Sem dotes para o mundo ingressou nos carmelitas
Nasceu perto de Ávila, em Fontiveros, Espanha, no ano de 1542. Era filho de tecelões.
Após ter dado provas da sua imperícia nas várias ocupações para as quais a família, muito pobre, o tentou encaminhar, aos vinte anos, ingressou na Ordem dos Carmelitas.
Diretor de Santa Teresa
Estudou artes e teologia em Salamanca, onde foi prefeito dos estudantes. Foi ordenado sacerdote no ano de 1567, época em que se encontrou com Santa Teresa de Ávila (Teresa de Jesus) a reformadora das carmelitas.
Fisicamente insignificante, mas rico interiormente
A Santa fundadora tinha em mente alargar a reforma também aos conventos masculinos da Ordem Carmelita, e seu delicado discernimento fê-la entrever naquele frade, pequeno, extremamente sério, fisicamente insignificante, mas rico interiormente, o parceiro ideal para levar por diante o seu corajoso projeto.
Não era possível discorrer com ele sobre Deus sem o ver em êxtase
Aos vinte e cinco anos de idade mudou de nome, passando a chamar-se João da Cruz e pôs mãos à obra na reforma, fundando em Durvelo o primeiro convento dos carmelitas descalços.
Santa Teresa de Jesus o chamava de seu pequeno Sêneca, brincava amavelmente com a sua baixa estatura mas não hesitava em o considerar o pai de sua alma, afirmando também que não era possível discorrer com ele sobre Deus sem o ver em êxtase.
Sua mística o levou à prisão: Ficou preso durante oito meses no cárcere de Toledo
Vinte e sete anos mais jovem que Teresa, é uma das figuras da mística moderna. A chamada “religiosidade do deserto” custou ao Santo fundador maus-tratos físicos e difamações: em 1577 ficou preso durante oito meses no cárcere de Toledo.
Doutor da Igreja
Foi nessas trevas exteriores que se acendeu a grande chama da sua poesia espiritual. “Padecer e depois morrer” era o lema do autor da Noite Escura da Alma, da Subida do Monte Carmelo, do Cântico Espiritual e da Chama de Amor Viva.
Morreu no convento de Ubeda, aos quarenta e nove anos, no dia 14 de dezembro de 1591.
O Papa Pio XI conferiu-lhe o título de Doutor da Igreja, dois séculos depois.
São João da Cruz, rogai por nós!
Oração – Oh Jesus, Governa-me! Dá-me controle sobre minhas palavras, meus pensamentos e minhas ações. Por tua profunda paciência, concede-me a paciência e a quietude de minha alma. Faz com que nisso e em tudo, eu seja semelhante a Ti. Amém.
Com São Venâncio Fortunato, Bispo, que escreveu as gestas de muitos santos e honrou com excelentes hinos à Santa Cruz.
Martirológio Romano – Secretariado Nacional de Liturgia PT
Dez 14
2. Em Alexandria, no Egito, a comemoração dos santos Herão, Arsénio e Isidoro, com Dióscoro, adolescente de doze anos de idade, mártires durante a perseguição de Décio. Quando o juiz viu os três primeiros suportar os diversos suplícios com a mesma constância na fé, mandou lançá-los à fogueira; mas a São Dióscoro, depois de ter sido repetidamente flagelado, mandou diferir a sua morte. († 250)
3. Em Apolônia, Turquia, os santos Tirso, Lêucio, Calínico e companheiros, mártires, que, segundo a tradição, sofreram o martírio no tempo do imperador Décio. († c. 250)
4. Em Antioquia, Turquia, Santa Dróside, mártir, segundo a afirmação de São João Crisóstomo, foi queimada viva. († s. III/IV)
5. Em Ascalon, na Palestina, os santos Arésio, Promo e Elias, mártires, que, partindo do Egito para a Cilícia a fim de visitar e ajudar os confessores de Cristo na perseguição do imperador Maximino, foram capturados em Cesareia e, depois de lhes tirarem atrozmente os olhos e os pés, foram levados para Escalon, onde, por ordem do governador Firmiliano, consumaram o martírio: Arésio foi queimado vivo e os outros degolados. († 308/309)
6. Em Pavia, Itália, São Pompeu, bispo, sucedeu a São Ciro durante poucos e pacíficos anos, descansou no Senhor. († s. IV)
7. Em Reims, França, a paixão de São Nicásio, bispo, assassinado juntamente com sua irmã Eutrópia, virgem consagrada a Cristo, Florêncio, diácono, e Jucundo, diante da porta da basílica que ele tinha edificado. († 407)
8. Em Nápoles, Itália, Santo Agnelo, abade († c. 596)
9. Poitiers, França, São Venâncio Fortunato, bispo, que escreveu as gestas de muitos santos e honrou com excelentes hinos a santa Cruz. († d. 600)
10. No território dos Morinos, França, São Folcuíno, bispo († 855)
11. Em Orvieto, na Toscana, Itália, o Beato Boaventura de Pistoia, presbítero, ajudou a restabelecer a paz entre as facções em muitas cidades da Itália com São Filipe Benízi, († c. 1315)
12. Em Klifane, localidade do Líbano, São Nimatulácio al-Hardini (José Kassab), presbítero, que se dedicou aos estudos teológicos, à formação da juventude e ao trabalho pastoral, († 1858)
13. Em Aachen, na Alemanha, a Beata Francisca Schervier, virgem, fundou a Congregação das Irmãs dos Pobres de São Francisco († 1876)
14. Em Barcelona, na Espanha, o Beato Protásio (Antônio Cubells Minguell), religioso e mártir, que, durante a perseguição contra a Igreja, foi morto em ódio à religião. († 1936)
Consagrada, conseguiu adiar as núpcias
Como se lê nas Atas, pertencia a uma família rica de Siracusa. A mãe dela ficou viúva e havia prometido dar a filha como esposa a um jovem concidadão.
Tinha feito voto de se conservar virgem
Luzia, que tinha feito voto de se conservar virgem por amor a Cristo, obteve que as núpcias fossem adiadas, também porque a mãe foi atingida por uma grave doença.
Santa Águeda cura a mãe e cancela o casamento
Devota de Santa Águeda, a mártir de Catânia, que vivera meio século antes, Luzia quis levar a mãe enferma em visita ao túmulo da Santa.
Desta peregrinação a mulher voltou perfeitamente curada e por isso concordou com a filha, dando-lhe licença para seguir a vida que havia escolhido.
“O corpo se contamina se a alma consente”
Consentiu também que ela distribuísse aos pobres da cidade os bens do seu rico dote.
O noivo rejeitado vingou-se acusando Luzia de ser cristã ao Procônsul Pascásio. Ameaçada de ser exposta ao prostíbulo para que se contaminasse, Luzia deu ao Procônsul uma sábia resposta: “O corpo se contamina se a alma consente”.
O Procônsul quis passar das ameaças aos fatos, mas o corpo de Luzia ficou tão pesado que dezenas de homens não conseguiram carregá-lo sequer um palmo.
Um golpe de espada pôs fim a uma longa série de sofrimentos
Um golpe de espada pôs fim a uma longa série de sofrimentos, mas mesmo a morrer, a jovem continuou a exortar os fiéis a antepor os deveres para com Deus àqueles para com as criaturas, até que os companheiros de fé, que faziam um círculo em volta dela, selaram o seu comovente testemunho com a palavra: Amém.
A devoção se difundiu muito rapidamente
Testemunham-lhe a antiga devoção, que se difundiu muito rapidamente não só no Ocidente, mas também no Oriente.
O episódio da cegueira, ao qual ordinariamente chama a atenção as imagens de Santa Luzia, está provavelmente vinculado ao nome: Luzia (Lúcia) derivada de lux (= luz), elemento indissolúvel unido não só ao sentido da vista, mas também à faculdade espiritual de captar a realidade sobrenatural.
Por este motivo Dante Alighieri, na Divina Comédia, atribui a Santa Lúcia ou Luzia a função de graça iluminadora.
Santa Luzia, rogai por nós!
Oração – Conservai a luz dos meus olhos para que eu tenha força para mantê-los sempre abertos para a verdade e a justiça, e para que possa contemplar as maravilhas do Universo, do brilho do sol ao sorriso dos inocentes. Amém
Luzia: Significa “a luminosa” ou “aquela que irradia luz”. Luzia teria se originado a partir dos elementos gregos lyke, luc ou luk, que deram origem ao latim lux, que significa “luz”.
Com Santa Otília, virgem e primeira abadessa do mosteiro de Hohenbourg, fundado pelo duque Aldarico, seu pai.
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dez 13
Memória de Santa Luzia, virgem e mártir, que durante a sua vida conservou a lâmpada acesa para ir ao encontro do Esposo e, conduzida ao martírio por amor de Cristo em Siracusa, na Sicília, mereceu entrar com Ele nas núpcias do Céu e possuir a luz que não tem ocaso. († 304/305)
2. Em Porto Romano, Itália, Santo Aristão, mártir. († c. s. IV)
3. Promontório de Súlcis, Sardenha, Santo Antíoco, mártir. († c. s. IV)
4. Na Armênia, os santos Eustrácio, Auxêncio, Eugénio, Mardário e Orestes, mártires. († c. s. IV)
5. Na Nêustria setentrional, França, São Judoco, presbítero e eremita, que, sendo filho de Jutael, rei da Armórica, e irmão de São Judicael, para não ser constrangido a suceder a seu pai deixou a pátria e se retirou para a vida eremítica. († c. 669)
6. Em Cambrai, França, Santo Autberto, bispo. († c. 670)
7. No território de Estrasburgo, França, Santa Otília, virgem, abadessa do mosteiro de Hohenbourg, fundado pelo duque Aldarico, seu pai. († s. VII)
8. Em Nápoles, Itália, o Beato João Marinóni (Francisco Marinóni), presbítero, chamados Teatinos, que, juntamente com São Caetano, se dedicou à reforma do clero e à salvação das almas († 1562)
9. No mosteiro da Visitação de Moulins, na França, o dia natal de Santa Joana Francisca Frémiot de Chantal, cuja memória se celebra no dia doze de Agosto. († 1641)
10. Em Fermo, nas Marcas, região da Itália, o Beato António Grássi, presbítero, homem humilde e pacífico, († 1671)
11. Em Tjyen-Tiyou, Coreia, os santos Pedro Cho Hwa-so, pai de família, e cinco companheiros, mártires, que, tentados com promessas e tormentos do mandarim para abandonar a religião cristã, resistiram até serem decapitados. († 1866)
12. Em Castellamare, Itália, a Beata Maria Madalena da Paixão (Constança Starace), virgem, fundadora da Congregação das Irmãs Compassionistas Servas de Maria. († 1921)