrejas.

Arquimandrita da Palestina

Sua fama o levou ao posto de arquimandrita da Palestina, isto é, superior geral de todos os monges.

Sua atuação contra os hereges acabou por condená-lo ao exílio, por confrontar-se com o Imperador Anastácio. Só quando o imperador morreu é que ele pôde voltar à Palestina reconquistando seu posto de liderança entre os monges.

Sua sepultura foi profanada e saqueada pelo árabes

Quando Teodósio morreu, com cento e cinco anos, em 529, seu corpo foi depositado na cova feita por ele mesmo, há muitos anos, naquela gruta onde os Reis Magos dormiram, entre Jerusalém e Belém.

Seu enterro foi acompanhado pelo Arcebispo de Jerusalém e muitos cristãos da Cidade Santa assistiram ao seu funeral onde aconteceram inúmeras graças e prodígios, que ainda sucedem no local de sua sepultura, embora tenha sido profanada e saqueada pelos árabes sarracenos.

Seu culto se difundiu rapidamente pelo mundo cristão e se mantém ainda hoje muito forte.

São Teodósio, rogai por nós!

Oração – Deus de bondade, concedei-nos, pela intercessão de São Teodósio, a graça de entregar em vossas mãos as nossas dificuldades e dai-nos a dom da confiança absoluta no vosso amor.

Teodósio: Do grego Significa presente para os deuses e indica uma pessoa otimista, generosa e um tanto ingênua.

Com São Paulino, Bispo de Aquileia, que se empenhou na conversão dos Ávaros e dos Eslovenos e dedicou ao Rei Carlos Magno um célebre poema sobre a Regra da fé.

Martirológio Romano  – Secretariado Nacional de Liturgia PT

Jan 11

1. Em Roma, Santo Higino, papa, o oitavo a ocupar a Cátedra de São Pedro.(† 142)

2. Na África Setentrional, São Sálvio, mártir, em cuja festa Santo Agostinho fez um sermão ao povo de Cartago.(† c. s. III)

3. Em Tigava, na Mauritânia, na atual Argélia, São Tipásio, mártir, que, chamado ao exército como soldado veterano, por se ter recusado a sacrificar aos deuses foi degolado.(† 297/298)

4. Em Cesareia da Palestina, São Pedro, denominado Apselamo ou Bálsamo, mártir, que, no tempo do imperador Maximino, instado repetidamente pelo governador e por todos os circunstantes a que poupasse a sua juventude, não atendeu a tais exortações e, abrasado no fogo como ouro puríssimo, deu corajoso testemunho da sua fé em Cristo.(† 309)

5. Em Brindes, na Apúlia, região da Itália, São Lêucio, venerado como o primeiro bispo desta cidade. († s. IV)

6. Em Pavia, na Ligúria, igualmente região da Itália, a trasladação de Santa Honorata, virgem consagrada a Deus, irmã de Santo Epifânio, bispo. († s. V)

7. Num ermo da Judeia, São Teodósio, cenobiarca, amigo de São Sabas, que após longo tempo de vida solitária, acolheu muitos discípulos e praticou vida comunitária nos mosteiros por ele construídos, até que, depois de ter passado muitas tribulações pela defesa da fé católica, já centenário descansou na paz de Cristo.(† 529)

8. Em Cividale del Friúli, na Venécia, hoje Friúli-Venézia Giúlia, região da Itália, São Paulino, bispo de Aquileia, que se empenhou na conversão dos Ávaros e dos Eslovenos e dedicou ao rei Carlos Magno um célebre poema sobre a Regra da fé.(† 802)

9. Em Catânia, na Sicília, também região da Itália, o Beato Bernardo Scammaca, presbítero da Ordem dos Pregadores, que se distinguiu especialmente pelas suas obras de misericórdia em favor dos pobres e dos enfermos.(† 1487)

10. Em Londres, na Inglaterra, o Beato Guilherme Carter, mártir, que era homem casado e, no tempo da rainha Isabel I, por ter publicado um tratado sobre o cisma, foi suspenso na forca de Tyburn e cruelmente dilacerado.(† 1584)

11. Em Yatsushiro, no Japão, os beatos João Hattori Jingoro e seu filho Pedro Hattori, juntamente com Miguel Mitsuishi e seu filho Tomé Mitsuishi, mártires.(† 1609)

12. Em Bélegra, localidade do Lácio, região da Itália, São Tomás de Córi (Francisco Antônio Plácido), presbítero da Ordem dos Frades Menores, célebre pela sua pregação e vida austera e também pela fundação de ermitérios.(† 1729)

13. Em Talarn, Lérida, na Espanha, Ana Maria Janer Anglarill, virgem, fundadora do Instituto das Irmãs da Sagrada Família de Urgell.(† 1885)

14. Perto de Gdansk, na Polônia, o Beato Francisco Rogaczewski, presbítero e mártir, que, durante a ocupação da Polônia por um regime hostil a Deus, foi fuzilado e morreu pela fé.(† 1940)

São Guilherme de Bourges, Bispo – 10 de Janeiro

São Guilherme de Bourges, Bispo

Filho de Conde e neto de Santo

Era filho dos condes de Nervers e neto de Pedro, o eremita. Sua educação foi muito religiosa. Desde a infância mostrou o desejo de dedicar a sua vida à serviço de Cristo. Mais tarde, com a vocação definida se consagrou sacerdote e foi nomeado o vigário geral de Soissons e depois de Paris.

Monge de Cister

Entretanto, assim como seu avô, decidiu deixar a vida da sociedade para se retirar à solidão santa. A princípio foi para o mosteiro de Gradmont, mas depois ingressou para a Ordem de Cister e se tornou um monge.

Abade em várias abadias famosas

Muito preparado espiritualmente e com uma imensa bagagem cultural, foi sucessivamente abade de Pontigny, de Fontaine-Jean, na diocese de Soissons, e finalmente em Chaalis.

Arcebispo por sorteio

Entretanto a morte do arcebispo de Bourges em setembro de 1200 ocasionou uma grande discussão para  se saber quem seria designado como sucessor. Para acabar com as divergências foi chamado o bispo de Paris, Otto, o qual, depois de haver rezado ao Senhor, resolveu sortear o cargo e o vencedor foi Guilherme.

Foi sob todos os pontos de vista um modelo para o seu rebanho

Guilherme aceitou mesmo contra a vontade esta designação, se tornando assim o bispo de Bourges. Como novo pastor se ocupou ativamente da sua diocese dando prova de piedade, firmeza, de bondade e humanidade. Foi sob todos os pontos de vista um modelo para o seu rebanho. A sua fama era tal que a nação francesa, e a universidade de Paris, o escolheram como patrono.

Morreu na véspera de partir para a Cruzada

Combateu a heresia dos albigenses, que pregavam uma doutrina contrária à do cristianismo, através das orações. Durante o pontificado de Inocêncio III, pediu para participar e seguir com a sua cruzada, sendo prontamente autorizado por ele. Quando se preparava para partir ficou muito doente, morrendo no dia 10 de janeiro de 1209.

Seus milagres levaram-no aos altares

Os milagres que se verificaram por sua intercessão logo após o seu falecimento o levaram à canonização, que foi concedida após oito anos de sua morte em 17 de maio de 1218, pelo papa Honório III.

Uma urna de ouro recebeu seu corpo

O seu corpo foi colocado em uma urna de ouro e transferido para a sepultura em frente do altar maior da catedral de Bourges. Algumas relíquias foram doadas à abadia de Chaalis e à igreja de São Leodegário em Alvernia.

Relíquias dispersas pelos calvinista, pela Revolução Francesa e pelos uguenotes

Depois com a perseguição dos calvinistas elas foram jogadas e dispersadas, mas em seguida, recolhidas pela população alverniense, para em 1793, serem novamente dispersadas.

Os uguenotes, por sua vez, haviam queimado, aquelas remanescentes da catedral de Bourges e de Chaalis e jogado as cinzas ao vento. São Guilherme de Bourges, como ficou conhecido, é festejado no dia 10 de janeiro, o mesmo dia em que morreu.

São Guilherme de Bourges, rogai por nós!

Oração – Deus Pai, te pedimos, por intercessão de São Guilherme, a constância da fé em Nosso Senhor Jesus Cristo, neste mundo que nos oferece muitos caminhos. Te pedimos, igualmente, a sabedoria para reconhecer os caminhos que nos distanciam de Seu Filho, para deles nos afastarmos. Pedimos, também, a graça de nos retirarmos em oração, seguindo o exemplo de São Guilherme, para estarmos mais perto de Ti, e para alcançarmos a santidade. Amém.

Guilherme: Significa “protetor decidido” ou “protetor corajoso”. Guilherme tem origem no nome germânico Willahelm, composto pela união dos elementos will, vilja, wailja, que quer dizer “vontade, desejo”, e helm, hilms,

Com São Gregório, Bispo, irmão de São Basílio Magno, insigne pela sua vida e doutrina, que, por ter proclamado a verdadeira fé, foi expulso da sua cidade no tempo do imperador ariano Valente.

São Pedro Urséolo, que depois de ter sido doge de Veneza se fez monge; foi célebre pela sua piedade e austeridade e passou a vida num ermo próximo do mosteiro.

Martirológio Romano – Secretariado Nacional de Liturgia PT

Jan 10

Beato Gonçalo de Amarante, presbítero de Braga, que, depois de longa peregrinação à Terra Santa, entrou na Ordem dos Pregadores e finalmente se retirou para um ermo; fez construir uma ponte e ajudou muito os habitantes do lugar com a sua oração e pregação. († c. 1259)

2. Em Roma, no cemitério de Calisto, junto à Via Ápia, São Milcíades, papa, oriundo da África, que conheceu a paz da Igreja restabelecida pelo imperador Constantino e, sendo vítima dos ataques dos donatistas, atuou com grande prudência para alcançar a concórdia.(† 314)

3. Na Tebaida, região do Egito, São Paulo, eremita, que abraçou a vida monástica desde os seus princípios.(† s. IV)

4. Em Nissa, na Capadócia, hoje Vedsehir, na atual Turquia, São Gregório, bispo, irmão de São Basílio Magno, insigne pela sua vida e doutrina, que, por ter proclamado a verdadeira fé, foi expulso da sua cidade no tempo do imperador ariano Valente.(† a. 400)

5. Em Jerusalém, São João, bispo, que, em tempo da controvérsia sobre a verdadeira doutrina, trabalhou arduamente pela fé católica e pela paz da Igreja.(† 417)

6. Em Die, no território de Vienne, atualmente na França, São Petrónio, bispo, que anteriormente seguira a vida monástica na ilha de Lérins.(† d. 463)

7. Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, São Marciano, presbítero, que se empenhou com extraordinária diligência em ornamentar as igrejas e socorrer os pobres. († 471)

8. Em Limoges, cidade da Aquitânia, atualmente na França, São Valério, que abraçou a vida solitária. († s. VI)

9. Em Melitene, na antiga Armênia, São Domiciano, bispo, que trabalhou intensamente pela conversão dos Persas. († c. 602)

10. Em Roma, junto de São Pedro, o sepultamento de Santo Agatão, papa, que confirmou a integridade da fé contra os erros do monotelismo e promoveu sínodos para fortalecer a unidade da Igreja.(† 681)

11. No território de Viviers, ao longo do Ródano, na França, Santo Arcôncio, bispo. († c. 740-745)

12. No mosteiro de Cusan, nos montes Pireneus, São Pedro Urséolo, que depois de ter sido doge de Veneza se fez monge; foi célebre pela sua piedade e austeridade e passou a vida num ermo próximo do mosteiro. († c. 987/988)

13. No mosteiro de Cava de’ Tirréni, na Campânia, hoje região da Itália, o Beato Benincasa, abade, que enviou cem dos seus monges à Sicília para ocupar o cenóbio de Monreale recentemente fundado.(† 1194)

14. Em Bourges, na Aquitânia, região da França, São Guilherme, bispo, que, aspirando ardentemente à vida de solidão e meditação, foi monge cisterciense em Pontigny, depois abade em Chalis e finalmente bispo da Igreja de Bourges; mas nunca abrandou a austeridade da vida monástica e distinguiu-se pela sua caridade para com o clero, os cativos e os indigentes. († 1209)

15. Em Arezzo, na Etrúria, atualmente na Toscana, região da Itália, o passamento do Beato Gregório X, papa, que, sendo arcediago de Liège, foi eleito para a cadeira de Pedro: favoreceu de todos os modos a comunhão com os Gregos e, para promover a conciliação entre os cristãos e recuperar a Terra Santa, convocou o segundo Concílio Ecumênico de Lião.(† 1276)

16. Em Lorenzana, na Lucânia, na atual Basilicata, região da Itália, o Beato Egídio (Bernardino di Bello), religioso da Ordem dos Frades Menores, que viveu recluso numa gruta.(† 1518)

17. Em Arequipa, no Peru, a Beata Ana dos Anjos Monteagudo, virgem da Ordem dos Pregadores, que com o dom do conselho e da profecia promoveu o bem de toda a cidade.(† 1686)