A Cruz de Jesus nos fortalece!

No mais alto de tudo, a Cruz de Cristo!

O Professor Plinio Corrêa de Oliveira, no dia 14 de setembro de 1965, nos deixou este importantíssimo conselho:  

Em todos os episódios da Paixão, nota-se o desejo de humilhar Nosso Senhor. A Cruz, de modo especial, representa as humilhações que Ele sofreu.

Ela é a primeira das humilhações que, até o fim do mundo, todos os católicos haverão de sofrer por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Por esta razão, a Cruz foi tomada como sinal de honra de tudo quanto há de mais sagrado e de mais santo, pois a honra não consiste em não sermos humilhados, mas, isto sim, em receber a humilhação com ufania.

Ter presente a contínua exaltação da Cruz é a graça que devemos pedir na festa da Exaltação da Santa Cruz.

De joelhos, ante a Mãe Dolorosa...

Supliquemos a Jesus essa graça, pela intercessão da Mãe Dolorosa, e meditemos tudo quanto Ela padeceu junto com o Redentor: 

       Quem, Senhora, vendo-Vos assim em pranto, ousaria perguntar por que chorais?

       Nem a Terra, nem o mar, nem todo o firmamento, poderiam servir de termo de comparação à vossa dor.

       Dai-me, minha Mãe, um pouco, pelo menos, desta dor. 

       Dai-me a graça de chorar a Jesus, com as lágrimas de uma compunção sincera e profunda.

       Olhando para a fisionomia de Maria, sou convidado a pensar…

       Sofreis em união a Jesus. Dai-me a graça de sofrer como Vós e como Ele. Vossa dor maior não foi por contemplar os inexprimíveis padecimentos corpóreos de vosso Divino Filho.

        Jesus sofre no corpo e na alma! 

       Que são os males do corpo, em comparação com os da alma? Se Jesus sofresse todos aqueles tormentos, mas ao seu lado houvesse corações compassivos!

        O sofrimento causado pelo ódio… 

        Se o ódio mais estúpido, mais injusto, mais alvar, não ferisse o Sagrado Coração enormemente mais do que o peso da Cruz e dos maus tratos feriam o Corpo de Nosso Senhor!

        … e pela ingratidão

          Mas a manifestação tumultuosa do ódio e da ingratidão daqueles a quem Ele tinha amado… a dois passos, estava um leproso a quem havia curado… mais longe, um cego a quem tinha restituído a vista… pouco além, um sofredor a quem tinha devolvido a paz.

           E todos pediam a sua morte, todos O odiavam, todos O injuriavam.

          Tudo isto fazia Jesus sofrer imensamente mais do que as inexprimíveis dores que pesavam sobre seu Corpo.

 O sofrimento que Jesus padeceu por causa dos nossos pecados

                    E havia pior. Havia o pior dos males. Havia o pecado, o pecado declarado, o pecado protuberante, o pecado atroz. Se todas aquelas ingratidões fossem feitas ao melhor dos homens, mas por absurdo não ofendessem a Deus!

          Mas elas eram feitas ao Homem-Deus, e constituíam contra toda a Trindade Santíssima um pecado supremo. Eis aí o mal maior da injustiça e da ingratidão.

          Este mal não está tanto em ferir os direitos do benfeitor, mas em ofender a Deus.

           E de tantas e tantas causas de dor, a que mais Vos fazia sofrer, Mãe Santíssima, Redentor Divino, era por certo o pecado.

           E eu? Lembro-me de meus pecados?

         Lembro-me, por exemplo, do meu primeiro pecado, ou do meu pecado mais recente? Da hora em que o cometi, do lugar, das pessoas que me rodeavam, dos motivos que me levaram a pecar?

         Se eu tivesse pensado em toda a ofensa que Vos traz um pecado, teria ousado desobedecer-Vos, Senhor?

Oh, minha Mãe, pela dor do santo Encontro, obtende-me a graça de ter sempre diante dos olhos Jesus Sofredor e Chagado, precisamente como O vistes neste passo da Paixão

(4a estação da Via Sacra, Plinio Corrêa de Oliveira)

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Campanha Vinde Nossa Senhora de Fátima, não tardeis!

Ela é Rainha do seu coração!

Rainha dos Corações

O reinado de Jesus Cristo nas almas, afirma São Luís Maria Grignion de Montfort, só será efetivo quando Nossa Senhora reinar de maneira plena nos corações dos homens.

Plinio Corrêa de Oliveira, com sua sabedoria toda marial, te convida a voar nas grandezas da Rainha dos Corações.

Soberana sobre a vontade do gênero humano

         A Mãe de Deus, Rainha dos Corações, é venerada como a soberana da vontade de todos os homens.

         Tal domínio deve-se entender, não como uma violação da liberdade das pessoas, mas pelo fato de Nossa Senhora nos obter e distribuir uma abundância de graças que nos induzem, atraem, com supremo agrado, doçura e clareza para o que Ela deseja de bom para nós.

         Assim, é através da celestial influência dessas graças que Maria nos aparece como Rainha de todos os corações.

         Em seu Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, São Luís Grignion de Montfort escreve: “Maria é a Rainha do Céu e da Terra, pela graça, como Jesus é o Rei por natureza e  conquista”.

         Ou seja, Nosso Senhor é o Rei do universo por natureza, pois, sendo Homem-Deus, sua essência O constitui Monarca de toda a criação. Já Nossa Senhora é Rainha, não por natureza, mas pela graça recebida de Deus. Rei também é Jesus, por conquista.

         Continua São Luís: “Ora, como o reino de Jesus Cristo  compreende principalmente o coração ou o interior do homem, conforme a palavra: ‘O reino de Deus está no meio de vós’ (Lc 17, 21)…” “No meio de vós”, quer dizer, sobre os vossos corações. “…o reino da Santíssima Virgem está principalmente no interior do homem, isto é, em sua alma, e é principalmente nas almas que Ela é mais glorificada em seu Filho, do que em todas as criaturas visíveis, e podemos chamá-La com os santos a Rainha dos corações” (nº 38).

“Sede Rainha de minha alma, para eu ser inteiramente vosso”

           Nossa Senhora ser a Rainha do coração dele representa uma grandeza incomparavelmente maior do que imperar sobre os mares, as constelações, os planetas e o universo inteiro criado!

           Tal é o valor de  uma alma, ainda que a do último dos homens.

           Que dizer, então, do ser Ela soberana de todas as almas?!

           Essa realeza de Maria é voltada de modo exclusivo para nos fazer o bem, para nos atrair para a prática da virtude, para nos conduzir à santidade a que somos chamados.

          É um poder que nos revela a sua onipotência suplicante em nosso favor, enchendo-nos de consolação e confiança no seu infatigável auxílio.

         Assim, imbuídos dessa verdade admirável, dirijamos a Nossa Senhora este filial pedido:

         “Minha Mãe, Vós sois Rainha de todas as almas, mesmo das mais duras e empedernidas, desejosas contudo de se abrirem à vossa misericórdia.

         Peço-Vos, pois, sede Rainha de minha alma, quebrai nela os rochedos de maldade, as resistências abjetas que de Vós me separam.

         Dissolvei,  por um ato de vosso império, as paixões desordenadas, as volições péssimas, os restos dos meus pecados passados que tenham permanecido no meu íntimo.

         Limpai-me, ó minha Mãe e Rainha, para que eu seja inteiramente vosso!”

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Luz do Céu que infunde ânimo e coragem!

O que Jesus nos ensinou na sua Transfiguração

No dia 6 de agosto comemoramos a festa da Transfiguração de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Lembremos o episódio narrado pelo Evangelho:

1Seis dias depois, tomou Jesus consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e levou-os aparte a um alto monte, 2.e transfigurou-se diante deles. O seu rosto ficou refulgente como o sol, e as suas vestiduras tornaram-se luminosas de brancas que estavam. 3.Eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele. 4.Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: “Senhor, bom é nós estarmos aqui; se queres, farei aqui três tabernáculos, um para ti, um para Moisés, e um para Elias.” 5.Estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem resplandecente os envolveu; e saiu da nuvem uma voz que dizia: ‘Este é o meu Filho dilecto em quem pus toda a minha complacência; ouvi-o.” 6.Ouvindo isto, os discípulos caíram de bruços, e tiveram grande medo. 7.Porém, Jesus, aproximou-se deles, tocou-os e disse-Ihes: “Levantai-vos, não temais.” 8.Eles, então, levantando os olhos, não viram ninguém, excepto só Jesus.

Nosso Senhor que sobe com os discípulos ao alto do monte Tabor e em determinado momento Ele se manifesta em toda a Sua glória. Com Moisés de um lado e Elias, nosso pai espiritual, de outro lado.

              Os discípulos ficam empolgados pela glória dEle que manifestam o desejo de se conservar lá.

Aos poucos esta glória externa, extrínseca vai diminuindo, os discípulos começam a ver as coisas mais ou menos como eram antes da Transfiguração e depois caem inteiramente na normalidade; algum tempo mais e Nosso Senhor desce do Monte Tabor.

               Então, a majestade que revelava era tanto, que as pessoas gritavam de medo diante dEle, de tal maneira era majestoso.

               Estes fatos nos levam a algumas considerações: como é a majestade de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Todas as Virtudes levadas ao último extremo

Os pintores que costumam apresentar a Transfiguração, não dão esse aspecto, mas apresentam-No com uma fisionomia muito plácida e muito serena, os dois Apóstolos que olham para Ele numa grande atitude de admiração.

               É verdade que Nosso Senhor está cercado de uma grande glória, mas Ele é a própria placidez, a própria serenidade, a própria afabilidade.

Isto certamente estava presente no aspecto de Cristo transfigurado e este modo de representar não é de nenhum modo falso.

                Mas Nosso Senhor – na infinita riqueza de Sua santidade e de Sua Pessoa –  tinha os atos de todas as virtudes ao mesmo tempo, levadas ao último extremo.

A perfeição mais sublime conjugada, ao mesmo tempo, com toda esta afabilidade, com uma tal majestade e uma tal superioridade que não tinha nenhuma proporção com nenhum conceito humano.

Por causa disto exatamente e porque legitimamente a superioridade incute ao mesmo tempo respeito, afeto e medo, que é o temor do Senhor.

                Então, por causa de todas estas razões juntas, Nosso Senhor também representava ali uma face de uma sublimidade, de uma nobreza régia, de um poder, de uma seriedade, de uma gravidade e de uma força que deixava assim estupefatos e tremendo de medo os que viam.

Os discípulos que Nosso Senhor chamou para o Tabor, foram os que quis mais perto de Si no Horto das Oliveiras.

E isto porque precisamente os que mais haviam presenciado Sua glória, deviam também mais intimamente participar de Sua dor, deviam ter mais fé em Sua divindade no momento em que ela parecia negada flagrantemente pelas humilhações nas quais Ele devia entrar.

A tal propósito há uma consideração para se fazer. Quantas e quantas vezes vejo coisas realmente maravilhosas que Nossa Senhora opera em nosso apostolado que enchem de alegria as almas.

Tenho vontade de dizer às vezes a certas pessoas: 

Meu caro você está tão alegre, alegre-se ainda mais! Porém peça como compensação a graça de ser fiel na hora da dor!

                 Porque momento poderá haver em que todas essas glórias pareçam canceladas. Momento poderá haver em que todas as humilhações baixem sobre nós. Momento poderá haver em que todas as esperanças pareçam pisadas aos pés.

Você que agora está vendo em tal episódio o “dedo” de Nossa Senhora, compreenda que Ela nunca põe Seu “dedo” de Rainha e de Sede da Sabedoria numa coisa em vão,  sem que aquilo tenha um prosseguimento!

E nas piores horas lembre-se das melhores, para poder confiar no dia de amanhã.

"Neste mundo tereis aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo!".

João 16,33

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Ouvir a voz de Maria!

Enviado por Deus chamado João...

Pintura do Batismo de Nosso Senhor Jesus Cristo, por São João Batista

Ele veio para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele.

Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da Luz:

Nosso Senhor Jesus Cristo, luz verdadeira que ilumina todo homem que vem a este mundo.
João dá testemunho dele e clama, dizendo:

Eis aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim é maior do que eu, porque existia antes de mim.

E todos nós participamos da sua plenitude, recebendo graça sobre graça.

( Jo, 1, 6-9, 15-16.)

Santificado por Jesus no seio de Maria

Foto de imagem de São João Batista, tendo ao fundo foto do Rio Jordão

São João Batista foi santificado por Jesus presente no seio de Maria, a qual visitava Santa Isabel, que estava para dar à luz.

E João estremeceu de alegria.

Também nós somos chamados a dar testemunho da luz de Cristo para que, por meio de Maria, as almas sejam por Ele santificadas e também estremeçam de alegria.

Convívio de São João com Nossa Senhora, antes de nascer

Pintura da Visitação de Nossa Senhora a Santa Isabel

         São João Batista, ainda no ventre materno, era dotado de toda lucidez. Porque sem ser concebido sem pecado original – ao menos nada indica que tenha sido – foi isento dessa culpa logo depois de concebido, razão pela qual tinha inteligência, tinha compreensão das coisas que se passavam, e estava em oração no ventre de Santa Isabel quando Nossa Senhora chegou.

          Nossa Senhora não foi a Santa Isabel  apenas para ajudá-la, mas que o motivo primeiro da visita era ajudá-la para que gerasse perfeitamente aquele menino que Ela sabia ser o precursor prometido pela Escrituras. O menino passou três meses vendo constantemente Nossa Senhora ajudar Santa Isabel. Ele ouvia a voz de Nossa Senhora; durante esses três meses ele compreendeu Nossa Senhora.

       Então, essa criatura, logo no despertar de sua vida, foi acordada para o conhecimento do mundo pela voz de Nossa Senhora. Ele ouviu Santa Isabel cantar a grandeza de Nossa Senhora e ouviu Nossa Senhora entoar o Magnificat. Ouviu esse hino, essa canção tão bem estruturada, tão nobre, ao mesmo tempo tão racional, tão bem pensada. Ele ouviu e compreendeu todos os sentidos que o Magnificat tem, depois o canto da voz de Nossa Senhora e tudo o mais, tudo concorreu para elevar a alma dele. Ou seja, o primeiro ensinamento desse homem privilegiado foi um ensinamento de Nossa Senhora.

        Essa alma foi formada diretamente por Nossa Senhora. E aí então, como através de um espelho, podemos ver algo das virtudes de Nossa Senhora. Porque ele é fruto da alma de Nossa Senhora, da formação de Nossa Senhora. Ele é fruto da formação, e pelo fruto se conhece a árvore. Nossa Senhora, a ter formado um homem que tivesse todo o agrado dEla, teria formado a ele.

         Que Nossa Senhora nos faça tais! Que possamos ouvir, também nós, a voz dEla dentro de nossas almas. Que nós também tomemos a forma de verdadeiros discípulos dEla. É o que nós pedimos, de toda alma, a São João Batista e a Nossa Senhora, na festa dele.

(excertos de palavras de Plinio Corrêa de Oliveira em 23/06/1967)

imagem de São João Batista

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Chama que contagia esperança!

O Espírito Santo desce sobre Nossa Senhora e os Apóstolos!

Reunidos os Apóstolos e a Santíssima Virgem no Cenáculo, de repente,… línguas de fogo se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo (At 2, 2-4).

A importância dessa Festa, própria aos nossos pedidos de renovação espiritual e santidade, imbuídos de inteira confiança na infinita misericórdia do Paráclito, era assim comentada por Dr. Plínio:

Depois de sua dolorosa Paixão e Morte, Nosso Senhor ressuscitou e subiu aos Céus.

Embora os Apóstolos tenham acompanhado de perto esses acontecimentos, sua fidelidade ainda precária não significava uma regeneração.

Houve, da parte deles, atos de Fé bem expressos, reconhecendo e dando testemunho da ressurreição de Jesus, mas não se tem a impressão de que tenham mudado substancialmente.

Após a Ascensão, eles se reúnem com Nossa Senhora no Cenáculo e passam os dias em oração.

Em determinado momento, desce sobre eles o Espírito Santo, em forma de línguas de fogo, e dá-se então a mudança completa:

os discípulos se transformam em luzeiros de ouro.

Cada um deles, por assim dizer dotado de nova alma, feita de fervor, de vontade de realização, de sacrifício e de carismas extraordinários, converte-se em coluna viva da Igreja de Deus.

No passo seguinte, eles se disseminam pela terra e levam, às mais diversas regiões do mundo, a glória e o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Para nós, o que isto quer dizer?

Significa que devemos sempre contar com graças muito especiais do Espírito Santo,

sobretudo quando estivermos entravados, estagnados e descontentes na vida espiritual.

Peçamos a Ele, a rogos de Nossa Senhora, constantemente, que desça sobre nós com uma abundância de dons,

de maneira tal que nos transforme por completo.

Dessa necessidade vem a linda prece a Ele dirigida:

‘Emitte Spiritum tuum, et creabuntur, et renovabis faciem terrae

Mandai, ó Senhor, vosso Espírito, e todas as coisas serão criadas, e renovareis a face da Terra’.

Ou seja, antes de tudo, a face dessa nossa “terra” interior, da nossa própria alma, pode ser renovada de um instante para outro, por uma graça do Espírito Santo.

Igualmente por uma particular intervenção d’Ele, há de ser regenerada a face do mundo, através do apostolado de autênticos católicos, inspirados pela Sabedoria divina, cheios de força e valor para enfrentar os inimigos da fé, assim como para atrair e fazer o bem a todos que devam pertencer à Santa Igreja.

Compreende-se que tais graças nos sejam concedidas com maior abundância por ocasião da Festa de Pentecostes e que, portanto, importa-nos rogá-las e esperar que as recebamos nessa data.

Vem Espírito Criador!

Vinde Espírito Criador, a nossa alma visitai
e enchei os corações com vossos dons celestiais.

Vós sois chamado o Intercessor de Deus excelso dom sem par,
a fonte viva, o fogo, o amor, a unção divina e salutar.

Sois o doador dos sete dons e sois poder na mão do Pai,
por Ele prometido a nós, por nós seus feitos proclamai.

A nossa mente iluminai, os corações enchei de amor,
nossa fraqueza encorajai, qual força eterna e protetor.

Nosso inimigo repeli, e concedei-nos a vossa paz,
se pela graça nos guiais, o mal deixamos para trás.

Ao Pai e ao Filho Salvador, por vós possamos conhecer
que procedeis do Seu amor, fazei-nos sempre firmes crer. Amém!

Nossa Senhora do Divino Amor

Sem nos esquecermos de fazê-lo por intermédio de Nossa Senhora, Esposa do Divino Espírito Santo e medianeira onipotente junto a Ele.

Que o Espírito Paráclito desça e paire sobre nós, cumulando-nos dos dons celestiais que tanto desejamos.

Onde o Divino Espírito Santo se faz presente, Ele vence, assim como venceu no dia de Pentecostes, depois de descer sobre os doze Apóstolos reunidos no Cenáculo.

Transformados, estes passam a pregar aos habitantes de Jerusalém.

As conversões se tornam torrenciais.

O inesperado se realiza.

Homens de todas as partes do mundo se deixam tocar e mudam completamente, como outros tantos pregoeiros da grande nova:

“Um Deus nasceu, um Deus se encarnou numa Virgem; morreu por nós e nos resgatou. As portas da salvação se abriram para nós!”

Tinha início a aurora da Santa Igreja Católica. Apostólica, Romana, nimbada de glória a partir de Pentecostes.

Plinio Corrêa de Oliveira

(Extraído de conferência em 2/6/1965)

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Viva a Semana Santa com Maria!

Adoremos as Santíssimas Chagas de Jesus

Ela sempre seguiu a seu Divino Filho…

Mas, sobretudo, nos dias de sua Paixão e Morte.

Certissimamente, após ter recebido a Primeira Sagrada Comunhão, no Cenáculo, Maria Santíssima estava unida a Ele, em cada um dos passos de sua Via Sacra.

E a Santíssima Trindade dEla recebeu uma perfeitíssima reparação oferecida em cada ofensa, em cada sofrimento, em cada chaga.

     O culto às cinco chagas de Cristo teve sua origem aos pés da Cruz, quando o sagrado corpo de Jesus repousou sobre os joelhos de Maria Santíssima.
      E, São Tomé, Apóstolo incrédulo, recebeu o convite transbordante de misericórdia: “Tomé, introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado .”
     A resposta do apóstolo: “Meu Senhor e meu Deus!”, foi o ato de adoração que a humanidade prestava a Jesus Cristo, nosso Redentor.

      Inúmeros santos, ao longo da história da Igreja, fizeram sermões e louvores em honra das santas chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo.

      O grande Santo Agostinho afirmou:

     “Se sinto as solicitações de minha própria carne, basta pensar nas chagas de meu Salvador, pois encontro nas entranhas de meu Redentor um refúgio seguro contra as tentações do demônio.
     Não conheço remédio mais eficaz contra todas as adversidades que as chagas de Jesus Cristo. Nelas eu repouso com toda segurança dia e noite, sem nada temer.”

     E São Bernardo, exalta a maravilhosa misericórdia que as chagas de Jesus nos demonstram:

     “Onde encontrar repouso tranquilo e firme segurança para os fracos, a não ser nas chagas do Salvador? Abriram suas mãos e seus pés, traspassaram seu lado.   

     Por estas chagas me é permitido provar e ver quão suave é o Senhor. O cravo que penetra se tornou para mim uma chave para que eu veja a vontade do Senhor. Que verei através das fendas? Clama o cravo, clama a chaga que em Cristo, Deus reconciliou o mundo consigo.

     A lança atravessou seu coração e agora é impossível que ele deixe de se compadecer de minhas misérias. Qual o íntimo que se revela pelas chagas?

     Senhor, como poderia brilhar de modo mais claro do que em vossas chagas, que vós sois suave e manso e de imensa misericórdia?

    Maior compaixão não há do que entregar sua vida por réus de morte e condenados. E se as misericórdias de Deus são de sempre e para sempre, também eu cantarei eternamente as misericórdias do Senhor.”

Convido você, nesta Semana Santa, a consolar Nossa Senhora, fazendo companhia a Ela, na devoção às Santas Chagas de Jesus. 

Baixe o livreto com as orações clicando abaixo.

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Acredite: eles conviveram com a Mãe de Deus!

Nossa Senhora, minha Mãe!
Novena deNossa Senhora de Fátima

Estar na companhia da Virgem Maria!

O que deve ter estar aos pés de Maria, como se deu com os pastorinhos, é quase impossível imaginar.

O que fazer então para tentar experimentar um pouco do que viveram aquela benditas crianças, o que podemos fazer?

E como perceber as maravilhas que se operaram nos corações de Jacinta e Francisco por ocasião de seus encontros com a Santíssima Virgem?

Sim, há um modo muito simples! Basta recorrermos às próprias palavras da irmã Lúcia.

E é ela que assim descreve a pequenina Jacinta:

“A Jacinta tinha um porte sempre sério, modesto e amável que parecia traduzir a presença de Deus em todos os seus atos. Próprio das pessoas já avançadas em idade e de grande virtude.

Não lhe vi nunca aquela demasiada leviandade e o entusiasmo próprio das crianças pelos enfeites e brincadeiras (isto depois das aparições). Não posso dizer, que as outras crianças corressem para junto dela, como faziam para junto de mim.

Se na sua presença alguma criança, ou mesmo pessoas grandes, diziam alguma coisa ou faziam qualquer ação menos conveniente, repreendia-as dizendo: “Não façam isso, que ofendem a Deus Nosso Senhor. E Ele já está tão ofendido!” (…)

Amar, Rezar e Sofrer por Jesus

Já Francisco sentia-se atraído por uma vida de asceta e de contemplativo.

Frequentemente desaparecia da vista das duas meninas, mantendo-se em lugares ermos e ficava a pensar.
— Que estavas aqui a fazer há tanto tempo? Perguntou-lhe Lúcia.

— Estava a pensar em Deus que está tão triste por causa dos muitos pecados!  Se eu pudesse O consolar! Jesus está tão triste e eu quero confortá-Lo com oração e penitência.

Em outra ocasião dizia: “Gosto muito de Deus. Mas Ele está tão triste por causa de tantos pecados. Nós não devemos fazer nem o mais pequeno pecado!”

Um dia em que a Lúcia cedeu às instâncias das amiguinhas para tomar parte em divertimentos próprios da idade, Francisco chamou-a de lado e disse-lhe muito sério:
— Então tu voltas a essas brincadeiras depois de Nossa Senhora nos ter aparecido?
— Então, pediram-me tanto!…  — escusava-se a Lúcia.
Mas o Francisco lógico e severo lhe retorquia:

— Toda a gente sabe que Nossa Senhora te apareceu, então não devem estranhar que tu já não queiras bailar!…

As três crianças aproveitavam as entradas e as saídas das escolas para irem visitar Nosso Senhor, passando longas horas ao pé do Tabernáculo.
A Jacinta e o Francisco recolhiam-se mais vezes na igreja a falar a sós com “o Jesus escondido”.
Jesus escondido é o nome com o que chamavam a Eucaristia.
Jacinta dizia a Lúcia:
— Já fizestes hoje muitos sacrifícios? Eu fiz muitos. Rezei também muitas jaculatórias. Gosto tanto de Nosso Senhor e de Nossa Senhora que nunca me canso de Lhes dizer que Os amo. Quando eu Lhes o digo muitas vezes, parece que tenho lume no peito, mas não me queima.

Desagravar as ofensas contra o Coração Imaculado de Maria

Outras vezes:
— Olha Lúcia, Nossa Senhora veio nos ver esses dias. E veio dizer que vem buscar o Francisco muito breve para o Céu.

E a mim, perguntou-me se ainda queria converter mais pecadores. Disse-lhe que sim.

Ela disse-me então que quer que eu vá para dois hospitais, mas não é para me curar. É para sofrer mais por amor de Deus, pela conversão dos pecadores, em desagravo das ofensas cometidas contra o Coração Imaculado de Maria.

Disse-me que tu não irias, que iria lá minha mãe levar-me e que depois ficaria sozinha.

Tempos depois, Francisco para Lúcia:
— Estou muito mal, falta-me pouco para ir para o Céu.
Lúcia:
— Então vê lá, não te esqueças de lá pedir muito pelos pecadores, pelo Santo Padre, por mim, e pela Jacinta.
Francisco:
— Sim, eu peço. Mas que essas coisas peças antes à Jacinta, que eu tenho medo de me esquecer, quando vir a Nosso Senhor.

E depois, antes O quero consolar.

Faça companhia a Nossa Senhora!

Faça companhia a Nossa Senhora! Una-se aos Santos Pastorinhos e conviva com a Mãe de Deus.

Reze o Terço!

É Ela mesma que te chama e convida…

Aceite o convite e clique no botão!

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Uma torrente de graças!

Torrente de graças!

Lourdes: uma torrente de graças!

Ele era um pequeno funcionário público de Lourdes. E também um cético diante das recentes aparições da Santíssima Virgem que, naqueles idos de 1858, vinham comovendo essa cidade dos Pireneus. Contudo, movido pela curiosidade, decidiu comparecer certo dia à gruta de Massabielle, nos arredores de Lourdes, no momento em que a Mãe de Deus entabulava mais um colóquio com a camponesa Bernadette Soubirous.

A partir de então, a existência do incrédulo personagem mudaria para sempre, conforme ele próprio testemunhou:

Após assistir à cena, senti-me como saído de um sonho, e me afastei da gruta. Não conseguia voltar a mim e um mundo de pensamentos agitava-se em minha alma.

A Senhora do rochedo ocultava-se bem, mas eu percebera sua presença, e estava convencido de que seu olhar maternal voltara-se para mim. Oh! hora solene de minha vida!

Perturbava-me até o delírio pensando que eu, o homem das ironias e das presunções, fosse admitido a ocupar um lugar perto da Rainha do Céu!

Para Dr. Plinio, a história dessa tocante conversão era eloquente motivo para se crescer em confiança na insondável misericórdia de Maria Santíssima. E comentava:

“Esse homem teve noção de que realmente existia a pessoa com quem Santa Bernardette conversava. Portanto, aquela visão não podia ser uma abstração, nem era uma fantasia. A camponesa dialogava com alguém, e o seu modo de agir nessa circunstância possuía todas as características objetivas de uma interlocutora. Donde ser inegável a autenticidade da cena.

O fato de ter presenciado este diálogo diretamente, o comoveu e o levou à conversão. Ele não viu Nossa Senhora, porém pelas atitudes de Santa Bernadette soube que a Rainha do Céu ali se encontrava.

“Analisemos a situação de alma desse homem. Sentia-se, ao mesmo tempo, humilhado e pasmo, pois não podia crer que ele, cético, havia sido tão bem tratado por Nossa Senhora e transformar-se no objeto de um milagre gratuito alcançado por Ela em seu favor.

De nenhum modo merecia ter essa espécie de visão indireta da aparição, e menos ainda receber aquela inestimável graça concedida pelas mãos de Maria.

E entretanto, pelo simples reverberar da presença d’Ela sobre a figura de Santa Bernadette, a Virgem tocou sua alma e venceu todos os seus orgulhos, fazendo-o pensar:

‘É espantoso! Eu, até há pouco tão ruim, tão pretensioso, tão miserável, o menos indicado a obter tamanha dádiva, contra todas as expectativas a recebo. Como é misericordiosa a graça que bate em portas tão conspurcadas, e de forma tal que a porta quase não pode recusar-se a abrir!’

“A obra maravilhosa que a graça realizou na alma desse homem foi precursora dos esplendores que a mesma graça operaria em milhares de almas que passariam por Lourdes e ali seriam tocadas pelo milagre. E em tantas outras que, embora achando-se distante da gruta de Massabielle, converter-se-iam ao ouvirem as descrições dos milagres.

O dom extraordinário concedido àquele cético foi como a primeira gota de uma verdadeira inundação de graças que viria para o mundo, a partir do dia 11 de fevereiro de 1858, quando Nossa Senhora apareceu pela primeira vez a Santa Bernadette.

“Desse fato devemos colher um importante fruto. Se tomarmos em consideração que, em favor de um incrédulo, Nossa Senhora alcançou graça tão insigne, dádiva muito maior obterá Ela para aqueles que perseveram na Fé.

E, portanto, podemos esperar com inteira confiança e devoção que Ela nos consiga de seu Divino Filho graças superlativas, de modo particular na festa de Nossa Senhora de Lourdes.

Razão pela qual me parece assaz conveniente que, nessa data mariana, nos ajoelhemos aos pés de uma imagem d’Ela e Lhe supliquemos, com entranhado fervor, as graças de que mais necessitamos, quer para nossa vida espiritual como para remediar nossas dificuldades temporais.”

Plinio Corrêa de Oliveira – Revista Dr Plinio (Fevereiro de 2007)

Oração

Ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria! Vós fostes concebida sem pecado original e nunca tivestes a menor falta, jamais deixastes de progredir inteiramente em tudo quanto estava nos desígnios divinos.
Sois a Virgem por respeito a cuja virgindade o Onipotente operou este milagre estupendo: quis que fôsseis ao mesmo tempo Mãe d’Ele e Virgem antes, durante e depois do parto; de tal maneira vossa virgindade é insondavelmente valiosa.
Mãe de Deus Filho, sois também a Filha amadíssima do Pai Eterno, e o próprio Espírito Santo é vosso Esposo que em Vós gerou o Menino Jesus. Tendes, assim, tudo para serdes atendida.
Ademais, sois cheia de misericórdia para com os pecadores. Ora, um pecador sou eu…
Venho, pois, de joelhos Vos pedir: Perdoai-me, não olheis para os meus pecados, mas sim para a vossa bondade. Considerai o Sangue que vosso Divino Filho derramou, pensai nas lágrimas que Vós mesma vertestes para que eu fosse salvo.
Minha Mãe, não por meus méritos, mas por vossa bondade, salvai-me!
(Composta por Dr Plinio em 29/11/1992)

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Campanha Vinde Nossa Senhora de Fátima, não tardeis!

O Bom Sucesso!

Entrega total para fazer a vontade de Deus

Gravura do Beato Angelico, Simeão com o Menino Jesus

Maria Santíssima apresenta o Menino no Templo

A Lei do Antigo Testamento determinava que, tão logo quanto possível, as mães levassem seu filho recém-nascido ao Templo para apresentá-lo a Deus e se purificassem.

Essa era uma regra que toda boa mãe israelita cumpria. Aliás, linda regra na qual se espelha a santidade de Deus.

A criança nasce no meio de perigos. Toda a gestação traz riscos. Mas, afinal, ela nasceu. Ó sucesso feliz! A mãe toma a criança, vai até o Templo e oferece a Deus aquele bebê que pertence a Deus, pois Ele o criou. A antiga Lei tornava isso obrigatório.

Nossa Senhora era superior à antiga Lei. Deus não está sujeito à Lei que Ele mesmo fez. O Legislador é superior à Lei, entra pelos olhos. Então, Ele não era obrigado a ir e Ela não estava obrigada a levá-Lo ao Templo de Jerusalém. Mas Ela quis por respeito à Lei, à tradição.

E amando esse conceito de tradição, animada pelo amor de Deus intensíssimo que Ela possuía, Nossa Senhora leva a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade ao Templo de Jerusalém.

Episódio único na história do Templo: é o próprio Deus Encarnado que nele entra. Valeria a pena construir um Templo mil vezes mais esplêndido do que aquele, para ali entrar Deus Encarnado.

Era a hora máxima, a hora santa, a hora perfeita. Pode-se dizer que, nesse momento, os Anjos encheram o Templo e se puseram a cantar.

Ela entrou, mas quase ninguém notou… Ninguém ouviu os Anjos. A decadência religiosa do povo eleito era enorme. Aquilo estava cheio de barracas com gente fazendo comércio de toda ordem. Os sacerdotes eram os precursores próximos daqueles que haveriam de trabalhar para a crucifixão d’Ele, ou já eram os próprios que O crucificariam. Tudo estava em ruína.

Aquele que é o Autor de todas as coisas entra naquelas ruínas espirituais… E aqueles homens de ruína não O perceberam.

Ela cumpre o rito da Apresentação.

Um ancião amarrado à vida por uma promessa

Pintura de Francisco Rizi, Nossa Senhora entrega o Menino Jesus a Simeão, no Templo

Simeão, que era o profeta indicado por Deus para isso, atua para purificá-La, quer dizer, faz o rito com Ela, e recebendo o Menino nos braços entoou aquele cântico que começa assim, em latim:

“Nunc dimittis servum tuum in pacem…” – “Agora, Senhor, levai o vosso servo na paz, porque os meus olhos viram o Salvador…”

Ela ouve encantada aquele ancião que parecia amarrado à vida por uma promessa que não se tinha cumprido: a promessa divina de que ele veria o Messias antes de morrer.

Aquele homem viu o Messias chegar e canta: “Senhor, agora levai…” E prevê o futuro daquele Menino, a glória e a Cruz.

Diz: “Tu serás pedra de escândalo para que se revelem de muitas almas as cogitações”. Mas ao mesmo tempo aclama, dizendo que Ele é “Lumen ad revelationem gentium” – “Luz que se manifesta aos homens”.

E uma profetiza, Ana, também canta as glórias d’Ele. Os dois sabem, por inspiração divina, o que até então só São José e Ela sabiam, que Aquele era o Filho de Deus.

O Menino Jesus será uma pedra de escândalo!

Pintura de Philippe de Champaigne, a apresentação do Menino Jesus

É interessante notar que, de todas as páginas do Evangelho, não me lembro de nenhuma em que o papel de Nosso Senhor enquanto gladífero venha tão bem acentuado quanto nessa passagem da Apresentação do Menino Jesus no Templo.

Porque Ele é qualificado pelo Profeta Simeão, o qual recebe o Menino Jesus das mãos de Nossa Senhora, como pedra de escândalo que vai dividir os homens para que se conheçam em muitos corações as verdadeiras cogitações.

Quer dizer, Ele cria um caso, divide as almas ao longo de toda a História. Escandaliza os escandalosos, os sem-vergonha, os maus, os hipócritas. Esses que Nosso Senhor denuncia e coloca mal à vontade levantar-se-ão contra Ele.

Aquele Menino levanta uma grande batalha até a consumação dos séculos e divide a humanidade. O grande divisor da humanidade é Nosso Senhor Jesus Cristo, aquele mesmo Menino, tão encantador, que nos é apresentado no presépio no Natal.

Como seria interessante se houvesse, em alguma igreja, ao pé do presépio uma faixa citando a respeito daquele Menino tão engraçadinho e inocente, com os braços em forma de cruz, a frase afirmando que Ele vai dividir o gênero humano!

Padroeira para a hora em que o Reino de Maria nasça na Terra

Imagem de Nossa Senhora do Bom Sucesso, Convento das Irmãs Concepcionistas, Quito, Equador

Neste dia se comemora também Nossa Senhora do Bom Sucesso, das Candeias, da Purificação.

O que querem dizer essas três invocações? O que elas falam a respeito da vida da Santíssima Virgem?

Em que sentido devem nos fazer compreender as relações profundas que nossa piedade pode estabelecer entre a festa do Bom Sucesso, das Candeias, da Purificação e nós?

O que significa aí o comemorar o bom sucesso?

O sucesso é um bom sucesso, digno de nota, quando se realiza algo que pede cuidado, empenho e dá seu resultado. É filho do esforço, da dedicação e do heroísmo! Aí é que há o bom sucesso.

Nossa Senhora levou ao Templo Aquele que é a prova de que a gestação fora perfeita. Ali estava o Filho de Deus.

Aqueles que estão entregues a uma tarefa árdua têm uma responsabilidade grande, uma série de coisas difíceis para fazer a fim de chegar a um resultado; quando alcançam o resultado eles têm um sucesso.

Nossa Senhora do Bom Sucesso é a padroeira de todos aqueles que procuram um bom sucesso para o serviço da Causa d’Ela.

Como merece ser chamado de “bom sucesso” o êxito daqueles que, nas trevas da noite do neopaganismo de nossos dias, trabalham para que nasça o sol do Reino de Maria!

Não será Nossa Senhora do Bom Sucesso uma padroeira muito felizmente indicada para a hora em que o Reino de Maria afinal nasça na Terra? E filhos indignos da Santíssima Virgem, mas amorosos, transidos de enlevo, quando raiar a luz do Reino de Maria poderemos dizer a Ela:

“Senhora, nós Vos apresentamos aqui o mundo que Vós iluminais; a luz de vosso Reino é o nosso sucesso; Mãe nossa, é o vosso sucesso! Vós fizestes tudo, a começar por nós.

Quando um de nós, menino ainda, foi levado às fontes batismais, que mérito tinha para isso? Que graça teve senão a de vossas orações? Que gratuidade assombrosa a desse dom!”

Ora, foi a Santíssima Virgem quem nos obteve a graça que nos levou a sermos batizados. Quem trouxe essa graça para o gênero humano senão o Filho por Ela gerado? Ele é o autor e a fonte da graça.

Se Nosso Senhor não tivesse morrido na Cruz, nós não teríamos a graça. Essa torrente de graça que jorra sobre o mundo abriu-se para os homens na hora em que Ele morreu.

Mas essa graça, de algum modo, começou a estar presente no mundo no momento em que Ela disse: “Fiat mihi secundum verbum tuum!” – “Faça-se em mim, segundo a tua palavra!”

E jorrou sobre o mundo no momento em que o Padre Eterno pediu o consentimento d’Ela para que Nosso Senhor Jesus Cristo morresse na Cruz. E Ela fez essa coisa sublimemente terrível, dizendo: “Morra então Ele, por amor ao gênero humano e para que se faça a vossa vontade”.

Todos os que trabalham a favor da Contra-Revolução, em última análise, atuam para que nasça o sol do Reino de Maria sobre o mundo!

É algo vagamente parecido com uma geração, e o Reino de Maria se parecerá admiravelmente com um bom sucesso, com um magnífico sucesso.

Plinio Corrêa de Oliveira (trechos de conferências em 2/2/1983 e 2/2/1985)

Imagem de Nossa Senhora do Bom Sucesso, Convento das Irmãs Concepcionistas, Quito, Equador

“Senhora, nós Vos apresentamos aqui o mundo que Vós iluminais; a luz de vosso Reino é o nosso sucesso; Mãe nossa, é o vosso sucesso! Vós tudo fizestes

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