São Bernardo de Corleone, Penitente – 12 de Janeiro

São Bernardo de Corleone, Penitente

De família temente a Deus

Nasce a 6 de Fevereiro de 1605 em Corleone (Itália), numa “família de santos”, dado que seu pai é tão misericordioso para com os miseráveis que os traz a casa, os lava, veste e alimenta com grande caridade.

E também seus irmãos e irmãs são muito virtuosos. Neste terreno fértil,  Filipe  (este  é  o  seu  nome  de Batismo) aprende a exercer a caridade e a amar tanto o Crucificado como a Virgem.

Uma falta o levou aos capuchinhos

Certo dia, ao ser provocado, fere o malfeitor no braço mas em seguida arrepende-se e pede-lhe perdão, tornando-se depois seu amigo. Este episódio amadurece a sua vocação religiosa, que ele abraça recebendo o hábito dos Frades capuchinhos no dia 13 de Dezembro de 1631, no noviciado de Caltanissetta.

Penitente e mortificado

A sua vida no mosteiro é simples e humilde, dado que o seu trabalho é quase exclusivamente na cozinha. Contudo, procura curar os doentes e exercer uma série de trabalhos suplementares, úteis para a comunidade.

Além disso, enriquece a sua vida espiritual com várias formas de penitência e de mortificação, demonstrando possuir uma personalidade doce e, ao mesmo tempo, forte.

Apaixonado pelo Eucaristia

Desenvolve-se nele também uma forte paixão pela Eucaristia, que recebe todos dias e, quando se encontra diante do Sacrário ou concentrado em oração, para ele o tempo deixa de existir. Além disso, à noite faz sempre companhia ao Santíssimo Sacramento, para que não permaneça sozinho, e sempre que é possível, ajuda o sacristão para poder ficar mais perto do Tabernáculo.

Como Moisés, consegue impedir grande calamidade em Palermo

A solidariedade para com os seus confrades chega a assumir uma dimensão social. Assim, em circunstâncias de calamidades naturais, como terremotos e furacões, em Palermo faz-se intermediário diante do Tabernáculo, lutando como Moisés:  “Senhor, desejo esta graça!”; o flagelo cessa, poupando uma catástrofe maior.

Morre cantando cânticos de louvor a Deus pela vida religiosa

Já no leito de morte, depois de receber a última bênção, entoa hinos de louvor ao Paraíso e recorda com êxtase o valor da disciplina, das vigílias, das penitências, da abnegação, da obediência, do jejum e do exercício de todas as perfeições religiosas para a sua vida de santidade. Entrega a alma a Deus na tarde de 12 de Janeiro de 1667.

São Bernardo de Corleone, rogai, por nós!

Oração – Senhor, que em São Bernardo de Corleone nos destes um modelo extraordinário de penitência evangélica, concedei-nos, por sua intercessão, a graça de desprezar tudo o que é temporal e transitório, para sermos dignos da recompensa eterna. Amém.

Bernardo , do latim bernardus, Significa forte – Que tem força; valente; robusto – como um urso

Com São Bento Biscop, abade, que, tendo peregrinado cinco vezes a Roma, de lá trouxe para a sua pátria mestres e muitos livros, para que os monges reunidos na clausura do mosteiro sob a Regra de São Bento adquirissem melhor conhecimento na ciência do amor de Cristo em benefício da Igreja.

Martirológio Romano – Secretariado Nacional de Liturgia PT

Jan 12

1. Em Cesareia da Mauritânia, Cherchell,  Argélia, Santo Arcádio, mártir, que durante a perseguição se retirou num refúgio, mas, quando um seu familiar foi detido em seu lugar, apresentou-se espontaneamente ao juiz e, negando-se a sacrificar aos deuses, depois de sofrer atrozes suplícios, consumou o seu martírio.(† c. 304)

2. Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, os santos Tígrio, presbítero, e Eutrópio, leitor, que, no tempo do imperador Arcádio, falsamente acusados de terem provocado o incêndio que consumiu o templo principal e a cúria do senado para vingar o exílio infligido a São João Crisóstomo, sofreram o martírio por ordem do prefeito da cidade Optato, seguidor do culto supersticioso dos falsos deuses e inimigo da religião cristã. († 406)

3. Em Arles, na Provença, região da Gália, na atual França, Santa Cesária, abadessa, irmã de São Cesário, bispo, que escreveu para ela e suas irmãs uma Regra das santas virgens. († c. 529)

4. Em Grenoble, na Borgonha, França, São Ferréolo, bispo e mártir, que foi assassinado por ímpios sicários quando pregava ao povo.(† c. 659)

5. Em Wearmouth, na Nortumbria, na atual Inglaterra, São Bento Biscop, abade, que, tendo peregrinado cinco vezes a Roma, de lá trouxe para a sua pátria mestres e muitos livros, para que os monges reunidos na clausura do mosteiro sob a Regra de São Bento adquirissem melhor conhecimento na ciência do amor de Cristo em benefício da Igreja.(† c. 690)

6. No mosteiro de Rievaulx, também na região da Nortumbria, Santo Elredo, abade, que, educado na corte do rei da Escócia, entrou na Ordem de Cister e, tornando-se mestre exímio da vida monástica, promoveu com suma diligência e amabilidade, por meio das suas ações e escritos, a vida espiritual e a amizade em Cristo.(† c. 1166)

7. Em Leão, na Espanha, São Martinho da Santa Cruz, presbítero e cônego regular, que foi mestre insigne da Sagrada Escritura.(† 1203)

8. Em Okusanbara, no Japão, os beatos Luís Amagasu Iemon e seu filho Vicente Kurogane Ichibiyoe, Miguel Amagasu Iemon, sua esposa Domingas Amagasu e sua filha Justa Amagasu, e companheiros[1], mártires.

[1] São estes os seus nomes: Tecla Kurogane, Luzia Kurogane, Maria Ito, Marina Ito Chobo, Pedro Ito Yahyoe, Matias Ito Hikosuke, Timóteo Obasama Jirobyoe, Luzia Obasama, João Gorobyoe, Joaquim Saburobyoe, João Banzai Kasue, Âurea Banzai, António Banzai Orusu, Paulo Sanjuro, Rufina Banzai e seus filhos Paulo e Marta, Simão Takahashi Seizaemon, Tecla Takahashi, Paulo Nishihori Shikibu, Luís Jin’emon e sua filha Ana, Mâncio Yoshino Han’emon, Júlia Yoshino, Antônio Anazawa Han’emon, Paulo Anazawa Juzaburo, André Yamamoto Shichiemon, Inácio Iida Soemon, João Arie Kiemon, Pedro Arie Jinzo, Aleixo Sato Seisuke, Luzia Sato, Isabel Sato, Paulo Sato Matagoro, (N) Shichizaemon, Madalena, duas filhas de Shichizaemon e Madalena.(† 1629)

9. Em Nukayama, no Japão, os beatos Luzia Iida, Crescência Anazawa, Romão Anazawa Matsujiro, Miguel Anazawa Osamu, Maria Yamamoto, Úrsula Yamamoto e Madalena Arie, mártires.(† 1629)

10. Em Hanazawa, no Japão, os beatos Aleixo Choemon e seus filhos Cândido e Inácio, mártires.(† 1629)

11. Em Palermo, na Sicília, região da Itália, São Bernardo de Corleone, da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, insigne pela sua admirável caridade e penitência.(† 1667)

12. Em Montréal, no Quebec, Canadá, Santa Margarida Bourgeoys, virgem, que prestou todo o gênero de auxílio aos colonos e aos soldados e se dedicou com todas as suas forças à formação das jovens cristãs, para as quais fundou a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora.(† 1700)

13. Em Avrillé, perto de Angers, na França, o Beato Antônio Fournier, mártir, que era artesão e durante a Revolução Francesa foi fuzilado por causa da sua fidelidade à Igreja.(† 1794)

14. Em Caen, também na França, o Beato Pedro Francisco Jamet, presbítero, que prestou toda a assistência possível às religiosas Filhas do Bom Salvador, quer durante o tempo da grande revolução quer depois da restituição da paz à Igreja.(† 1845)

15. Em Viaréggio, na Itália, Santo Antônio Maria Púcci, presbítero da Ordem dos Servos de Maria, que, sendo pároco durante quase cinquenta anos, se empenhou especialmente em prestar auxílio às crianças pobres e enfermas.(† 1892)

16. Em Tomhom, próxima de Bangkok, na Tailândia, o Beato Nicolau Bunkerd Kitbamrung, presbítero e mártir, exímio pregador do Evangelho, que, encarcerado no tempo da perseguição contra a Igreja e contraindo a tuberculose na assistência aos enfermos, teve morte gloriosa.(† 1944)

São Teodósio, Monge – 11 de Janeiro

São Teodósio, Monge

Nobre, rico e cristão

De pais ricos, nobres cristãos, recebeu uma boa e sólida formação desde a infância sendo educado dentro dos preceitos da fé católica.

Tomou como modelo Abraão

Era muito jovem, quando um dia, lendo a história de Abraão, identificou-se com ele e descobriu que seu caminho era o mesmo do patriarca, que deixara sua terra para se encaminhar aonde Deus lhe apontava.

Peregrino e monge

Teodósio decidiu fazer o mesmo, seguindo inicialmente em peregrinação à Terra Santa, para conhecer os caminhos trilhados por Jesus.

Entrou para a vida religiosa e dedicou-se a cuidar de um monge conhecido por Longinus (São Longuinho).

São Simão, o estilita revela sua missão

Dotado de dons especiais como da profecia, prodígio, cura e conselho, sentiu a confirmação do seu chamado por Deus, ao se encontrar com Simeão, o estilita, outro Santo que havia optado por viver acorrentado e numa torre alta construída por ele mesmo.

Simeão que nunca o tinha visto ou conhecido, o chamou pelo próprio nome e o avisou de que Deus o havia escolhido para converter e salvar muita gente.

São Longuinho o aconselhava em sonhos

Seguindo a orientação de São Longuinho, que o aconselhava em sonhos, foi habitar numa caverna, que segundo dizem fora ocupada pelos Reis Magos ao regressarem de Belém.

Tinha um senso de humildade que contagiava a todos

Ali se entregou às duras penitencias e orações, passando a pregar com um senso de humildade que contagiava a todos que por lá passavam. Logo começou a receber discípulos e outros monges formando uma nova comunidade religiosa cenobítica, isto é, viviam uma vida retirada, mas em comunicação servindo a comunidade movidos pelos mesmos interesses, princípios e prerrogativas cristãs.

Edificou conventos,  construiu hospitais e igrejas

Numerosos discípulos, de diversas nacionalidades, foram atraídos e reunidos por ele. Edificou três conventos, um para os que falavam grego, outro para os eslavos e o terceiro para os de idiomas orientais como hebreu, árabe e persa. Todos nos arredores de Belém. Construiu também três hospitais, um para anciãos, outro para atender todos os tipos de doenças e o terceiro para os que tinham enfermidades mentais. Aliás, uma ideia muito nova para essa época e pouco frequente no mundo inteiro. Além disso, ergueu quatro igrejas.

Arquimandrita da Palestina

Sua fama o levou ao posto de arquimandrita da Palestina, isto é, superior geral de todos os monges.

Sua atuação contra os hereges acabou por condená-lo ao exílio, por confrontar-se com o Imperador Anastácio. Só quando o imperador morreu é que ele pôde voltar à Palestina reconquistando seu posto de liderança entre os monges.

Sua sepultura foi profanada e saqueada pelo árabes

Quando Teodósio morreu, com cento e cinco anos, em 529, seu corpo foi depositado na cova feita por ele mesmo, há muitos anos, naquela gruta onde os Reis Magos dormiram, entre Jerusalém e Belém.

Seu enterro foi acompanhado pelo Arcebispo de Jerusalém e muitos cristãos da Cidade Santa assistiram ao seu funeral onde aconteceram inúmeras graças e prodígios, que ainda sucedem no local de sua sepultura, embora tenha sido profanada e saqueada pelos árabes sarracenos.

Seu culto se difundiu rapidamente pelo mundo cristão e se mantém ainda hoje muito forte.

São Teodósio, rogai por nós!

Oração – Deus de bondade, concedei-nos, pela intercessão de São Teodósio, a graça de entregar em vossas mãos as nossas dificuldades e dai-nos a dom da confiança absoluta no vosso amor.

Teodósio: Do grego Significa presente para os deuses e indica uma pessoa otimista, generosa e um tanto ingênua.

Com São Paulino, Bispo de Aquileia, que se empenhou na conversão dos Ávaros e dos Eslovenos e dedicou ao Rei Carlos Magno um célebre poema sobre a Regra da fé.

Martirológio Romano  – Secretariado Nacional de Liturgia PT

Jan 11

1. Em Roma, Santo Higino, papa, o oitavo a ocupar a Cátedra de São Pedro.(† 142)

2. Na África Setentrional, São Sálvio, mártir, em cuja festa Santo Agostinho fez um sermão ao povo de Cartago.(† c. s. III)

3. Em Tigava, na Mauritânia, na atual Argélia, São Tipásio, mártir, que, chamado ao exército como soldado veterano, por se ter recusado a sacrificar aos deuses foi degolado.(† 297/298)

4. Em Cesareia da Palestina, São Pedro, denominado Apselamo ou Bálsamo, mártir, que, no tempo do imperador Maximino, instado repetidamente pelo governador e por todos os circunstantes a que poupasse a sua juventude, não atendeu a tais exortações e, abrasado no fogo como ouro puríssimo, deu corajoso testemunho da sua fé em Cristo.(† 309)

5. Em Brindes, na Apúlia, região da Itália, São Lêucio, venerado como o primeiro bispo desta cidade. († s. IV)

6. Em Pavia, na Ligúria, igualmente região da Itália, a trasladação de Santa Honorata, virgem consagrada a Deus, irmã de Santo Epifânio, bispo. († s. V)

7. Num ermo da Judeia, São Teodósio, cenobiarca, amigo de São Sabas, que após longo tempo de vida solitária, acolheu muitos discípulos e praticou vida comunitária nos mosteiros por ele construídos, até que, depois de ter passado muitas tribulações pela defesa da fé católica, já centenário descansou na paz de Cristo.(† 529)

8. Em Cividale del Friúli, na Venécia, hoje Friúli-Venézia Giúlia, região da Itália, São Paulino, bispo de Aquileia, que se empenhou na conversão dos Ávaros e dos Eslovenos e dedicou ao rei Carlos Magno um célebre poema sobre a Regra da fé.(† 802)

9. Em Catânia, na Sicília, também região da Itália, o Beato Bernardo Scammaca, presbítero da Ordem dos Pregadores, que se distinguiu especialmente pelas suas obras de misericórdia em favor dos pobres e dos enfermos.(† 1487)

10. Em Londres, na Inglaterra, o Beato Guilherme Carter, mártir, que era homem casado e, no tempo da rainha Isabel I, por ter publicado um tratado sobre o cisma, foi suspenso na forca de Tyburn e cruelmente dilacerado.(† 1584)

11. Em Yatsushiro, no Japão, os beatos João Hattori Jingoro e seu filho Pedro Hattori, juntamente com Miguel Mitsuishi e seu filho Tomé Mitsuishi, mártires.(† 1609)

12. Em Bélegra, localidade do Lácio, região da Itália, São Tomás de Córi (Francisco Antônio Plácido), presbítero da Ordem dos Frades Menores, célebre pela sua pregação e vida austera e também pela fundação de ermitérios.(† 1729)

13. Em Talarn, Lérida, na Espanha, Ana Maria Janer Anglarill, virgem, fundadora do Instituto das Irmãs da Sagrada Família de Urgell.(† 1885)

14. Perto de Gdansk, na Polônia, o Beato Francisco Rogaczewski, presbítero e mártir, que, durante a ocupação da Polônia por um regime hostil a Deus, foi fuzilado e morreu pela fé.(† 1940)

São Guilherme de Bourges, Bispo – 10 de Janeiro

São Guilherme de Bourges, Bispo

Filho de Conde e neto de Santo

Era filho dos condes de Nervers e neto de Pedro, o eremita. Sua educação foi muito religiosa. Desde a infância mostrou o desejo de dedicar a sua vida à serviço de Cristo. Mais tarde, com a vocação definida se consagrou sacerdote e foi nomeado o vigário geral de Soissons e depois de Paris.

Monge de Cister

Entretanto, assim como seu avô, decidiu deixar a vida da sociedade para se retirar à solidão santa. A princípio foi para o mosteiro de Gradmont, mas depois ingressou para a Ordem de Cister e se tornou um monge.

Abade em várias abadias famosas

Muito preparado espiritualmente e com uma imensa bagagem cultural, foi sucessivamente abade de Pontigny, de Fontaine-Jean, na diocese de Soissons, e finalmente em Chaalis.

Arcebispo por sorteio

Entretanto a morte do arcebispo de Bourges em setembro de 1200 ocasionou uma grande discussão para  se saber quem seria designado como sucessor. Para acabar com as divergências foi chamado o bispo de Paris, Otto, o qual, depois de haver rezado ao Senhor, resolveu sortear o cargo e o vencedor foi Guilherme.

Foi sob todos os pontos de vista um modelo para o seu rebanho

Guilherme aceitou mesmo contra a vontade esta designação, se tornando assim o bispo de Bourges. Como novo pastor se ocupou ativamente da sua diocese dando prova de piedade, firmeza, de bondade e humanidade. Foi sob todos os pontos de vista um modelo para o seu rebanho. A sua fama era tal que a nação francesa, e a universidade de Paris, o escolheram como patrono.

Morreu na véspera de partir para a Cruzada

Combateu a heresia dos albigenses, que pregavam uma doutrina contrária à do cristianismo, através das orações. Durante o pontificado de Inocêncio III, pediu para participar e seguir com a sua cruzada, sendo prontamente autorizado por ele. Quando se preparava para partir ficou muito doente, morrendo no dia 10 de janeiro de 1209.

Seus milagres levaram-no aos altares

Os milagres que se verificaram por sua intercessão logo após o seu falecimento o levaram à canonização, que foi concedida após oito anos de sua morte em 17 de maio de 1218, pelo papa Honório III.

Uma urna de ouro recebeu seu corpo

O seu corpo foi colocado em uma urna de ouro e transferido para a sepultura em frente do altar maior da catedral de Bourges. Algumas relíquias foram doadas à abadia de Chaalis e à igreja de São Leodegário em Alvernia.

Relíquias dispersas pelos calvinista, pela Revolução Francesa e pelos uguenotes

Depois com a perseguição dos calvinistas elas foram jogadas e dispersadas, mas em seguida, recolhidas pela população alverniense, para em 1793, serem novamente dispersadas.

Os uguenotes, por sua vez, haviam queimado, aquelas remanescentes da catedral de Bourges e de Chaalis e jogado as cinzas ao vento. São Guilherme de Bourges, como ficou conhecido, é festejado no dia 10 de janeiro, o mesmo dia em que morreu.

São Guilherme de Bourges, rogai por nós!

Oração – Deus Pai, te pedimos, por intercessão de São Guilherme, a constância da fé em Nosso Senhor Jesus Cristo, neste mundo que nos oferece muitos caminhos. Te pedimos, igualmente, a sabedoria para reconhecer os caminhos que nos distanciam de Seu Filho, para deles nos afastarmos. Pedimos, também, a graça de nos retirarmos em oração, seguindo o exemplo de São Guilherme, para estarmos mais perto de Ti, e para alcançarmos a santidade. Amém.

Guilherme: Significa “protetor decidido” ou “protetor corajoso”. Guilherme tem origem no nome germânico Willahelm, composto pela união dos elementos will, vilja, wailja, que quer dizer “vontade, desejo”, e helm, hilms,

Com São Gregório, Bispo, irmão de São Basílio Magno, insigne pela sua vida e doutrina, que, por ter proclamado a verdadeira fé, foi expulso da sua cidade no tempo do imperador ariano Valente.

São Pedro Urséolo, que depois de ter sido doge de Veneza se fez monge; foi célebre pela sua piedade e austeridade e passou a vida num ermo próximo do mosteiro.

Martirológio Romano – Secretariado Nacional de Liturgia PT

Jan 10

Beato Gonçalo de Amarante, presbítero de Braga, que, depois de longa peregrinação à Terra Santa, entrou na Ordem dos Pregadores e finalmente se retirou para um ermo; fez construir uma ponte e ajudou muito os habitantes do lugar com a sua oração e pregação. († c. 1259)

2. Em Roma, no cemitério de Calisto, junto à Via Ápia, São Milcíades, papa, oriundo da África, que conheceu a paz da Igreja restabelecida pelo imperador Constantino e, sendo vítima dos ataques dos donatistas, atuou com grande prudência para alcançar a concórdia.(† 314)

3. Na Tebaida, região do Egito, São Paulo, eremita, que abraçou a vida monástica desde os seus princípios.(† s. IV)

4. Em Nissa, na Capadócia, hoje Vedsehir, na atual Turquia, São Gregório, bispo, irmão de São Basílio Magno, insigne pela sua vida e doutrina, que, por ter proclamado a verdadeira fé, foi expulso da sua cidade no tempo do imperador ariano Valente.(† a. 400)

5. Em Jerusalém, São João, bispo, que, em tempo da controvérsia sobre a verdadeira doutrina, trabalhou arduamente pela fé católica e pela paz da Igreja.(† 417)

6. Em Die, no território de Vienne, atualmente na França, São Petrónio, bispo, que anteriormente seguira a vida monástica na ilha de Lérins.(† d. 463)

7. Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, São Marciano, presbítero, que se empenhou com extraordinária diligência em ornamentar as igrejas e socorrer os pobres. († 471)

8. Em Limoges, cidade da Aquitânia, atualmente na França, São Valério, que abraçou a vida solitária. († s. VI)

9. Em Melitene, na antiga Armênia, São Domiciano, bispo, que trabalhou intensamente pela conversão dos Persas. († c. 602)

10. Em Roma, junto de São Pedro, o sepultamento de Santo Agatão, papa, que confirmou a integridade da fé contra os erros do monotelismo e promoveu sínodos para fortalecer a unidade da Igreja.(† 681)

11. No território de Viviers, ao longo do Ródano, na França, Santo Arcôncio, bispo. († c. 740-745)

12. No mosteiro de Cusan, nos montes Pireneus, São Pedro Urséolo, que depois de ter sido doge de Veneza se fez monge; foi célebre pela sua piedade e austeridade e passou a vida num ermo próximo do mosteiro. († c. 987/988)

13. No mosteiro de Cava de’ Tirréni, na Campânia, hoje região da Itália, o Beato Benincasa, abade, que enviou cem dos seus monges à Sicília para ocupar o cenóbio de Monreale recentemente fundado.(† 1194)

14. Em Bourges, na Aquitânia, região da França, São Guilherme, bispo, que, aspirando ardentemente à vida de solidão e meditação, foi monge cisterciense em Pontigny, depois abade em Chalis e finalmente bispo da Igreja de Bourges; mas nunca abrandou a austeridade da vida monástica e distinguiu-se pela sua caridade para com o clero, os cativos e os indigentes. († 1209)

15. Em Arezzo, na Etrúria, atualmente na Toscana, região da Itália, o passamento do Beato Gregório X, papa, que, sendo arcediago de Liège, foi eleito para a cadeira de Pedro: favoreceu de todos os modos a comunhão com os Gregos e, para promover a conciliação entre os cristãos e recuperar a Terra Santa, convocou o segundo Concílio Ecumênico de Lião.(† 1276)

16. Em Lorenzana, na Lucânia, na atual Basilicata, região da Itália, o Beato Egídio (Bernardino di Bello), religioso da Ordem dos Frades Menores, que viveu recluso numa gruta.(† 1518)

17. Em Arequipa, no Peru, a Beata Ana dos Anjos Monteagudo, virgem da Ordem dos Pregadores, que com o dom do conselho e da profecia promoveu o bem de toda a cidade.(† 1686)

Santo Adriano da Cantuária, Presbítero – 09 de Janeiro

Santo Adriano da Cantuária, Presbítero

 

Sacerdote beneditino

Nasceu no ano 635 no norte da África e foi batizado com o nome de Hadrian. Tinha apenas cinco anos de idade quando sua família imigrou para a cidade italiana de Nápoles, pouco antes da invasão dos árabes. Lá estudou no convento dos beneditinos de Nerida, onde se consagrou sacerdote.

Por ordem do Papa foi a Inglaterra

Enquanto era abade num mosteiro próximo de Monte Cassino, Adriano foi duas vezes convidado pelo Papa São Vitalino a ocupar o Arcebispado de Canterbury. Declinou a oferta nas duas ocasiões; na segunda vez, no entanto, sugeriu o nome do monge grego Teodoro (Teodoro de Cantuária) para ocupar o cargo. O Papa concordou, mas impôs como condição que Adriano acompanhasse o novo arcebispo à Inglaterra.

Professor de ciências humanas e teologia

Possuía profundos conhecimentos sobre a Bíblia, era administrador experiente e um erudito em grego e latim, professor de ciências humanas e teologia. Sob sua direção, a escola monástica de Canterbury passou a exercer profunda e ampla influência.

O florescimento da Igreja inglesa no tempo de Teodoro deve muito a ele

Na escola, a par das disciplinas religiosas, eram ensinados astronomia, poesia e cálculo de calendário. São Beda afirma que alguns alunos sabiam latim e grego tão bem quanto inglês. Adriano auxiliou o seu arcebispo em várias tarefas pastorais e não há dúvida de que o florescimento da Igreja inglesa no tempo de Teodoro deve muito a ele.

Conselheiro de Papa

A fama de sua capacidade e conhecimento chegou ao imperador Constantino II que em 663 o fez seu embaixador junto ao Papa Vitalino, função que exerceu duas vezes. Depois, este Papa o nomeou como um dos seus conselheiros.

Nele os ingleses encontraram um pastor cheio de sabedoria.

Viveu neste país durante trinta e nove anos, totalmente dedicados ao serviço da Igreja. Nele os ingleses encontraram um pastor cheio de sabedoria e piedoso, um verdadeiro missionário e instrumento de Deus. Muitos se iluminaram com os seus exemplos de vida profundamente evangélica.

Sua sepultura se tornou um lugar de graças, prodígios e peregrinação

Morreu em 9 de janeiro de 710. A sua sepultura se tornou um lugar de graças, prodígios e peregrinação. Em 1091, o seu corpo foi encontrado incorrupto e trasladado para a cripta da igreja do mesmo convento.

Outro Adriano que é lembrado neste dia foi um soldado romano que se converteu ao cristianismo quando via os cristãos morrerem de fome alegremente. Isso no ano de 304. Adriano era um oficial estacionado na Nicomedia (moderna Turquia) durante o reinado do Imperador Diocleciano.

Recusou-se a fazer sacrifício aos deuses romanos

Ele recusou-se a fazer sacrifício aos deuses romanos e foi preso. De acordo com a tradição durante a sua prisão, sua esposa Natália colocou roupas de homem e cuidou dele e dos seus amigos prisioneiros.

Pernas esmagadas; braços cortados

Quando foi martirizado, Natália assistiu suas pernas serem esmagadas e seus braços serem cortados. Ela recuperou um dos braços do seu marido quando os romanos tentavam queimar seus restos mortais. Inexplicavelmente uma forte chuva apagou a fogueira.

Adriano é o patrono de Roma e Constantinopla

Natália então pegou o braço de Adriano e escapou da área para não chamar a atenção dos oficiais romanos. Ela foi então para Constantinopla (hoje Istambul) onde o corpo de Adriano tinha sido levado por outros cristãos e estava incorrupto. Ela costurou o braço de São Adriano no devido lugar e suas relíquias estão na Catedral de Istambul. Adriano é o patrono de Roma e Constantinopla.

Santos Adrianos, rogai por nós!

Oração – Deus de bondade, fazei de nós apóstolos sábios e bons conselheiros e dai-nos seguir sempre os caminhos do vosso filho Jesus Cristo. Amém!

Adriano: “natural da Ádria”, “natural da água”

Com o Santo Marcelino, Bispo, que, como escreve o Papa São Gregório Magno, com o poder divino salvou do incêndio sua cidade.

 

Martirológio Romano – Secretariado Nacional de Liturgia PT

Jan 09

1. Em Ancona, no Piceno, hoje nas Marcas, região da Itália, São Marcelino, bispo, que, como escreve o papa São Gregório Magno, com o poder divino salvou do incêndio esta cidade.(† s. VI)

2. Em Cantuária, na Inglaterra, Santo Adrião, abade, natural da África, que, vindo de Nápoles, na Campânia, chegou à Inglaterra e, pela sua profunda formação em ciências sagradas e profanas, ensinou a um grande número de discípulos a ciência da salvação.(† 710)

3. Na Escócia, São Felano, abade do mosteiro de Santo André, que, insigne pela vida de grande austeridade, viveu na solidão.(† c. 710)

4. No monte Olimpo, na Bitínia, na atual Turquia, Santo Eustrácio o Taumaturgo, abade do mosteiro de Abgar.(† s. IX)

5. Em Thénézay, no território de Poitiers, na Aquitânia, atualmente na França, Santo Honorato de Buzançais, mártir, que era negociante de gado e com o seu lucro socorria os pobres; e, ao repreender dois seus empregados pelos furtos que faziam, foi por eles barbaramente assassinado.(† 1250)

6. Em Certaldo, na Etrúria, na atual Toscana, região da Itália, a Beata Júlia della Rena, da Ordem Terceira de Santo Agostinho, que viveu reclusa só para Deus numa pequena cela junto da igreja.(† 1367)

7. Em Ancona, no Piceno, hoje nas Marcas, região da Itália, o Beato António Fatáti, bispo, que exerceu com grande prudência e serenidade todas as missões que lhe foram confiadas pelos Pontífices Romanos, e foi sempre austero para consigo, mas magnânimo para com os pobres.(† 1484)

8. Em Nancy, na França, a Beata Maria Teresa de Jesus (Alice Le Clerc), virgem, que, fundou com São Pedro Fourier a Congregação das Canonisas Regulares de Nossa Senhora, sob a Regra de Santo Agostinho, destinada à formação das jovens. († 1622)

9. Em Seul, Coreia, as santas mártires Agueda Yi, virgem, cujos pais receberam também a coroa do martírio, e Teresa Kim, viúva, que, depois de cruelmente flageladas no cárcere pela sua fé em Cristo, ambas morreram degoladas.(† 1840)

10. Perto de Munique, cidade da Baviera, na Alemanha, no campo de concentração de Dachau, os beatos José Pawlowski e Casimiro Grelewski, presbíteros e mártires, que, em tempo da guerra, deportados da Polônia invadida pelos perseguidores, terminaram o seu martírio com o suplício da forca.(† 1942)

 

 

Batismo do Senhor – São Severino, Mártir – 08 de Janeiro

Batismo do Senhor - São Severino, Mártir

 

Batismo do Senhor

1ª leitura: «Eis o meu eleito, nele se compraz a minha alma» (Isaías 42,1-4.6-7)
Salmo: Sl. 28(29) R/ Que o Senhor abençoe, com a paz, o seu povo!
2ª leitura: «Jesus de Nazaré foi ungido por Deus com o Espírito Santo» (Atos 10,34-38)
Evangelho: «Tu és o meu Filho amado, em ti ponho meu benquerer» (Marcos 1,7-11)

Com a Epifania Jesus se revela a todas as nações

Com a festa do Batismo de Jesus continua o ciclo das manifestações do Senhor, que começou no Natal com o nascimento do Verbo encarnado em Belém, contemplado por Maria, José e os pastores na humildade do presépio, e que teve uma etapa importante na Epifania, quando o Messias, através dos Magos, se manifestou a todas as nações.

Com o Batismo se revela a João e ao povo de Israel

Hoje Jesus revela-se, nas margens do Jordão, a João e ao povo de Israel. É a primeira ocasião em que ele, como homem maduro, entra no cenário público, depois de ter deixado Nazaré. Encontramo-lo junto do Batista, que é procurado por um grande número de pessoas, num cenário insólito.

O povo  O esperava

São Lucas observa antes de tudo que o povo “esperava”. Assim, ele ressalta a expectativa de Israel, capta, naquelas pessoas que tinham deixado as suas casas e os compromissos habituais, o desejo profundo de um mundo diverso e de palavras novas, que parecem encontrar uma resposta precisamente nas palavras severas, mas cheias de esperança do Precursor.

Jesus vai a procura de João

O seu é um batismo de penitência, um sinal que convida à conversão, a mudar de vida, porque aproxima Aquele que “batizará no Espírito Santo e no fogo”.  Jesus abandona a casa e as ocupações habituais para alcançar o Jordão. Chega ao meio da multidão que está a ouvir o Batista e põe-se na fila como todos, à espera de ser batizado.

Alguém maior que ele e que não é digno nem sequer de lhe desatar a correia das sandálias

João, logo que o vê aproximar-se, intui que naquele Homem há algo único, que é o misterioso Outro que esperava e para o qual estava orientada toda a sua vida. Compreende que se encontra diante de Alguém maior que ele e que não é digno nem sequer de lhe desatar a correia das sandálias.

Jesus em sua extrema humildade

Junto do Jordão, Jesus se manifesta com uma extraordinária humildade, que recorda a pobreza e a simplicidade do Menino colocado na manjedoura, e antecipa os sentimentos com os quais, no final dos seus dias terrenos, chegará a lavar os pés dos discípulos e sofrerá a humilhação terrível da cruz.

Aquele que é sem pecado, coloca-se entre os pecadores

O Filho de Deus, Aquele que é sem pecado, coloca-se entre os pecadores, mostra a proximidade de Deus ao caminho de conversão do homem. Jesus carrega sobre os seus ombros o peso da culpa da humanidade inteira, inicia a sua missão pondo-se no nosso lugar, no lugar dos pecadores, na perspectiva da cruz.

Viver a beleza e a alegria de sermos cristãos

Com esta celebração do Batismo, o Senhor conceda a cada um de nós viver a beleza e a alegria de sermos cristãos, para que possamos introduzir as crianças batizadas na plenitude da adesão a Cristo. Confiemos estas crianças à intercessão materna da Virgem Maria. Peçamos-lhe que, revestidos com a veste branca, sinal da sua nova dignidade de filhos de Deus, durante toda a sua vida sejam discípulos fiéis de Cristo e testemunhas corajosas do Evangelho. Amém.

 

São Severino

Século devastado pelos bárbaros

No século V o império romano do Ocidente foi progressivamente submerso pelos invasores germânicos: visigodos, ostrogodos, vândalos, suevos, borgúndios, alamanos e francos. Na devastação geral só as autoridades cristãs constituíam ponto seguro para a sobrevivência. Esse é o contexto histórico em que se inserem a figura e a obra de São Severino, o apóstolo da Nórica.

Severino na trilha dos bárbaros

É muito fácil seguir os passos de Severino nesta trilha de destruição. Em 454, estava nos confins da Nórica e da Pomonia onde, estabelecido às margens do rio Danúbio, na Áustria, além de acolher a população ameaçada usava o local como ponto estratégico para pregar entre os bárbaros pagãos. Já no ano seguinte estava em Melk e no mesmo ano em Ostembur, onde se fixou numa choupana para se entregar também à penitência.

Ministério apostólico itinerante

Esse seu ministério apostólico itinerante frutificou em várias cidades, com a fundação de inúmeros mosteiros. Como possuía o dom da profecia, avisou com antecedência várias comunidades sobre sua futura destruição, acertando as datas com exatidão.

Profetizou a chegada dos bárbaros com as datas para salvar as comunidades

Temos, por exemplo, o caso dos habitantes de Asturis, aos quais profetizou a morte pelas mãos de Átila, o rei dos hunos que habitavam a Hungria. O povo além de não lhe dar ouvidos considerou o fato com ironia, mas tombou logo depois de Severino ter deixado o local. Sim, a cidade foi destruída e todos os habitantes assassinados.

Sua história registra também incontáveis prodígios entre os bárbaros

Dali ele partiu para Comagaris e, sem o menor receio de perder a vida, chegou até Comagene, já dominada pelos dos inimigos. Lá, acolheu e socorreu os aflitos, ganhando o respeito inclusive dos próprios invasores, a começar pelos chefes dos guerreiros. Sua história registra também incontáveis prodígios e graças operadas na humildade e na pobreza constantes.

Predisse a data de sua morte

Severino predisse até a data exata da própria morte, avisando também sobre a futura expulsão de sua Ordem da região do Danúbio. Morreu no dia 08 de janeiro de 482 pronunciando a última frase do último salmo da Bíblia , (o 150): “Todo ser que tem vida, a deve ao Senhor”.

Segundo o seu biógrafo e discípulo Eugípio, Santo Severino teria nascido no ano 410, na capital do mundo de então, ou seja na cidade de Roma e pertencia a uma família nobre e rica.

Homem de fino trato, humilde e caridoso

Era um homem de fino trato, que falava o latim com perfeição, profundamente humilde e caridoso. Também possuía os dons do conselho, da profecia e da cura, os quais garantiu e manteve até o final de sua vida graças às longas penitências e preces que fazia ao Santíssimo Espírito Santo e ao cumprimento estrito dos votos feitos ao seguir a vocação sacerdotal.

Especialmente venerado na Áustria e Alemanha, hoje, a urna mortuária de Santo Severino se encontra na igreja dos beneditinos em Nápoles, na Itália.

São Severino, rogai, por nós!

Oração – Nós vos pedimos, Senhor, e mediante o vosso Espírito Santo, nos concedais o dom do discernimento, para percebermos os sinais de vosso amor e de vossa ação na história humana.

Severino: “pouco severo”, “pouco duro”; diminutivo do nome Severo

 

Com São Lourenço Justiniano, Patriarca de Veneza.

 

Martirológio Romano – Secretariado Nacional de Liturgia PT

Jan 08

1. Em Hierápolis, na Frígia, na atual Turquia, Santo Apolinário, bispo, que, no tempo do imperador Marco Aurélio, resplandeceu pela sua doutrina e santidade.(† s. II)

2. Na Líbia, os santos mártires Teófilo, diácono, e Eládio, de quem se diz que, depois de dilacerados com pontas agudíssimas, foram finalmente lançados ao fogo. († s.c. III)

3. Em Beauvais, na Gália Bélgica, hoje na França, os santos Luciano, Maximiano e Julião, mártires.(† c. 290)

4. Em Metz, também na Gália Bélgica, São Paciente, bispo.(† s. IV)

5. No Nórico, junto ao Danúbio, atualmente na Áustria, São Severino, presbítero e monge, que, tendo chegado a esta região depois da morte de Átila, chefe dos Hunos, defendeu as populações indefesas, aplacou os mais ferozes, converteu os infiéis, edificou mosteiros e instruiu os mais necessitados de formação religiosa.(† c. 482)

6. Em Pavia, na Ligúria, região da Itália, São Máximo, bispo.(† c. 514)

7. No mosteiro de Coziba, na Palestina, São Jorge, monge e eremita, que vivia recluso toda a semana e orava ao Domingo com os irmãos, com os quais falava sobre as realidades espirituais e a todos dava conselho. († c. 614)

8. Na região de Aberdeen, na Escócia, São Natalano, célebre pela sua caridade para com os pobres. († c. 678)

9. Em Ratisbona, cidade da Baviera, atual região da Alemanha, Santo Erardo, natural da Escócia, o qual, no desejo ardente de propagar o Evangelho, partiu para esta região, onde exerceu o ministério episcopal. († 707)

10. Em Moorsel, no Brabante, na atual Bélgica, Santa Gudélia, virgem, que em sua casa se consagrou às obras de caridade e à oração.(† c. 712)

11. Em Cashel, na Irlanda, Santo Alberto, bispo, natural da Inglaterra, que durante muito tempo foi peregrino por amor de Cristo.(† s. c. VIII)

12. Em Veneza, na Itália, São Lourenço Justiniano, bispo, que ilustrou esta Igreja com a doutrina da sabedoria eterna. († 1456)

13. Em Newcastle-on-Tyne, na Inglaterra, o Beato Eduardo Waterson, presbítero e mártir, que, no reinado de Isabel I, por ter chegado à Inglaterra para exercer o ministério sacerdotal, foi condenado à morte e enforcado no patíbulo. († 1593)

14. Em Marola, província de Vicenza, na Itália, a Beata Eurósia Fabris Barban, mãe de família, membro da Ordem Terceira Franciscana.(† 1932)

 

São Raimundo Penaforte, Presbítero, Fundador – 07 de Janeiro

São Raimundo Penaforte, Presbítero, Fundador

Descendente de Reis, amante da oração e do estudo

Era de família nobre descendente dos Reis de Aragão. De tenra idade ainda, revelava grande interesse pela oração e pelo estudo. Tão prodigiosos foram os seus progressos que, tendo apenas vinte anos de idade, foi professor de artes livres numa universidade, em Barcelona, atraindo muitos estudantes para suas aulas.

Diplomado com louvor, nunca esqueceu os pobres

Depois foi para Bolonha onde continuou lecionando e estudando direito civil e eclesiástico. Ao final foi diplomado com louvor e nomeado titular da cadeira de Direito Canônico da mesma escola. Jamais esqueceu os pobres, deles, Raimundo cuidava pessoalmente, muito embora a fama de seus conhecimentos já percorresse toda a Itália e Europa.

Confessor de Papa

Em 1220 voltou para a Espanha e foi ordenado sacerdote e vigário geral da diocese de Barcelona. Depois foi convocado para servir em Roma a pedido do Papa Gregório IX, do qual foi confessor cerca de oito anos.

Editou as famosas “Decretais de Gregório IX”

Por ordem do Papa, Raimundo editou a obra conhecida como “Os Decretais de Gregório IX”, muito importante para o direito canônico até hoje. Como retribuição pela dedicação e bons trabalhos, este Papa o nomeou arcebispo de Taragona.

Dentro de sua extrema humildade e se julgando indigno pediu exoneração do cargo, chegando a ficar doente por causa desta situação e com a licença dos superiores, voltou para a Espanha.

Amigo de um santo Fundador

Do amigo, Pedro Nolasco, recebeu e aceitou o convite de redigir as Constituições da nascente Ordem das Mercês para a Redenção dos Cativos.

Com a chegada dos dominicanos em Barcelona, abandonou tudo para ingressar na Ordem.

Abandonou tudo e se tornou dominicano

Quando o superior geral morreu, em 1278, os religiosos elegeram Raimundo para ser o sucessor. Durante dois anos percorreu todos os conventos da Ordem a pé. Depois se afastou da direção, para se dedicar a vida solitária de orações e penitência, mas aos pobres continuou a atender.

Grandes prodígios Deus executou por meio do seu servo

Esta santificação lhe aprimorou ainda mais os dons e grandes prodígios Deus executou por meio do seu servo, cuja fama de santidade corria entre os fiéis.

Por inspiração, aos setenta anos, Raimundo voltou ao ensino. Fundou dois seminários onde o ensino era dado em hebraico e árabe, para atrair judeus e mouros ao Cristianismo. Em pouco tempo dez mil árabes tinham recebido o batismo.

Confessor de Rei

Foi confessor do rei Jaime de Aragão, ao qual repreendeu pela vida mundana desregrada. Também o alertou sobre o perigo que o reino corria com os albigenses, facção da seita dos cátaros, que estavam pregando uma doutrina contrária e desta maneira conseguiu que fossem expulsos.

Escritor famoso

Era um escritor valoroso, a sua obra, “Suma de Casos”, continua sendo usada pelos confessores.

Avisados de sua última enfermidade os reis de Aragão e Castela foram ao seu encontro para receberem a derradeira benção.

Raimundo de Penafort morreu centenário no dia 6 de janeiro de 1275. Foi canonizado e sua festa autorizada para o dia seguinte da Epifania, em 7 de janeiro.

São Raimundo de Penaforte, rogai por nós!

Oração – Senhor, que destes a São Raimundo de Penhaforte a virtude de uma admirável misericórdia para com os pecadores e os prisioneiros, dignai-Vos, por sua intercessão, quebrar as cadeias dos nossos pecados para podermos cumprir livremente a vossa vontade.

Raimundo: “aquele que protege com seus conselhos”; do germânico Ragnemundus: ragin que significa “conselho” e mundo que quer dizer “proteção”.

Com São Canuto Lavard, mártir, que, sendo duque de Schleswig, governou com prudência e bondade o principado e fomentou a piedade do seu povo, mas foi assassinado pelos inimigos que invejavam a sua autoridade.

Martirológio Romano – Secretariado Nacional de Liturgia PT

Jan 07

2. Em Melitene, na Armênia, hoje Malatya, na Turquia, São Polieucto, mártir, que, sendo soldado, constrangido pelo edito do imperador Décio a sacrificar aos deuses, quebrou as estátuas; por isso suportou muitos tormentos e, finalmente degolado, foi baptizado com o derramamento do seu sangue. († c. 250)

3. Em Nicomédia, na Bitínia, hoje Izmit, na Turquia, a paixão de São Luciano, presbítero e mártir da Igreja de Antioquia, célebre pela sua sabedoria e eloquência, que, levado ao tribunal para contínuas interrogações acompanhadas de torturas, persistiu intrepidamente em declarar-se cristão.(† 312)

4. Em Passau, no Nórico, na atual Baviera, comemoração de São Valentim, bispo da Récia.(† c. 450)

5. Em Pavia, na Ligúria, região da Itália, São Crispim, bispo.(† 467)

6. Em Chur, no território da Helvécia, atual Suíça, São Valentiniano, bispo, que socorreu os pobres com os seus bens, pagou o resgate de cativos e distribuiu vestes aos mais necessitados.(† 548)

7. Em Solignac, junto de Limoges, na Aquitânia, hoje na França, São Tilo, discípulo de Santo Elói, que foi artesão e monge.(† c. 702)

8. Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, São Ciro, bispo, que, sendo monge na Paflagónia, foi elevado à sede de Constantinopla, da qual foi depois expulso, morrendo no exílio.(† 714)

9. Em Le Mans, na Gália, hoje na França, Santo Alderico, bispo, que se dedicou com grande ardor ao culto de Deus e dos Santos.(† 856)

10. Na floresta próxima de Ringsted, na Dinamarca, São Canuto Lavard, que, sendo duque de Schleswig, governou com prudência e bondade o principado e fomentou a piedade do seu povo, mas foi assassinado pelos inimigos que invejavam a sua autoridade. († 1137)

11. Em Palermo, na Sicília, hoje região da Itália, o passamento do Beato Mateus Guimerá, bispo de Agrigento, da Ordem dos Menores, singularmente dedicado ao culto e à exaltação do Santíssimo Nome de Jesus.(† 1451)

12. Em Suzuta, no Japão, o Beato Ambrósio Fernandes, mártir, que partiu para o Oriente à procura de comércio e lucro, mas, conquistado pelo fervor da vida cristã foi admitido como religioso na Companhia de Jesus e, depois de ter padecido muitas privações, morreu por Cristo no cárcere.(† 1620)

13. Em An Bai, localidade do Tonquim, hoje Vietnam, São José Tuân, mártir, que, sendo pai de família e agricultor, morreu degolado no tempo do imperador Tu Duc, por se ajoelhar e orar diante duma cruz, em vez de a calcar aos pés como lhe tinha sido ordenado.(† 1862)

14. Em Liège, na Bélgica, a Beata Maria Teresa do Sagrado Coração (Joana Haze), virgem, que fundou a Congregação das Filhas da Cruz, destinada ao serviço dos mais débeis e dos pobres.(† 1876)

 

Epifania do Senhor, dia que lembramos de Santos Reis– 06 de Janeiro

Epifania do Senhor, dia que lembramos de Santos Reis

 

No dia 6 de janeiro, a Igreja celebra o dia de Santos Reis, também conhecida como celebração da Epifania do Senhor. Nessa festa, celebramos a visita dos Magos provenientes do Oriente, que viajaram muito para prestar homenagens e adorar o Menino Jesus recém-nascido. Ofereceram presentes cheios de significados ao menino Deus: ouro, incenso e mirra. Este fato é narrado pelo evangelista Mateus, no Capítulo 2, versículos 1-12. Trata-se de uma história impressionante, com vários símbolos importantes para a nossa vida.

Eram reis?

São Mateus chama-os apenas de “Magos”. Porém, essa palavra tinha vários significados. Designava a origem geográfica de pessoas da Pérsia. Por isso deduzimos que os magos eram daquele país. Designava também pessoas da realeza. Por isso acredita-se que eles eram reis. Por fim, “mago” significava também o que chamaríamos hoje de “cientistas”, pois eles conheciam profundamente a matemática, a medicina, a astronomia – tanto que detectaram o aparecimento de uma nova estrela – a química e outras ciências já conhecidas na época. Tudo isso concorda com a tradição científica dos persas.

Seguindo uma estrela

O aparecimento de uma nova estrela no céu mudou a vida daqueles homens. O conhecimento científico permitiu que eles descobrissem o novo astro. Daí se deduz que eles eram conhecedores dos mapas celestes e bons viajantes. Naquele tempo, os viajantes do deserto viajavam à noite e guiavam-se pela posição das estrelas. Por isso, eles detectaram o aparecimento da nova estrela. Porém, não apenas detectaram. Eles conheciam as profecias messiânicas e compreenderam que tal estrela anunciava o nascimento do Rei dos reis, o soberano das nações, o Salvador. Por isso se uniram para preparar e empreender uma viagem em busca do Rei Salvador.

Surpresa em Israel

Seguindo a estrela, aqueles sábios viajantes chegaram a Israel. Como procuravam por um rei, soberano das nações recém-nascido, dirigiram-se à capital Jerusalém, pensando que o menino Deus seria descendente do então rei de Israel. A chegada desses homens na capital foi motivo de alarde e espanto, segundo o relato de São Mateus, pois o povo não sabia do nascimento do Messias, embora desejasse ardentemente este acontecimento. Mateus diz que Jerusalém entrou em polvorosa com a chegada dos magos.

O encontro com Herodes

Tal foi a importância da visita dos magos a Jerusalém, que foram recebidos pelo rei Herodes. Este, provavelmente, recebeu-os como chefes de Estado, com todas as honras. Ao saber, porém, o real motivo da visita, Herodes sente-se ameaçado. O Rei Salvador recém-nascido poderia roubar seu trono, pensou. Por isso, fingindo interesse, procurou saber sobre as profecias ouvindo os escribas e enviou os magos a Belém. E disse a eles que, depois de encontrarem o menino, voltassem para indicar o local onde ele estava, para que também Herodes pudesse ir adorá-lo. Herodes, na verdade, sanguinário que era, queria matar o menino. Herodes, com efeito, já tinha cometido vários assassinatos, inclusive de dois filhos seus, por causa de seu medo de perder o poder. Embora tenha construído grandes obras em Jerusalém, Herodes, que não era judeu, mas sim nabateu e odiado pelos judeus, era um homem doente pelo poder, capaz de qualquer coisa para se manter na realeza.

O encontro com o Menino Jesus

São Mateus diz que, tão logo os magos saíram de Jerusalém, avistaram novamente a estrela e encheram-se de alegria. Seguiram-na, e ela os levou ao local onde Jesus estava. Chegando, depararam-se com a maior das surpresas: o Rei, soberano das nações, o Filho de Deus, nascera numa família pobre, simples. Não nasceu em berço de ouro, mas numa manjedoura! Sua mãe, uma jovem simples e seu pai, adotivo, um carpinteiro. Mesmo assim, os reis reconheceram naquele menino o soberano das nações, o Príncipe da Paz, e ofereceram presentes a ele.

Presentes com significados profundos

Os magos, reconhecendo naquele Menino o Rei dos reis, ofereceram-lhe presentes. Por causa do número desses presentes, deduz-se que os magos eram três. Eles ofereceram ouro, incenso e mirra. O ouro significa a realeza daquele menino. O incenso simboliza sua divindade e a mirra simboliza sua humanidade e o sofrimento através do qual ele salvaria a humanidade. Depois de entregar os presentes, os magos adoraram o Menino Deus.

Fugindo de Herodes

Depois da visita, os magos foram avisados em sonhos para não voltarem a Herodes. Reconhecendo nisso uma mensagem divina, eles obedeceram e voltaram por outro caminho. Ao descobrir que tinha sido enganado, Herodes, furioso, manda matar todos os meninos com menos de dois anos nascidos em Belém. Ele queria ter a certeza de que o Messias, visto por ele como rival, fosse morto.

Fuga para o Egito

José foi avisado também em sonho e partiu para o Egito, fugindo com a Sagrada Família da ira de Herodes. Assim, os meninos de Belém com menos de dois anos deram suas vidas para que Jesus sobrevivesse. Eles passaram a ser conhecidos como Santos Inocentes, o que, de fato, são.

A Sagrada Família permaneceu no Egito até a morte de Herodes. Então, voltaram para Israel e foram viver em Nazaré, longe da capital Jerusalém.

Veneração

A tradição cristã conservou a veneração aos três os reis magos. Segundo a tradição, confirmada por São Beda, seus nomes eram Melquior, Gaspar e Baltazar. Até 474, os cristãos guardavam seus restos mortais em Constantinopla. Depois, foram levados para a grande catedral de Milão, Itália. Mais tarde, em 1164, foram trasladados para a bela cidade de Colônia, Alemanha. Lá, foi construída a esplendorosa Catedral dos Reis Magos, que guarda os restos mortais dos três reis santos até os dias de hoje.

Minha Oração

“Ó amabilíssimos Santos Reis, Baltazar, Melquior e Gaspar! Fostes vós avisados pelos Anjos do Senhor sobre a vinda ao mundo de Jesus, o Salvador, e guiados até o presépio de Belém de Judá, pela Divina Estrela do Céu. Ó amáveis Santos Reis, fostes vós os primeiros a terem a ventura de adorar, amar e beijar a Jesus Menino, e oferecer-lhe a vossa devoção e fé, incenso, ouro e mirra. Queremos, em nossa fraqueza, imitar-vos, seguindo a Estrela da Verdade. E descobrindo o Menino Jesus para adorá-lo. Não podemos oferecer-lhe ouro, incenso e mirra, como fizestes. Mas queremos oferecer-lhe o nosso coração contrito e cheio de fé católica. Queremos oferecer-lhe a nossa vida, buscando vivermos unidos à sua Igreja. Esperamos alcançar de vós a intercessão para receber de Deus a graça de que tanto necessitamos. (Em silêncio fazer o pedido). Esperamos, igualmente, alcançarmos a graça de sermos verdadeiros cristãos. Ó bondosos Santos Reis, ajudai-nos, amparai-nos, protegei-nos e iluminai-nos! Derramai vossas bênçãos sobre nossas humildes famílias, colocando-nos debaixo de vossa proteção, da Virgem Maria, a Senhora da Glória, e São José. Nosso Senhor Jesus Cristo, o Menino do Presépio, seja sempre adorado e seguido por todos. Amém!”

Santos Reis Magos, rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em 6 de janeiro

  • Em Antínoo, na Tebaida, região do Egipto, os santos Julião e Basilissa, mártires. († s. IV)
  • Em Nantes, na Bretanha Menor, região da actual França, São Félix, bispo, que deu testemunho insigne de zelo apostólico ao serviço dos seus concidadãos, construiu a igreja catedral e evangelizou com intenso ardor as populações rurais. († 582)
  • Em Würzburg, na Francónia, hoje na Alemanha, São Macário, abade, que foi o primeiro prelado do mosteiro dos Escoceses nesta cidade. († 1153)
  • Em Barcelona, na Catalunha, região da Espanha, São Raimundo de Penhaforte, cuja memória se celebra no dia seguinte. († 1275)
  • Em Famagusta, na ilha de Chipre, o passamento de São Pedro Tomás, bispo de Constantinopla, da Ordem dos Carmelitas, que exerceu a missão de legado do Romano Pontífice no Oriente. († 1366)
  • Em Fiésole, na Etrúria, actualmente na Toscana, região da Itália, Santo André Corsíni, bispo, da Ordem dos Carmelitas, que se tornou memorável pela sua vida austera e assídua meditação da Sagrada Escritura, reconstruiu os conventos devastados pela peste, governou sabiamente a sua Igreja, prestou auxílio aos pobres e reconciliou os inimigos. († 1373)
  • Em Valência, na Espanha, São João de Ribera, bispo, que exerceu também as funções de vice-rei. Dedicou-se intensamente ao culto da Santíssima Eucaristia, foi grande defensor da verdade católica e instruiu o seu povo com sólidos ensinamentos. († 1611)
  • Em Roma, São Carlos de Sezze, religioso da Ordem dos Frades Menores, que, obrigado desde a infância a procurar o seu sustento, induzia os companheiros à imitação de Cristo e dos Santos e, revestido finalmente com o hábito franciscano, como tanto desejava, se dedicou assiduamente à adoração do Santíssimo Sacramento. († 1670)
  • Em Casalmedinho, localidade próxima de Viseu, em Portugal, a Beata Rita Amada de Jesus (Rita Lopes Almeida), virgem, que, em tempos difíceis de perseguição religiosa e devassidão de costumes, entre grandes dificuldades e obstáculos fundou o Instituto Jesus Maria José, destinado a recolher e educar meninas pobres e abandonadas, promovendo também com grande diligência a dignidade integral das mulheres. († 1913)
  • Em Roma, Santa Rafaela Maria do Sagrado Coração (Rafaela Maria Porras Ayllón), virgem, que fundou a Congregação das Escravas do Sagrado Coração de Jesus e, considerada mentalmente incapacitada, passou santamente o resto da sua vida entregue ao sofrimento e à penitência. († 1925)
  • Em Montréal, no Quebec, região do Canadá, Santo André (Alfredo Bessette), religioso da Congregação da Santa Cruz, que edificou neste lugar um eminente santuário em honra de São José. († 1937)
  • Em Montcada, na Catalunha, região da Espanha, o Beato José Mariano dos Anjos (Mariano Alarcón Ruiz), presbítero da Ordem dos Carmelitas Descalços e mártir, que, durante a perseguição contra a Igreja, foi morto em ódio à religião. (†1937)

Fonte:

  • Mílicia da Imaculada
  • Martirológio Romano

– Produção e edição: Leonardo Girotto

São João Nepomuceno Neuman, Bispo, Fundador– 05 de Janeiro

São João Nepomuceno Neuman, Bispo, Fundador

Deixou a família na calada da noite para se tornar missionário

Em 1836, um jovem seminarista chamado João Neumann chegou aos EUA proveniente da Boêmia, sua pátria. Deixou a família na calada da noite para se tornar missionário na América. Seu único objetivo era levar o amor de Deus às almas esquecidas e abandonada.

Sabia as principais línguas da época

Durante a sua formação no seminário de Budweis (Boêmia), dedicou-se, por iniciativa própria, ao estudo das línguas vivas: francês, inglês, espanhol, italiano, tão úteis para o seu apostolado entre os imigrantes.

Entregou-se inteiramente aos imigrantes

Ordenou-se sacerdote em 1836, em Nova Iorque, onde tinha chegado uns meses antes, entregando-se inteiramente aos imigrantes. Em 1840, faz-se redentorista.

Bispos e sacerdotes procuram o seu conselho

Contra a sua vontade é feito Bispo de Filadélfia. Sem dotes exteriores, embora homem de Deus, Bispos e sacerdotes procuram o seu conselho. Abrir escolas e erguer igrejas – construiu a catedral e 89 igrejas paroquiais – são os dois pilares da sua ação pastoral.

A morte o surpreende na rua

Simples como uma criança, de estatura pequena e de saúde frágil, vive pobremente e esgota-se trabalhando pelos imigrantes, até que a morte o surpreende na rua, de onde o retiram os transeuntes sem saber que era o seu Bispo.

Publicou dois catecismos e uma história da Bíblia

Escreveu inúmeros artigos em revistas e jornais católicos; publicou dois catecismos e uma história da Bíblia para as escolas.

Fundador da Congregação das Irmãs da Ordem Terceira de São Francisco e é o primeiro santo dos Estados Unidos.

São João Nepomuceno Neumann, Rogai por nós!

Oração – Deus Pai concedei-nos, pela intercessão de São João Neumann, as forças necessárias para enfrentar os desafios que pretendem enfraquecer nossa fé. Amém.

João, nome bíblico, do latim ‘Iohannes’, o grego ‘Ioannes’ e o hebraico ‘Yochanan’: “Deus é propício”, “Deus Mostrou Favor”, “Deus Foi Clemente”

Com Santo Eduardo o Confessor, que, sendo rei dos Ingleses, muito estimado pelo povo por causa da sua exímia caridade, conseguiu estabelecer a paz no seu reino e promoveu tenazmente a comunhão com a Sé Apostólica.

São Simeão- O Estilita, confessor Desejoso de entregar-se ao isolamento e à oração, construiu uma coluna de 28 metros de altura, no topo da qual se refugiou. Daquele lugar insólito pregava, convertia pecadores e dava orientação a pessoas que de muito longe iam procurar seus conselhos, inclusive imperadores e reis.

Martirológio Romano – Secretariado Nacional de Liturgia PT

jan 05

1. Em Alexandria, no Egito, Santa Sinclética, que, segundo a tradição, seguiu a vida eremítica.(† s. IV)

2. Em Cartago, Tunísia, São Deográcias, bispo, resgatou muitos cativos trazidos da cidade de Roma pelos Vândalos, abrigando-os em duas amplas basílicas preparadas com pequenos leitos e esteiras.(† 457/458)

3. Em Roma, a comemoração de Santa Emiliana, virgem, tia paterna de São Gregório Magno, que, pouco depois da sua irmã Tarsila, partiu deste mundo ao encontro do Senhor.(† s. VI)

4. Na Bretanha Menor, região da atual França, São Convoião, abade, que fundou em Redon o mosteiro de São Salvador, onde, sob a sua direção e seguindo a Regra de São Bento, floresceu uma plêiade de monges insignes pela sua grande piedade; destruído o seu cenóbio pelos Normandos, construiu um novo mosteiro em Saint-Maxent-de-Plélan, onde faleceu octogenário.(† 868)

5. Em Londres, na Inglaterra, Santo Eduardo o Confessor, que, sendo rei dos Ingleses, muito estimado pelo povo por causa da sua exímia caridade, conseguiu estabelecer a paz no seu reino e promoveu tenazmente a comunhão com a Sé Apostólica.(† 1066)

6. Próximo de Walkenberg, na região de Limburgo, na actual Holanda, São Gerlac, eremita, insigne pelo seu auxílio aos pobres.(† 1165)

7. Em Tódi, na Úmbria, região da Itália, o Beato Rogério, presbítero da Ordem dos Frades Menores, que foi discípulo de São Francisco e seu fervoroso imitador. († 1237)

8. Em Angers, na França, os beatos Francisco Peltier, Tiago Ledoyen e Pedro Tessier, presbíteros e mártires, que durante a Revolução Francesa, foram degolados por permanecerem fiéis ao seu sacerdócio.(† 1794)

9. Em Filadélfia, na Pensilvânia, nos Estados Unidos da América do Norte, São João Nepomuceno Neumann, bispo, da Congregação do Santíssimo Redentor, que prestou grande auxílio aos imigrantes pobres com meios materiais, providentes conselhos e admirável caridade e se dedicou com muita solicitude à formação cristã das crianças.(† 1860)

10. Em Génova, na Itália, a Beata Maria Repetto, virgem, das Irmãs de Nossa Senhora do Refúgio no Monte Calvário, que, oculta aos olhos do mundo, foi notável na sua atividade para confortar os aflitos e fortalecer os vacilantes na esperança da salvação.(† 1890)

11. Em Dublin, na Irlanda, São Carlos de Santo André (João André) Houben, presbítero da Congregação da Paixão, zeloso ministro do sacramento da Penitência.(† 1893)

12. Em Jazlowice, cidade da Ucrânia, a Beata Marcelina Darowska, que, depois do falecimento do esposo e do filho primogênito, se consagrou ao Senhor e, sempre solícita pela dignidade da família, fundou a Congregação das Irmãs da Imaculada Virgem Santa Maria, destinada à formação das jovens.(† 1911)

13. Em Spoleto, na Itália, o Beato Pedro Bonílli, presbítero, fundador do Instituto das Irmãs da Sagrada Família, destinado à educação e auxílio das jovens indigentes e dos órfãos.(† 1935)

14. Em Saragoça, na Espanha, Santa Genoveva Torres Morales, virgem, que, tendo sofrido já desde a infância a aspereza da vida e a adversidade da doença, fundou o Instituto das Irmãs do Sacratíssimo Coração de Jesus e dos Anjos, destinada ao auxílio das mulheres.(† 1956)

Santa Ângela de Foligno, um exemplo de conversão – 04 de Janeiro

Santa Ângela de Foligno, um exemplo de conversão

 

Origens
Santa Ângela nasceu em Foligno, na Itália, no ano de 1248, numa família muito abastada. Mas, infelizmente, não vivia a maior riqueza, que é o amor a Deus. Dentro deste ambiente indiferente a Deus e à Igreja, a menina foi crescendo. Perdeu seu pai muito cedo, recebendo da mãe uma educação superficial, que a levou a viver seus primeiros anos distante da fé.

Sacramento da Reconciliação
Casou-se com um habitante famoso de sua cidade, com quem teve vários filhos, mas, infelizmente, tanto os filhos e, depois, o esposo faleceram. Deixando-se levar por uma vida distante de Deus, entregava-se às festas, às vaidades, cada vez mais longe de Deus e dela mesma, até que sentiu o toque da misericórdia do Senhor. Recorreu à Virgem Maria, buscando o sacramento da reconciliação quando ela tocou em seu vazio existencial.

A Conversão
Santa Ângela tinha 40 anos quando se abriu ao processo de conversão e decidiu vender todos os seus bens e distribuir o dinheiro aos pobres. Foi numa peregrinação para Assis, nas pegadas do Pobrezinho que ela fez uma profunda experiência com o amor de Deus e, em 1291, ingressou para a Ordem Terceira de São Francisco, onde viveu uma vida reclusa e saía nas peregrinações em Assis. Sua direção espiritual foi confiada a Frei Arnaldo que, depois, se tornou seu biógrafo.

Santa Ângela de Foligno: consagrou-se inteiramente a Deus

Magistra Theologorum
Ainda em vida, ficou conhecida como Magistra Theologorum, onde promoveu o aprofundamento da teologia tendo como base a Palavra de Deus, a obediência à Igreja e a experiência pessoal com o Divino. Envolvida nas controvérsias que dilaceraram a Ordem Franciscana, Ângela atraiu para perto de si um cenáculo de filhos espirituais, que viam nela uma guia e mestra da fé.

Páscoa
Morreu no dia 4 de janeiro de 1309 em Foligno. Antes mesmo de falecer, foi-lhe atribuído pelo povo, de maneira informal, o título de Santa. Em 9 de outubro de 2013, o Papa Francisco realizou o que seus predecessores haviam iniciado, canonizando Santa Ângela de Foligno.

Minha oração

“Querida Ângela, tua vida é um exemplo que nunca é tarde para recomeçar, nunca é tarde para conhecer Jesus. Dai a graça da conversão, mesmo que tardia, mas não permitais que passemos dessa vida sem experimentar o nosso Deus amoroso. Amém.”

Santa  Ângela de Foligno, rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em 4 de janeiro

  • Na Mésia, no território atualmente compreendido entre a Roménia e a Bulgária, os santos Hermes e Caio, mártires.  († s. IV)
  • Em Dijon, na Borgonha, atualmente na França, São Gregório, bispo de Langres. († 539/540)
  • Em Uzès, na Gália Narbonense, hoje na França, São Ferréolo, bispo.  († 581)
  • Em Meaux, na Nêustria, na atual França, São Rigomero, bispo. († s. VI)
  • Em Reims, também na Nêustria, São Rigoberto, bispo. († c. 743)
  • Em Bruay-sur-l’Escaut, próximo de Valenciennes, no território de Artois da Nêustria, França, Santa Faraílde, viúva. († c. 745)
  • Em Santa Croce sull’Arno, na Etrúria, atualmente Itália, a Beata Cristiana Menabuoi, virgem, que fundou um mosteiro com a regra de Santo Agostinho. († 1310)
  • Em Durham, na Inglaterra, o Beato Tomás Plumtree, presbítero e mártir. († 1570)
  • Em Emmetsburg, cidade de Maryland, nos Estados Unidos da América do Norte, Santa Isabel Ana Seton, que fundou a Congregação das Irmãs da Caridade de São José. († 1821)
  •  Em Madrid, na Espanha, São Manuel González Garcia, bispo. († 1940)

Fonte:

  • Livro “Santos de cada dia” – José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003]
  • Martirológio Romano
  • Vaticannews.va
  • Vatican.va

– Produção e edição: Melody de Paulo
– Oração: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova

Santa Genoveva, virgem que tudo entregava a Deus – 03 de Janeiro

Santa Genoveva, virgem que tudo entregava a Deus

 

Origens e começo da vida consagrada 

Santa Genoveva nasceu em Nanterre, próximo de Paris, na França, no ano de 422, dentro de uma família muito simples. Desde cedo, ela foi discernindo o chamado de Deus a seu respeito. Quando tinha apenas 8 anos, um bispo chamado Dom Germano estava indo da França para a Inglaterra em missão. Passou por Nanterre para uma celebração e, ao dar a bênção para o povo, teve um discernimento no Espírito Santo e chamou aquela menina de oito anos para a vida consagrada. A resposta dela foi de que não pensava em outra coisa desde pequenina.

Santa Genoveva queria ser totalmente do Senhor. Não demorou muito tempo, ela fez um voto a Deus para viver a virgindade consagrada. Com o falecimento dos pais, dirigiu-se a Paris para morar na casa de uma madrinha. Ali, viveu uma vida de oração e penitência de oferta a Deus para a salvação das almas. Então, ela foi ficando conhecida pelo seu ardor, pelo seu amor e pelo desejo de testemunhar Jesus Cristo a todos os corações.

Uma entrega inteira e fiel a Deus 

Incompreendida pelas pessoas, ela chegou a ponto de ser defendida pelo mesmo Bispo que a chamou para a vida de consagração. Em Paris, ela ficou gravemente enferma; na doença, na dificuldade, chegou a ficar 3 dias em coma. Mas, em tudo, entregava-se à vontade de Deus. E o seu coração ia se dilatando e acolhendo a realidade de tantos. Uma mulher de verdade.

Por causa da invasão do Hunos em várias regiões, chegou, em Paris, uma história que estava amedrontando muitas pessoas: os Hunos estavam chegando para invadir e destruir a capital. Não era verdade e ela o soube. Então, fez questão de falar a verdade para o povo. Eles a perseguiram e quiseram queimá-la como feiticeira. Mas a sua fidelidade a Deus sempre foi a melhor resposta.

Fama de santidade, Páscoa e Canonização

Numa outra ocasião, de fato, os Hunos estavam para invadir e destruir Paris. Santa Genoveva chamou o povo para a oração e penitência; e não aconteceu aquela invasão. A sua fama de santidade e sua humildade para comunicar Cristo Jesus iam cada vez mais longe. Santa Genoveva ia ao encontro de povos para socorrer os doentes, os famintos; uma mulher de caridade, uma santa. Muitas jovens puderam ser despertadas para uma vocação de virgindade consagrada a partir do testemunho de Santa Genoveva.

Santa Genoveva morreu em 512, aos 90 anos de idade. Seu corpo foi levado para a igreja dos Santos Apóstolos. Em 1129, a França, especialmente Paris, estava desolada por uma peste, chamada doenças dos ardentes. Estêvão, bispo de Paris, pediu ao povo que invocasse a intercessão de Santa Genoveva. Imediatamente, as curas começaram a aparecer, até que, em poucos dias, a peste desapareceu. Foi chamado de “Milagre dos Ardentes”. A partir disso, o Papa Inocêncio II ordenou celebrar-se, todos os anos, a sua memória.

Minha oração

“Ó Deus, nosso Pai, por intercessão de Santa Genoveva, afastai de nós as doenças, a fome, as guerras, as incompreensões e o ódio entre irmãos. Jamais nos falte, Senhor, a vossa proteção e auxílio nas dificuldades e provações pelas quais passamos. Nós vos louvamos e vos damos graças. Por Cristo nosso Senhor. Amém!”

Santa Genoveva, rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em 3 de janeiro

  • Santíssimo Nome de Jesus, o único nome ao qual tudo o que há nos céus, na terra e nos abismos se ajoelha, para glória de Deus Pai.
  • Em Roma, no cemitério de Calisto, junto à Via Ápia, o sepultamento de Santo Antero, papa, que, num breve pontificado, sucedeu ao mártir Ponciano. († 236)
  • Em Nicomédia, na Bitínia, hoje Izmit, na actual Turquia, os santos Teopento e Teonas, que sofreram o martírio durante a perseguição de Diocleciano. († 304)
  • Em Cesareia da Capadócia, hoje Kayseri, também na actual Turquia, o centurião São Górdio, mártir, que São Basílio louva como verdadeiro émulo do centurião que estava junto à Cruz, porque, durante a perseguição do imperador Diocleciano, professou a fé em Jesus, Filho de Deus. († 304)
  • Em Pádua, no actual Véneto, região da Itália, a comemoração de São Daniel, diácono e mártir. († c. 304)
  • Em Pário, no Helesponto, na actual Turquia, São Teógenes, mártir, que, recrutado como soldado no tempo do imperador Licínio, recusando-se a prestar o serviço militar por causa da sua fé cristã, foi encarcerado, torturado e finalmente afogado no mar. († 320)
  • Em Vienne, na Gália Lionense, na atual França, São Florêncio, bispo, que tomou parte no Concílio celebrado em Valence. († d. 377)
  • Em Lentíni, na Sicília, região da Itália, São Luciano, bispo. († s. VIII/IX)
  • No mosteiro de Mannaman, no Kérala, estado da Índia, São Ciríaco Elias Chavara, presbítero, fundador da Congregação dos Irmãos Carmelitas de Maria Imaculada. († 1871)

Fonte:

  • Livro “Santos de cada dia” – José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003]
  • Mílicia da Imaculada
  • Martirológio Romano

– Produção e edição: Leonardo Girotto