Os Inocentes foram mortos por Herodes, o Ascalonita. A Sagrada Escritura menciona três Herodes que se tornaram célebres por sua infame crueldade. O primeiro foi Herodes, o Ascalonita, sob cujo reinado nasceu o Senhor e pelo qual foram massacradas as crianças. O segundo foi Herodes Antipas, que mandou cortar a cabeça de João Batista. O terceiro foi Herodes Agripa, que matou Tiago e prendeu Pedro.
Somente a monstruosidade de uma mente assassina, cruel e desumana, poderia conceber o plano executado pelo sanguinário rei Herodes: eliminar todas os meninos nascidos no mesmo período do nascimento de Jesus para evitar que vivesse o rei dos judeus. Pois foi isso que esse tirano arquitetou e fez.
Impossível calcular o número de crianças arrancadas dos braços maternos e depois trucidadas. Todos esses pequeninos se tornaram os “santos inocentes”, cultuados e venerados pelo Povo de Deus. Eles tiveram seu sangue derramado em nome de Cristo, sem nem mesmo poderem “confessar” sua crença.
Quem narrou para a história foi o apóstolo Mateus, em seu Evangelho. Os reis magos procuraram Herodes, perguntando onde poderiam encontrar o recém-nascido rei dos judeus para saudá-lo. O rei consultou, então, os sacerdotes e sábios do reino, obtendo a resposta de que ele teria nascido em Belém de Judá, Palestina.
Herodes, fingindo apoiar os magos em sua missão, pediu-lhes que, depois de encontrarem o “tal rei dos judeus”, voltassem e lhe dessem notícias confirmando o fato e o local onde poderia ser encontrado, pois “também queria adorá-lo”.
Claro que os reis do Oriente não traíram Jesus. Depois de visitá-lo na manjedoura, um anjo os visitou em sonho avisando que o Menino-Deus corria perigo de vida e que deveriam voltar para suas terras por outro caminho. O encontro com o rei Herodes devia ser evitado.
Eles ouviram e obedeceram. Mas o tirano, ao perceber que havia sido enganado, decretou a morte de todos os meninos com menos de dois anos de idade nascidos na região. O decreto foi executado à risca pelos soldados do seu exército.
A festa aos Santos Inocentes acontece desde o século IV. O culto foi confirmado pelo papa Pio V, agora santo, para marcar o cumprimento de uma das mais antigas profecias, revelada pelo profeta Jeremias: a de que “Raquel choraria a morte de seus filhos” quando o Messias chegasse.
Esses pequeninos inocentes de tenra idade, de alma pura, escreveram a primeira página do álbum de ouro dos mártires cristãos e mereceram a glória eterna, segundo a promessa de Jesus.
A Igreja preferiu indicar a festa dos Santos Inocentes para o dia 28 de dezembro por ser uma data próxima à Natividade de Jesus, uma vez que tudo aconteceu após a visita dos reis magos. A escolha foi proposital, pois quis que os Santinhos Inocentes alegrassem, com sua presença, a manjedoura do Menino Jesus.
Com São Gaspar del Búfalo, presbítero, que lutou denodadamente pela liberdade da Igreja e, encarcerado, não cessou de conduzir os pecadores ao caminho recto, especialmente pela devoção ao Preciosíssimo Sangue de Cristo, em cuja honra fundou as Congregações de Missionários e das Irmãs Missionárias.
Dez 28
2. Em Alexandria, no Egito, São Teonas, bispo, que foi mestre e predecessor de São Pedro mártir.(† 300)
3. Santo Antônio, monge, († c. 520)
4. Em Matélica, Itália, a Beata Matias Nazzaréni, abadessa, († c. 1326)
5. Em Lião, na França, o dia natal de São Francisco de Sales, bispo de Genebra, cuja memória se celebra no dia do seu sepultamento a vinte e quatro de Janeiro. († 1622)
6. Em Roma, São Gaspar del Búfalo, presbítero, que lutou denodadamente pela liberdade da Igreja e fundou as Congregações de Missionários e das Irmãs Missionárias. († 1837)
7. Em Nápoles, na Itália, Santa Catarina Volpicélli, virgem, fundou o Instituto das Escravas do Sagrado Coração, († 1894)
8. Em Kiev, na Ucrânia, o Beato Gregório Khomysyn, bispo e mártir, († 1945)