Santa Úrsula (Júlia Ledochowska), Virgem, Fundadora – 29 de Maio

Santa Úrsula (Júlia Ledochowska), Virgem, Fundadora

De família nobre e muito abençoada

Júlia Ledochowska pertencia a uma família especialmente abençoada. A sua irmã mais velha, Maria Teresa, era religiosa, fundou uma congregação e foi inscrita no livro dos santos. O irmão, o padre Vladimiro foi o vigésimo sexto preposto-geral dos jesuítas. Ela nasceu em 17 de abril de 1865 e os pais eram nobres poloneses que residiam na Áustria.

Até o final da adolescência viveu nesse país, onde completou os estudos, depois voltou com a família para o solo polonês, estabelecendo-se na Croácia. Aos vinte e um anos, ingressou no Convento das Irmãs Ursulinas de Cracóvia, pronunciando os votos definitivos e tomando o nome de Úrsula em 1899.

Precisou usar roupas civis para sua segurança

Ativa educadora, fundou um pensionato feminino para jovens, promovendo entre os estudantes a Associação das Filhas de Maria e foi, também, superiora do seu convento por quatro anos. Foi chamada pelo pároco da igreja de Santa Catarina em Petersburgo, na Rússia, que na época reprimia toda atividade religiosa, inclusive as de cunho assistencial, para dirigir um internato de estudantes polonesas exiladas; nessa função teve de usar roupas civis para sua segurança. Em 1909, fundou, também, uma casa das ursulinas na Finlândia onde inovou com um pensionato e uma escola ao ar livre, para moças doentes, seguindo o estilo inglês, ao mesmo tempo fundando, na mesma Petersburgo, uma casa das Ursulinas.

Possuidora de um grande senso apostólico

A sua cidadania e origem austríaca a fizeram objeto de perseguição por parte da polícia russa durante a Primeira Guerra Mundial , tanto que em 1914 se refugiou na Suécia, onde fundou, também ali, um pensionato e uma escola. O seu grande senso de apostolado a fez fundar para os católicos suecos o jornal “Solglimstar”, editado ainda hoje sob outra direção. Em 1917, foi para a Dinamarca dar assistência aos poloneses perseguidos, onde permaneceu por dois anos, quando, então, regressou para o seu convento na Polônia.

Fundadora das Irmãs Ursulinas

Atendendo um antigo anseio interior, em 1920 separou-se da sua congregação para fundar uma nova ordem: as Irmãs Ursulinas do Sagrado Coração Agonizante, com a função de dar assistência aos jovens abandonados e para cuidar dos pobres, velhos e crianças.

Na Polônia, devido à cor do hábito, se popularizaram como as “ursulinas cinzas” e na Itália, como as “irmãs polonesas”. A ordem foi aprovada em 1930 e se desenvolveu com rapidez. Quando sua fundadora, madre Úrsula, morreu, já existiam trinta e cinco casas e mais de mil irmãs. Ela deixou vários livros, todos escritos em polonês, que foram traduzidos para o italiano e francês.

Madre Úrsula Ledochowska faleceu em Roma no dia 29 de maio de 1939, na Casa mãe da Ordem, que conserva as suas relíquias. O Papa São João Paulo II, a beatificou, numa comovente cerimônia em Poznan, quando visitava a Polônia. Vinte anos depois, ele mesmo a canonizou, declarando ser seu devoto. O culto em sua homenagem foi designado para o dia de sua morte.

Santa Úrsula, rogai por nós!

Oração – Ó Deus, que destes a Santa Júlia a graça de superar os mais duros obstáculos para preservar sua fé em Jesus Cristo, dai-nos também a graça da perseverança até o fim

Úrsula: Significa “pequena ursa”, “ursinha”. Úrsula tem origem na forma diminutiva do latim ursa, feminino de ursus, que significa literalmente “urso”. O nome carrega consigo a simbologia desse animal mamífero que representa a força e a coragem.

Com São Maximino, Bispo, que foi intrépido defensor da integridade da fé contra os arianos, acolheu fraternalmente Santo Atanásio de Alexandria.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

29

1. Em Antioquia, na Síria, hoje Antakya, na Turquia, Santo Hesíquio, guarda palaciano, mártir, que, durante a perseguição de Diocleciano, ouvindo um pregão pelo qual se ordenava que deixasse o uniforme militar quem não oferecesse incenso aos ídolos, imediatamente depôs o uniforme, e por isso foi precipitado no rio Orontes, com o braço direito ligado a uma enorme pedra.(† c. 303)

2. Em Tréveris, na Gália Bélgica, atualmente na Alemanha, São Maximino, bispo, que foi intrépido defensor da integridade da fé contra os arianos, acolheu fraternalmente Santo Atanásio de Alexandria e outros bispos exilados e, expulso da sua sede episcopal pelos inimigos, morreu em Poitiers, sua terra natal.(† c. 346)

3. Em Val di Non, atualmente no Trentino Alto Ádige, região da Itália, os santos mártires Sisínio, diácono, Martírio, leitor, e Alexandre, ostiário, naturais da Capadócia, que nesta região edificaram uma igreja e introduziram os cânticos do louvor divino, mas foram mortos pelos pagãos num dia em que estes ofereciam os seus sacrifícios lustrais.(† 397)

4. Em Ravena, na Flamínia, hoje na Emília-Romanha, também região da Itália, Santo Exuperâncio, bispo, que presidiu com sábia prudência a esta Igreja, no tempo em que o rei Odoacro se apoderou da Itália e desta cidade.(† 430/476-477)

5. Em Milão, na Ligúria, hoje na Lombardia, também região da Itália, São Senador, bispo, que o papa São Leão Magno tinha enviado como legado a Constantinopla quando ainda era presbítero.(† c. 480)

6. Em Mâcon, na Borgonha, na atual França, São Gerardo, que foi monge, depois eleito bispo e finalmente levou vida eremítica na floresta.(† c. 940)

7. Em Pisa, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, Santa Bona, virgem, que fez com devoção frequentes peregrinações à Terra Santa, a Roma e a Compostela.(† 1207)

8. Em Avignonet, perto de Toulouse, na França, os beatos Guilherme Arnaud e dez companheiros[1], que, unidos na missão de impedir a heresia dos cátaros, foram ardilosamente presos por causa da fé de Cristo e da obediência à Igreja Romana e morreram ao fio da espada no dia da Ascensão do Senhor, cantando unanimemente o «Te Deum».

[1] São estes os seus nomes: Bernardo de Roquefort, Garcia d’Aure, Estêvão de Sain-Thierry, Raimundo Carbonier; Raimundo de Cortisan, chamado Escrivão, cónego; Bernardo, Pedro d’Arnaud, Fortanier e Ademaro, clérigos; prior de Avignonet, cujo nome não é conhecido.(† 1242)

9. Em Pisa, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, a Beata Geraldina, viúva, que passou a vida numa cela junto do mosteiro camaldulense de São Sabino, consagrando-se ao louvor de Deus e à intimidade com o Senhor.(† c. 1269)

10. Em York, na Inglaterra, o Beato Ricardo Thirkeld, presbítero e mártir, que, no reinado de Isabel I, condenado à morte por ser sacerdote e reconciliar muitas pessoas com a Igreja católica, foi levado ao suplício do patíbulo.(† 1583)

11. Em Roma, localidade do Lesoto, na África Austral, o Beato José Gerard, presbítero dos Oblatos de Maria Imaculada, que anunciou incansavelmente a Cristo na província do Natal e depois, principalmente, ao povo dos Basotos.(† 1914)

12. Em Roma, Santa Úrsula (Júlia Ledochowska), virgem, que fundou o Instituto das Irmãs Ursulinas do Coração de Jesus Agonizante e percorreu infatigavelmente nesta missão apostólica as regiões da Polônia, da Escandinávia, da Finlândia e da Rússia.(† 1939)

 

Pentecostes, São Germano de Paris, Bispo – 28 de Maio

São Germano de Paris, Bispo

 

A mãe tentou abortá-lo

Nascer e prosseguir vivendo não foram tarefas fáceis para Germano. Ele veio ao mundo na cidade de Autun, França, no ano 496. Diz a tradição que sua mãe não o desejava, por isso tentou abortá-lo, mas não conseguiu.

Quando o menino atingiu a infância, ela atentou novamente contra a vida dele, tentando envenená-lo, mas também foi em vão.

Experiência como ermitão

Acredita-se que ele pertencia a uma família burguesa e rica, pois, depois disso, foi criado por um primo, bem mais velho, ermitão, chamado Escapilão, que o fez prosseguir os estudos em Avalon. Germano, com certeza, viveu como ermitão durante quinze anos, ao lado desse parente, em Lazy, aprendendo a doutrina de Cristo.

Perseguido pelos monges do mosteiro

Decorrido esse tempo, em 531 ele foi chamado pelo Bispo de Autun para trabalhar ao seu lado, sendo ordenado diácono, e três anos depois, sacerdote. Quando o bispo morreu, seu sucessor entregou a direção do mosteiro de São Sinforiano a Germano, que pela decadência ali reinante o supervisionava com certa dificuldade. Acabou deixando o posto por intrigas e pela austeridade que desejava impor às regras da comunidade.

Tinha o Dom do Conselho

Foi, então, para Paris, onde, pelos seus dons, principalmente o do conselho, ganhou a estima do rei Childeberto, que apreciava a sua sensatez. Em 536, o rei o convidou a ocupar o bispado de Paris, e Germano aceitou, exercendo grande influência na corte merovíngia. Nessa época, o rei Childeberto ficou gravemente enfermo, sendo curado com as orações do bispo Germano. Como agradecimento, mandou construir uma grande igreja e, bem próximo, um grande convento, que mais tarde se tornou o famoso Seminário de Paris, centro avançado de estudo eclesiástico e de vida monástica.

Germano participou, ainda, de alguns importantes acontecimentos da Igreja da França: do concilio de Tours, em 567, e dos concílios de Paris, inclusive o de 573, e a consagração do bispo Félix de Bourges em 570.

Amado por nobres e pobres

Entrementes não eram apenas os nobres que o respeitavam, ele era amado pelo povo pobre da Diocese. Germano era pródigo em caridade e esmolas, dedicando ao seu rebanho um amor incondicional. Frequentemente, era visto apenas com sua túnica, pois o restante das roupas vestira um pobre; ficava feliz por sentir frio, mas tendo a certeza de que o pobre estava aquecido. Quando nada mais lhe restava, permanecia sentado, triste e inquieto, com fisionomia mais grave e conversação mais severa.

Assim viveu o Bispo Germano de Paris, até morrer no dia 28 de maio de 576.

Logo os milagres e graças começaram a acontecer e o seu culto foi autorizado pela Igreja, mantendo a data de sua morte para a celebração. Suas relíquias se encontram na majestosa igreja de São Germano de Paris, uma das mais belas construções da cidade.

São Germano de Paris, rogai por nós!

Oração – Hoje, Senhor, quero Vos entregar minhas carências afetivas, as vezes em que me senti só, as vezes em que não fui compreendido e até mesmo rejeitado. Inundai-me com Vosso Amor, aquecei meu coração com Vosso afeto Paternal. Das angústias, inseguranças e tristezas, livrai-me Senhor. Amém.

Germano: Significa “irmão”; “germânico”, “da Germânia”, “nascido ou habitante da Germânia”. É um nome com dois possíveis étimos, um a partir do latim Germanu, outro da palavra germânica wehrmann.

Com Beata Margarida Pole, Mãe de família e Mártir, que, sendo condessa de Salisbúria e mãe do cardeal Reinaldo, no reinado de Henrique VIII, cujo divórcio ela censurara.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

28

1. Em Corinto, na Acaia, atualmente na Grécia, Santa Helicónides, mártir, que, no tempo do imperador Gordiano, sob a jurisdição do governador Perênio e do seu sucessor Justino, depois de suportar muitos tormentos, finalmente decapitada consumou o seu martírio.(† s. III)

2. Em Chartres, na Gália Lionense, na atual França, São Caraúno, mártir.(† s. V)

3. Em Urgel, na Espanha Tarraconense, São Justo, bispo, que escreveu um comentário alegórico do “Cântico dos Cânticos” e tomou parte nos concílios hispânicos.(† s. VI)

4. Em Paris, na Gália, na atual França, São Germano, bispo, que era abade de São Sinforiano em Autun quando foi chamado para a sede episcopal de Paris e, continuando o modo de vida monástica, exerceu com muito fruto o ministério pastoral das almas.(† 576)

5. No mosteiro de Gellone, na Gália Narbonense, também na atual França, São Guilherme, monge, que, depois de ter sido uma personagem de grande prestígio na corte do imperador, estimulado pela sua grande simpatia por São Bento de Aniane, tomou o hábito monástico que honrou com exímia virtude.(† 812)

6. Em Cantuária, na Inglaterra, o Beato Lanfranco, bispo, que, sendo monge de Bec, na Normandia, fundou uma célebre escola e disputou contra Berengário sobre a presença verdadeira do corpo e sangue de Cristo no sacramento eucarístico; depois, elevado à sede episcopal de Cantuária, procurou reformar a disciplina da Igreja na Inglaterra.(† 1089)

7. Em Pisa, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, Santa Ubaldina, virgem, que, desde os 16 anos de idade até a morte, durante cinquenta e cinco anos praticou infatigavelmente num hospício as obras de misericórdia.(† 1206)

8. Em Castelnuovo di Garfagnana, também na Etrúria, hoje na Toscana, o Beato Herculano de Piégaro, presbítero da Ordem dos Menores, que foi exímio pregador e resplandeceu pela austeridade de vida, longos jejuns e fama de milagres.(† 1451)

9. Em Londres, na Inglaterra, a Beata Margarida Pole, mãe de família e mártir, que, sendo condessa de Salisbúria e mãe do cardeal Reinaldo, no reinado de Henrique VIII, cujo divórcio ela censurara, foi decapitada no cárcere da Torre de Londres e descansou na paz de Cristo.(† 1541)

10. Em Florença, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, a Beata Maria Bartolomeia Bagnési, virgem, irmã da Ordem da Penitência de São Domingos, que suportou durante cerca de quarenta e cinco anos muitos e atrozes sofrimentos.(† 1577)

11. Em Londres, na Inglaterra, os beatos Tomás Ford, João Shert e Roberto Johnson, presbíteros e mártires, que, no reinado de Isabel I, falsamente acusados de conjura, foram condenados à morte e suspensos ao mesmo tempo no patíbulo de Tyburn.(† 1582)

12. Em Cho Quan, localidade da Cochinchina, no hodierno Vietnam, São Paulo Hanh, mártir, que, abandonando a moral cristã, pertencia a um bando de salteadores; mas, preso no tempo do imperador Tu Duc, confessou que era cristão, e nem seduções nem flagelações nem a dilaceração dos membros o fizeram demover da fé; finalmente, degolado, alcançou o glorioso martírio.(† 1859)

13. Em Sachsenhausen, na Alemanha, o Beato Ladislau Demski, mártir, que, natural da Polônia, morreu duramente torturado num campo de concentração por defender a fé perante os sequazes de doutrinas hostis a toda a dignidade humana e cristã.(† 1940)

14. Em Dzialdowo, cidade da Polônia, o Beato Antônio Julião Nowowiejski, bispo de Plock, que, na mesma calamidade, foi encarcerado pelos inimigos num campo de concentração e, esvaído pela fome e cruéis torturas, foi ao encontro do Senhor.(† 1941)

Santo Agostinho de Cantuária, Bispo – 27 de Maio

Santo Agostinho de Cantuária, Bispo

Era um monge beneditino do mosteiro de Santo André

Pouco se sabe a respeito da vida de Agostinho antes de ser enviado à Grã-Bretanha. Ele nasceu em Roma, Itália. Era um monge beneditino do mosteiro de Santo André, fundado pelo Papa Gregório Magno. E foi justamente esse célebre Papa que ordenou o envio de missionários às Ilhas Britânicas.

Missionário nas Ilhas Britânicas

Em 597, para lá partiram quarenta monges, todos beneditinos, sob a direção de Agostinho. Mas antes, ele quis viajar à França, onde se inteirou das dificuldades que a missão poderia encontrar, pedindo informações aos vários Bispos que evangelizaram nas ilhas e agora se encontravam naquela região da Europa. Todos desaconselharam a continuidade da missão. Mas, tendo recebido do Papa Gregório Magno a informação de que a época era propícia apesar dos perigos, pois o rei de Kent, Etelberto, havia desposado a princesa católica Berta, filha do rei de Paris, ele resolveu, corajosamente, enfrentar os riscos.

O rei, apesar de todas as expectativas em contrário, deu a permissão

A chegada foi triunfante. Assim que desembarcaram, os monges seguiram em procissão ao castelo do rei, tendo a cruz à sua frente e entoando pausadamente cânticos sagrados. Agostinho, com a ajuda de um intérprete, colocou ao rei as verdades cristãs e pediu permissão para pregá-las em seus domínios. Impressionado com a coragem e a sinceridade do religioso, o rei, apesar de todas as expectativas em contrário, deu a permissão imediatamente.

Toda a nobreza da corte, precedida pelo próprio rei receberam o Batismo

No Natal de 597, mais de dez mil pessoas já tinham recebido o Batismo. Entre elas, toda a nobreza da corte, precedida pelo próprio rei Etelberto. Com esse resultado surpreendente, Agostinho foi nomeado arcebispo da Cantuária, primeira diocese fundada por ele.

A notícia chegou ao Papa Gregório Magno, que, com alegria, enviou mais missionários à Inglaterra. Assim, Agostinho prosseguiu e ampliou o trabalho de evangelização, fundando as Dioceses de Londres e de Rochester.

Não conseguiu a conversão de toda a ilha

Não conseguiu a conversão de toda a ilha porque a Inglaterra era dividida entre vários reinos rivais, mas as sementes que plantou se desenvolveram no decorrer dos séculos.

Morreu no dia 25 de maio de 604. O corpo foi originalmente sepultado no pórtico do que hoje é a Abadia de Santo Agostinho, em Cantuária, mas foi posteriormente exumado e recolocado num túmulo dentro da igreja da abadia, que se tornou um local de peregrinação e veneração.

Após a conquista normanda, o culto de Agostinho passou a ser ativamente promovido e o seu santuário passou a ter uma posição central entre as capelas laterais, ladeado por santuários de seus sucessores, Lourenço e Melito. O rei Henrique I da Inglaterra concedeu à abadia uma feira de seis dias a ser celebrada na época em que as relíquias foram transladadas para o seu novo santuário, de 8 a 13 de setembro, anualmente.

Santo Agostinho de Cantuária, rogai por nós!

Oração – Meu Senhor, pela intercessão de Santo Agostinho de Cantuária, eu vos peço a graça da perseverança na fé, da constância na oração, para que, assim como sua tão nobre alma, possa também eu desempenhar a missão para a qual fui chamado

Agostinho: Significa “de Augusto”, “pertencente a Augusto”. Surgiu a partir do nome italiano Agostino, originado no latim Augustinus, é uma forma relativa de Augusto, originado no latim augustus, que significa “sagrado, consagrado, venerável, elevado”.

Com Santo Atanásio Bazzekuketta, Mártir, que era um jovem da casa real da Uganda recentemente batizado.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

27

2. Em Doróstoro, na Mésia, hoje Silistra, na Bulgária, São Júlio, mártir, que, sendo veterano do exército imperial, no tempo da perseguição foi preso pelos oficiais de justiça e apresentado ao governador Máximo; tendo manifestado na sua presença a repulsa pelos ídolos, confessou com grande firmeza a sua fé em Cristo e foi castigado com a condenação à morte.(† c. 302)

3. Na Via Nomentana, a dezesseis milhas de Roma, São Restituto, mártir.(† c. s. IV)

4. Em Orange, na Provença, região da Gália, atualmente na França, Santo Eutrópio, bispo.(† c. 475)

5. Em Würtzburg, na Francônia, região da Germânia, hoje na Alemanha, São Bruno, bispo, que restaurou a igreja catedral, reformou o clero e explicou ao povo a Sagrada Escritura.(† 1045)

6. No mosteiro de Montsalvy, junto de Clermont-Ferrand, na Aquitânia, hoje na França, São Gausberto, presbítero e eremita, que transformou este lugar, antes deserto e intransitável, num hospício para acolher os peregrinos.(† 1079)

7. Em Dryburne, localidade próxima de Durham, na Inglaterra, os beatos Edmundo Duke, Ricardo Hill, João Hogg e Ricardo Holiday, presbíteros e mártires, que, regressando do Colégio dos Ingleses de Reims à sua pátria, no reinado de Isabel I, foram condenados à morte e enforcados por causa do sacerdócio.(† 1590)

8. Em Seul, na Coreia, as santas mártires Bárbara Kim, viúva, e Bárbara Yi, virgem de quinze anos de idade, que foram presas ao mesmo tempo e morreram de peste no cárcere.(† 1839)

9. Em Nakibuwo, localidade do Uganda, Santo Atanásio Bazzekuketta, mártir, que era um jovem da casa real recentemente batizado e, ao ser conduzido ao lugar do suplício com os outros companheiros por ter abraçado a fé em Cristo, pediu aos algozes que o matassem imediatamente e, espancado até a morte, consumou o martírio.(† 1886)

10. Em Lubawo, também no Uganda, São Gonzaga Gonza, mártir, que era um dos fâmulos reais e, quando ia preso com cadeias para a fogueira, foi trespassado pelas lanças dos algozes.(† 1886)

São Filipe Neri, Presbítero, Fundador – 26 de Maio

São Filipe Neri, Presbítero, Fundador

Santo da Alegria

Neste dia recordamos a santidade de vida do Santo da Alegria, que encantou a Igreja com seu jeito criativo de viver o Evangelho.

Nascido em 1515, foi morar com um tio negociante, que colocou diante de seus olhos a proposta de assumir os empreendimentos, mas acolheu as proposta do Senhor que eram bem outras.

Homem de caridade, vendeu toda a sua biblioteca e deu tudo aos pobres

Ao ir para Roma estudou Filosofia e Teologia, sem pensar no sacerdócio. Sendo um homem de caridade, vendeu toda a sua biblioteca e deu tudo aos pobres; visitava as catacumbas tinha devoção aos mártires e tudo fazia para ganhar os jovens para Deus, já que era afável, modesto e alegre, por isso fundou ainda como leigo, a irmandade da Santíssima Trindade.

Bispo esclareceu-lhe que a sua Índia era Roma

São Filipe Néri, que muito acolhia peregrinos em Roma, foi dócil em acolher o chamamento ao sacerdócio que o despertou para as missões nas Índias, porém, o seu Bispo esclareceu-lhe que a sua Índia era Roma.

Fundou a Congregação do Oratório

Como Santo da Jovialidade, simplicidade infantil e confiança na Divina Providência, Filipe fundou a Congregação do Oratório. Foi vítima de calúnias; esquivou-se de ser Cardeal, mas não da salvação das almas e do seu lema: Pecados e melancolia estejam longe de minha casa.

São Filipe Neri, rogai por nós!

Oração – Alcançai-me a verdadeira humildade de coração, sob conhecimento de meu nada; para que sendo eu desprezado, me alegre disso; vendo-me postergado, não me dê por ofendido; sendo elogiado não me ensoberbeça; mas sim que somente busque ser grande aos olhos de Deus. Amém.

Com Santa Mariana de Jesus de Paredes, virgem, que consagrou a Cristo a sua vida na Ordem Terceira de São Francisco.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

26

Memória de São Filipe Néri, presbítero, que, para salvar os jovens do mal, fundou em Roma um oratório, no qual se praticavam as leituras espirituais, o canto e as obras de caridade. Foi insigne pelo seu amor do próximo, simplicidade evangélica, espírito alegre, zelo infatigável e fervoroso serviço de Deus. († 1595)

2. Também em Roma, Santo Eleutério, papa, a quem os célebres mártires de Lião, então detidos no cárcere, escreveram uma nobre carta sobre a conservação da paz na Igreja.(† 189)

3. Também em Roma, no cemitério de Priscila, junto à Via Salária Nova, São Simétrio, mártir.(† data inc.)

4. Em Tódi, na Úmbria, região da Itália, Santa Felicíssima, mártir.(† s. III/IV)

5. No território de Auxerre, na Gália, hoje na França, a paixão de São Prisco e companheiros, mártires.(† data inc.)

6. Em Cantuária, na Inglaterra, o sepultamento de Santo Agostinho, bispo, cuja memória se celebra amanhã.(† 604/605)

7. No território de Lião, na Gália, atualmente na França, a paixão de São Desidério, bispo de Vienne, que, por ordem da rainha Brunilde, a quem ele censurava as suas núpcias incestuosas e outras perversidades, foi relegado para o exílio, e depois, apedrejado por ordem da mesma rainha, recebeu a coroa do martírio.(† c. 606)

8. No mosteiro de Saint-Papoul, também na Gália, hoje na França, São Berengário, monge.(† 1093)

9. Em Vence, na Provença, também na atual França, São Lamberto, bispo, anteriormente monge de Lérins, que foi pródigo para com os pobres e amigo da pobreza.(† 1154)

10. Em Sena, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, o Beato Francisco Patrízi, presbítero da Ordem dos Servos de Maria, que se dedicou com admirável zelo à pregação, à direção das almas e ao ministério da Penitência.(† 1328)

11. Em Pistóia, também na Etrúria, atualmente na Toscana, o Beato André Fránchi, bispo, que, depois da epidemia da peste negra, como prior da Ordem dos Pregadores, restaurou a vida regular nos conventos da sua Ordem nesta região e aprovou na sua cidade as Irmandades de penitentes para promover a paz e a misericórdia.(† 1401)

12. Em Quito, no Equador, Santa Mariana de Jesus de Paredes, virgem, que consagrou a Cristo a sua vida na Ordem Terceira de São Francisco e se dedicou com toda a energia a socorrer os pobres indígenas e os negros.(† 1645)

13. Em Fuzhou, localidade do Fugian, província da China, São Pedro Sans i Jordá, bispo da Ordem dos Pregadores e mártir, que, juntamente com outros sacerdotes, foi preso e levado com cadeias por longo caminho até ao tribunal; no lugar do suplício ajoelhou-se e, terminada a oração, apresentou voluntariamente o pescoço ao cutelo.(† 1747)

14. Em Seul, na Coreia, São José Chang Song-jib, mártir, que exercia o ofício de farmacêutico e, encarcerado por se ter convertido à fé cristã, morreu vítima de crudelíssimos tormentos.(† 1839)

15. Em Dong Hoi, cidade do Aname, no atual Vietnam, os santos mártires João Doan Trinh Hoan, presbítero, e Mateus Hguyen Van Phuong, pai de família e catequista, que tinha hospedado o seu companheiro de martírio; pela sua fé, foram ambos torturados e cruelmente degolados no tempo do imperador Tu Duc.(† 1861)

16. Em Numyonyo, localidade do Uganda, Santo André Kagwa, mártir, diretor dos tocadores de tímpano do rei Mwanga e seu familiar, que, recém-convertido à fé cristã, ensinava aos nativos e catecúmenos a doutrina do Evangelho e por isso foi cruelmente assassinado.(† 1886)

17. Em Ttaka Jiunge, também no Uganda, São Ponciano Ngondwe, mártir, que era guarda do reino e, quando já começara a perseguição, recebeu o Baptismo; foi imediatamente metido no cárcere e morreu trespassado por uma lança quando era conduzido à colina do suplício.(† 1886)

Santos Beda, Gregório VII, Santa Maria Madalena de Pázzi. – 25 de Maio

Santos Beda, Gregório VII, Santa Maria Madalena de Pázzi.

Hoje a Igreja comemora a Memória de três grandes santos:

São Beda Venerável, Presbítero e Doutor da Igreja, passou toda a sua vida como servo de Cristo, desde os oito anos de idade, no mosteiro de Jarrow, na Notúmbria, região da Inglaterra, fervorosamente dedicado à meditação e explicação da Sagrada Escritura. Além da observância da disciplina monástica e o exercício quotidiano do canto na igreja, as suas delícias foram sempre aprender, ensinar e escrever.

São Gregório VII, Papa, que antes abraçara a vida monástica com o nome de Hildebrando, foi várias vezes legado dos Papas do seu tempo para a obra da reforma da Igreja; elevado à Cátedra de Pedro, reivindicou com grande autoridade e fortaleza de alma a liberdade da Igreja perante os poderes seculares e defendeu diligentemente a santidade do sacerdócio. Por tudo isso, foi obrigado a abandonar Roma e morreu exilado em Salerno, na Campânia, região da Itália.

Santa Maria Madalena de Pázzi, virgem da Ordem das Carmelitas, que, em Florença, também na Itália, levou uma vida oculta em Cristo, consagrada à oração e abnegação, rezando assiduamente pela reforma da Igreja; recebeu de Deus muitos dons extraordinários e dirigiu sabiamente as suas irmãs no caminho da perfeição.

Santos Beda, Gregório VII e Maria Madalena de Pázzi, rogai por nós!

Oração – Ó Deus concedei-nos sempre a luz da sabedoria, o espírito de fortaleza, a sede de justiça e o amor à virgindade. Amém

Beda é um nome predominantemente feminino, de origem Anglo-saxônico que significa “Oração”.

Com Santa Madalena Sofia Barat, virgem, que fundou a Sociedade do Sagrado Coração de Jesus.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

10

4. Em Atella, na Campânia, também região da Itália, São Canião, bispo e mártir.(† s. III/IV)

5. Em Milão, na Ligúria, hoje na Lombardia, região da Itália, a comemoração de São Dionísio, bispo, que, por causa da fé católica, foi expulso pelo imperador ariano Constâncio para a Arménia, onde morreu com o glorioso título de mártir.(† c. 361)

6. Em Florença, na Etrúria, hoje na Toscana, também região da Itália, São Zenóbio, bispo.(† s. IV/V)

7. No cenóbio de Mentenay, junto a Troyes, na Gália, hoje na França, São Leão, abade.(† s. VII)

8. Na Inglaterra, Santo Aldelmo, bispo, homem célebre pela sua doutrina e seus escritos, que, depois de ter sido abade do mosteiro de Malmesbury, foi ordenado primeiro bispo de Sherborne, entre os Saxões ocidentais.(† 709)

9. Em Peñalba de Santiago, no território de Astorga, na Espanha, São Genádio, que primeiro foi abade e depois bispo desta sede; era conselheiro real, mas, movido pela nostalgia do claustro, renunciou à dignidade episcopal e passou o resto da sua vida como monge e, por vezes, eremita.(† c. 925)

10. Em Villamagna, junto de Florença, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, a comemoração do Beato Gerardo Mecátti, que, seguindo com entusiasmo os passos de São Francisco, distribuiu os seus bens pelos pobres e, retirando-se para a solidão, por amor de Cristo se dedicou a acolher os peregrinos e socorrer os enfermos.(† c. 1245)

11. Em Montesanto, no Piceno, hoje nas Marcas, também região da Itália, o passamento de São Gério, que, depois de ter sido conde de Lunel, abraçou a vida de eremita e morreu durante uma santa peregrinação.(† c. 1270)

12. Em Faenza, na Flamínia, hoje na Emília-Romanha, também na Itália, o Beato Tiago Filipe Bertóni (André), presbítero da Ordem dos Servos de Maria, insigne pelo dom das lágrimas e profunda humildade.(† 1483)

13. No Tonquim, atualmente no Vietnam, São Pedro Doan Van Van, mártir, que sendo catequista e administrador da paróquia de Bau Nó, já octogenário confirmou a constância da sua fé, derramando o seu sangue no tempo do imperador Tu Duc.(† 1857)

14. Em Paris, na França, Santa Madalena Sofia Barat, virgem, que fundou a Sociedade do Sagrado Coração de Jesus e trabalhou muito para a formação cristã das jovens.(† 1865)

15. Em Munyongo, localidade do Uganda, São Dionísio Ssebuggwawo, mártir, que, aos dezesseis anos de idade, afirmando ao rei Mwanga, durante um interrogatório, que ensinara a dois pajens da corte os rudimentos da religião cristã, foi degolado pelo próprio rei.(† 1886)

16. Em Catatlan, no território de Guadalajara, no México, os santos Cristóvão Magallanes e Agostinho Caloca, presbíteros e mártires, que, durante a perseguição mexicana, confiando firmemente em Cristo Rei, alcançaram a coroa do martírio.(† 1927)

17. No campo prisional de Javas, povoação da Moldávia, o Beato Nicolau Cehelskyj, presbítero e mártir, que, sob um regime perseguidor da religião, venceu com a fortaleza da fé os tormentos do martírio.(† 1951)

São Vicente de Lérins, Religioso – 24 de Maio

São Vicente de Lérins, Religioso

Tudo indica que ele era um soldado do exército romano

As notícias que temos sobre o religioso Vicente são poucas. Ele viveu no mosteiro de Lérins, onde foi ordenado sacerdote no século V. Os dados sobre sua vida antes desse período também não são muitos. Tudo indica que ele era um soldado do exército romano e que sua origem seria o norte da França, hoje território da Bélgica.

Optou pela vida monástica e despontou como teólogo, escritor e grande reformador

Alguns registros encontrados em Lérins, escritos por ele mesmo, induzem a crer que seu irmão seria o Bispo de Troyes. E ele decidira abandonar a vida desregrada e combativa do exército para “espantar a banalidade e a soberba de sua vida e para dedicar-se somente a Deus na humildade cristã”. Vicente, então, optou pela vida monástica e nela despontou como teólogo e escritor famoso, grande reformador do mosteiro de Lérins.

Eleito abade, pela retidão de caráter e austeridade

Ingressou nesse mosteiro, fundado por santo Honorato, na ilha francesa localizada defronte a Cannes, já em idade avançada. Ali se ordenou sacerdote e foi eleito abade, pela retidão de caráter e austeridade de vida religiosa.

Escreveu o “Manual de advertência aos hereges”

Transformou o local num florescente centro de cultura e de espiritualidade, verdadeiro celeiro de Bispos e Santos. Em 434, escreveu sua obra mais famosa, o “Comnitorium”, também conhecido como “manual de advertência aos hereges”.

São Roberto Belarmino definiu essa obra como “um livro de ouro”

Mais tarde, São Roberto Belarmino definiu essa obra como “um livro de ouro”, porque estabelece alguns critérios básicos para viver integralmente a mensagem evangélica.

Profundo conhecedor das Sagradas Escrituras e dotado de uma grande cultura humanística, os seus escritos são notáveis pelo vigor e estilo apurado, e pela clareza e precisão de pensamento. As obras possuem grande relevância contra a doutrina herética, e outros textos cristológicos e trinitários. Sua obra, em especial a “Advertência aos hereges” teve uma grande difusão e repercussão, atingindo os nossos dias.

Grande polemista, respeitado até mesmo por são Jerônimo

Vicente era um grande polemista, respeitado até mesmo por são Jerônimo, futuro doutor da Igreja, seu contemporâneo. Os dois travaram grandes debates através de uma rica correspondência, trazendo luz sobre muitas divergências doutrinais.

Vicente de Lérins teve seu reconhecimento exaltado pelo próprio antagonista, que fez questão de incluí-lo num capítulo da sua famosa obra “Homens ilustres”.

Morreu no mosteiro no ano 450. A Igreja católica dedica o dia 24 de maio a São Vicente de Lérins, celebrado na mesma data também no Oriente.

São Vicente de Lérins, rogai por nós!

Oração – Por intercessão de São Vicente de Lérins, peço-vos aumentai a minha devoção por Vós, Senhor. Amém.

Vicente é originado a partir do nome em latim Vincentius, deriva de vincente, particípio passado do verbo vincere, que significa “vencer”. Como vencer é um verbo de ação, vincente quer dizer literalmente “vencendo” ou “o que está vencendo” e, por extensão, a ele também é atribuído o significado de “vencedor”.

Com Santa Joana, esposa de Cuza, procurador de Herodes, que, juntamente com outras mulheres, serviam Jesus e os Apóstolos conforme as suas possibilidades e no dia da Ressurreição do Senhor encontrou a pedra do túmulo removida e foi anunciá-lo aos discípulos.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

24

1. Comemoração de São Mánaen, irmão colaço do tetrarca Herodes, que foi doutor e profeta na Igreja de Antioquia, sob a graça do Novo Testamento.

3. Em Listra, na Licaónia, na atual Turquia, São Zoelo, mártir.(† s. II)

4. Em Trieste, na Ístria, hoje no Friúli-Venézia Giúlia, região da Itália, São Sérvulo, mártir.(† data inc.)

5. Em Nantes, na Gália Lionense, atualmente na França, os santos irmãos Donaciano e Rogaciano, mártires, dos quais, segundo a tradição, o primeiro tinha recebido o Baptismo, enquanto o segundo ainda era catecúmeno; na hora extrema do combate, Donaciano beijou o irmão e orou a Deus para que ele, que não tinha podido tingir-se na sagrada fonte baptismal, merecesse ser aspergido na corrente do seu sangue.(† c. 304)

6. Comemoração dos santos trinta e oito mártires, que, segundo a tradição, foram decapitados em Filipópolis, na Trácia, hoje Plovdiv, na atual Bulgária, no tempo de Diocleciano e Maximiniano.(† c. 304)

7. No mosteiro de Lérins, na Provença, atualmente na França, São Vicente, presbítero e monge, muito ilustre pela doutrina cristã e santidade de vida e diligentemente dedicado ao progresso das almas na fé.(† c. 450)

8. No monte Admirável, na Síria, São Simeão Estilita o Jovem, presbítero e anacoreta, que viveu sobre uma coluna em união com Cristo, compôs vários tratados sobre a vida ascética e foi dotado de grandes dons carismáticos.(† 592)

9. Em Piacenza, na Emília-Romanha, região da Itália, o Beato Filipe, da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, que, para mais severamente se mortificar na carne, usava uma couraça de ferro.(† 1306)

10. Em Marrocos, o Beato João de Prado, presbítero da Ordem dos Frades Menores e mártir, que foi enviado para a África, a fim de prestar auxílio espiritual aos cristãos reduzidos à escravidão nos reinos dos infiéis; mas tendo sido preso, confessou vigorosamente a sua fé em Cristo perante o tirano Molay al-Walid, por ordem do qual sofreu o martírio na fogueira.(† 1631)

11. Em Seul, na Coreia, os santos mártires Agostinho Yi Kwang-hon, em cuja casa se lia a Sagrada Escritura, Águeda Kim A-gi, mãe de família, que recebeu o Batismo no cárcere, e sete companheiros[1], que foram todos degolados pela sua fé em Cristo.

[1] São estes os seus nomes: Damião Nam Myong-hyog, catequista; Madalena Kim O-bi, Bárbara Han A-gi, Ana Pak A-gi, Águeda Yi So-sa, Lúcia Pak Hui-sun, Pedro Kwon Tu-gin.(† 1839)

12. Em Saint-Hyacinte, cidade do Canadá, o Beato Luís Zeferino Moreau, bispo, que, nas suas múltiplas atividades pastorais, tinha sempre a intenção de sentir-se ardentemente unido com a Igreja.(† 1901)

São João Batista de Rossi, Presbítero – 23 de Maio

São João Batista de Rossi, Presbítero

Convivendo com os melhores e mais preparados clérigos de sua geração

Nasceu no dia 22 de fevereiro de 1698, em Voltagio, na província de Gênova, Itália. Aos dez anos, foi trabalhar para uma família muito rica em Gênova como pajem, para poder estudar e manter-se. Três anos depois, transferiu-se, definitivamente, para Roma, morando na casa de um primo que já era sacerdote e estudando no Colégio Romano dos jesuítas. Lá se doutorou em filosofia, convivendo com os melhores e mais preparados de sua geração de clérigos. Depois, os cursos de teologia ele concluiu com os dominicanos de Minerva.

O excesso de trabalho abalou sua saúde

A todo esse esforço intelectual João Batista acrescentava uma excessiva carga de atividade evangelizadora, mesmo antes de ser ordenado sacerdote, junto aos jovens e às pessoas abandonadas e pobres. Com isso, teve um esgotamento físico e psicológico tão intenso que desencadearam os ataques epiléticos e uma grave doença nos olhos.

Contudo ele nunca deixou de praticar a penitência

Nunca mais se recuperou e teve de conviver com essa situação o resto da vida. Contudo ele nunca deixou de praticar a penitência, concentrada na pouca alimentação, minando ainda mais seu frágil organismo.

Fundou a Pia União de Sacerdotes Seculares

Recebeu a unção sacerdotal em 1721. Nessa ocasião, devido à experiência adquirida na direção dos grupos de estudantes, decidiu fundar a Pia União de Sacerdotes Seculares, que dirigiu durante alguns anos. Por lá, até o final de 1935, passaram ilustres personalidades do clero romano, alguns mais tarde a Igreja canonizou e outros foram eleitos para dirigi-la.

Fundou Casas de assistência para moços e moças carentes

Entretanto João Batista queria uma obra mais completa, por isso fundou e também dirigiu a Casa de Santa Gala, para rapazes carentes, e a Casa de São Luiz Gonzaga, para moças carentes. Aliás, esse era seu santo preferido e exemplo que seguia no seu apostolado.

Tinha o dom do conselho e atraia muita gente

O seu rebanho eram os mais pobres, doentes, encarcerados e pecadores. Tinha o dom do conselho, era atencioso e paciente com todos os fiéis, que formavam filas para se confessarem com ele. O tom de consolação, exortação e orientação com que tratava seus penitentes atraía cristãos de toda a cidade e de outras vizinhanças.

Incansável, dirigia tudo com doçura e firmeza

João Batista era incansável, dirigia tudo com doçura e firmeza, e onde houvesse necessidade de algum socorro ali estava ele levando seu fervor e força espiritual.

Quando seu primo cônego morreu, ele foi eleito para sucedê-lo em Santa Maria, em Cosmedin, Roma. Mas acabou sendo dispensado da obrigação do coro para poder dedicar-se com maior autonomia aos seus compromissos apostólicos.

Aos sessenta e seis anos de idade, a doença finalmente o venceu e ele morreu no dia 23 de maio de 1764, tão pobre que seu enterro foi custeado pela caridade dos devotos.

Foi canonizado pelo Papa Leão XIII em 1881, que marcou sua celebração para o dia de sua morte.

São João Batista de Rossi, rogai por nós!

Oração – Senhor, pela intercessão de São João Batista de Rossi, Vos peço o dom da Fortaleza para que eu possa enfrentar, com Mansidão, as dificuldades diárias.

Com São Guiberto, monge, que, abandonando a carreira militar e abraçando a vida monástica.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

23

1. Em Cartago, na atual Tunísia, os santos Lúcio, Montano, Julião, Vitorico, Vítor e Donaciano, mártires, que, no tempo do imperador Valeriano, por confessarem a religião e a fé que aprenderam de São Cipriano, consumaram o martírio.(† c. 259)

2. Comemoração dos santos mártires da Capadócia, hoje na Turquia, que, durante a perseguição do imperador Maximiano, morreram ao serem-lhes quebradas as pernas.(† 303)

3. Comemoração dos santos mártires da Mesopotâmia, que, no mesmo tempo, suspensos com os pés para cima e a cabeça para baixo, foram sufocados pelo fumo e queimados a fogo lento.(† 303)

4. Em Nápoles, na Campânia, região da Itália, Santo Efebo, bispo, que governou santissimamente e serviu fielmente o povo de Deus.(† s. IV)

5. Em Langres, na Gália Lionense, na atual França, a paixão de São Desidério, bispo, que, segundo a tradição, ao ver como o seu povo era oprimido pelos Vândalos, foi ao encontro do rei vândalo para suplicar pelo povo; mas, por ordem do rei foi imediatamente degolado, oferecendo-se assim voluntariamente pelo rebanho que lhe estava confiado.(† c. 355)

6. No território de Nórcia, na Úmbria, região da Itália, Santo Eutíquio, abade, que, segundo narra o papa São Gregório Magno, praticou vida solitária juntamente com São Florêncio, conduziu muitos a Deus com a sua exortação e depois governou santamente o mosteiro próximo.(† c. 487)

7. Também em Nórcia, Santo Esperança ou Exuperâncio, abade, que durante quarenta anos suportou a cegueira com admirável paciência.(† c. 517)

8. Em Subiaco, no Lácio, Itália, a comemoração de Santo Honorato, abade, que presidiu ao cenóbio onde antes vivera São Bento.(† s. VI f.)

9. Em Nice, na Provença, região da atual França, São Siágrio, bispo, que edificou um mosteiro junto do túmulo de São Pôncio.(† 787)

10. Em Sínada, na Frígia, hoje Cifitkasaba, na Turquia, São Miguel, bispo, homem pacífico, que promoveu a paz e a concórdia entre os Gregos e os Latinos; mas, exilado por causa do culto das sagradas imagens, morreu longe da sua pátria.(† 826)

11. Em Gembloux, no território de Liège, na Lotaríngia, hoje na Bélgica, o sepultamento de São Guiberto, monge, que, abandonando a carreira militar e abraçando a vida monástica, construiu um mosteiro nas terras da sua herança, seguindo ele a vida monástica em Gorze, na Lotaríngia.(† 962)

13. Em Witowo, na Polônia, os beatos José Kurzawa e Vicente Matuszewski, presbíteros e mártires, que, durante a ocupação da sua pátria por uma potência estrangeira, foram mortos pelos inimigos da Igreja.(† 1940)

Santa Rita de Cássia, Religiosa – 22 de Maio

Santa Rita de Cássia, Religiosa

Já na infância, manifestou sua vocação religiosa

Nasceu no ano de 1381, na província de Úmbria, Itália, exatamente na cidade de Cássia.

Ainda na infância, manifestou sua vocação religiosa. Diferenciando-se das outras crianças, ao invés de brincar e aprontar as peraltices da idade, preferia ficar isolada em seu quarto, rezando.

Casou-se com um homem  que parecia bom

Para atender aos desejos de seus pais já idosos, Rita casou-se com um homem de nome Paulo Ferdinando, que, a princípio, parecia ser bom e responsável. Mas, com o passar do tempo, mostrou um caráter rude, tornando-se violento e agressivo. A tudo ela suportava com paciência e oração. Tinha certeza de que a penitência e a abnegação conseguiriam convertê-lo aos preceitos de amor a Cristo. Um dia, Paulo, finalmente, se converteu sinceramente, tornando-se bom marido e pai. Entretanto suas atitudes passadas deixaram um rastro de inimizades, que culminaram com seu assassinato, trazendo grande dor e sofrimento ao coração de Rita.

Com a morte do marido, dedicou-se, então, aos dois filhos ainda pequenos

Dedicou-se, então, aos dois filhos ainda pequenos, que na adolescência descobriram a verdadeira causa da morte do pai e resolveram vingá-lo, quando adultos. Rita tentou, em vão, impedir essa vingança. Desse modo, pediu a interferência de Deus para tirar tal ideia da cabeça dos filhos e que, se isso não fosse possível, os levasse para junto dele. Assim foi. Em menos de um ano, os dois filhos de Rita morreram, sem concretizar a vingança.

Com a morte dos filhos tornou-se agostiniana

Rita ficou sozinha no mundo e decidiu dar um novo rumo à sua vida. Determinada, resolveu seguir a vocação revelada ainda na infância: tornar-se monja agostiniana. As duas primeiras investidas para ingressar na Ordem foram malsucedidas.

Segundo a tradição, ela pediu de forma tão fervorosa a intervenção da graça divina que os seus santos de devoção, Agostinho, João Batista e Nicolau, apareceram e a conduziram para dentro dos portões do convento das monjas agostinianas. A partir desse milagre ela foi aceita.

Sua fé era tão intensa que na sua testa apareceu um espinho da coroa de Cristo

Ela se entregou, completamente, a uma vida de orações e penitências, com humildade e obediência total às regras agostinianas.

Sua fé era tão intensa que na sua testa apareceu um espinho da coroa de Cristo, estigma que a acompanhou durante quatorze anos, mantido até o fim da vida em silencioso sofrimento dedicado à salvação da humanidade.

Sua fama de santidade atravessou os muros do convento

Rita morreu em 1457, aos setenta e seis anos, em Cássia. Sua fama de santidade atravessou os muros do convento e muitos milagres foram atribuídos à sua intercessão. Sua canonização foi assinada pelo papa Leão XIII em 1900.

A vida de santa Rita de Cássia foi uma das mais sofridas na história da Igreja católica, por esse motivo os fiéis a consideram a “santa das causas impossíveis”. O seu culto é celebrado em todo o mundo cristão, sendo festejada no dia 22 de maio, tanto na Igreja do Ocidente como na do Oriente.

Santa Rita de Cássia, rogai por nós!

Oração – Apresentada por Vós a minha oração, o meu pedido, por Vós que sois tão amada por Deus, certamente será atendido. Dizei a Nosso Senhor que me valerei da graça para melhorar a minha vida e os meus costumes e para cantar na Terra e no Céu a Divina Misericórdia. Amém.

Rita: Significa “pérola”, “criatura de luz”, “iluminada”. Rita é o diminutivo do nome italiano Margherita, que deu origem à Margarida, a partir do grego margarítes, do latim Margarita, que quer dizer literalmente “pérola”.

Com Beato João Batista Machado, presbítero e mártir, no Japão, que, por exercer o ministério clandestinamente, foi decapitado em ódio à fé cristã com Pedro da Assunção.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

22

Santa Rita de Cássia, religiosa, que, casada com um esposo violento, suportou pacientemente a sua crueldade e o reconciliou com Deus; depois de ter perdido o esposo e os filhos, ingressou no mosteiro de Santo Agostinho em Cássia, na Úmbria, dando a todos exemplo sublime de paciência e compunção.(† a. 1457)

2. Na África Setentrional, os santos Casto e Emílio, mártires, que consumaram a sua paixão queimados pelo fogo. Como escreve São Cipriano, a estes santos, vencidos no primeiro embate dos inimigos da fé, o Senhor tornou-os vencedores no segundo combate, de modo que, se antes cederam perante o fogo, finalmente foram mais fortes que o fogo.(† 203)

3. Em Comana, no Ponto, hoje Gumenek, na Turquia, São Basilisco, bispo e mártir.(† s. IV)

4. Na ilha da Córsega, região da França, a comemoração de Santa Júlia, virgem e mártir.(† data inc)

5. Em Aire-sur-l’Adour, na Aquitânia, hoje na França, Santa Quitéria, virgem.(† data inc)

6. Em Angoulême, também na Aquitânia, Santo Ausônio, considerado o primeiro bispo desta cidade.(† s. IV/V)

7. Em Limoges, na mesma região da Aquitânia, São Lopo, bispo, que aprovou a fundação do mosteiro de Solignac.(† 637)

8. Em Parma, na Emília-Romanha, região da Itália, São João, abade, que, seguindo os conselhos de São Maiolo de Cluny, contribuiu com muitas orientações para promover a observância religiosa no seu mosteiro.(† s. X)

9. Em Pistóia, na Etrúria, hoje na Toscana, também região da Itália, Santo Atão, bispo, que, depois de ter sido abade da Ordem de Valumbrosa, foi eleito para a sede episcopal de Pistoia.(† c. 1153)

10. Em Florença, também na Etrúria, hoje na Toscana, a Beata Humildade (Rosana), que, com a anuência do esposo, viveu reclusa durante doze anos, e depois, a pedido do bispo, edificou um mosteiro, do qual foi abadessa e que associou à Ordem de Valumbrosa.(† 1310)

11. Em Londres, na Inglaterra, o Beato João Forest, presbítero da Ordem dos Frades Menores e mártir, que, no reinado de Henrique VIII, por defender a unidade católica, sofreu o martírio na praça de Smithfield, onde foi queimado vivo juntamente com as imagens sagradas de madeira.(† 1538)

12. Em Kori, cidade do Japão, os beatos Pedro da Assunção, da Ordem dos Frades Menores, e João Baptista Machado, da Companhia de Jesus, presbíteros e mártires, que, por exercerem o ministério clandestinamente, foram decapitados em ódio à fé cristã.(† 1617)

13. Em Omura, Japão, o Beato Matias de Arima, mártir, era catequista e, por não querer denunciar um missionário, foi torturado até a morte.(† 1620)

14. No Aname, no atual Vietnam, São Miguel Ho Dinh Hy, mártir, um mandarim, membro da casa imperial e catequista, que, denunciado por ser cristão, foi atrozmente torturado e finalmente decapitado.(† 1857)

15. Em An-Xá, cidade do Tonquim, também no atual Vietnam, São Domingos Ngon, mártir, pai de família e agricultor, que se ajoelhou e adorou a cruz que os soldados lhe tinham ordenado calcar e, tendo professado intrepidamente diante do juiz a sua fé cristã, imediatamente foi degolado.(† 1862)

16. Em Lucca, na Toscana, região da Itália, a Beata Maria Domingas Brun Barbantíni, religiosa, que fundou a Congregação das Irmãs Ministras dos Enfermos de São Camilo.(† 1868)

Beato Manuel Gomez Gonzalez, Presbítero, Mártir – 21 de Maio

Beato Manuel Gomez Gonzalez, Presbítero, Mártir

Seu sonho de menino era ser padre

Nasceu em 29 de maio de 1877, em São José de Ribarteme, Diocese de Tuy, na Espanha. Recebeu o Batismo no dia seguinte. Seu sonho de menino era ser padre e realizou-se em 24 de maio de 1902.

Em 1904, depois de exercer seu ministério sacerdotal em sua terra natal, passou para a Arquidiocese de Braga, Portugal, onde foi Pároco das Paróquias Nossa Senhora do Extremo (1905-1911), de Santo André, São Miguel de Taias e Barrocas (1911-1913).

Pároco de Soledade no Rio Grande do Sul

Em 1913, devido à perseguição religiosa à Igreja Católica Portuguesa, obteve licença para vir ao Brasil. Chegando ao Brasil, apresenta-se ao Bispo de Rio de Janeiro e é encaminhado ao Bispo de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que o nomeia Pároco de Soledade (RS), em 23 de janeiro de 1914.

A 29 de dezembro de 1915 é nomeado Pároco da Paróquia de Nonoai, região norte do estado. Em Nonoai desempenhou sua missão evangelizando com esmero e dedicação até 1924.

Amigo e companheiro de Abílio

No exercício de seu ministério em Nonoai se cruzam os caminhos de Pe. Manuel e de Adílio Daronch, outro jovem mártir.

Adílio nasceu no dia 25 de outubro de 1908, em Dona Francisca, Município de Cachoeira do Sul (RS). Seus pais, Pedro Daronch e Judite Segabinazzi, tinham 8 filhos: Ermínia, Abílio, Adílio, Zulmira, Anita, Carmelinda, João e Vilma. Em 1911, a família transferiu-se para Passo Fundo e, em 1913, para Nonoai.

Adílio e outros colegas, eram alunos da escola fundada pelo padre

Fazia parte do grupo de adolescentes que acompanhavam o Pe. Manuel em visita às comunidades do interior, inclusive a dos índios Kaingang. Além de servir o Altar, Adílio e outros colegas, eram alunos da escola fundada pelo padre e dos quais era também professor.

Pe. Manuel sabia do perigo que enfrentava. Não foi nada fácil como ele próprio expressa numa de suas cartas, datada há 11 de janeiro de 1916, a Dom Miguel Lima Verde, Bispo de Santa Maria: “Com bastante dificuldade terei que lutar, mas tudo desaparecerá com a ajuda de Deus” (Carta ao Bispo de Santa Maria, D. Miguel de Lima Valverde, datada de 11 de janeiro de 1916). Pe. Manuel refere-se ao contexto histórico da Revolução de 1923.

Em 1924, missionário no Alto Uruguai

Em 1924, devido à vacância da Paróquia de Palmeira das Missões, o Bispo de Santa Maria, determinou ao Pe. Manuel para atender os cristãos do sertão do Alto Uruguai. Lá foi ele com a missão de Batizar, Celebrar Casamentos e Primeiras Comunhões, e catequizar o povo daquela vasta região, sabendo do perigo que devia enfrentar. Encorajado pela fé pôs-se à missão.

Foi a caminho dessa missão que cairam numa emboscada e foram mortos

Foi a caminho dessa missão, numa peregrinação pelas comunidades de colonos, próximo de Três Passos, distante 250km de Nonoai, sua Paróquia, que Pe. Manuel e seu coroinha Adílio caíram numa emboscada armada por soldados provisórios. Foram amarrados e maltratados, terminando com dois tiros no sacerdote e três tiros no menino de 15 anos. Era dia 21 de maio de 1924. Foram sepultados no mesmo cemitério que iriam abençoar.

Beatos Manuel Gomez e Adilio, rogai por nós!

Oração – Nas Tuas Santas Mãos, colocamos a nossa vida. Nós suplicamos poder contemplar a cruz de Teu Filho como os Bem-aventurados Manuel e Adílio o fizeram. Que sejamos tuas fiéis testemunhas até o fim. Amém.

Manuel: Significa “Deus está conosco” ou simplesmente “Deus conosco”. Manuel é considerado uma variante de Emanuel, que tem origem no hebraico Immanuel

Com Santos Cristóvão de Magallanes, presbítero, e companheiros, Mártires no México.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

21

Santos Cristóvão de Magallanes, presbítero, e companheiros[1], mártires, que, em várias regiões do México, perseguidos em ódio ao nome cristão e à Igreja católica, por terem professado a fé em Cristo Rei, alcançaram a coroa do martírio.

[1] São estes os seus nomes: Romão Adame, Rodrigo Aguilar, Júlio Álvarez, Luís Batis Sáinz, Agostinho Caloca Cortés, Mateus Correa, Atilano Cruz, Miguel de la Mora, Pedro Esqueda Ramírez, Margarido Flores, José Isabel Flores, David Galván, Pedro Maldonado, Jesus Méndez, Justino Orona, Sabas Reyes, José Maria Robles, Toríbio Romo, Januário Sánchez Delgadillo, Tranquilino Ubiarco e David Uribe, presbíteros; e Manuel Morales, Salvador Lara Puente e David Roldán Lara, leigos.(† 1927)

2. Na Mauritânia, no território da atual Argélia, São Timóteo, diácono e mártir.(† data inc.)

3. Em Cesareia, na Capadócia, hoje Kayseri, na Turquia, São Polieuto, mártir.(† data inc.)

4. Comemoração dos santos mártires, homens e mulheres, que em Alexandria do Egipto, nos sagrados dias de Pentecostes, o bispo ariano Jorge, sob o governo do imperador Constâncio, mandou matar crudelissimamente ou enviar para o exílio.(† 357/358)

5. Em Vannes, na Bretanha Menor, atualmente na França, a comemoração de São Paterno, bispo, que, segundo a tradição, neste dia foi ordenado bispo por São Perpétuo de Tours no concílio provincial congregado nessa cidade.(† 460/490)

6. Em Nice, na Provença, também na atual França, Santo Hospício, recluso, homem de admirável espírito de penitência, que predisse a chegada dos Lombardos.(† c. 581)

7. Em Évora, cidade da Lusitânia, hoje em Portugal, São Manços, mártir.(† s. VI)

8. Em Vienne, na Borgonha, região da França, São Teobaldo, bispo, que, durante quarenta e quatro anos, dignificou esta sede episcopal com seu insigne exemplo de caridade e piedade.(† 1001)

9. Em Túrku, na Finlândia, Santo Hemming, bispo, que, animado pelo seu ardente zelo pastoral, instaurou a disciplina nesta Igreja mediante as orientações de um sínodo, estimulou o estudo dos clérigos, dignificou o culto divino e promoveu a paz entre os povos.(† 1366)

10. Ao largo de Rochefort, na França, o Beato João Mopinot, da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártir, que, durante a Revolução Francesa, por ser religioso, foi detido e encerrado numa pequena e sórdida barca, onde morreu vitimado pela tuberculose.(† 1794)

11. Em Marselha, na Provença, região da França, São Carlos Eugénio de Mazenod, bispo, que, para evangelizar os pobres, fundou o Instituto dos Missionários Oblatos de Maria Imaculada e, durante quase vinte e cinco anos, ilustrou a Igreja com as suas virtudes, obras, sermões e escritos.(† 1861)

12. Em Feijão Miúdo, localidade de Rio Grande do Sul, no Brasil, os beatos Manuel Gómez González, presbítero, Adílio Daronch, mártires. († 1924)

São Bernardino de Siena, Presbítero – 20 de Maio

São Bernardino de Siena, Presbítero

Criado por duas tias

Nasceu na nobre família senense dos Albizzeschi, em 8 de setembro de 1380. Ficou órfão da mãe quando tinha três anos e do pai aos sete, sendo criado na cidade de Sena por duas tias extremamente religiosas, que o levaram a descobrir a devoção a Nossa Senhora e a Jesus Cristo.

Abraçou de forma entusiasmada e fiel a regra franciscana

Depois de estudar na Universidade de Sena, formando-se aos vinte e dois anos, abandonou a vida mundana e ingressou na Ordem de São Francisco, cujas regras abraçou de forma entusiasmada e fiel. Apoiando o movimento chamado “observância”, que se firmava entre os franciscanos, no rigor da prática da pobreza vivida por são Francisco de Assis, acabou sendo eleito vigário geral de todos os conventos dos franciscanos da observância.

Foi o mais brilhante pregador de sua época

Aos trinta e cinco anos de idade, começou o apostolado da pregação, exercido até a morte. E foi o mais brilhante de sua época. Viajou por toda a Itália ensinando o Evangelho, com seus discursos sendo taquigrafados por um discípulo com um método inventado por ele.

Estilo rápido, bem acessível, leve e contundente

O seu legado nos chegou integralmente e seu estilo rápido, bem acessível, leve e contundente, se manteve atual até os nossos dias. Os temas frequentes sobre a caridade, humildade, concórdia e justiça, traziam palavras duríssimas para os que “renegam a Deus por uma cabeça de alho” e pelas “feras de garras compridas que roem os ossos dos pobres”.

Por onde passava, Bernardino restituía a paz

Naquela época, a Europa vivia grandes calamidades, como a peste e as divisões das facções políticas e religiosas, que provocavam morte e destruição. Por onde passava, Bernardino restituía a paz, com sua pregação insuperável, ardente, empolgante, até mesmo usando de recursos dramáticos, como as fogueiras onde queimava livros impróprios, em praça pública.

Além disso, como era grande devoto de Jesus, ele trazia as iniciais JHS – Jesus Salvador dos Homens -, entalhadas num quadro de madeira, que oferecia para ser beijado pelos fiéis após discursar.

Fraca alimentação e pouco repouso, mas nunca parava

As pregações e penitências constantes, a fraca alimentação e pouco repouso enfraqueciam cada vez mais o seu físico já envelhecido, mas ele nunca parava. Aos sessenta e quatro anos de idade, Bernardino morreu no convento de Áquila, no dia 20 de maio de 1444. Só assim ele parou de pregar.

Tamanha foi a impressão causada por essa vida fiel a Deus que, apenas seis anos depois, em 1450, foi canonizado. São Bernardino de Sena é o patrono dos publicitários italianos e de todo o mundo.

São Bernardino de Siena, rogai por nós!

Oração – Ó Pai Concedei-nos, por sua intercessão, crescer no vosso conhecimento e viver na vossa presença segundo o Evangelho. Amém.

Bernardino: Significa “pequeno forte como um urso”. Esse nome é o diminutivo do nome Bernardo, o qual tem origem na junção dos elementos germânicos ber, que quer dizer “urso”, e hart, que significa “forte”

Com Santa Lídia, de Tiatira, comerciante de púrpura, que foi a primeira a acreditar no Evangelho em Filipos, na Macedônia, ao ouvir a pregação de Paulo.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

20

São Bernardino de Sena, presbítero da Ordem dos Menores, que por cidades e aldeias evangelizou o povo da Itália com a palavra e o exemplo e propagou a devoção ao Santíssimo Nome de Jesus, exercendo infatigavelmente o ministério da pregação com grande fruto das almas até ao dia da sua morte, em L’Áquila, nos Abruzos, região da Itália.(† 1444)

2. Comemoração de Santa Lídia, de Tiatira, comerciante de púrpura, que foi a primeira a acreditar no Evangelho em Filipos, na Macedônia, ao ouvir a pregação de Paulo.

3. Em Ostia, no Lácio, região da Itália, Santa Áurea, mártir.(† data inc.)

4. Em Nimes, na Gália Narbonense, atualmente na França, São Baudélio, mártir.(† data inc.)

5. Em Egea, na Cilícia, hoje Ayás, na Turquia, São Talaleu, mártir.(† s. III)

6. Em Cágliari, na Sardenha, região da Itália, São Lucífero, bispo, que, por defender corajosamente a fé nicena, foi muito perseguido e mandado para o exílio pelo imperador Constâncio; mas regressou à sua sede episcopal, onde morreu como confessor de Cristo.(† 370)

7. Em Toulouse, na Aquitânia, hoje na França, Santo Hilário, bispo, que construiu uma pequena basílica de madeira sobre o sepulcro de São Saturnino, seu antecessor.(† c. 400)

8. Em Bourges, na Aquitânia, também na atual França, Santo Austregisílio, bispo, que se tornou ministro da caridade, de modo especial para com os pobres, os órfãos, os enfermos e os condenados à morte.(† c. 624)

9. Em Bréscia, na Lombardia, região da Itália, Santo Anastásio, bispo.(† s. VII)

10. Em Pavia, também na Lombardia, São Teodoro, bispo, que padeceu o exílio durante a guerra entre os Francos e os Lombardos. († c. 785)

11. Em Castagneto, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, o Beato Guido de Gheraldesca, eremita.(† c. 1134)

12. Em Perúgia, na Úmbria, também região da Itália, a Beata Colomba (Ângela) de Riéti, virgem das Irmãs da Penitência de São Domingos, que promoveu a paz entre as facções em conflito na cidade.(† 1501)

13. Em Seul, na Coreia, São Protásio Chomg Kuk-bo, mártir, que, depois de ter abandonado a fé cristã, a abraçou de novo, professando-a no cárcere entre cruéis torturas até à morte.(† 1839)

14. Em Steyl, localidade da Holanda, a Beata Josefa (Hendrina Stenmanns), virgem, co-fundadora da Congregação das Irmãs Missionárias Servas do Espírito Santo.(† 1903)

15. Em Botticino Sera, Bréscia, na Itália, Santo Arcângelo Tadíni, presbítero, que se empenhou em promover os direitos e dignidade dos operários e fundou a Congregação das Irmãs Operárias da Santa Casa de Nazaré, destinada especialmente a trabalhar pela justiça social.(† 1912)

16. Em Milão, na Lombardia, região da Itália, o Beato Luís Talamóni, presbítero, que, cultivando a sua vocação de educador da juventude, exerceu o ministério com suma diligência e eficaz participação nas dificuldades sociais do seu tempo, e fundou a Congregação das Irmãs Misericordinas de São Gerardo.(† 1926)

17. Em Vallenar, no Chile, a Beata Maria Crescência Pérez (Maria Angélioca Pérez), virgem da Congregação das Filhas de Maria do Santíssimo do Horto.(† 1932)