Nobre espanhol, converteu-se aos 30 anos de idade, depois de uma breve, mas brilhante carreira nas armas.
Não se cansava de admirar nos santos o amor da solidão e da cruz. Dizia para si mesmo: Como! E se eu fizesse o que fez São Francisco? E então? Se eu fizesse como um São Domingos? Aspirava sempre a coisas difíceis e grandes e parecia-lhe que tinha forças para isso, por este único motivo: São Domingos o fez, então eu o farei também.
Alma profundamente militar, quis dotar a Igreja de uma milícia nova, aguerrida e disciplinada, para a defesa da glória de Deus e a conquista das almas.
Pôs-se à obra, pois era preciso que todos os corações O amem e que todas as línguas O bendigam. Saiu da solidão, moderou as austeridades, tomou um exterior menos austero e pôs-se a falar aos homens das coisas do céu. Aquelas conversas produziram grande fruto de salvação e muitos pecadores se converteram.
Fundou a Companhia de Jesus.
No século em que o protestantismo arrebatou à religião católica um terço da Europa, Inácio foi sem dúvida o lutador suscitado pela Providência para atender de modo pleno às necessidades da Igreja.
Santo Inácio de Loyola, rogai por nós!
Oração – Tudo o que tenho e possuo, vós me destes com amor. Disponde deles, Senhor, segundo a vossa vontade. Isto me basta, nada mais quero pedir. Amém
Inácio: Significa “filho”, ou “ardente”, “o que é como o fogo”. É uma nome de origem incerta, que possivelmente surgiu através do grego Ignátios
Com Santo Afonso Rodrigues
Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT
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Memória de Santo Inácio de Loiola, presbítero, que, natural do País Basco, na Espanha, viveu na corte e no exército, até que, gravemente ferido, se converteu a Deus; fez os seus estudos teológicos em Paris e associou a si os primeiros companheiros, com os quais mais tarde constituiu a Companhia de Jesus em Roma, onde exerceu um frutuoso ministério, quer pelas obras que escreveu quer na formação dos discípulos, para maior glória de Deus.(† 1556)
2. Em Milão, na Transpadânia, hoje na Lombardia, região da Itália, São Calímero, bispo.(† s. II f.)
3. Em Sínada, na Frígia, hoje Çifitkasaba, na Turquia, os santos Demócrito, Segundo e Dionísio, mártires.(† s. III)
4. Em Cesareia, na Mauritânia, hoje Cherchell, na Argélia, São Fábio, mártir, que foi encarcerado por ter recusado levar a insígnia do governador numa assembleia geral da província e, como perseverava na confissão da fé em Cristo, foi condenado à morte pelo juiz.(† 303-304)
5. Em Roma, junto à Via Latina, São Tertuliano, mártir.(† c. s. IV)
6. Em Ravena, na Flamínia, na hodierna Emília-Romanha, região da Itália, o passamento de São Germano, bispo de Auxerre, que libertou por duas vezes a Bretanha da heresia pelagiana e, tendo-se dirigido a Ravena para promover a paz na região da Armórica, foi recebido com honras solenes pelos imperadores Valeriano e Gala Placídia, subindo dali ao reino celeste.(† 448)
7. Em Ímola, também na Flamínia, o passamento de São Pedro Crisólogo, bispo de Ravena, cuja memória é celebrada na véspera deste dia.(† c. 450)
8. Em Skövde, na Suécia, Santa Helena, viúva, que, injustamente assassinada, é considerada mártir.(† c. 1160)
9. Em Acquapendente, na Toscana, hoje no Lácio, região da Itália, o passamento do Beato João Colombíni, rico comerciante de vestuário que se converteu à pobreza e reuniu os seus discípulos na Ordem dos Jesuatos, cujos membros quis transformar em pobres de Cristo e esposos da senhora Pobreza.(† 1307)
10. Em Londres, na Inglaterra, o Beato Everardo Hanse, presbítero e mártir, que, desde o dia em que professou a fé católica, a guardou sempre fielmente, a difundiu entre os seus concidadãos e, no reinado de Isabel I, a confirmou com o glorioso martírio em Tyburn.(† 1581)
11. Em Nishizaka, no Japão, o Beato Nicolau Fukunaga Keian, religioso da Companhia de Jesus e mártir.(† 1633)
12. Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato João Francisco Jarrige de la Morelie du Breuil, presbítero e mártir, que, durante a perseguição contra a Igreja desencadeada na Revolução Francesa, encerrado na sórdida galera morreu de tuberculose.(† 1794)
13. Em Cay Met, localidade próxima de Saigão, na Cochinchina, hoje no Vietnam, os santos Pedro Doan Cong Quy, presbítero, e Manuel Phung, mártires, que, depois de cerca de sete meses de cárcere, foram decapitados no tempo do imperador Tu Duc por serem cristãos.(† 1859)
14. No vale de Alighede, na Etiópia, São Justino De Jacobis, bispo, da Congregação da Missão, que, com admirável mansidão e caridade, se dedicou ao ministério apostólico e à formação do clero indígena, sofrendo por isso a fome, a sede, as tribulações e o cárcere.(† 1860)
15. Em Granollers, cidade próxima de Barcelona, na Espanha, os beatos mártires Dionísio Vicente Ramos, presbítero, e Francisco Remon Játiva, religioso da Ordem dos Frades Menores Conventuais, que, durante a perseguição contra a fé, com o seu martírio seguiram os passos de Cristo.(† 1936)
16. Em Valência, também na Espanha, o Beato Jaime Buch Canals, religioso da Sociedade Salesiana, que na mesma perseguição morreu professando a sua fé em Cristo.(† 1936)
17. Em La Arrabassada, perto de Barcelona, também na Espanha, as beatas Esperança da Cruz (Teresa Subirá Sanjaume) e Companheiras[1], virgens da Congregação das Irmãs Carmelitas Missionárias e mártires, que, durante a perseguição religiosa, foram assassinadas por causa da sua fidelidade a Cristo Esposo.
[1] São estes os seus nomes: Daniela de São Barnabé (Vicenta Achurra Gogenola), Gabriela de São João da Cruz (Francisca Pons Sardá) e Maria do Refúgio de Santo Ângelo (Maria Roqueta Serra), virgens da Congregação das Irmãs Carmelitas Missionárias(† 1936)
18. Em Toledo, também na Espanha, os beatos Nazário do Sagrado Coração (Nazário del Valle González), presbítero da Ordem dos Carmelitas Descalços e companheiros[2] mártires, que, na mesma perseguição, mereceram receber a sublime palma do martírio.
[2] São estes os seus nomes: Pedro José dos Sagrados Corações (Pedro José Jiménez Vallejo), e Raimundo de Nossa Senhora do Carmo (José Grijaldo Medel), presbíteros; Melchior do Menino Jesus (Melchior Martin Monge), Félix de Nossa Senhora do Carmo (Luís Gómez de Pablo), Plácido do Menino Jesus (José Luís Collado Oliver), Daniel da Sagrada Paixão (Daniel Mora Nine), religiosos todos da Ordem dos Carmelitas Descalços.(† 1936)
19. Em Andújar, localidade da província de Jaen, também na Espanha, os beatos Prudêncio da Cruz (Prudêncio Gueréquiz Guezuraga) e Segundo de Santa Teresa (Segundo Garcia Cabezas), presbíteros da Ordem da Santíssima Trindade e mártires, que, oprimido pela violência dos inimigos da Igreja, foi ao encontro do Senhor.(† 1936)
20. Em Paracuellos del Jarama, localidade próxima de Madrid, também na Espanha, o Beato Vítório (Martinho Anglés Oliveras), religioso da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártir, que pelo martírio se tornou participante na vitória de Cristo.(† 1936)
21. Em Dachau, próximo de Munique, cidade da Baviera, na Alemanha, o Beato Miguel Ozieblowski, presbítero e mártir, que, deportado da Polônia, sua pátria, dominada por um regime hostil à religião, por causa da fé foi encarcerado num campo de concentração e, duramente torturado, consumou o seu martírio.(† 1942)
22. Em Kalisz, na Polônia, o Beato Francisco Stryjas, mártir, que, na mesma perseguição, esvaído por muitos suplícios, foi gloriosamente ao encontro do Senhor.(† 1944)
23. Em Trnava, na Eslováquia, a Beata Sidônia (Cecília Schelingova), virgem da Congregação das Irmãs da Caridade da Santa Cruz e mártir, que, em tempo de extrema hostilidade contra a Igreja na sua nação, por ter protegido um sacerdote sofreu muitas tribulações no corpo e no espírito e, finalmente consumida pela enfermidade, resplandeceu como inquebrantável e alegre testemunha de Cristo.(† 1955)