Orações e Perguntas para Exame de Consciência

Oração
Meu Deus e Senhor, eu me preparo para receber o Santo Sacramento da Reconciliação. Iluminai o meu espírito, a fim de que eu conheça claramente o número e a gravidade dos meus pecados, deles me arrependa, e os confesse ao vosso ministro com verdadeira dor e firme propósito de nunca mais Vos tornar a ofender. Amém.

Recordar-se, em seguida, dos Mandamentos de Deus e dos da Igreja, e dos deveres do próprio estado.

1. Faltas contra Deus
Se tenho posto em dúvida ou negado alguma verdade da fé.
Se blasfemei ou disse palavras injuriosas contra Deus, Nossa Senhora, os Santos e as coisas santas.
Se falei sem respeito, ou com leviandade ou escárnio, dos ministros do Senhor, das cerimônias da Igreja, ou de outras coisas sagradas.
Se faltei com a confiança em Deus, duvidando de sua misericórdia.
Se neguei a Palavra de Deus ou duvidei dela.
Se fui supersticioso ou consultei feiticeiros e cartomantes.
Se tenho me apresentado para a santa Comunhão com um espírito indevoto e pouco recolhido.
Se tenho deixado de me confessar.
Se escondi em confissão algum pecado.
Se deixei de cumprir, no todo, ou em parte, a penitência imposta pelo confessor, e qual foi a causa.
Se faltei, sem causa justa, à Missa em domingos ou dias santos.
Se durante a Missa tive distrações voluntárias.
Se na igreja ou em outros lugares santos, tive atitudes irreverentes.
Se deixei de fazer o bem por respeito humano.

2. Faltas contra o próximo
Se tenho sido negligente em rejeitar os pensamentos de suspeita ou juízo temerário.
Se dei parte a outros de minhas suspeitas ou juízos temerários, faltando assim com a caridade.
Se tenho tido aversão ou ódio de outros, e se não fiz esforços para dissipar este sentimento mau.
Se tenho julgado temerariamente os outros.
Se tenho me entretido, voluntariamente, ou por negligência, em sentimentos de rancor contra aqueles que me ofenderam.
Se tive desejos de vingança contra alguém, e se tomei a resolução de pô-los em prática.
Se tive sentimentos de inveja para com o próximo.
Se me alegrei com alguma desgraça que aconteceu ao próximo.
Se, em vez de me edificar com as virtudes do próximo, as tenho rebaixado.
Se tenho desejado algum mal ao próximo.
Se recusei dar ao próximo alguma alegria ou fazer- lhe algum bem que estivesse a meu alcance.
Se tenho me recusado a pedir perdão a alguém depois de o ter ofendido, ou reconciliar-me com ele, quando ele pediu perdão.
Se tenho deixado de rezar por aqueles que, por título natural e divino, têm direito às minhas orações.
Se tenho falado mal do próximo e por que motivo: leviandade, inveja, ou ressentimento, etc.
Se tenho caluniado o próximo ou exagerado as suas faltas, em coisas importantes ou leves.
Se fiz algum mexerico, perturbando assim a boa harmonia entre os outros.
Se a meu próximo tenho feito repreensões amargas ou injustas, se lhe tenho dito palavras ásperas, picantes, ou injuriosas.
Se só, ou diante de outras pessoas, tenho dado ao próximo sinais de desprezo, se tenho zombado dele em sua ausência, e se o fiz mesmo em sua presença.
Se dei escândalo.
Se, por maus exemplos, conselhos ou críticas, desviei alguém da prática da virtude.
Se aconselhei a alguém que se vingasse ou fizesse algum outro mal.
Se por adulação aprovei o mal que em consciência sabia não ser bem.
Se enganei o próximo, assegurando-lhe que uma coisa, na realidade proibida, era boa ou lícita.
Se tenho mentido ou exagerado em minhas palavras.
Se cheguei a ferir, espancar ou tirar a vida do próximo.
Se levei o próximo a praticar ações obscenas e imorais.
Se dei mau exemplo à minha família em matéria moral.
Se tive mau convívio, por culpa própria, com meus familiares, amigos e conhecidos.
Se tenho me apropriado dos bens do próximo; se tenho me enriquecido ilicitamente à custa do próximo; se tenho pago o justo salário aos empregados.

3. Faltas contra si mesmo
Se tive pensamentos de orgulho, considerando-me mais que os outros.
Se tenho me revoltado contra as humilhações e repreensões merecidas.
Se tenho demorado, voluntariamente, em pensamentos de vaidade, ou em tudo o que pode lisonjear meu amor próprio.
Se falei com vaidade de mim ou dos meus merecimentos, verdadeiros ou supostos.
Se tenho me demorado voluntariamente em pensamentos impuros; se li com malícia alguma coisa impura; se olhei deliberadamente coisas impuras e obscenas, em revistas, fotografias, filmes, etc; se dei atenção a conversas imorais ou participei delas.
Se pratiquei atos impuros.
Se tenho sido muito apegado ao meu próprio juízo, ou contrariei, com pertinácia, os sentimentos do próximo.
Se tive vergonha de aparecer em público em companhia de meus pais ou de pessoas de condição humilde.
Se não reprimi imediatamente os ímpetos de cólera ou impaciência.
Se cometi atos de gula, bebendo ou comendo em excesso.
Se deixei de cumprir deveres do meu estado.

Ato de arrependimento após a preparação para a confissão
Ó meu Deus, profundamente humilhado diante de vossa Majestade soberana, eu Vos peço perdão; detesto, de todo o meu coração, todos os pecados que tenho cometido em minha vida, mas particularmente depois da minha última confissão, tanto aqueles de que me lembro, como os de que não tenho memória; eu os detesto e deles me arrependo de todo o coração.

Oração para antes da confissão
Minha Senhora e minha Mãe, dai-me a graça de conhecer meus pecados em todo o seu tamanho, em toda a sua gravidade, em toda a sua malícia, e dai-me inquebrantável ódio a esses pecados, para que, odiando-os assim, eu possa vencê-los.
Dai-me aquela forma perfeitíssima de arrependimento que Vós quereis de mim, aquela compunção de David penitente, aquele seu lamento sereno e cheio de confiança, aquela sua dor pungente.
Fazei, ó minha Mãe, com que meus pecados estejam sempre diante de mim, e dai-me aquele coração contrito e humilhado que Vós não desprezais.

Confissão

Modo de fazer a confissão
Arrependido de seus pecados, apresentar-se ao confessor, fazer o sinal da Cruz e dizer:

Abençoai-me, Padre, porque pequei. Eu pecador me confesso a Deus, e a Vós, Padre. Confessei-me faz (tantos dias, semanas ou meses). Meus pecados são os seguintes:

Depois de ter confessado os pecados pode-se acrescentar:

Destes e também de todos os pecados de minha vida passada, e esquecidos, me arrependo de todo o coração; de todos eles peço perdão a Deus, e a vós, Padre, a absolvição.

Depois de ouvir, com respeito e atenção, os conselhos do confessor, rezar o Ato de Contrição. Ao receber a absolvição, faz-se o sinal da Cruz.

Ato de contrição
Senhor meu Jesus Cristo, Deus e Homem verdadeiro, Criador e Redentor meu, por serdes Vós quem sois, sumamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas, e porque Vos amo e estimo, pesa-me, Senhor, por Vos ter ofendido; pesa-me também por ter perdido o Céu e merecido o inferno.
Mas proponho firmemente, com o auxílio de vossa divina graça, e pela poderosa intercessão de vossa Mãe Santíssima, emendar-me e nunca mais Vos tornar a ofender. Espero alcançar o perdão de minhas culpas, por vossa infinita misericórdia. Amém.

Depois da confissão
Quão suave sois, Senhor, para os que Vos procuram! Quão grandes são o vosso amor e a vossa bondade! Confio que pelos merecimentos infinitos de vosso preciosíssimo Sangue já perdoastes os meus pecados. Posso contar-me entre vossos filhos!
Oh! dia feliz da minha vida! Oh! momento afortunado! Não permitais, Pai de misericórdia, que eu me esqueça jamais deste inefável benefício.
Proponho firmemente evitar o pecado, para nunca mais perder a vossa graça; abençoai, Senhor, este meu propósito e fortalecei-me, para que nunca mais torne a cair.
Maria, minha Mãe, rogai por mim e amparai-me. Santos e Anjos do Céu, intercedei por mim. Amém.